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Disciplina: Direito Administrativo Professor: Jonatas Albino do Nascimento Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 2 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Sumário Improbidade Administrativa ................................................................ 2 Enriquecimento Ilícito ....................................................................... 11 Atos de Improbidade que gerem prejuízo ao erário ........................... 13 Atos de Improbidade que atentem contra os princípios da APU ......... 16 Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário .................. 18 E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis: Esquema 1 – Improbidade Administrativa - sanções ................................................... 3 Esquema 2 – Sujeitos ativos e passivos ....................................................................... 5 Esquema 3 – Atos de improbidade ............................................................................... 7 Esquema 4 – Atuação do MP ........................................................................................ 9 Esquema 5 – Ação de improbidade administrativa ..................................................... 10 Esquema 6 – Atos - características ............................................................................ 19 Esquema 7 – Sanções - resumo .................................................................................. 20 A improbidade administrativa está prevista na própria CF/88, no seu artigo 37, § 4º: “§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.” Por estar na própria CF/88, tal mandamento impacta toda a Administração Pública de todos os entes federativos. Improbidade Administrativa Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 3 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Esquema 1 – Improbidade Administrativa - sanções Percebam que, apesar de dizer as sanções aplicáveis no caso de penalidade administrativa, a CF/88 não define o conceito de improbidade administrativa e nem quando esta ocorre. Por isso dizemos que tal norma constitucional trata-se de norma de eficácia limitada, pois depende de outra norma para sua aplicação efetiva. A lei que trata desse tema é a Lei nº 8.429/92, que também tem aplicação nacional. A Lei nº 8.429/92 também não definiu o conceito de improbidade, mas estabeleceu as hipóteses em que se consideram ocorridos os atos de improbidade administrativa. Apesar de grande, a lista é exemplificativa. A responsabilidade dos agentes públicos nas ações de improbidade administrativa é do tipo subjetiva, ou seja, é necessário dolo ou culpa para que o agente possa ser responsabilizado. A vítima dos atos de improbidade administrativa é a própria sociedade, que é prejudicada de forma indireta. Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma da Lei nº 8.429/92. Estão também sujeitos às penalidades da citada lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Suspensão dos direitos políticos Indisponibilidade dos bens Ressarcimento ao erário Perda de função pública Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 4 de 20 www.exponencialconcursos.com.br criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Resumindo: os sujeitos passivos previstos na lei são a Administração Pública da União (em sua acepção mais ampla) ou entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra. Nesse último caso, se os recursos públicos tiverem concorrido com menos de cinquenta por cento do patrimônio e da receita anual a sanção corresponderá à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos (o que deu de prejuízo). Do descrito acima percebemos que não é possível que um cidadão ou empresa que não tenha absolutamente nenhum vínculo com a Administração Pública seja prejudicado diretamente por ato de improbidade administrativa, pois esta só se configura em situações nas quais recursos públicos estão envolvidos, ainda que de forma indireta. (CESPE / Conhecimentos Básicos / SUFRAMA /2014) Com base nas disposições da Lei n.° 8.429/1992, julgue o item a seguir. A ação de improbidade que vise ressarcir integralmente o patrimônio público da lesão ocorrida poderá importar na indisponibilidade dos bens do servidor que praticou o ato de forma dolosa. No entanto, caso o ato tenha sido praticado de forma culposa, o servidor não poderá responder patrimonialmente, uma vez que estará configurada a culpa in eligendo da administração pública, a contratante. Comentários. Afirmativa incorreta. Como vimos, a responsabilização dos agentes públicos é do tipo subjetiva e pode ser caracterizada também no caso de culpa. Gabarito: Errado. Os sujeitos ativos são os agentes públicos que praticam atos de improbidade contra as entidades acima e as pessoas físicas ou jurídicas que, mesmo não sendo agente público, induzam ou concorram para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma direta ou indireta. Com esse mandamento, fica claro que deve sempre existir o envolvimento de um agente público para que seja configurada a improbidade administrativa. Reputa-se agente público, para os efeitos da Lei nº 8.429/92, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas anteriomente. Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 5 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Esquema 2 – Sujeitos ativos e passivos Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. (FCC / Analista Legislativo / ALAP / 2020) No que se refere aos sujeitos ativos de atos de improbidade, podem sê-lo, dentre outros, os a) diretores de empresas estatais, no âmbito da Administração Indireta, e titulares de cargo efetivo e ocupantes de cargos em comissão, na Administração Direta. b) titulares de cargo efetivo, empregados públicos e ocupantes de cargos em comissão, desde que ocupem funções de direção ou chefia. c) servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, desde que já adquirida estabilidade.d) servidores públicos ocupantes de cargo ou emprego públicos, desde que investidos em suas funções há pelo menos três anos. e) ocupantes de cargo efetivo ou investidos em cargo ou função públicas, desde que tenham se submetido a concurso público para admissão. Comentários. A alternativa correta é a letra A, por se a única conforme o artigo 1º da Lei nº 8.429/92. •Agentes públicos que praticam os atos •Particulares que induzam ou concorram para os atos Sujeitos Ativos • Administração Pública •Entidade que receba recursos públicos Sujeito Passivos Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 6 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Gabarito: A. As sanções detalhadas na lei têm caráter administrativo, civil e político, não tendo caráter penal. O que ocorre é que a esfera penal é independente e pode perfeitamente ser acumulada com as sanções previstas na lei de improbidade administrativa. O mesmo vale para a esfera administrativa, podendo o servidor ser punido independentemente da Lei nº 8.429/92. Vamos revisar a questão da independência das esferas administrativa, civil e penal: em regra são independentes, mas a esfera penal pode interferir nas demais esferas. Isso ocorre porque o processo penal é em regra mais criterioso e rígido que os demais. Dado isso, se servidor for condenado na esfera penal ou absolvido por inexistência de fato ou ausência de autoria ocorrerá a interferência nas demais esferas. (FGV / Engenheiro Civil / TJ-SC / 2018) Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes do Estado de Santa Catarina serão punidos na forma da Lei nº 8.429/92, que se aplica em todos os níveis da federação. Nesse contexto, o ato de improbidade administrativa tem natureza de ilícito: a) criminal, passível de sanções como a suspensão dos direitos políticos e a perda da função pública, que são aplicadas pelo juízo criminal; b) administrativo, passível de sanções como a perda da função pública e o ressarcimento ao erário, que são aplicadas mediante regular processo administrativo; c) disciplinar, passível de sanções como a perda da função pública e a proibição de contratar com o Poder Público, que são aplicadas mediante regular processo administrativo; Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 7 de 20 www.exponencialconcursos.com.br d) cível, passível de sanções como a suspensão dos direitos políticos e a perda da função pública, que são aplicadas pelo juízo cível; e) político, passível de sanções como a suspensão dos direitos políticos e a proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais, que são aplicadas pela respectiva casa legislativa. Comentários. A alternativa correta é a letra D, pois as sanções por improbidade administrativa têm caráter cível. Gabarito: D. A Lei nº 8.429/92 define três grupos de condutas, prevendo em seus artigos o grupo em que cada conduta é enquadrada. Os grupos são: ✓ Enriquecimento ilícito; ✓ Que causem prejuízo ao erário; e ✓ Que atentem contra os princípios da APU. Nitidamente, a Lei impõe uma hierarquia, em que a conduta mais gravosa é o enriquecimento ilício e a menos gravosa as condutas que atentem contra os princípios da APU. Esquema 3 – Atos de improbidade Os atos de improbidade administrativa independem da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público e da aprovação/rejeição das contas por órgão julgador. Na fixação das penas, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. Enriquecimento ilícito Prejuízo ao erário Atentem contra princípio da APU Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 8 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Segundo entendimento do STJ, para configurar improbidade administrativa é necessário o elemento subjetivo. No caso de enriquecimento ilícito e ofensa aos princípios da Administração Pública, deve haver dolo e na hipótese de prejuízo ao erário, deve existir no mínimo culpa. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Com o intuito de evitar denuncias arbitrárias, a lei define que constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Esse crime tem pena de detenção de seis a dez meses e multa. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades devidas. Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista na Lei nº 8.112/90 (PAD federal). A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade, que poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à Procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. Para apurar qualquer ilícito previsto na Lei nº 8.429/92, o Ministério Público poderá de ofício, a requerimento de autoridade administrativa, ou mediante representação, requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo. Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 9 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Esquema 4 – Atuação do MP A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada (legitimados ativos), dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar, se tiver sido solicitada. Segundo a doutrina, a ação de improbidade administrativaé uma espécie de ação civil pública e por isso seguirá o rito definido na Lei nº 7.347/85 (lei da ação civil pública) quando a lei de improbidade administrativa for omissa. O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas. Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la (transforma em processo) e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito, sendo vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade. Atuação do MP de ofício (tomar conhecimento da irregularidade) a requerimento da autoridade administrativa originado de representação Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 10 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Esquema 5 – Ação de improbidade administrativa A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória, sendo possível que a autoridade judicial ou administrativa competente determine o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. Obviamente, tal medida visa o bom andamento do processo e não punir o acusado. Em termos de foro para julgamento, é importante frisar que, segundo entendimento do STF, as autoridades com foro privilegiado previsto na CF/88 só têm tal prerrogativa na esfera penal e não nas ações de natureza civil, como a ação de improbidade administrativa. A Lei nº 10.628/02 procurou mudar tal entendimento, estabelecendo que a ação de improbidade administrativa deveria acompanhar a regra de foro da esfera penal e que tal prerrogativa seria mantida inclusive se os inquéritos fossem iniciados após a cessação do exercício da função pública. Tais dispositivos foram declarados inconstitucionais pelo STF por entender que suas competências dever ser estabelecidas na própria CF/88 e que são taxativas. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na lei de improbidade prescrevem em cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança. Se forem faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público o prazo prescricional será o definido em lei específica nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. Procedente a ação Pagamento Reversão dos bens Vedada transação, acordo ou conciliação Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 11 de 20 www.exponencialconcursos.com.br (CESPE / Analista do MPU / MPU/ 2015) Com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992 e nos preceitos de ética, moral e cidadania, julgue o item seguinte. Em razão do caráter meramente exemplificativo do rol de condutas que caracterizam os atos de improbidade administrativa, poderá ser cometido ato de improbidade ainda que a infração praticada pelo agente público não esteja descrita na Lei de Improbidade Administrativa. Comentários. Afirmativa correta. Como vimos, a lista de condutas definidas na Lei é meramente exemplificativa. Gabarito: Certo. Vejamos a seguir cada uma das condutas em detalhes. Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas anteriormente. Independente do que for verificado nas esferas penais, civis e administrativas, o responsável estará sujeito às seguintes sanções (que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente), a depender da gravidade dos fatos: • Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; • Ressarcimento integral do dano, quando houver; • Perda da função pública; • Suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos; • Pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial; • Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos. As condutas listadas na lei como situação de enriquecimento ilícito são: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou Enriquecimento Ilícito Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 12 de 20 www.exponencialconcursos.com.br indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas anteriormente por preço superior ao valor de mercado; III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas anteriormente; VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrentedas atribuições do agente público, durante a atividade; IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas anteriormente; XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas anteriormente. (FCC / Técnico Judiciário / TRF4 / 2019) Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 13 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Ademar, ocupante de cargo em comissão em empresa pública, recebia pagamentos para não certificar o inadimplemento de entidades conveniadas que não apresentavam prestação de contas na forma convencionada, o que seria obrigação do servidor. Com isso, as entidades em questão não eram intimadas a devolver os recursos recebidos. Independentemente do vínculo jurídico firmado entre a empresa pública e as entidades mencionadas, a) o servidor público pode ser responsabilizado por ato administrativo que gera prejuízo ao erário, desde que se confirme e comprove que agiu com dolo e má- fé. b) o empregado em questão não poderá ser responsabilizado por ato de improbidade, porque não possui vínculo estatutário com a empresa pública. c) a empresa pública não se enquadra na condição de sujeito passivo de improbidade, porque possui geração de receitas próprias e fins lucrativos, podendo a conduta, no entanto, tipificar ilícito penal. d) diante do comprovado enriquecimento ilícito do servidor, que intencionalmente deixou de emitir certidão declarando a inadimplência das entidades, resta tipificado ato de improbidade. e) o servidor não poderá ser processado por ato de improbidade que gera prejuízo ao erário, eis que descaracterizado o enriquecimento ilícito pelo fato de os recursos não advirem do Tesouro. Comentários. A alternativa correta é a letra D, conforme consta do artigo 9º, X, da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; Gabarito: D. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades mencionadas anteriormente. Independente do que for verificado nas esferas penais, civis e administrativas, o responsável estará sujeito às seguinte sanções (que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente), a depender da gravidade dos fatos: Atos de Improbidade que gerem prejuízo ao erário Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 14 de 20 www.exponencialconcursos.com.br • Ressarcimento integral do dano; • Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância; • Perda da função pública; • Suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; • Pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano; • Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos. As condutas listadas na lei como situação de enriquecimento ilícito são: I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas anteriormente; II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas anteriormente, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas anteriormente, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas anteriormente, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 15 de 20 www.exponencialconcursos.com.br X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas anteriormente, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei; XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administraçãopública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (FCC / Analista Legislativo / ALAP / 2020) A Lei de Improbidade Administrativa, Lei nº 8.429, de 02/06/1992, estabelece um regime de responsabilidade aplicável aos agentes públicos que cometerem atos considerados ímprobos, ali qualificados em várias espécies. Torquato Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 16 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Mendes é Secretário Municipal de Educação e ordenador de despesa, tendo determinado a contratação de obra pública para a construção de creche, sem que houvesse previsão na respectiva legislação orçamentária. Nessa hipótese, conclui-se que a) não há como responsabilizar o Secretário Municipal, visto que tal regime de responsabilidade não se aplica aos agentes políticos. b) ocorreu ato de improbidade administrativa, que causa prejuízo ao erário. c) não ocorreu ato de improbidade, pois se trata de obra voltada ao atendimento de interesse público relevante. d) ocorreu ato de improbidade administrativa, que atenta contra os princípios da Administração pública. e) ocorreu ato de improbidade administrativa, que importa enriquecimento ilícito. Comentários. A alternativa correta é a letra B, conforme previsto no dispositivo reproduzido abaixo. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; Gabarito: B. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições. Independente do que for verificado nas esferas penais, civis e administrativas, o responsável estará sujeito às seguinte sanções (que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente), a depender da gravidade dos fatos: • Ressarcimento integral do dano, se houver; • Perda da função pública; • Suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos; • Pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente; Atos de Improbidade que atentem contra os princípios da APU Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 17 de 20 www.exponencialconcursos.com.br • Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. As condutas listadas na lei como situações que atentem contra princípios da Administração Pública são: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais; V - frustrar a licitude de concurso público; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação. X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (FCC / Técnico Judiciário / TRT2 / 2018) Servidor que lança mão de seu cargo para viabilizar acesso a informações privilegiadas referentes a concurso público a) comete ato de improbidade, na modalidade que gera enriquecimento ilícito, dispensado, portanto, dolo para sua configuração. b) incide em ato de improbidade que gera prejuízo ao erário, ainda que não comprovados referidos danos, porque presumidos pela gravidade da conduta. c) incide em ato de improbidade que gera prejuízo ao erário, sendo indispensável a prova do dolo no cometimento da ação antijurídica. Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 18 de 20 www.exponencialconcursos.com.br d) comete ato de improbidade se o faz dolosamente, elemento subjetivo essencial à configuração de todas as modalidades de conduta improba. e) incide em ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração, que exige prova de dolo, ainda que este elemento subjetivo não venha a ser imprescindível para a responsabilização do servidor em outras esferas. Comentários. A alternativa correta é a letra E, conforme o artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; V - frustrar a licitude de concurso público; Gabarito: E. Em 2016 houve alteração na Lei de Improbidade Administrativa, com a adição do artigo 10-A, que traz mais uma espécie de ato de improbidade. Vejamos. Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Para entendermos completamente o artigo acima transcrito, necessário conhecermos o dispositivo ao qual ele faz menção, o artigo 8º-A, § 1º, da Lei Complementar nº 116/2003, lei que regula o ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza). Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). § 1o O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei Complementar. Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 19 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Portanto, resumindo a informação exposta acima, temos novo ato de improbidade que será a concessão de benefício fiscal sob qualquer espécie, fazendo com que a carga tributária do ISS resulte menor que a mínima. A lei também trouxe as penalidades possivelmenteaplicadas ao caso. Que serão, isolada ou cumulativamente: ➢ Perda da função pública; ➢ Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos; ➢ Multa civil de até 3 vezes o valor do benefício concedido. Esquema 6 – Atos - características Atentem contra os princípios da APU Prejuízo ao erário Enriqueciment o ilícito Benefício indevido Suspensão dos direitos políticos 3 – 5 anos 5 – 8 anos 8 – 10 anos 5 – 8 anos Multa 100 vezes remuneração 2 vezes o valor do dano Até 3 vezes o acréscimo patrimonial 3 vezes o benefício Proibição de contratar ou receber benefício do 3 anos 5 anos 10 anos Não há Enriquecimento Ilícito Pode ou não haver prejuízo ao erário Agente se beneficie com acréscimo patrimonial Prejuízo ao erário Há prejuízo ao erário Agente NÃO se beneficia com acréscimo patrimonial Atentem contra princípios da APU Não há prejuízo ao erário Agente NÃO se beneficia com acréscimo patrimonial Direito Administrativo - Teoria Professor Jonatas Albino do Nascimento Prof. Jonatas Albino do Nascimento 20 de 20 www.exponencialconcursos.com.br Poder Público Esquema 7 – Sanções - resumo O quadro e o esquema acima são muito importantes e trazem um remuso da matéria, estude-os com atenção. (FCC / Assistente Legislativo / ALAP / 2020) A Lei de Improbidade (Lei nº 8.429/92) prevê a aplicação de sanções àqueles que praticarem condutas caracterizadas como atos de improbidade. É sanção prevista na referida lei: a) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, por prazo de três a dez anos, a depender do tipo de improbidade cometida. b) confisco de ativos, em montante correspondente ao quádruplo da lesão ocasionada ao erário. c) pena privativa de liberdade, em regime de reclusão, de três a oito anos, a depender do tipo de improbidade cometida. d) perda da nacionalidade brasileira, para os agentes que forem brasileiros naturalizados. e) liquidação compulsória das empresas que se envolverem em atos de improbidade. Comentários. A alternativa correta é a letra A, por ser a única a trazer sanção prevista na Lei de Improbidade Administrativa. Gabarito: A. A nossa aula termina aqui. Não deixe de fazer revisões e postar suas dúvidas no nosso fórum ! Te esperamos na próxima aula ! Bons estudos! Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br CESPE 1. (CESPE / Técnico Ministerial / MPE-CE / 2020) Acerca da responsabilidade civil do Estado e de improbidade administrativa, julgue o item seguinte. Nas ações de improbidade administrativa, a única função do Ministério Público é atuar obrigatoriamente como fiscal da ordem jurídica. Comentários. Afirmativa incorreta, pois esta não é a única função do MP, podendo promover a propositura da ação e atuar no polo ativo da ação. Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. Gabarito 1. Errado. 2. (CESPE / Técnico Ministerial / MPE-CE / 2020) Considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue o item a seguir. As disposições da Lei n.º 8.429/1992 são aplicáveis àquele que induzir um agente a praticar ato ímprobo. Comentários. Afirmativa correta, conforme artigo 3º da lei. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Gabarito 2. Certo. 3. (CESPE / Técnico Ministerial / MPE-CE / 2020) Considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue o item a seguir. Questões Comentadas Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br O sucessor daquele que enriquecer ilicitamente estará sujeito às cominações da Lei de Improbidade Administrativa até o limite do valor da herança. Comentários. Afirmativa correta, conforme consta do artigo 8º da lei. Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. Gabarito 3. Certo. 4. (CESPE / Analista Judiciário / STM / 2018) À luz da Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, julgue o item a seguir. É imprescindível a ocorrência de dolo para a tipificação, como ato de improbidade administrativa, da conduta de agente público que cause prejuízo ao erário. Comentários. Afirmativa incorreta em face do que consta do artigo 10 da lei. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: Gabarito 4. Errado. 5. (CESPE / Analista Judiciário / STM / 2018) À luz da Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, julgue o item a seguir. Além dos servidores públicos, são considerados sujeitos ativos de atos de improbidade administrativa os notários e registradores, que podem sofrer as penalidades previstas na lei em apreço. Comentários. Afirmativa correta, conforme consta do artigo 2º. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br Gabarito 5. Certo. 6. (CESPE / Técnico Judiciário / STM / 2018) Conforme a Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, o agente público que revelar, para pessoa de sua confiança, fato de que tem ciência em razão de suas atribuições e sobre o qual deveria manter segredo cometerá conduta antiética, não se configurando, nesse caso, ato de improbidade administrativa. Comentários. Afirmativa incorreta, pois a conduta consta da lei. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; Gabarito 6. Errado. 7. (CESPE / Técnico Judiciário / STM / 2018) Conforme a Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, se um agente público regularmente processado e condenado por ter causado lesão ao patrimônio público vier a falecer antes de submeter-se às penalidades que lhe tiverem sido impostas, estas não poderão afetar os seus sucessores, tampouco atingir a herança. Comentários. Afirmativa incorreta, pois há o comando no artigo 8º da lei. Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. Gabarito 7. Errado. 8. (CESPE / Delegado / Polícia Federal / 2018) João, servidor público responsável pelo setor financeiro de uma autarquia federal, sem observar as formalidades legais necessárias, facilitou a incorporação, ao patrimônio particular de entidade privada sem fins lucrativos, de valores aela repassados mediante a celebração de parceria. Nessa situação hipotética, conforme a legislação e a doutrina a respeito de improbidade administrativa e regime disciplinar do servidor público federal. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br João poderá ser responsabilizado pela prática de ato de improbidade administrativa causador de prejuízo ao erário. Comentários. Afirmativa correta, pois essa conduta consta tipificada na lei. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; Gabarito 8. Certo. 9. (CESPE / Delegado / Policia Federal / 2018) João, servidor público responsável pelo setor financeiro de uma autarquia federal, sem observar as formalidades legais necessárias, facilitou a incorporação, ao patrimônio particular de entidade privada sem fins lucrativos, de valores a ela repassados mediante a celebração de parceria. Nessa situação hipotética, conforme a legislação e a doutrina a respeito de improbidade administrativa e regime disciplinar do servidor público federal, João poderá ser condenado, no âmbito judicial, ao ressarcimento integral do dano, à suspensão dos seus direitos políticos e ao pagamento de multa. Comentários. Afirmativa correta, em face da hipótese constante do artigo 10, XVI, e da previsão constante do artigo 12, II, ambos da Lei de Improbidade Administrativa. Vejamos os dispositivos. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; Gabarito 9. Certo. 10. (CESPE / Delegado / Policia Federal / 2018) Com base nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do STJ acerca dos aspectos processuais da ação civil pública de responsabilização por atos de improbidade, julgue o item a seguir. Constatado indício de ato ímprobo, fica autorizado o recebimento fundamentado da petição inicial, devendo prevalecer, no juízo preliminar, o princípio do in dubio pro societate e cabendo, contra a decisão que receber a petição inicial, o agravo de instrumento. Comentários. Afirmativa correta. A questão nos cobra o conhecimento do artigo 17 da Lei de Improbidade Administrativa e jurisprudência do STJ. Vejamos. Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. § 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. DIREITO ADMINISTRATIVO. REQUISITOS PARA A REJEIÇÃO SUMÁRIA DE AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (ART. 17, § 8º, DA LEI 8.429/1992). Após o oferecimento de defesa prévia prevista no § 7º do art. 17 da Lei 8.429/1992 – que ocorre antes do recebimento da petição inicial –, somente é possível a pronta rejeição da pretensão deduzida na ação de improbidade administrativa se houver prova hábil a evidenciar, de plano, a inexistência de ato de improbidade, a improcedência da ação ou a inadequação da via eleita. Isso porque, nesse momento processual das ações de improbidade administrativa, prevalece o princípio in dubio pro societate. Esclareça-se que uma coisa é proclamar a ausência de provas ou indícios da materialização do ato ímprobo; outra, bem diferente, é afirmar a presença de provas cabais e irretorquíveis, capazes de arredar, prontamente, a tese da ocorrência do ato ímprobo. Presente essa última hipótese, aí sim, deve a ação ser rejeitada de plano, como preceitua o referido § 8º da Lei 8.429/1992. Entretanto, se houver Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br presente aquele primeiro contexto (ausência ou insuficiência de provas do ato ímprobo), o encaminhamento judicial deverá operar em favor do prosseguimento da demanda, exatamente para se oportunizar a ampla produção de provas, tão necessárias ao pleno e efetivo convencimento do julgador. Com efeito, somente após a regular instrução processual é que se poderá concluir pela existência de: (I) eventual dano ou prejuízo a ser reparado e a delimitação do respectivo montante; (II) efetiva lesão a princípios da Administração Pública; (III) elemento subjetivo apto a caracterizar o suposto ato ímprobo. REsp 1.192.758-MG, Rel. Originário Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. Para acórdão Min. Sérgio Kukina, julgado em 4/9/2014. Gabarito 10. Certo. 11. (CESPE / Delegado / Policia Federal / 2018) Com base nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do STJ acerca dos aspectos processuais da ação civil pública de responsabilização por atos de improbidade, julgue o item a seguir. Embora não haja litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e os terceiros beneficiados com o ato ímprobo, é inviável que a ação civil por improbidade seja proposta exclusivamente contra os particulares, sem concomitante presença do agente público no polo passivo da demanda Comentários. Afirmativa correta. A questão nos obra jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. “Para que o terceiro seja responsabilizado pelas sanções da Lei nº 8.429/92 é indispensável que seja identificado algum agente público como autor da prática do ato de improbidade. Assim, não é possível que a propositura da ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passível da demanda.” ATJ. Resp 1.171.017-PA. Gabarito 11. Certo. 12. (CESPE / Delegado / Policia Federal / 2018) Com base nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do STJ acerca dos aspectos processuais da ação civil pública de responsabilização por atos de improbidade, julgue o item a seguir. Situação hipotética: Em uma ação de improbidade administrativa com pedido cumulado de ressarcimento aoerário, foi decretada a indisponibilidade de bens. Por ocasião da sentença, o juiz reconheceu a prescrição da pretensão de impor Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br sanções decorrentes dos atos de improbidade. Assertiva: Nessa situação, a medida de indisponibilidade de bens deverá ser revogada. Comentários. Afirmativa incorreta. A questão nos cobra jurisprudência do STF a respeito da imprescritibilidade das ações de ressarcimento ao erário. “São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas em prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. (STF, Plenário. RE 852475/SP)”. Gabarito 12. Errado. 13. (CESPE / Conhecimentos Básicos / FUB / 2018) José, servidor público federal estável, praticou, no ano de 2017, ato de improbidade administrativa no exercício das atribuições de seu cargo, tendo causado prejuízo ao erário. Por isso, ele respondeu a processo administrativo disciplinar, no qual teve assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório. Ao final do processo, José foi demitido e condenado ao ressarcimento integral do dano causado, nos termos da lei. Nessa situação hipotética, de acordo com os dispositivos do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, da Lei n.o 8.429/1992 e os princípios e normas de ética do servidor público, José não poderá ser responsabilizado pelo ato de improbidade administrativa que praticou nas esferas civil e penal, uma vez que já foi apenado administrativamente. Comentários. Afirmativa incorreta, conforme consta do artigo 12 da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: Gabarito 13. Errado. 14. (CESPE / Técnico Judiciário / STM / 2018) Conforme a Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992 —, se um agente público regularmente processado e condenado por ter causado lesão ao patrimônio público vier a falecer antes de submeter-se às penalidades que lhe tiverem sido impostas, estas não poderão afetar os seus sucessores, tampouco atingir a herança. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br Comentários. Afirmativa incorreta. A questão vai de encontro ao que consta do artigo 8º da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança. Gabarito 14. Errado. 15. (CESPE / Conhecimentos Básicos / STJ / 2018) Considerando os conceitos, princípios e valores da ética e da moral, bem como o disposto na Lei n.º 8.429/1992, julgue o item a seguir. As sanções aplicáveis nos casos de enriquecimento ilícito são cabíveis apenas para agentes públicos, excluindo-se a possibilidade de responsabilização administrativa de pessoa que não exerça mandato, cargo, emprego ou função administrativa. Comentários. Afirmativa incorreta. O artigo 3º da Lei de Improbidade Administrativa torna a questão incorreta. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Gabarito 15. Errado. 16. (CESPE / Conhecimentos Básicos / STJ / 2018) Considerando os conceitos, princípios e valores da ética e da moral, bem como o disposto na Lei n.º 8.429/1992, julgue o item a seguir. O servidor público que atrasa a realização de ato que deveria promover de ofício não atenta contra os princípios da administração pública, ao contrário do que ocorre com aqueles que deixam de praticar o referido ato. Comentários. Afirmativa incorreta, diante da hipótese de que consta do artigo 11, II, da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br Gabarito 16. Errado. 17. (CESPE - AJ - TRE GO - judiciária/2015) Acerca de improbidade administrativa e controle da administração pública, julgue o item a seguir. Embora possa corresponder a crime definido em lei, o ato de improbidade administrativa, em si, não constitui crime. Comentários. Perfeito o item. As condutas definidas na Lei 8429/92 podem configurar crime, mas a ação de improbidade administrativa por sí só não tem natureza penal. Gabarito 17. Certo. 18. (CESPE - Ana MPU - Apoio Técnico Administrativo - Atuarial/2015) Com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992 e nos preceitos de ética, moral e cidadania, julgue o item seguinte. Em razão do caráter meramente exemplificativo do rol de condutas que caracterizam os atos de improbidade administrativa, poderá ser cometido ato de improbidade ainda que a infração praticada pelo agente público não esteja descrita na Lei de Improbidade Administrativa. Comentários. Como vimos, a lista de condutas definidas na Lei é meramente exemplificativa. Gabarito 18. Certo. 19. (CESPE/2015/FUB/Administrador) No que tange à improbidade administrativa e ao processo administrativo federal, julgue o seguinte item. Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa, verifica-se que os órgãos da administração direta e indireta dos três poderes e de qualquer um dos entes federados configuram-se como sujeitos passivos imediatos do ato caracterizado pela improbidade administrativa. Comentários. Segundo o artigo 1º da Lei 8.429/92, dentre os sujeitos passivos de atos caracterizados como improbidade administrativa estão: Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Gabarito 19. Certo. 20. (CESPE/2015/FUB/Assistente em Administração) Julgue o item subsecutivo, com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992. Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as formalidades necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido ganho pessoal nem causado dano ao erário, não comete improbidade administrativa. Comentários. O servidor comete improbidade administrativa no caso narrado, nos termos do artigo 10 da Lei 8.429/92: Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; Gabarito 20. Errado. 21. (CESPE/2015/FUB/Assistente em Administração) Julgue o item subsecutivo,com base nas disposições da Lei n.º 8.429/1992. Organização privada que não possua a maior parte do seu patrimônio formada por capital público poderá ser vítima de improbidade administrativa, caracterizando-se como sujeito passivo. Comentários. Os sujeitos passivos de atos de improbidade estão elencados no artigo 1o da Lei 8.429/92: Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Gabarito 21. Certo. 22. (CESPE - AnaTA SUFRAMA - Geral/2014) Com base nas disposições da Lei n.° 8.429/1992, julgue o item a seguir. A ação de improbidade que vise ressarcir integralmente o patrimônio público da lesão ocorrida poderá importar na indisponibilidade dos bens do servidor que praticou o ato de forma dolosa. No entanto, caso o ato tenha sido praticado de forma culposa, o servidor não poderá responder patrimonialmente, uma vez que estará configurada a culpa in eligendo da administração pública, a contratante. Comentários. Como vimos, a responsabilização dos agentes públicos é do tipo subjetiva e pode ser caracterizada também no caso de culpa. Gabarito 22. Errado. 23. (CESPE - ACE - TC-DF/2014) Com relação a contratos, união estável e improbidade administrativa, julgue o item subsequente. O herdeiro de deputado distrital que tenha, no exercício do mandato, ocasionado lesão ao patrimônio público e enriquecido ilicitamente está sujeito às cominações da Lei de Improbidade Administrativa, mas somente até o limite do valor da herança recebida. Comentários. Perfeito o item, conforme ensinamento acima. Gabarito 23. Certo. 24. (CESPE - AnaTA SUFRAMA/Geral/2014) Com base nas disposições da Lei n.° 8.429/1992, julgue o item a seguir. Considere que determinada regra exige licença ambiental para liberação de financiamento de projeto empresarial na cidade de Manaus. Nesse caso, se um servidor da SUFRAMA autorizar a liberação de verba da autarquia para Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br financiamento de atividade empresarial cuja licença ambiental esteja irregular, ele poderá figurar como réu em ação de improbidade. Comentários. A conduta detalhada está prevista como conduta que gere prezuído ao erário: “liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular”. Notem que não é necessário decorar a lei. É só pensar: Teve prejuízo ao erário? SIM! Houve enriquecimento ilícito? NÃO!!! Gabarito 24. Certo. 25. (CESPE/2014/MPE-AC/Promotor de Justiça/ADAPTADA) A respeito dos agentes públicos e da improbidade administrativa, julgue o item que se segue. Segundo entendimento do STJ, não configura ato de improbidade administrativa a conduta de professor da rede pública de ensino que, aproveitando-se dessa condição, assedie sexualmente seus alunos. Comentários. Questão Incorreta. Segundo o STJ (2a Turma: configurou improbidade administrativa a conduta de professor que se aproveitou do cargo para assediar alunas), é ato de improbidade apesar dos sujeitos passivos previstos na Lei 8429/92 serem a Administração Pública (em sua acepção mais ampla) ou entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra. Gabarito 25. Errada. FCC 26. (FCC / Analista Legislativo / ALAP / 2020) No que se refere aos sujeitos ativos de atos de improbidade, podem sê-lo, dentre outros, os a) diretores de empresas estatais, no âmbito da Administração Indireta, e titulares de cargo efetivo e ocupantes de cargos em comissão, na Administração Direta. b) titulares de cargo efetivo, empregados públicos e ocupantes de cargos em comissão, desde que ocupem funções de direção ou chefia. c) servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, desde que já adquirida estabilidade. d) servidores públicos ocupantes de cargo ou emprego públicos, desde que investidos em suas funções há pelo menos três anos. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br e) ocupantes de cargo efetivo ou investidos em cargo ou função públicas, desde que tenham se submetido a concurso público para admissão. Comentários. A alternativa correta é a letra A, por se a única conforme o artigo 1º da Lei nº 8.429/92. Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Gabarito 26. A. 27. (FCC / Assistente Legislativo / ALAP / 2020) A Lei de Improbidade (Lei nº 8.429/92) prevê a aplicação de sanções àqueles que praticarem condutas caracterizadas como atos de improbidade. É sanção prevista na referida lei: a) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, por prazo de três a dez anos, a depender do tipo de improbidade cometida. b) confisco de ativos, em montante correspondente ao quádruplo da lesão ocasionada ao erário. c) pena privativa de liberdade, em regime de reclusão, de três a oito anos, a depender do tipo de improbidade cometida. d) perda da nacionalidade brasileira, para os agentes que forem brasileiros naturalizados. e) liquidação compulsória das empresas que se envolverem em atos de improbidade. Comentários. A alternativa correta é a letra A, por ser a única a trazer sanção prevista na Lei de Improbidade Administrativa. Gabarito 27. A. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br 28. (FCC / Analista Legislativo / ALAP / 2020) A Lei de Improbidade Administrativa, Lei nº 8.429, de 02/06/1992, estabelece um regime de responsabilidade aplicável aos agentes públicos que cometerem atos considerados ímprobos, ali qualificados em várias espécies. Torquato Mendes é Secretário Municipal de Educação e ordenador de despesa, tendo determinado a contratação de obra pública para a construção de creche, sem que houvesse previsão na respectiva legislação orçamentária. Nessa hipótese,conclui-se que a) não há como responsabilizar o Secretário Municipal, visto que tal regime de responsabilidade não se aplica aos agentes políticos. b) ocorreu ato de improbidade administrativa, que causa prejuízo ao erário. c) não ocorreu ato de improbidade, pois se trata de obra voltada ao atendimento de interesse público relevante. d) ocorreu ato de improbidade administrativa, que atenta contra os princípios da Administração pública. e) ocorreu ato de improbidade administrativa, que importa enriquecimento ilícito. Comentários. A alternativa correta é a letra B, conforme previsto no dispositivo reproduzido abaixo. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; Gabarito 28. B. 29. (FCC / Técnico Judiciário / TRF4 / 2019) Ademar, ocupante de cargo em comissão em empresa pública, recebia pagamentos para não certificar o inadimplemento de entidades conveniadas que não apresentavam prestação de contas na forma convencionada, o que seria obrigação do servidor. Com isso, as entidades em questão não eram intimadas a devolver os recursos recebidos. Independentemente do vínculo jurídico firmado entre a empresa pública e as entidades mencionadas, a) o servidor público pode ser responsabilizado por ato administrativo que gera prejuízo ao erário, desde que se confirme e comprove que agiu com dolo e má- fé. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br b) o empregado em questão não poderá ser responsabilizado por ato de improbidade, porque não possui vínculo estatutário com a empresa pública. c) a empresa pública não se enquadra na condição de sujeito passivo de improbidade, porque possui geração de receitas próprias e fins lucrativos, podendo a conduta, no entanto, tipificar ilícito penal. d) diante do comprovado enriquecimento ilícito do servidor, que intencionalmente deixou de emitir certidão declarando a inadimplência das entidades, resta tipificado ato de improbidade. e) o servidor não poderá ser processado por ato de improbidade que gera prejuízo ao erário, eis que descaracterizado o enriquecimento ilícito pelo fato de os recursos não advirem do Tesouro. Comentários. A alternativa correta é a letra D, conforme consta do artigo 9º, X, da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; Gabarito 29. D. 30. (FCC / Técnico Judiciário / TRT2 / 2018) Servidor que lança mão de seu cargo para viabilizar acesso a informações privilegiadas referentes a concurso público a) comete ato de improbidade, na modalidade que gera enriquecimento ilícito, dispensado, portanto, dolo para sua configuração. b) incide em ato de improbidade que gera prejuízo ao erário, ainda que não comprovados referidos danos, porque presumidos pela gravidade da conduta. c) incide em ato de improbidade que gera prejuízo ao erário, sendo indispensável a prova do dolo no cometimento da ação antijurídica. d) comete ato de improbidade se o faz dolosamente, elemento subjetivo essencial à configuração de todas as modalidades de conduta improba. e) incide em ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração, que exige prova de dolo, ainda que este elemento subjetivo não venha a ser imprescindível para a responsabilização do servidor em outras esferas. Comentários. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br A alternativa correta é a letra E, conforme o artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; V - frustrar a licitude de concurso público; Gabarito 30. E. 31. (FCC / Técnico Ministerial / MPE-PB / 2015) Matheus, atualmente Deputado Estadual, é um renomado político do Estado da Paraíba, já tendo ocupado o cargo de Prefeito de um dos municípios do Estado. No início do ano de 2015, foi processado por improbidade administrativa por conduta praticada à época em que exerceu o cargo de Prefeito. Em sua defesa, sustentou que teve as contas aprovadas pelo respectivo Tribunal de Contas, razão pela qual não poderia sofrer as sanções previstas na Lei no 8.429/1992. A tese de defesa de Matheus a) acarreta sua exclusão da lide, por manifesta ilegitimidade. b) não impede a aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade. c) impede apenas a aplicação de sanção de caráter pecuniário. d) impede apenas a aplicação da sanção de suspensão dos direitos políticos. e) impede a aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade. Comentários. A alternativa correta é a letra B, que nos cobra o conhecimento literal do artigo 21 da Lei de Improbidade Administrativa. Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. Direito Administrativo Professor Jonatas Albino do Nascimento www.exponencialconcursos.com.br Gabarito 31. B. 32. (FCC / Analista Judiciário / TRT3 / 2015) Determinada empresa pública municipal contratou empregados, sob o regime celetista, sem concurso público. A grande maioria dos empregados foi cedida à Administração direta, que, sempre que dispunha de recursos, providenciava o pagamento dos salários, desonerando a empresa pública. Essa situação perdurou por anos, até que um dos empregados ajuizou reclamação trabalhista contra o Município, trazendo à tona o vínculo empregatício, o que motivou comunicação ao Ministério Público que, sem prejuízo de outras providências adotadas, ajuizou ação de improbidade contra o Prefeito e representantes legais da empresa pública. Considerando os tipos de atos de improbidade legalmente previstos, a conduta a) das autoridades e a dos administradores da empresa envolvidos configuram ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração, diante da contratação sem concurso público e da demonstração de dolo, respondendo solidariamente, embora prescindível a ocorrência de danos. b) do Prefeito não se enquadra em nenhuma das hipóteses, porque embora tenha participado do planejamento da solução para suprir a deficiência de servidores na Administração direta, a contratação sem concurso público foi feita pela empresa pública, de modo que somente os representantes legais da mesma podem ser responsabilizados. c) do Prefeito absorve as irregularidades praticadas pelos administradores da empresa, em razão do vínculo hierárquico e de subordinação, e, em razão do dolo comprovado, configura ato de improbidade que causa prejuízo ao erário. d) dos administradores da empresa e a do Prefeito configuram ato de improbidade que causa lesão ao erário, admitida a modalidade culposa, sendo prescindível
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