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SÍNDROME DISPÉPTICA

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4º aula – Clinica Médica II
Bruna Bonzi 
SÍNDROME DISPÉPTICA
Conteúdo da aula:
● Introdução / Epidemiologia 
● Quadro clínico 
● Diagnósticos diferenciais 
● Investigação diagnóstica 
● Tratamento 
● Caso clínico
INTRODUÇÃO / EPIDEMIOLOGIA 
➢ O termo dispepsia deriva do latim, e significa “má digestão”. Não é uma doença especifica e sim uma síndrome, onde temos vários sinais e sintomas. 
➢ Incidência alta = 25 a 40% da população geral.
 ➢ Prevalência mais alta em: 
· ➢ mulheres;
· ➢ fumantes;
· ➢ usuários de AINES;
· ➢ portadores de H. pylori. 
Nesses casos contamos ter uma prevalência mais alta da síndrome 
Representa 2 a 5% da procura por atendimentos na atenção primária. Ou seja, no inicio de carreira ou vai ser em um plantão de emerencia ou um atendimento em unidade básica, ubs, postinho... todo mês vai ter paciente com esssa síndrome dispe
 ➢ A dispepsia tem impacto negativo significativo na qualidade de vida → alterações no sono, dieta, e interferências nas atividades de trabalho e lazer. O paciente fica impactado pelos sintomas. 
➢ Apresenta diversas causas, com prognóstico e tratamento variados. 
➢ Deve-se conduzir uma investigação adequada, evitando despesas desnecessárias ao sistema de saúde e possíveis malefícios ao paciente. Temos que ter um racional para gerenciar os serviços de saúde. 
Mecanismos propostos: 
➢ Refluxo ácido gastro-esofágico seria uma possibilidade de causa 
➢ Disfunção motora gástrica seja causada por doenças, ex: Diabetes. 
➢ Hipersensibilidade visceral. Pode estar relacionada a causa não orgânicas. Cada pessoa tem a percepção da dor e sintomas da maneira diferente, depende do estado psicológico do paciente. 
➢ Outros fatores (H. pylori). 
Penitude pós-prandial: aquele empachamento depois que come. Come pouco e senti que comeu muito, fica empanzinado.
 A partir do momento que vc definiu que o paciente tem uma síndrome dispéptica, vc vai começar avaliar outras coisas para tentar descobrir se ele tem uma situação de bom pronostico ou mal prognostico, ver o que esta causando essa síndrome. E assim dar o tratamento especifico para o pacinte. Então para se fazer o dianostico eu tenho que ter os sintma por pelo menos 1 mês. 
Quando a gente vai a um rodízio ou exagera na comida e fica com a sensação de empachamento 1 a 2 dias, isso não é critério de síndrome dispéptica. Os sintomas descritos acima tem que persistir por pelo menos 1 mês. 
➢ São perguntas importantes na elucidação da síndrome: 
Durante a anamnese e avaliação e depois de ter caracterizado o paciente com síndrome dispéptica, é muito importante fazer algumas perguntas. 
➢Uso de medicamentos (em especial os AINES); 
Muitos pacientes tomam por conta própria e é um grande causador dessa síndrome dispéptica. 
➢Presença de sintomas de DRGE; 
➢Presença de sintomas digestórios baixos; 
Geralmente a síndrome dispéptica não cursa com sintomas digestórios baixos, então quando aparecer o paciente com esses sintomas, então pensamos em outros tipos de doenças. 
➢Presença de sinais ou sintomas de alarme. 
 Exame físico: é muito inespecífico 
➢Frequentemente é normal; 
➢Pode apresentar dor à palpação do abdome; uma dor abdominal difusa. 
➢Buscar por: adenomegalias; icterícia; ascite; massas palpáveis; visceromegalias... um paciente que esta com dispepsia e esta ictérico, provavelmente vai ter uma doença mais grave por traz disso. 
O objetivo do exame físico em um paciente dispéptico é procurar alterações que possam me sugerir que ele tenha uma doença mais grave. Na síndrome dispéptica deve ter um exame físico praticamente normal, no máximo uma dor no abdome inespecifica. 
 Os sinais de alarme vão indicar a possibilidade de uma doença grave subjacente que esta causando essa dispepsia no paciente. 
Perda de peso consideramos o valor de 10% do peso corporal em ate 6 meses. Ex: um paciente com 70 kg perde 7 kg em 6 meses, isso é uma perda significativa. Um paciente desse com sintomas dispépticos fatalmente ele deve ter uma doença grave por traz. 
O mnemônico pra síndrome dispéptica seria o VSAD. 
Sinal de alarme presente na dispepsia tem que abrir o olho, dá o sinal vermelho e fazer uma investigação, pois tem grande possibilidade de uma doença grave subjacente. 
O que são diagnósticos diferenciais? São possibilidades de diagnostico que podem explicar aquela situação. Diferentes etiologias que eu vou ter que ir excluindo as possibilidades de doenças ate chegar a uma e fazer o diagnóstico definitivo. 
DISPEPSIA FUNCIONAL é a dispepsia que não tem uma causa orgânica definida, uma doença funcional. 
➢ Doença benigna. 
➢ Cerca de 60% dos casos de síndrome dispéptica. Vão ter uma doença benigna, sem impacto prognóstico. 
Ou seja, a dispepsia funcional é a principal causa de síndrome dispéptica. 
O diagnóstico é clinico, assim como na síndrome dispéptica. Tem os mesmos critérios da síndrome, porém com o tempo de instalação diferente. 
Dentro da dispepsia funcional, pode-se fazer uma subdivisão de qual sintoma predomina naquele paciente. 
A maioria tem a síndrome do desconforto pós-prandial. O que importa é saber se o paciente tem ou não dispepsia funcional. 
Outra grande causa da Síndrome Dispéptica é a DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE). 
➢ Acomete cerca de 12% da população brasileira. 
➢ Havendo a presença dos sintomas típicos (azia, pirose e regurgitação ácida), facilita a diferenciação com outros quadros de dispepsia. Além dos sintomas dispépticos, o paciente vai apresentar os sintomas típicos da DRGE. 
O manejo do paciente vai ser através do algoritmo da DRGE. 
➢ Pode apresentar sintomas atípicos pulmonares (alguns podem ter: dispnéia, sibilância, tosse crônica). 
ÚLCERA PÉPTICA outra etiologia pra Síndrome Dispéptica. 
 ➢ Corresponde a cerca de 15 a 25% dos casos de dispepsia. Bem frequente. 
➢ Solução de continuidade na mucosa gástrica. Uma ferida na mucosa gástrica. 
➢ Decorre de maior produção ácida, ou da redução na resistência da mucosa. 
➢ Relacionada à infecção pelo H. pylori. Grande fator pra ulcera péptica. 
HELICOBACTER PYLORI ele por si só pode ser causa de Dispepsia. Além dele causar úlcera péptica e a úlcera da os sintomas de dispepsia, o paciente que ta só infectado com o H. pylori e não tem úlcera, ele pode ter os sintomas dispépticos. 
➢ Infecção muito prevalente → 70% da população em nosso meio. 
➢ Bactéria Gram-negativa, que infecta o estômago de forma crônica. 
➢ Tem relação com dispepsia, úlcera péptica, gastrite crônica, câncer gástrico e linfoma MALT do estômago. O H.pylori é um fator de risco pra todas essas doenças. 
➢ Em casos de úlcera péptica, a erradicação do H. pylori previne a recorrência da doença. 
➢ Para os casos de dispepsia, estima-se que a erradicação do H. pylori resolva os sintomas de apenas 10% dos casos. 
➢ A pesquisa da bactéria pode ser feita pela EDA, teste respiratório de uréia marcada, antígeno fecal, ou teste sorológico para determinação de anticorpo IgG. O teste mais usado é a pesquisa da bactéria. O antígeno fecal não é usado em nosso meio. O problema do teste sorológico é que ele pode permanecer detectável por muito tempo, depois que já erradicou, pode ser só uma cicatrização e não um sinal de infecção. 
Saber isso aqui➢ O uso de antissecretores pode reduzir a sensibilidade da pesquisa do H. pylori. O paciente que vai pesquisar H. pylori e faz o exame usando os prazóis da vida, pode vir um falso negativo. 
Erradicação do H. Pylori: 
Tratamento padrão: associação com 2 antibióticos 
✓ Claritromicina 500 mg 12/12h 
✓ Amoxicilina 1.000 mg 12/12h 
✓ IBP 12/12h 
- Duração: 7 dias. Para retratamento, utilizar 14 dias. 
- Eficácia: 85 a 90%. 
- Nos casos de H. pylori resistente, recomenda-se encaminhar ao especialista. Encaminhar para o gastro que ira fazer outras estratégias. 
Outra causa não péptica de sintomas da Síndrome Dispéptica seriam os medicamentos, vários medicamentos podem causar sintomas dispépticos. 
Todos esses podem dar a síndrome dispéptica, mas o rei do pedaço em relação à causa de dispepsia são os AINES, tem que ficar atento com isso!MALIGNIDADE outra causa de Dispepsia tbm. 
➢ Os cânceres gastroesofágicos respondem por menos de 2% dos casos de pacientes com dispepsia. Na presença de sinais de alarme, essa incidência aumenta. 
➢ Atentar para pacientes acima de 55 anos, com outros sinais de alarme, ou aqueles que não respondem ao tratamento padrão.
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA 
Como vamos fazer pra chegar ao diagnóstico etológico? 
A prescrição do inibidor de bomba de prótons ou bloqueador de H2 é por algumas semanas, se vc desconfiar que os sintomas sejam por causa do antiinflamatório. 
Paciente com sinais de alarme ou mais de 55 anos, eu não vou fazer tratamento empírico. Vamos solicitar endoscopia pra ele. 
Essa é uma proposta inglesa pra abordagem de dispepsia publicado agora em 2021, porém o raciocínio é bem parecido com o anterior, FOCAR NO ALGORITMO ANTERIOR! 
A diferença é que aqui eles consideram a idade de risco a partir dos 60 anos e não de 55. 
Aqui também baseado em organograma baseado no tratamento da dispepsia funcional. 
1ª coisa a se fazer é testar e tratar o H.pylori, inibidor de bomba de prótons dose plena. Essa figura mostra uma cascata de opções, não vamos fazer isso tudo junto, primeiro faz uma coisa, não resolveu vai mudando as opções de acordo com a cascata. 
A opção do tricíclico é interessante, pois como é uma dispepsia funcional e não orgânica, então ela pode ter um componente psicogênico importante e provavelmente a adição de um antidepressivo tricíclico pode alterar no mecanismo de alteração de sensibilidade visceral. 
Aqui é a mesma coisa, mas a referência é diferente. 
Essa paciente tem mais de 1 mês de sintoma. Tem os critérios da síndrome dispéptica. Um fator importante é se ela faz uso de antiinflamatório, nesse caso não relata esse uso. Então vamos analisar se ela te sintomas de refluxo, e nesse caso relata os sintomas de DRGE (azia e pirose retroesternal), então ela vai entrar naquele braço do algoritmo de tratamento especifico da doença do refluxo. 
Essa é uma paciente que teve uma recorrência dos sintomas, por isso solicitaram endoscopia e pesquisa de H.pylori, e ela mostrou uma ulcera duodenal cicatrizada. Então o que não poderia deixar de fazer pra esse paciente é a erradicação do H.pylori. 
Diagnóstico mais provável? 
SÍNDROME DISPÉPTICA por ÚLCERA PÉPTICA.
Próximo passo? 
ERRADICAÇÃO DO H. PYLORI E SUPRESSÃO DA ACIDEZ. POSSIBILIDADE DE REALIZAR EDA, devido o tipo de manifestação cínica desse paciente. 
MENSAGEM PARA CASA: NÃO ESQUECER 
Do critério de diagnóstico da Síndrome Dispéptica. 
As causas mais frequentes. As principais são as pépticas, as não pépticas a principal é a mais grave, por ex: a possibilidade de neoplasia e das não digestórias, lembrar dos antiinflamatórios. 
Não esquecer os sinais de alarme 
E ter em mente o algoritmo que facilita bastante na decisão de quando pedir ou não a endoscopia.

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