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O APARELHO PSÍQUICO- PROVA 2 PSCANÁLISE CLÍNICA

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Comentários às questões: PROVA 2- O APARELHO PSÍQUICO 
Questão 1. Gabarito C. Charcot foi um médico francês, reconhecido por seus estudos sobre a histeria e a sugestão hipnótica. Freud foi seu assistente clínico, absorveu de Charcot conhecimentos sobre a sugestão hipnótica e a reflexão sobre as causas da histeria.
Questão 2. Gabarito D. O período de auto-análise foi um período de isolamento que permitiu a Freud descobertas importantes ao campo psicanalítico, uma vez que pôde ter boas percepções a partir de seus sonhos, associação livre e memórias infantis. Freud analisou a si mesmo, buscando verificar se as hipóteses que estava construindo sobre o funcionamento psíquico faziam sentido primeiro para sua própria formação psíquica.
Questão 3. Gabarito C. As afirmações corretas são II, III e IV. Quanto às incorretas: I) Neuroses atuais: são condições patológicas que remetem à frustração sexual, ou seja, é atual, pois a origem da problemática estaria no atual momento do aparecimento do seu sintoma. O texto da alternativa I se aplicaria, na verdade, às psiconeuroses (como histeria, obsessões e fobias). V) É incorreto afirmar que a teoria das neuroses exclui a possibilidade da existência da psicose. Freud distingue psicoses, neuroses e perversões.
Questão 4. Gabarito A. A frase “PARE DE ME FAZER PERGUNTAS E ME DEIXE FALAR” é mencionada por Freud como pertencente a uma de suas pacientes, Emmy Von N. Este caso foi relevante para Freud validar noções aplicáveis à Associação Livre. Freud sentiu que um diagnóstico impositivo do analista não estava sendo eficaz à autopercepção da paciente quanto ao seu problema. Assim, melhor seria deixá-la falar. Na Associação livre, o desencadeamento de ideias proporcionado pela “fala livre do paciente” possibilita a busca pelas significações enquanto imerge-se na direção do inconsciente.
Questão 5. Gabarito B. A transferência assume um papel central na dinâmica analista-paciente, uma vez que o paciente transmite seus conflitos inconscientes à figura do analista e, assim, possibilita o trabalho psicanalítico. Isso que no começo é visto como um limitante (por demandar esse vínculo analista-analisando) é, depois, uma chave para a quebra de resistências trazidas pelo analisando.
Questão 6. Gabarito B. Em “AS NEUROPSICOSES DE DEFESAS” (1894), Freud menciona um mecanismo de defesa comum entre neuróticos (histéricos, fóbicos e obsessivos): eles não dispõem da capacidade de elaboração frente a uma experiência ou sentimento que fora afetivamente aflitiva, por isso "esquecem-se" desse evento. Contudo, a representação “esquecida” perde sua força, ou seja, lhe é retirada o afeto, e, com isso, essa excitação desvinculada deverá ser utilizada de outra maneira, que transparecem nas manifestações neuróticas (como manifestações substitutas). Identificar o que foi "esquecido" e propor uma reelaboração psíquica atual são formas com que a Psicanálise deveria tratar esses casos.
Questão 7. Gabarito A. Estão incorretas a segunda e a terceira afirmações. Os sonhos podem ser compreendidos como sendo uma via para descobertas do inconsciente (não do consciente). Deslocamento, condensação e representação (esta também chamada de simbolização) são mecanismos do processo primário (inconsciente), não do processo secundário (pré-consciente e consciente).
Questão 8. Gabarito E. Apenas a terceira afirmação está incorreta. O inconsciente opera segundo as leis do processo primário. É a fonte de energia pulsional, mas esta energia não fica aprisionada nele. Se a energia ficasse apenas no nível inconsciente, não haveria incômodo (como as neuroses) à psique do sujeito. Na verdade, essa energia é transformada (por condensação, deslocamento e representação), para alcançar as outras instâncias do aparelho psíquico (Pcs e Cs).
Questão 9. Gabarito D. A questão tratava sobre a teoria estrutural (2ª tópica). A construção do aparelho psíquico da 1ª tópica não foi totalmente abandonada por Freud (o autor ainda se utilizou de conceitos da 1a tópica: Ics, Pcs e Cs). Na 2ª tópica, O SUPEREGO é tido como uma diferenciação do EGO e teria dimensões tanto conscientes como inconscientes. O ID é todo inconsciente e organiza-se conforme o processo primário (deslocamento, condensação e representação). A conversão orgânica é um mecanismo de defesa do EGO responsável por converter as pulsões em manifestações do soma (corpo); “somatizar” significa dar manifestação física às aflições da vida psíquica. A única afirmação correta é a referente ao ego: de fato, é a instância psíquica responsável por atender às demandas do ID e do SUPEREGO de modo que seus mecanismos de defesas são necessários às mediações das tensões psíquicas.
Questão 10. Gabarito E. O referido artigo (2009) propõe uma associação entre as áreas corticais do cérebro e as instâncias psíquicas da segunda tópica freudiana (ID, EGO e SUPEREGO). São reflexões relevantes, que podem validar ou permitir a reformulação de conceitos do meio psicanalítico, em especial pelo fato de Freud, enquanto médico, não ter desprezado a correspondência morfológica (fisiológica) que sustentasse sua teoria.

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