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Ór gão s do Sentido no Idoso órgãos do Sentido Milenia Greice R Costa PALADAR: Juntamente ao olfato, o paladar prepara o organismo para a digestão, estimulando secreções salivares, gástricas, pancreáticas e intestinais. Sendo o gosto classificado pela soma desses dois sentidos, existem cinco: amargo, ácido, salgado, doce e umami. O paladar e/ou a anosmia (incapacidade de detectar odores) ocorre mais em pessoas com mais de 65 anos e pode gerar falta de apetite, desnutrição e má escolha alimentar, fatores que geralmente acontecem frequentemente em idosos que moram sozinhos. Ageusia (perda da gustação); hipogeusia (redução da sensibilidade a estímulos gustativos) e disgeusia (sensações gustativas distorcidas) são comuns em usuários de medicamentos. Há terminações nervosas livres – derivadas dos nervos cranianos VII, IX e X, que troca informação com o trato solitário - espalhadas por toda a superfície lingual para detectar substâncias químicas presentes nos alimentos, alertar para riscos potenciais e determinar os sabores. Isso ocorre através da percepção da textura, temperatura, tato, dor e gustação. O número de papilas gustativas linguais não diminui com o envelhecimento, embora a concentração de células sensoriais em cada papila possa estar reduzida, afetando a capacidade gustativa de cada região da língua. Os idosos saudáveis tem redução apenas da gustação, de modo que a textura e temperatura são percebidas normalmente. Com isso, o sabor salgado não é tão percebido, contudo o doce permanece inalterado. O prazer gustativo já não é mais tão sentido, bem como se tem reduzida a capacidade de reconhecimento alimentos senti-los na boca – mudanças que podem se confundir com doenças em idosos, como estomatite, rinite, acidentes vasculares encefálicos, uso de fármaco (principalmente), déficit de Zn e outros. Queixas de boca seca são comuns em idosos, em destaque mulheres brancas que usam medicamentos. Diabéticos que usam medicamentos correm o risco de usarem açúcar em excesso. Suplementação de Zn tem sido sugerida para correção de paladar. Cáries e doenças periodontais reduzem o interesse pelas refeições por conta da dor, assim como problemas com próteses dentárias influenciam na gustação e alimentação. Essas que cobrem boa parte do palato duro afetam a propagação dos odores durante a mastigação, causando perda olfatória, mesmo que o epitélio seja saudável. Os pacientes submetidos a privações sensoriais desenvolvem mais frequentemente declínio cognitivo, isolamento social e transtornos depressivos, com maior risco de morte. Por isso é importante reconhecer quais sãos as alterações sensoriais e como ocorre. 1. OBS: O trato solitário, no tronco encefálico, também recebe e envia sinais a esôfago, estômago, intestino e fígado, de modo que se responsabiliza pelas secreções gástrica e pancreática. =>A gustação ocorre através da mastigação aquece o alimento e libera odores, causando sensações em cavidade oral, orofaringe e epitélio sensorial nasal. Além disso, envolve o SNC e determina o prazer e a satisfação com os alimentos. órgãos do Sentido Milenia Greice R Costa A capacidade de identificar odores é proveniente do lobo temporal medial (acometido na Doença de Alzheimer, nas demências e transtorno cognitivo leve) e é mais aguçada em mulheres. No epitélio olfatório da região superior da cavidade nasal, há células receptoras olfatórias que são neurônios bipolares, os quais são atingidos com a entrada de odor pelas narinas e orofaringe, o qual é diluído no muco nasal e despolarizante neuronal. O estímulo percorre o nervo e o bulbo olfatórios até o hipocampo, o complexo amidaloide e o hipotálamo, desencadeando a percepção do odor. Para que novos odores possam ser sentidos, as células são ciliadas para que o muco possa ser descartado. Pessoas tabagistas ou que sofram influência de substâncias nocivas ou traumas a esse epitélio nasal, o olfato desses indivíduos fica comprometido. Em especial nos idosos, o envelhecimento causa redução da secreção do muco nasal e da fluidez dele, assim como propicia substituição parcial do epitélio sensorial por mucosa respiratória, redução de espessura do epitélio e de concentração neuronal. 2.OLFATO: OBS 1: A doença de Parkinson compromete o olfato, portanto, quando se faz a avaliação cognitiva, geralmente, ela se associa à uma observação também do olfato. OBS 2: Se houver dano grave e irreversível na capacidade olfatória, os idosos deverão receber conselhos referentes à sua segurança: detectores de vazamentos de gás podem ser instalados na cozinha e no banheiro; as datas de vencimento dos alimentos industrializados devem ser respeitadas; comidas caseiras devem ser armazenadas em recipientes rotulados, identificando-se a data de preparo e quando deverão ser descartadas. central, que é a obtida a partir da fóvea (onde só há cones) ou de zonas de fixação preferencial na retina; periférica, que é originada de outras regiões da retina. redução do diâmetro pupilar a menos da metade (diminui visão no escuro); as reações pupilares se tornam lentas (reduz visão no escuro); o suporte gorduroso é perdido (olhos ficam mais profundos); há uma disfunção dos músculos extraoculares (perda de amplitude nas rotações oculares). Perdas no campo visual e glaucoma em idosos também determinam maior risco de acidentes automobilísticos com vítimas. Para pessoas de todas as idades, é mais difícil distinguir tons de azul e verde do que tons de amarelo e vermelho. 3. Visão: =>Ela compreende a capacidade de perceber, discriminar e interpretar estímulos luminosos entre 380 e 760 mm de comprimento de onda, os quais devem atravessar se refratar pela córnea, cristalino e corpo vítreo, atingindo a retina, a qual emite impulsos elétricos pela via óptica ao cérebro, que os infere, gerando imagens. Duas células trabalham para isso: cones, que geram imagem nítida e ricos detalhes, e os bastonetes, que funcionam em visão noturna ou de penumbra. =>A visão pode ser: OBS: Qualquer alteração em algum desses fatores provoca mudanças na marcha, com desequilíbrio, maior gasto energético, fraqueza muscular e quedas. => O envelhecimento traz consigo: OBS: => Presbiopia que é caracterizada pela perda da elasticidade da cápsula do cristalino, ocorre dificuldade no ajuste refrativo para enxergar alvos próximos. Desse modo, o idoso normal perde partes da capacidade de acomodação, da acuidade visual em meios com pouco contraste, da adaptação a ambientes escuros, da tolerância ao brilho, da capacidade de discriminar cores, da capacidade de leitura e do campo visual de processamento rápido. Assim, eles se tornam mais propícios a quedas, a acidentes de carro a noite. ATENÇÃO! A acuidade visual deve ser sempre avaliada, pois eles não costumam relatar as dificuldades por acharem normais, logo, desnecessárias. Além disso, a perda gradual da visão está relacionada com declínio cognitivo, doença cardíaca, artrose, hipertensão arterial sistêmica, quedas, fraturas de quadril, comprometimento da qualidade de vida, depressão, entre outras morbidades que tornam o idoso isolado socialmente. órgãos do Sentido Milenia Greice R Costa Degeneração Macular Relacionada com a Idade: é uma desordem degenerativa da mácula. Retinopatia Diabética: consequente da diabetes mellitus e pode ser proliferativa ou não por conta da multiplicação de vasos sanguíneos retinianos. Catarata: É a opacificação da lente do cristalino Glaucoma: caracterizada pelo aumento da pressão intraocular que causa danos ao nervo óptico e à retina, gerando degeneração do disco óptico, perda do campo visual periférico e incapacidade visual grave. Distúrbios da Visão 1. 2. 3. 4. As células sensoriais auditivas, altamente especializadas, se destruídas, não se regeneram. A perda auditiva pode ser: de condução (em que o estímulo sonoro se perde em estruturas do ouvido externo ou médio, sem atingir a cóclea), sensorineural (em que há problemas cocleares ou no nervo vestibulococlear) mista.4.Audição Os sons emitidos são ondas sonoras capazes de penetrar o ouvido externo, fazendo a membrana timpânica vibrar, logo, transmitindo ondas pelos ossículos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo) até a janela oval. Assim, ondas de compressão são criadas nos líquidos da cóclea (perilinfa e endolinfa), as quais são capazes de estimular o órgão de Corti, localizado sobre a membrana basilar. O estímulo mecânico às células ciliadas do órgão de Corti é, então, transformado em impulsos elétricos, que são transmitidos ao cérebro pelo nervo vestibulococlear/VIII. No SNC, a audição esta intimamente atrelada à linguagem, funções cognitivas e emocionais. OBS: A perda auditiva de condução também é chamada de periférica, enquanto a sensorineural é denominada de central. órgãos do Sentido Milenia Greice R Costa As alterações metabólicas decorrentes do diabetes mellitus levariam à hipoxia celular, com liberação de radicais livres de oxigênio, desestabilizando colágeno e microtúbulos celulares. Essas alterações levariam à apoptose celular, com perda auditiva. Distúrbios da Audição Presbiacusia – é uma doença degenerativa causada por lesões no órgão de Corti (perdas de sons de alta frequência), nos neurônios aferentes (com perda na capacidade de discriminar palavras), na estria vascular (com redução do volume do som ouvido), na membrana basilar (com perda de mais de 50 dB em todas as frequências) ou no sistema nervoso central (com dificuldade de compreender o som que é ouvido). => Os sons precisam ter maior intensidade para serem ouvidos e pode haver dificuldade para escutar os sons das letras “f”, “p”, “s” e “t”. Epidemiologia: Essa doença ocorre mais em afrodescendentes e em pessoas com DM, dislipidemia, HAS, doenças de vias respiratórias, infecções e uso de medicamentos. 5.Tato Os receptores para tato, pressão e vibração são terminações nervosas localizadas na pele. Os receptores para a propriocepção, por outro lado, localizam-se nas cápsulas das articulações, nos tendões e na musculatura esquelética. Após acioná-los, os receptores enviam estímulos pelos neurônios da medula espinal até o SNC. OBS: => Com o envelhecimento, há reduções na sensação de dor, vibração, frio, calor, pressão e toque por conta de deficiências microcirculatórias nos receptores periféricos, na medula ou córtex. => A perda da sensibilidade às alterações de temperatura faz com que os idosos estejam mais suscetíveis à hipotermia, queimaduras ou congelamento de extremidades. Do mesmo modo, a diminuição da sensibilidade à vibração faz com que haja lesões com mais facilidade, bem como a redução da propriocepção aumenta o risco de quedas e úlcera.
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