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Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Tecnologia Av. General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, n° 3000 Campus Universitário – Coroado – CEP: 69077-000 – Manaus – AM CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ALUNO: Davilon Maclaus Cruz Camillo; CURSO: Engenharia da Computação; DISCIPLINA: Laboratório de Física I E (IEF028); PROFESSOR: Nahuel Oliveira Arenillas; TURMA: CB01 MATRÍCULA: 217.535 -93. 1. INTRODUÇÃO Em física, a lei ou princípio da conservação de energia estabelece que a quantidade total de energia em um sistema isolado permanece constante. Tal princípio está intimamente ligado com a própria definição da energia. Uma etapa fundamental no desenvolvimento do moderno princípio de conservação da energia foi a demonstração do equivalente mecânico do calor. A teoria do calórico afirmava que o calor não podia ser criado nem destruído, mas a conservação de energia implica algo contraditório a esta ideia: calor e o movimento mecânico são intercambiáveis. O princípio do equivalente mecânico foi exposto na sua forma moderna pela primeira vez pelo médico alemão Julius Robert von Mayer. Mayer chegou a sua conclusão em uma viagem para as Índias Orientais Neerlandesas, onde ele descobriu que o sangue de seus pacientes possuía uma cor vermelha mais profunda devido a eles consumirem menos oxigênio, e também consumiam menos energia para manterem a temperatura de seus corpos em um clima mais quente. Ele tinha descoberto que calor e trabalho mecânico eram ambos formas de energia e, após melhorar seus conhecimentos de física, ele encontrou uma relação quantitativa entre elas. FIGURA 1.1 - Aparato de Joule para a medição do equivalente mecânico do calor. Um objeto preso a uma corda causa, ao descer, um movimento de rotação numa pá imersa em água. https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_isolado_(f%C3%ADsica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Equivalente_mec%C3%A2nico_do_calor https://pt.wikipedia.org/wiki/Equivalente_mec%C3%A2nico_do_calor https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dico https://pt.wikipedia.org/wiki/Alem%C3%A3es https://pt.wikipedia.org/wiki/Julius_Robert_von_Mayer https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndias_Orientais_Neerlandesas https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Vermelho https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Calor https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_(f%C3%ADsica) https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica https://pt.wikipedia.org/wiki/Corda https://pt.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1 1.1. PARTE TEÓRICA Na mecânica clássica, a conservação de energia é dada normalmente por: 𝑬𝒎𝒆𝒄 = 𝑼 + 𝑻 Onde 𝑬𝒎𝒆𝒄 é a energia mecânica, 𝑼 a energia potencial e 𝑻 a energia cinética. Há várias formas de aplicar na prática a teoria de conservação da energia mecânica. No caso específico do experimento que será realizado nesse relatório, o objeto de estudo será o Disco de Maxwell. Para isso utilizaremos 𝑼 = 𝑬𝒑, onde 𝑬𝒑 é a energia potencial gravitacional dada pela expressão: 𝑬𝒑 = 𝒎�⃗⃗� . �⃗� Quanto a energia cinética 𝑻, esta será subdividida em duas partes que se somam devido aos dois movimentos que o disco realiza simultaneamente (translação de cima para baixo e rotação em torno do próprio eixo). Temos então, a energia cinética translacional 𝑬𝑻 = 𝟏 𝟐 𝒎�⃗⃗� 𝟐 e a energia cinética rotacional 𝑬𝑹 = 𝑰𝒛 𝟐 �⃗⃗⃗� 𝟐 Resultando em 𝑻 = 𝑬𝑻 + 𝑬𝑹 . Dessa forma, a energia mecânica do disco de Maxwell (que é sempre constante, em teoria) é dada pela Equação I: Equação I: 𝑬𝒎𝒆𝒄 = 𝒎�⃗⃗� . �⃗� + 𝟏 𝟐 𝒎�⃗⃗� 𝟐 + 𝑰𝒛 𝟐 �⃗⃗⃗� 𝟐 Definiremos agora, as condições iniciais e convenções para os cálculos após o experimento. Neste experimento, os vetores de aceleração gravitacional �⃗⃗� e o vetor deslocamento �⃗� com origem no centro do disco apontam para baixo no sentido (0 → -y) e são coincidentes entre si. Na definição de energia potencial gravitacional, nos é dado uma relação entre o produto interno entre os vetores �⃗⃗� , �⃗� e a massa do disco. Da defnição de produto interno temos que �⃗⃗� . �⃗⃗� = |�⃗⃗� ||�⃗⃗� | 𝐜𝐨𝐬 𝜽, onde 𝜽 é o ângulo entre os dois vetores. No nosso caso, �⃗⃗� e �⃗� têm mesma direção e sentido, logo o ângulo 𝜽 entre eles só pode ser 0º ou 180º. Sabendo que 𝐜𝐨𝐬(𝟎) = 𝟏 e 𝐜𝐨𝐬(𝟏𝟖𝟎) = −𝟏, temos de escolher apenas um entre esses ângulos. Como o sentido de �⃗⃗� e �⃗� é (0 → -y), escolhemos o cosseno do ângulo que assume valor negativo, nesse caso 𝐜𝐨𝐬(𝟏𝟖𝟎) = −𝟏. Logo a função da energia potencial gravitacional em relação ao tempo assume a seguinte forma: 𝑬𝒑(𝒕) = 𝒎�⃗⃗� . �⃗� = 𝒎(|�⃗⃗� ||�⃗� | 𝐜𝐨𝐬 𝜽) = 𝒎(𝒈. 𝒔. (−𝟏)) = −𝒎𝒈𝒔(𝒕). Trataremos agora das funções de energia cinética translacional 𝑬𝑻 e rotacional 𝑬𝑹. Na energia cinética translacional 𝑬𝑻, temos duas grandezas relacionadas, são elas massa 𝒎 (escalar) e velocidade �⃗⃗� (vetorial) , sendo esta última elevada ao quadrado. Enquanto que na energia cinética rotacional 𝑬𝑹 temos uma relação entre o momento de inércia 𝑰𝒛 e a frequência angular �⃗⃗⃗� elevada ao quadrado. No movimento de rotação, o deslocamento infinitesimal se dá em torno pelo comprimento de arco da circunferência. Essa definição pode ser expressa pela definição infinitesimal do ângulo e o raio da circunferência na forma de um produto vetorial. 𝒅𝒔 = 𝒅�⃗⃗� × �⃗� No entanto, na Equação I, não é dado uma definição explícita do deslocamento na função de energia cinética, somente na função de energia potencial. Explicitamos esse valor derivando a função vetorial de deslocamento que é dada pela definição da função velocidade. Dessa forma temos que: �⃗⃗� = 𝒅�⃗� 𝒅𝒕 = 𝒅�⃗⃗� 𝒅𝒕 × �⃗� ≡ �⃗⃗⃗� × �⃗� Note que, como �⃗� tem módulo constante, somente o infinitesimal do ângulo 𝒅�⃗⃗� é derivado em relação ao tempo, resultando no que chamamos de frequência angular, denotada por �⃗⃗⃗� . Como �⃗⃗⃗� independe de �⃗� , eles são vetores linearmente independentes ou ortonormais, o que no caso bidimensional equivale ao conceito de perpendicularidade ou ortogonalidade. Isso nos leva a conclusão de que ambos possuem um ângulo de 90º entre si. Da definição de produto vetorial, temos que: �⃗⃗� × �⃗⃗� = |�⃗⃗� ||�⃗⃗� | 𝐬𝐢𝐧 𝜽 Portanto �⃗⃗� = �⃗⃗⃗� × �⃗� = |�⃗⃗⃗� ||�⃗� | 𝐬𝐢𝐧 𝟗𝟎 = 𝝎𝒓(𝟏) = 𝝎𝒓 Temos então que 𝝎 = 𝒗 𝒓 Logo, a Equação I pode ser explicitada da seguinte forma em função do tempo (t): 𝑬𝒎𝒆𝒄 = 𝒎�⃗⃗� . �⃗� + 𝟏 𝟐 𝒎�⃗⃗� 𝟐 + 𝑰𝒛 𝟐 �⃗⃗⃗� 𝟐 𝑬𝒎𝒆𝒄 = −𝒎𝒈𝒔(𝒕) + 𝟏 𝟐 [𝒎𝒗𝟐 + 𝑰𝒛 ( 𝒗𝟐 𝒓𝟐 )] 𝑬𝒎𝒆𝒄 = −𝒎𝒈𝒔(𝒕) + 𝟏 𝟐 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒗(𝒕)𝟐 Para obtermos as funções de espaço s(t) e v(t), derivamos esta equação em relação ao tempo. Ao derivarmos, a energia mecânica (que é constante) se iguala a zero. Já as constantes de massa 𝒎, gravidade 𝒈, raio 𝒓 e momento de inércia 𝑰𝒛 permanecem inalteradas, pois são valores multiplicados intrinsecamente com funções do tempo. Dessa forma, temos 𝟎 = −𝒎𝒈𝒔(𝒕) + 𝟏 𝟐 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒗(𝒕)𝟐 𝟎 = −𝒎𝒈 𝒅𝒔 𝒅𝒕 + 𝟏 𝟐 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝟐𝒗(𝒕) 𝒅𝒗 𝒅𝒕 Note que a derivada do espaço em relação ao tempo é a definição de velocidade. Por outro lado, a derivada da velocidade em relação ao tempo é a definição de aceleração. Então temos: 𝟎 = −𝒎𝒈𝒗(𝒕) + 𝟏 𝟐 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝟐𝒗(𝒕)𝒂(𝒕) Podemos cancelar a velocidades que se repetem e os algarismos 2 (numerador e denominador). 𝟎 = −𝒎𝒈𝒗(𝒕) + 𝟏 𝟐 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝟐𝒗(𝒕)𝒂(𝒕) Reorganizando a equação temos: 𝒂(𝒕) = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) Como 𝒂(𝒕) = 𝒅𝒗 𝒅𝒕Então fazemos a seguinte manipulação algébrica: 𝒅𝒗 𝒅𝒕 = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒅𝒗 = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒅𝒕 Se integrarmos a equação de ambos os lados, como os termos em cor preta são constantes, temos imediatamente a função da velocidade em função do tempo na Equação II. Equação II 𝒗(𝒕) = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒕 Sabendo que a velocidade, pode ser definida como 𝒗(𝒕) = 𝒅𝒔 𝒅𝒕 Pela Equação II, temos que 𝒅𝒔 𝒅𝒕 = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒕 𝒅𝒔 = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) (𝒕𝒅𝒕) Integrando de ambos os lados novamente temos 𝒔(𝒕) = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) ( 𝒕𝟐 𝟐 ) Reorganizando a equação, obtemos a função do espaço em função do tempo na Equação III. Equação III 𝒔(𝒕) = 𝒎𝒈 𝟐 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒕𝟐 2. OBJETIVO Esse experimento tem como objetivo principal a comprovação experimental da Teoria de Conservação de Energia aplicada ao Disco de Maxwell. Serão analisados: a trasferência de energia potencial em energia cinética durante a movimentação do objeto, a magnitude dessas energias e suas respectivas propriedades. Ao final dos eventos, o experimentador deve analisar os resultados por meio de gráficos e tabelas específicas e assimilar experimento e teoria de forma crítica e consistente. Palavras-Chave: Maxwell, Energia, Conservação, Movimento, Inércia, Cinemática. Abstract This experiment has as its main objective the experimental proof of the Energy Conservation Theory applied to Maxwell's Disk. Will be analyzed: the transfer of potential energy into kinetic energy during object movement, the magnitude of these energies and their respective properties. At the end of the events, the experimenter must analyze the results through specific graphs and tables and assimilate experiment and theory in a critical and consistent way. Keywords: Maxwell, Energy, Conservation, Motion, Inertia, Kinematics. 3. PROCEDIMENTOS Para este experimento, setão necessários os seguintes materiais: • 1 Disco de Maxwell • 1 Barreira de luz com cronômetro digital • 1 régua milimetrada de 1000 mm com dois cursores • 1 Dispositivo de liberação • 2 Hastes quadradas • 2 Grampos duplos • 1 Suporte de base • 2 Cordas de conexão Utilizando o Disco de Maxwell desenrolado, ou seja, na posição mais baixa, fixe a posição final do movimento de descida posicionando um pouco acima dos cilindros vermelhos do eixo do disco (Figura 3.1) Figura 3.1 – Fixação da posição final de descida do Disco de Maxwell. Fixe o outro ponto, isto é, o início de descida (por exemplo 200 mm) com o pino do disparador do cronômetro. Ele deverá se prender ao furo lateral do Disco de Maxwell agora enrolado nas cordas o suficiente (Figura 3.2). Anote esta distância e obtenha o tempo que disco percorre a mesma. Repita esta medida 3 vezes e calcule uma média. Figura 3.2 – Fixação da posição inicial de descida do Disco de Maxwell. Em seguida, para o cálculo da velocidade instantânea, obtenha o tempo de passagem do cilindro vermelho do disco no ponto final (Figura 3.3). Repita essa medida três vezes e calcule uma média. Figura 3.3 - Cálculo do tempo instantâneo utilizando o cilindro central vermelho do disco. Em seguida, repita todos os procedimentos anteriores para as alturas de 300, 400, 500 e 600 mm. 4. TRATAMENTO DE DADOS Feito o experimento, obtivemos 6 amostras de tempo para cada altura, das quais 3 dentre elas são referentes ao tempo de descida do disco (ΔT1, ΔT2 e ΔT1) e outras 3 referentes ao tempo instantâneo, ou seja, o tempo de passagem do cilindro fixo no centro do disco (δt1, δt2 e δt3). As medidas estão dispotas na tabela a seguir (Tabela 3A). Tempo (s) vs Altura (m) 0,200 m 0,300 m 0,400 m 0,500 m 0,600 m ΔT1 s 3,6346 4,5704 5,3158 5,7677 6,2465 ΔT2 s 3,6308 4,4778 5,3119 5,7380 6,2475 ΔT3 s 3,6345 4,6129 5,3224 5,7850 6,3461 δt1 s 0,2330 0,1870 0,1600 0,1370 0,1310 δt2 s 0,2310 0,1840 0,1610 0,1380 0,1300 δt3 s 0,2330 0,1850 0,1610 0,1360 0,1290 Tabela 3A – Dados amostrais da relação entre tempo (total e instantâneo) e altura. Para uma melhor centralização dos dados, realiza-se o cálculo de média temporal (total e instantânea) experimental. Onde: ∆𝑻𝒎é𝒅𝒊𝒐 = ∆𝑻𝟏 + ∆𝑻𝟐 + ∆𝑻𝟑 𝟑 𝜹𝒕𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 𝜹𝒕𝟏 + 𝜹𝒕𝟐 + 𝜹𝒕𝟑 𝟑 Dessa forma temos: • Média temporal para deslocamento de 0,200 m. ∆𝑻𝟏𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 3,6346 + 3,6308 + 3,6345 𝟑 = 𝟑, 𝟔𝟑𝟑𝟑 𝒔. 𝜹𝒕𝟏𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 0,2330 + 0,2310 + 0,2330 𝟑 = 𝟎, 𝟐𝟑𝟐𝟑 𝒔. • Média temporal para deslocamento de 0,300 m. ∆𝑻𝟐𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 4,5704 + 4,4778 + 4,6129 𝟑 = 𝟒, 𝟓𝟓𝟑𝟕 𝒔. 𝜹𝒕𝟐𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 0,1870 + 0,1840 + 0,1850 𝟑 = 𝟎, 𝟏𝟖𝟓𝟑 𝒔. • Média temporal para deslocamento de 0,400 m. ∆𝑻𝟑𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 5,3158 + 5,3119 + 5,3224 𝟑 = 𝟓, 𝟑𝟏𝟔𝟕 𝒔. 𝜹𝒕𝟑𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 0,1370 + 0,1380 + 0,1360 𝟑 = 𝟎, 𝟏𝟑𝟕𝟎 𝒔. • Média temporal para deslocamento de 0,500 m. ∆𝑻𝟒𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 5,7677 + 5,7380 + 5,7850 𝟑 = 𝟓, 𝟕𝟔𝟑𝟔 𝒔. 𝜹𝒕𝟒𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 0,1600 + 0,1610 + 0,1610 𝟑 = 𝟎, 𝟏𝟔𝟎𝟕 𝒔. • Média temporal para deslocamento de 0,600 m. ∆𝑻𝟓𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 6,2465 + 6,2475 + 6,3461 𝟑 = 𝟔, 𝟐𝟖𝟎𝟎 𝒔. 𝜹𝒕𝟓𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 0,1310 + 0,1300 + 0,1290 𝟑 = 𝟎, 𝟏𝟑𝟎𝟎 𝒔. Agora, é possível traçar um gráfico do deslocamento (s) em função do tempo de descida (t) do disco e gerar sua função computacionalmente (Gráfico I). Gráfico I – Curva experimental de grau aproximadamente igual a 2 gerada pela relação entre deslocamento e tempo de descida do disco de Maxwell. Comparando a função experimental do Gráfico I (em azul) com a função teórica da Equação III (em vermelho) podemos verificar um boa aproximação entre as duas com um pequeno erro de diferença. Veja: 𝒔(𝒕) = 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟕𝒕𝟐 𝒔(𝒕) = 𝒎𝒈 𝟐 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒕𝟐 = 𝒌𝒕𝟐 Seja 𝒌 = 𝒎𝒈 𝟐(𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) = 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟕, 𝒄𝒐𝒎 𝒌 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 s(t) = 0,0147t2,0031 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,0000 1,0000 2,0000 3,0000 4,0000 5,0000 6,0000 7,0000 s = f(t) Agora podemos aplicar a técnica de regressão linear aplicando logarítmo de base 10 em ambos os lados da equação teórica. Temos então que: 𝒍𝒐𝒈 𝒔(𝒕) = 𝒍𝒐𝒈 (𝒌𝒕𝟐) 𝒍𝒐𝒈 𝒔(𝒕) = 𝒍𝒐𝒈 𝒕𝟐 + 𝒍𝒐𝒈 𝒌 𝒍𝒐𝒈 𝒔(𝒕) = 𝟐𝒍𝒐𝒈 𝒕 + 𝒍𝒐𝒈 𝒌 Note que a nova equação apresenta uma forma linear 𝒚 = 𝒂𝒙 + 𝒃 onde 𝒚 = 𝒍𝒐𝒈 𝒔(𝒕) 𝒂 = 𝟐 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈 𝒕 𝒃 = 𝒍𝒐𝒈 𝒌 Como já obtivemos experimentalmente os valores para o tempo de descida ∆𝑻 para cada altura s na Tabela 3A, podemos agora calcular log (t) e log (s). Altura ‘s’ (em metros) log(s) Tempo médio de descida ‘t’ (em segundos) log(t) 0,200 -0,69897 3,6333 0,560301 0,300 -0,52288 4,5537 0,658364 0,400 -0,39794 5,3167 0,725642 0,500 -0,30103 5,7636 0,760691 0,600 -0,22185 6,2800 0,797962 Tabela 3B – Cálculo de logaritmo na base 10 para os valores de espaço e tempo. A partir desses dados, podemos gerar um gráfico com log s em função de log t (Gráfico II). Gráfico II – Gráfico da função linear do espaço em função do tempo. Feito isso, comparamos a função logarítmica teórica (em vermelho) com a função logarítmica experimental (em azul). Vejamos 𝒍𝒐𝒈 𝒔(𝒕) = 𝟐𝒍𝒐𝒈 𝒕 + 𝒍𝒐𝒈 𝒌 𝒚 = 𝟐, 𝟎𝟎𝟑𝟏𝒙 − 𝟏, 𝟖𝟑𝟏𝟗 Onde: 𝒍𝒐𝒈 𝒔(𝒕) ≅ 𝒚 𝟐𝒍𝒐𝒈 𝒕 ≅ 𝟐, 𝟎𝟎𝟑𝟏𝒙 𝒍𝒐𝒈 𝒌 ≅ −𝟏, 𝟖𝟑𝟏𝟗 Note que o momento de inércia 𝑰𝒛 está implícito na constante k. Para explicitá-lo, utilizaremos a seguinte propriedade logarítmica: 𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒃 = 𝒄 ⇒ 𝒂 𝒄 = 𝒃 y = 2,0031x- 1,8319 -0,8 -0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 Espaço x Tempo (escala logarítmica) Dessa forma, temos que 𝐥𝐨𝐠𝟏𝟎 𝒌 = −𝟏, 𝟖𝟑𝟏𝟗 ⇒ 𝟏𝟎 −𝟏,𝟖𝟑𝟏𝟗 = 𝒌 𝒌 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟕 Pela equação teórica, 𝒌 = 𝒎𝒈 𝟐(𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) Logo 𝒎𝒈 𝟐(𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) = 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟕 𝒎𝒈 = (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟕 𝒎𝒈 = (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓 𝒎𝒈 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓𝒎 + 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓( 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓 ( 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) = 𝒎(𝒈 − 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓) 𝑰𝒛 = 𝒎(𝒈 − 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓)𝒓𝟐 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓 Seja • 𝒎 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 𝑲𝒈 a massa do Disco; • 𝒓 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟓 𝒎 o raio do eixo do Disco. • 𝒈 = 𝟗, 𝟖 𝒎/𝒔𝟐 a aceleração gravitacional convencionada. Podemos agora calcular o Momento de Inércia 𝑰𝒛. 𝑰𝒛 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔(𝟗, 𝟖 − 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓)𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟓𝟐 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟗, 𝟕𝟕𝟎𝟓 × 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟔𝟐𝟓 𝟎, 𝟎𝟐𝟗𝟓 𝑰𝒛 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟗𝟎𝟐𝟓𝟐𝟗 𝑲𝒈.𝒎 𝟐 Calcularemos agora, a velocidade instantânea 𝑽𝒊 do disco. Como o próprio nome sugere, esta é a velocidade do disco em um dado instante de tempo. Para isso, é necessário a utilização de cálculo infinitesimal. Sendo a velocidade instantânea a razão entre o diâmetro do cilindro central do disco 𝜹𝒔𝒊 (elemento “infinitesimal” de espaço unidimensional) e o tempo médio instantâneo 𝜹𝒕𝒊 para cada altura do experimento. Dessa forma, a velocidade instantânea pode ser obtida pela seguinte equação: 𝑽𝒊 = 𝜹𝒔𝒊 𝜹𝒕𝒊 Onde 𝜹𝒔𝒊 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟎𝟕 𝒎 é fixo. Seguimos com os cálculos. • Velocidade instantânea para altura de 0,200 m. 𝑽𝟏 = 𝜹𝒔𝟏 𝜹𝒕𝟏 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟎𝟕 𝟎, 𝟐𝟑𝟐𝟑 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟗𝟏 𝒎/𝒔. • Velocidade instantânea para altura de 0,300 m. 𝑽𝟐 = 𝜹𝒔𝟐 𝜹𝒕𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟎𝟕 𝟎, 𝟏𝟖𝟓𝟑 = 𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟕 𝒎/𝒔. • Velocidade instantânea para altura de 0,400 m. 𝑽𝟑 = 𝜹𝒔𝟑 𝜹𝒕𝟑 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟎𝟕 𝟎, 𝟏𝟔𝟎𝟕 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟖𝟖 𝒎/𝒔. • Velocidade instantânea para altura de 0,500 m. 𝑽𝟒 = 𝜹𝒔𝟒 𝜹𝒕𝟒 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟎𝟕 𝟎, 𝟏𝟑𝟕𝟎 = 𝟎, 𝟏𝟓𝟏𝟏 𝒎/𝒔. • Velocidade instantânea para altura de 0,600 m. 𝑽𝟓 = 𝜹𝒔𝟓 𝜹𝒕𝟓 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟎𝟕 𝟎, 𝟏𝟑𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟏𝟓𝟗𝟐 𝒎/𝒔. Traçamos agora o gráfico da velocidade instantânea 𝑽𝒊 em função do tempo de descida ∆𝑻 e geramos sua equação computacionalmente com linha de tendência linear. Gráfico III – Curva experimental aproximadamente linear da velocidade instantânea em função do tempo de descida do disco de Maxwell. Analisando a função experimental Velocidade X Tempo (em vermelho), vemos que a mesma tem uma boa aproximação da equação teórica da velocidade na Equação II (em azul). Veja: 𝒗(𝒕) = 𝒎𝒈 (𝒎 + 𝑰𝒛 𝒓𝟐 ) 𝒕 = 𝒂𝒕 𝒗(𝒕) = 𝟎, 𝟎𝟐𝟕𝟑𝒕 − 𝟎, 𝟎𝟏𝟏𝟕 v(t) = 0,0273t - 0,0117 0,0000 0,0200 0,0400 0,0600 0,0800 0,1000 0,1200 0,1400 0,1600 0,1800 0,0000 1,0000 2,0000 3,0000 4,0000 5,0000 6,0000 7,0000 v = f(t) Note que, na função experimental o coeficiente 𝟎, 𝟎𝟐𝟕𝟑 corresponde à aceleração, e o termo independente −𝟎, 𝟎𝟏𝟏𝟕 corresponde à velocidade inicial 𝒗𝟎, que teoricamente deveria ser igual a 0. Como o valor da velocidade inicial é um valor bem próximo de 0, podemos desprezá-lo experimentalmente. Até o momento, extraímos os seguintes dados experimentais do Disco (Tabela 3C). DADOS FIXOS Altura (m) ΔT (s) V. inst. (m/s) Gravidade (m/s2) 0,200 3,6333 0,0891 9,8 0,300 4,5537 0,1117 Massa do Disco (Kg) 0,400 5,3167 0,1288 0,436 0,500 5,7636 0,1511 Raio do Eixo (m) 0,600 6,2800 0,1592 0,0025 Momento de Inércia 0,000902529 Diâmetro do Cilindro (m) 0,0207 Tabela 3C – Resultados obtidos experimentalmente necessários para o cálculo das Energias Potencial e Cinética (translacional e rotacional). A seguir, vamos calcular as energias Potencial Gravitacional 𝑬𝒑, Cinética Translacional 𝑬𝑻 e Cinética Rotacional 𝑬𝑹 dadas na unidade de medida Joule (J). Cálculo da Energia Potencial Gravitacional 𝑬𝒑 𝑬𝒑 = 𝒎𝒈𝒔 Com 𝒎 = 𝟎, 𝟑𝟒𝟔 𝑲𝒈 (massa do Disco). 𝒈 = 𝟗, 𝟖 𝒎/𝒔𝟐 (aceleração gravitacional). Calculamos: • 𝑬𝒑 para a altura de 0,200 m: 𝑬𝒑𝟏 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟗, 𝟖 × 𝟎, 𝟐𝟎𝟎 = 𝟒, 𝟐𝟕𝟐𝟖 × 𝟎, 𝟐𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟖𝟓𝟒𝟔 𝑱. • 𝑬𝒑 para a altura de 0,300 m: 𝑬𝒑𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟗, 𝟖 × 𝟎, 𝟑𝟎𝟎 = 𝟒, 𝟐𝟕𝟐𝟖 × 𝟎, 𝟑𝟎𝟎 = 𝟏, 𝟐𝟖𝟏𝟖 𝑱. • 𝑬𝒑 para a altura de 0,400 m: 𝑬𝒑𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟗, 𝟖 × 𝟎, 𝟒𝟎𝟎 = 𝟒, 𝟐𝟕𝟐𝟖 × 𝟎, 𝟒𝟎𝟎 = 𝟏, 𝟕𝟎𝟗𝟏 𝑱. • 𝑬𝒑 para a altura de 0,500 m: 𝑬𝒑𝟒 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟗, 𝟖 × 𝟎, 𝟓𝟎𝟎 = 𝟒, 𝟐𝟕𝟐𝟖 × 𝟎, 𝟓𝟎𝟎 = 𝟐, 𝟏𝟑𝟔𝟒 𝑱. • 𝑬𝒑 para a altura de 0,600 m: 𝑬𝒑𝟓 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟗, 𝟖 × 𝟎, 𝟔𝟎𝟎 = 𝟒, 𝟐𝟕𝟐𝟖 × 𝟎, 𝟔𝟎𝟎 = 𝟐, 𝟓𝟔𝟑𝟕 𝑱. Cálculo da Energia Cinética Translacional 𝑬𝑻 𝑬𝑻 = 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝒊𝒏𝒔𝒕 𝟐 Com 𝒎 = 𝟎, 𝟑𝟒𝟔 𝑲𝒈 (massa do Disco). Calculamos: • 𝑬𝑻 para altura de 0,200 m e velocidade instantânea igual a 0,0891 m/s. 𝑬𝑻𝟏 = 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟏 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟎𝟖𝟗𝟏𝟐 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟎𝟎𝟕𝟗𝟑𝟖𝟖𝟏 𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟒𝟔𝟏𝟑𝟐𝟏𝟐 𝟐 𝑬𝑻𝟏 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟕 𝑱 • 𝑬𝑻 para altura de 0,300 m e velocidade instantânea igual a 0,1117 m/s. 𝑬𝑻𝟐 = 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟐 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟕𝟐 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝟒𝟕𝟔𝟖𝟗 𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟒𝟑𝟗𝟗𝟐𝟒 𝟐 𝑬𝑻𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟕 𝑱 • 𝑬𝑻 para altura de 0,400 m e velocidade instantânea igual a 0,1288 m/s. 𝑬𝑻𝟑 = 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟑 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟏𝟐𝟖𝟖𝟐 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟎𝟏𝟔𝟓𝟖𝟗𝟒𝟒 𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟕𝟐𝟑𝟐𝟗𝟗𝟓𝟖 𝟐 𝑬𝑻𝟑 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟔 𝑱 • 𝑬𝑻 para altura de 0,500 m e velocidade instantânea igual a 0,1511 m/s. 𝑬𝑻𝟒 = 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟒 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟏𝟓𝟏𝟏𝟐 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟎𝟐𝟐𝟖𝟑𝟏𝟐𝟏 𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟗𝟗𝟓𝟒𝟒𝟎𝟕𝟔 𝟐 𝑬𝑻𝟒 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟎 𝑱 • 𝑬𝑻 para altura de 0,600 m e velocidade instantânea igual a 0,1592 m/s. 𝑬𝑻𝟓 = 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟓 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟏𝟓𝟗𝟐𝟐 𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑𝟔 × 𝟎, 𝟎𝟐𝟓𝟑𝟒𝟒𝟔𝟒 𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟏𝟎𝟓𝟎𝟐𝟔𝟑 𝟐 𝑬𝑻𝟓 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟓 𝑱 Cálculo da Energia Cinética Rotacional 𝑬𝑹 𝑬𝑹 = 𝑰𝒛 𝟐 �⃗⃗⃗� 𝟐 = 𝑰𝒛𝒗 𝟐 𝟐𝒓𝟐 Como 𝑰𝒛 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟗𝟎𝟐𝟓𝟐𝟗 𝑲𝒈.𝒎 𝟐 𝒓 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟓 𝒎. Podemos definir uma constante 𝒄 tal que: 𝒄 = 𝑰𝒛 𝟐𝒓𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟗𝟎𝟐𝟓𝟐𝟗 𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟓𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟒𝟓𝟏𝟐𝟔𝟒𝟓 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟓𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟒𝟓𝟏𝟐𝟔𝟒𝟓 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟔𝟐𝟓 𝒄 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 Logo 𝑬𝑹𝒊 = 𝒄𝒗𝒊 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐𝒗𝒊 𝟐 Calculamos então: • 𝑬𝑹 para a velocidade instantânea igual a 0,0891 m/s. 𝑬𝑹𝟏 = 𝒄𝒗𝟏 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐𝒗𝟏 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟖𝟗𝟏𝟐 𝑬𝑹𝟏 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟎𝟕𝟗𝟑𝟖𝟖𝟏 𝑬𝑹𝟏 = 𝟎, 𝟓𝟕𝟑𝟐 𝑱. • 𝑬𝑹 para a velocidade instantânea igual a 0,1117 m/s. 𝑬𝑹𝟐 = 𝒄𝒗𝟐 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐𝒗𝟐 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟕𝟐 𝑬𝑹𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝟒𝟕𝟔𝟖𝟗 𝑬𝑹𝟐 = 𝟎, 𝟗𝟎𝟎𝟕 𝑱. • 𝑬𝑹 para a velocidade instantânea igual a 0,1288 m/s. 𝑬𝑹𝟑 = 𝒄𝒗𝟑 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐𝒗𝟑 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟏𝟐𝟖𝟖𝟐 𝑬𝑹𝟑 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟏𝟔𝟓𝟖𝟗𝟒𝟒 𝑬𝑹𝟑 = 𝟏, 𝟏𝟗𝟖𝟓 𝑱. • 𝑬𝑹 para a velocidade instantânea igual a 0,1511 m/s. 𝑬𝑹𝟒 = 𝒄𝒗𝟒 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐𝒗𝟒 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟏𝟓𝟏𝟏𝟐 𝑬𝑹𝟒 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟐𝟐𝟖𝟑𝟏𝟐𝟏 𝑬𝑹𝟒 = 𝟏, 𝟔𝟒𝟖𝟒 𝑱. • 𝑬𝑹 para a velocidade instantânea igual a 0,1592 m/s. 𝑬𝑹𝟓 = 𝒄𝒗𝟓 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐𝒗𝟓 𝟐 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟏𝟓𝟗𝟐𝟐 𝑬𝑹𝟓 = 𝟕𝟐, 𝟐𝟎𝟐𝟑𝟐 × 𝟎, 𝟎𝟐𝟓𝟑𝟒𝟒𝟔𝟒 𝑬𝑹𝟓= 𝟏, 𝟖𝟑𝟎𝟔 𝑱. Realizados os cálculos, os dados estão dispostos (Tabela 3D) da seguinte forma: Altura (m) ΔT (s) V. inst. (m/s) Ep (J) Et (J) Er (J) 0,200 3,6333 0,0891 0,8546 0,0017 0,5732 0,300 4,5537 0,1117 1,2818 0,0027 0,9007 0,400 5,3167 0,1288 1,7091 0,0036 1,1985 0,500 5,7636 0,1511 2,1364 0,0050 1,6484 0,600 6,28 0,1592 2,5637 0,0055 1,8306 Tabela 3D – Dados obtidos para o cálculo da Equação de Conservação de Energia do Disco de Maxwell. Vimos que, teoricamente temos que 𝑬𝒎𝒆𝒄 = 𝑬𝒑 + 𝑬𝑻 + 𝑬𝑹 Se a energia se conserva, e a energia potencial gravitacional é, de fato convertida em Energia Cinética, então ambas devem se cancelar, resultando em: 𝑬𝒊−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑬𝒑𝒊 − 𝑬𝑻𝒊 − 𝑬𝑹𝒊 = 𝟎 Vamos calcular a conservação de energia para cada altura. • Conservação de Energia para altura de 0,200 m. 𝑬𝟏−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑬𝒑𝟏 − 𝑬𝑻𝟏 − 𝑬𝑹𝟏 = 𝟎, 𝟖𝟓𝟒𝟔 − 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟕 − 𝟎, 𝟓𝟕𝟑𝟐 = 𝟎, 𝟐𝟕𝟗𝟕 𝑱. • Conservação de Energia para altura de 0,300 m. 𝑬𝟐−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑬𝒑𝟐 − 𝑬𝑻𝟐 − 𝑬𝑹𝟐 = 𝟏, 𝟐𝟖𝟏𝟖 − 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟕 − 𝟎, 𝟗𝟎𝟎𝟕 = 𝟎, 𝟑𝟕𝟖𝟒 𝑱. • Conservação de Energia para altura de 0,400 m. 𝑬𝟑−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑬𝒑𝟑 − 𝑬𝑻𝟑 − 𝑬𝑹𝟑 = 𝟏, 𝟕𝟎𝟗𝟏 − 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟔 − 𝟏, 𝟏𝟗𝟖𝟓 = 𝟎, 𝟓𝟎𝟕𝟎 𝑱. • Conservação de Energia para altura de 0,500 m. 𝑬𝟒−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑬𝒑𝟒 − 𝑬𝑻𝟒 − 𝑬𝑹𝟒 = 𝟐, 𝟏𝟑𝟔𝟒 − 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟎 − 𝟏, 𝟔𝟒𝟖𝟒 = 𝟎, 𝟒𝟖𝟑𝟏 𝑱. • Conservação de Energia para altura de 0,600 m. 𝑬𝟓−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑬𝒑𝟓 − 𝑬𝑻𝟓 − 𝑬𝑹𝟓 = 𝟐, 𝟓𝟔𝟑𝟕 − 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟓 − 𝟏, 𝟖𝟑𝟎𝟔 = 𝟎, 𝟕𝟐𝟕𝟓 𝑱. Note que, todos os resultados não são iguais a 0, mas são valores próximos de 0, o que implica que além do erro experimental, houve perda de energia, isto é, energia dissipada. Calcularemos o percentual de energia dissipada (somada ao erro experimental) da seguinte forma: 𝑬𝒅𝒊 = 𝑬𝒊−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑬𝒑𝒊 × 𝟏𝟎𝟎. Dessa forma temos: • 𝑬𝒅𝟏 = 𝑬𝟏−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑬𝒑𝟏 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟎,𝟐𝟕𝟗𝟕 𝟎,𝟖𝟓𝟒𝟔 × 𝟏𝟎𝟎 ≅ 𝟑𝟐, 𝟕 %. • 𝑬𝒅𝟐 = 𝑬𝟐−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑬𝒑𝟐 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟎,𝟑𝟕𝟖𝟒 𝟏,𝟐𝟖𝟏𝟖 × 𝟏𝟎𝟎 ≅ 𝟐𝟗, 𝟓 %. • 𝑬𝒅𝟑 = 𝑬𝟑−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑬𝒑𝟑 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟎,𝟓𝟎𝟕𝟎 𝟏,𝟕𝟎𝟗𝟏 × 𝟏𝟎𝟎 ≅ 𝟐𝟗, 𝟕 %. • 𝑬𝒅𝟒 = 𝑬𝟒−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑬𝒑𝟒 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟎,𝟒𝟖𝟑𝟏 𝟐𝟏𝟑𝟔𝟒 × 𝟏𝟎𝟎 ≅ 𝟐𝟐, 𝟔 %. (percentual discrepante*) • 𝑬𝒅𝟓 = 𝑬𝟓−𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑬𝒑𝟓 × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟎,𝟕𝟐𝟕𝟓 𝟐,𝟓𝟔𝟑𝟕 × 𝟏𝟎𝟎 ≅ 𝟐𝟖, 𝟒 %. Abaixo, temos todos os dados calculados através das medidas obtidas experimentalmente (Tabela 3E). Altura (m) ΔT (s) V. inst. (m/s) Ep (J) Et (J) Er (J) E.Total (J) E. Dissipada (%) 0,200 3,6333 0,0891 0,8546 0,0017 0,5732 0,2797 32,7 0,300 4,5537 0,1117 1,2818 0,0027 0,9007 0,3784 29,5 0,400 5,3167 0,1288 1,7091 0,0036 1,1985 0,5070 29,7 0,500 5,7636 0,1511 2,1364 0,0050 1,6484 0,4831 22,6 0,600 6,28 0,1592 2,5637 0,0055 1,8306 0,7275 28,4 Tabela 3E – Dados calculados ao longo do experimento e suas respectivas unidades de medida (SI). Feito isto, traçamos os seguintes gráficos (𝑬𝒑(𝒕), 𝑬𝑻(𝒕) e 𝑬𝑹(𝒕)) e geramos suas respectivas funções computacionalmente com linha de tendência para potência 2. Gráfico IV – Curva da Energia Potencial em função do tempo. Gráfico V – Curva da Energia Cinética de Translação em função do tempo, y = 0,0629x2,0031 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0 1 2 3 4 5 6 7 Ep (t) y = 0,0001x2,1718 0,0000 0,0010 0,0020 0,0030 0,0040 0,0050 0,0060 0 1 2 3 4 5 6 7 ET (t) Gráfico VI – Curva da Energia Cinética de Rotação em função do tempo. Para plotarmos os Gráficos (IV, V e VI) em escala logarítmica, utilizaremos a seguinte tabela com os valores já calculados utilizando uma calculadora (Tabela 3F). log(t) Ep (J) log (Ep) Et (J) log (Et) Er (J) log (Er) 0,5603 0,85456 -0,0683 0,00173 -2,7618 0,57315 -0,2417 0,65836 1,28184 0,10783 0,00272 -2,5655 0,90071 -0,0454 0,72564 1,70912 0,23277 0,00362 -2,4415 1,19851 0,07864 0,76069 2,1364 0,32968 0,00498 -2,303 1,64836 0,21705 0,79796 2,56368 0,40886 0,00553 -2,2575 1,83065 0,26261 Tabela 3F – Valores de tempo e Energia e seus respectivos logarítmos. Associando cada energia (log Ep, Et, Er) em função do tempo (log t), obtemos os Gráficos (VII, VIII e IX). y = 0,0341x2,1718 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 0 1 2 3 4 5 6 7 ER = p(t) Gráfico VII – Energia Potencial em função do tempo (escala logarítmica). Gráfico VIII – Energia Cinética Translacional em função do tempo (escala logarítmica). y = 2,0031x - 1,2012 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 Ep (t) em escala logarítmica y = 2,1718x - 3,9874 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 Et (t) em escala logarítmica Gráfico IX – Energia Cinética Rotacional em função do tempo (escala logarítmica). Questões 1. Analise os gráficos e verifique como está ocorrendo a transferência de energia nesse sistema Resp.: De acordo com os gráficos a transferencia de energia ocorre por meio do movimento de rotação e translação. No entanto um percentual da Energia Potencial Gravitacional é dissipado e se perde durante o movimento em forma de calor. 2. A Energia Potencial se transforma mais em Energia Cinética de Translação ou de Rotação? Resp.: Os dados nos mostram de forma notável que a maior parte da Energia Potencial é convertida em Energia Cinética de Rotação. 3. Um corpo em rotação tem o momento de inércia. O que você entendeu do que é esta grandeza? Resp.: O que se pode entender sobre a grandeza Momento de Inércia é que esta consiste em uma forma de resistência quanto a variação de velocidade e parece não sofrer influência sgnificativa direta de outras forças. y = 2,1718x - 1,4673 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 Er (t) em escala logarítmica 4. CONCLUSÃO A partir dos dados extraídos desse experimento, foi possível descrever o movimento do objeto estudado de forma a compreender o princípio de Conservação de Energia e as energias envolvidas durante o deslocamento do objeto. Vimos que de fato, a Energia Potencial Gravitacional é convertida em Energia Cinética (translacional e rotacional). Além do mais, parte da energia potencial é perdida durante o processo de conversão. Podemos observar ainda que a maior parte da Energia Potencial Gravitacional foi convertida em Energia Cinética Rotacional devido ao Momento de Inércia inerente ao movimento de rotação do Disco. Portanto, os objetivos foram alcançados com uma boa aproximação entre as funções teórica e prática com um único valor discrepante devido a um erro experimental. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Siehe z. B. Feynman Vorlesungen über Physik. 2. Band: Elektromagnetismus und Struktur der Materie. 3. Auflage, 2001, S. 147, 162, 198. • Hochspringen ↑ Hermann von Helmholtz. In: Potsdam-Wiki.de. Abgerufen am 23. Juli 2011. • Hochspringen ↑ Stephen Brush, Kinetic Theory, Pergamon Press, Band 1, 1966, S. 20 • Hochspringen ↑ Bohr, Kramers, Slater: The quantum theory of radiation. In: Philosophical Magazine. Bd. 47, 1924, S. 785–802. Deutsch in: Zeitschr. für Physik. Bd. 24, 1924, S. 69–87. • Hochspringen ↑ T. M. Davis: Verliert das Universum Energie? In: Spektrum der Wissenschaft. November 2010, ISSN 0170-2971, S. 23–29 https://de.wikipedia.org/wiki/Energieerhaltungssatz#cite_ref-2 http://www.potsdam-wiki.de/index.php/Hermann_von_Helmholtz https://de.wikipedia.org/wiki/Energieerhaltungssatz#cite_ref-3 https://de.wikipedia.org/wiki/Energieerhaltungssatz#cite_ref-4 https://de.wikipedia.org/wiki/Energieerhaltungssatz#cite_ref-5 https://de.wikipedia.org/wiki/Internationale_Standardnummer_f%C3%BCr_fortlaufende_Sammelwerke http://dispatch.opac.d-nb.de/DB%3D1.1/CMD?ACT=SRCHA&IKT=8&TRM=0170-2971
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