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Resenha Critica - Competências da Engenharia Clínica 2

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM 
ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Mike Ferreira Nascimento 
 
 
 
Trabalho da disciplina Competências de engenharia clínica II 
 Tutor: Prof. Marcio Jorge Gomes Vicente 
 
 
Brasília-DF 
2021 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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UMA REVISÃO DOS AVANÇOS DA ENGENHARIA CLÍNICA NO BRASIL 
 
 
Referências: 
TERRA, T; GUARIENTI, A; SIMÃO, E; JÚNIOR; L. Uma Revisão dos Avanços da 
Engenharia Clínica no Brasil. Disciplinarum Scientia, Série: Naturais e Tecnológicas, 
Santa Maria, v 15, n 1, p. 47 – 61, 2014. 
 
 
Introdução 
 
 O texto é iniciado com os autores mostrando um breve histórico da 
engenharia clínica no mundo, em que se iniciou nos Estados Unidos na década de 
60 e no Brasil em 1993, alguns engenheiros começaram a participar da 
manutenção das tecnologias hospitalares e clinicas. O papel dos engenheiros 
clínicos na saúde mudou consideravelmente ao longo das últimas duas décadas, 
no qual não é mais o suficiente somente realizar as manutenções nos 
equipamentos, mas também ser um funcionário interdisciplinar. Os autores 
relatam como se dá o papel do engenheiro clínico e qual a sua necessidade no 
âmbito hospitalar, com a qualidade da manutenção no equipamento médico 
hospitalar é muito importante para a redução de custos, segurança do paciente e 
do colaborador. 
 
 
Desenvolvimento 
 
 A Engenharia Clínica é um importante setor dentro dos hospitais e clínicas, 
está diretamente relacionada ao sistema de inspeção e manutenção direta de 
equipamentos médicos onde evoluiu de um sistema puramente técnico, para uma 
 
 
 
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gestão de serviços, englobando a educação de equipes, gestão de riscos, avaliação 
de novas tecnologias, desenvolvimento de equipamentos e garantia da qualidade. 
 O papel dos engenheiros clínicos mudou bastante com o passar das duas 
últimas décadas, em que deixou de ser apenas um funcionário das manutenções 
para um funcionário interdisciplinar. E foi dessa forma que a entrada dos 
engenheiros clínicos mudou as condições do ambiente hospitalar, o que fez com que 
os departamentos de engenharia clinica se tornassem o centro de suporte dos 
equipamentos e tecnologias médicas. Os autores evidenciam que com a 
participação dos engenheiros clínicos no sistema de saúde, foi criado um mercado 
mais confiável de equipamentos biomédicos. Com base no texto, no Brasil, o SUS é 
um moderno modelo de organização que valoriza todo o nível municipal de saúde, 
porém não é implementada da forma desejada, em que faltam políticas de 
planejamento e administração de equipamentos. 
 Os autores citam Moubray, que descreve as três gerações das indústrias, 
descrevendo a evolução dos processos de manutenção, em que a primeira é a 
manutenção corretiva e está relacionada com o baixo índice de equipamentos 
mecânicos do período. O segundo é das manutenções preditivas e preventivas, tem 
o conceito de reduzir a quantidade de paradas dos maquinários. E a terceira 
geração está relacionado com o investimentos e planejamentos da manutenção, 
com a criação de ferramentas e sistemas para a redução de custos, agilização de 
processos, para que os gastos da manutenção estivessem em valores aceitáveis, 
trazendo mais lucro para as empresas. 
 A manutenção pode ser usada como forma de redução de custos, no âmbito 
hospitalar, Outro ponto mostrado é a gestão de riscos, em que o engenheiro clínico 
pode auxiliar e /ou coordenar grupos de análise de risco nos centros de saúde, 
algumas ferramentas que podem reduzir esses fatores de risco. 
 A primeira ferramenta apresentada é a EFH (Engenharia de fatores 
humanos), em que na compra de equipamentos novos não deve levar em conta 
apenas ao número de funcionalidades ou por se tratar de um equipamento mais 
novo, mas sim naquele equipamento que tem mais utilidade e possua maior 
aceitação na equipe de saúde. A segunda ferramenta é a HFMEA (Analise de 
 
 
 
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Modos de Falhas e Efeitos) no Cuidado da Saúde, que foi desenvolvida pela NASA, 
sua finalidade é definir, identificar, antecipar e eliminar falhas conhecidas e em 
potencial, seja nos produtos, em sistemas de projetos ou nos processos. A última 
ferramenta é a Análise de CAUSA RAIZ, é uma técnica usada para identificar as 
principais razões ou causas que podem estar associadas a um determinado 
problema. 
 
 
Conclusão 
 
 Este trabalho desenvolveu o histórico da engenharia clínica no mundo e de 
como foi iniciada no brasil, mostra também algumas técnicas de análise da 
manutenção que são utilizadas atualmente. No Brasil, a Engenharia Clínica ainda 
está em desenvolvimento, o Ministério da Saúde tem desenvolvido diversas normas 
para adequar hospitais e clínicas, públicas e privadas, aos padrões já alcançados 
em outros países da Europa e no EUA. Podemos destacar a melhoria na qualidade 
dos serviços de manutenção de equipamentos, aquisição de novas tecnologias e 
criação da gestão de riscos. A Engenharia Clínica vem não só para controle e 
manutenção dos equipamentos médicos hospitalares, mas como um serviço de 
suma importância na produção dos serviços da Instituição, bem como a redução de 
custos em gerais, atuando com implementação de tecnologia, educação continuada, 
controle de patrimônio e implantação de serviços novos.

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