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Trichomonas vaginalis: protozoário flagelado de transmissão principalmente sexual. A resposta imune celular à Trichomonas vaginalis pode ser agressiva, com inflamação da mucosa da vagina e exocérvice em mulheres e da uretra em homens. QUADRO CLÍNICO • corrimento geralmente profuso, amarelado ou amarelo-esverdeado, • ardor genital, sensação de queimação, disúria e dispareunia, • os sintomas acentuam-se no período pós-menstrual devido à elevação do pH vaginal. EXAME GINECOLÓGICO • hiperemia dos genitais externos, • corrimento, amarelado ou amarelo- esverdeada, com pequenas bolhas, • “colo uterino com aspecto de morango” com pequenas sufusões hemorrágicas, • ph vaginal acima de 4,5, • teste das aminas (whiff test) pode ser positivo. DIAGNÓSTICO • clínico e microscópico; O método mais utilizado para o diagnóstico, devido ao baixo custo e à praticidade, é a bacterioscopia a fresco, colocando-se em uma lâmina de vidro uma gota de conteúdo vaginal e uma gota de solução salina e observando-se ao microscópio; o parasita é identificado pela movimentação pendular (lembrar que o uso de solução salina gelada pode imobilizar o T. vaginalis; utilizá-la à temperatura ambiente ou levemente aquecida). A bacterioscopia com coloração pelo Gram também permite a identificação do parasita, nesse caso sem os movimentos, o que pode dificultar o reconhecimento. A cultura, realizada em meio específico (Diamond) tem maior sensibilidade (75% a 96%) e especificidade de 100%, embora sejam necessários alguns dias para o resultado. Recomenda-se a realização da cultura em presença de sintomas, mas negatividade do exame a fresco. Técnicas de biologia molecular, embora mais acuradas, têm sido pouco utilizadas na prática clínica, sendo mais utilizadas em pesquisas, devido ao custo elevado. TRATAMENTO: • Metronidazol – 2g via oral em dose única OU Metronidazol – 500 mg via oral a cada 12 horas durante sete dias. • Metronidazol gel por via vaginal não é recomendado, porque o medicamento não atinge níveis terapêuticos na uretra e glândulas de Skene e Bartholin. • o(s) parceiro(s) sexuais devem ser referenciados para tratamento, por tratar- se de infecção sexualmente transmissível
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