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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 Patologia do periápice OBS.: para testar a vitalidade pulpar, pode-se usar gelo, quando o dente possui vitalidade, em alguns segundo o paciente vai relatar dor; caso o paciente não relate dor, a polpa perdeu a vitalidade; o mesmo teste pode ser feito com a guta percha aquecida. Desenvolvimento da periapicopatia A patologia do periápice pode ser influenciada por agentes biológicos (causadores mais comuns), químicos e/ou físicos. Para o diagnóstico da morte pulpar, é necessário entender alguns aspectos: quando a polpa está necrótica, o tratamento adequando é a necropulpectomia (tratamento endodôntico), o paciente não sente dor (não houve tempo para a formação de processo inflamatório no periápice radicular), nos exames de imagem, não há lesão periapical, quando feito o teste de vitalidade pulpar – a resposta é negativa – quando feito percussão vertical, horizontal e palpação apical, o paciente não relata dor; a coroa do dente pode apresenta- se escurecida, e se não for tratada pode evoluir para um pericementite apical aguda. OBS.: quando o paciente não relata dor, pode ser feita a abertura coronária sem aplicação de anestesia, pois a polpa está morta, e o processo inflamatório não alcançou o ápice radicular. OBS.: o exame de percussão é importante para perceber se já há comprometimento do periápice, quando houver relato de dor. Periodontite apical • Aguda O acontecimento de fenômenos vasculoexudativos com o aumento da permeabilidade vascular e exsudação plasmática para os espaços teciduais, leva a formação de um edema na região periapical. Com a inflamação e formação de edema na região periapical, acontece uma discreta extrusão dentária (o paciente relata que é o primeiro dente a encostar, relatando dor). OBS.: os fenômenos vasculosexudativos serão responsáveis pela vasodilatação, permitindo a passagem de liquido de dentro do vaso para fora, formando o edema da região, permite a migração de neutrófilos, o que forma o exsudato seroso. Quando o diagnóstico é confirmado, o tratamento local recomendado é a necropulpectomia, o sistêmico é a administração de analgésicos e anti-inflamatórios; o paciente relata uma dor local, espontânea, exacerbada ao toque vertical. Na radiografia se observa um ligeiro aumento do espaço periapical (apenas quando o raio X incide perpendicularmente ao longo eixo do dente); o teste de vitalidade pulpar é negativo, e quando feitas as percussões verticais há um aumento da dor, e horizontal há ausência de dor; quanto a palpação apical, o paciente relata uma levar dor. Clinicamente a coroa pode estar escurecida, e pode evoluir para um abcesso dentoalveolar agudo, crônica, granuloma ou cisto periapical (que é posterior ao granuloma) quando não for realizado o tratamento adequado. OBS.: o tratamento sistêmico não pode ser a única forma de tratamento. OBS.: os eventos de evolução são dinâmicos, mesmo que haja uma evolução para o abscesso dento-alveolar, pode haver uma cronificação, levando a formação de uma periodontite apical crônica e vice-versa. Os fatores locais e sistêmicos determinam se a evolução da pericementite/periodontite apical, será para um processo inflamatório de caráter exsudativo (abscesso dentoalveolar agudo) ou proliferativo (periodontite apical crônica). • Crônica Não apresenta sintomatologia dolorosa e, radiograficamente, são observados aumento do Inflamação da polpa não tratada Supressão da vascularização pulpar Necrose pulpar Gangrena pulpar (tecido contaminado) Agressão dos tecidos periapicais Resposta inflamatória periapical Fatores Locais • Número e virulência do fator agressor; • Diâmetro do forame apical Fatores Sistêmicos • Resistência orgânica Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 espaço periapical, espessamento da lâmina dura e trabeculado ósseo apical mais denso. As alterações de caráter exsudativo acontecerão quanto maior for o número de virulência das bactérias e quanto mais baixa estiver a resistência orgânica ou resposta imune do paciente. Já as alterações de caráter proliferativo ocorrerão quanto menor for o número e a virulência das bactérias e maior a resistência orgânica. Abscesso dentoalveolar Exacerbação do quadro e do processo inflamatório de uma periodontite apical aguda não tratada, ou pode também ser consequência de uma periodontite apical crônica. Abscesso significa uma coleção purulenta localizada, quando o exsudato seroso, passa a ser um exsudato purulento, se acumulando na região periapical, e causa uma sintomatologia dolorosa, devido a compressão de raízes nervosas presentes na região (não responde a efeitos de analgésicos e/ou anti-inflamatórios). O quadro clinico demanda tratamento de urgência por conta da presença de dor intensa e a possibilidade de trismo (dificuldade de abertura de boca), cefaleia, febre e prostração (abatimento físico). O tratamento inicia com a drenagem purulenta, via abertura coronária - mesmo que na fase inicial o pus esteja próximo ao forame apical, algumas bactérias presentes no exsudato produzem gases que pressionam o tecido ao redor, são esses gases que proporcionam a secreção purulenta sair da região apical para a região coronária, a fim de ser drenada. Quando essa reação espontânea não acontece, pode-se ser utilizada uma lima de menor calibre para estimular a saída. OBS.: após isso, o dente deverá ser submetido ao tratamento endodôntico. Caso não houver a drenagem adequada da coleção purulenta, ela vai migrando para as regiões de menor resistência tecidual, se acumulando, a ponto de gerar um ponto de flutuação, quando por palpação é possível identificar que a coleção purulenta já estar localizada no tecido mole, e ela se move mediante à pressão. OBS.: quando não há ponto de flutuação, é importante fazer a abertura coronária, para que, mesmo que não haja drenagem do abscesso, os gases na região serão eliminados, reduzindo a sintomatologia dolorosa. Quando a abscesso evolui a ponto de se formar um ponto de flutuação, a drenagem deve ser feita extraoral, a partir da própria pele. OBS.: no local da incisão, deve-se ser colocado um dreno, para que o restante da coleção que não saiu por pressão continue a sair. Diagnóstico inicial: Nesses casos, o tratamento inicial requer abertura coronária para drenagem, e o uso de antibióticos e anti-inflamatórios, para o tratamento sistêmico. O paciente relata dor espontânea, localizada, intensa, pulsátil e a sensação de dente crescido (já explicada anteriormente). Na radiografia, percebe-se um ligeiro aumento no espaço periodontal. Quanto ao teste de vitalidade pulpar, será negativo; na palpação apical, o paciente relatará aumento da dor; sendo ausente o aumento de volume. O dente pode apresentar mobilidade, e o quadro pode evoluir ou cronificar. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 Diagnóstico em evolução: Também é feita a abertura coronária para drenagem, e a prescrição de antibióticos e anti- inflamatórios; quanto a dor, é espontânea, difusa, moderada e pulsátil – pode ser que o paciente relate a sensação de dente crescido. Na radiografia, é possível perceber um ligeiro aumento do espaço periodontal. Quanto ao teste de vitalidade pulpar, será negativo; na palpação apical, o paciente relatará aumento da dor; sendo presente e difuso o aumento de volume. O dente pode apresentar mobilidade, e o quadro pode evoluirou cronificar e levar a complicações sistêmicas. Diagnóstico evoluído: Nesse caso, além da abertura coronária para drenagem é necessário a drenagem cirúrgica (através da pele), somado ao uso de antibióticos e anti-inflamatórios. Quanto ao relato de dor, é espontânea, difusa, moderada, pulsátil, e o paciente pode relatar a sensação e dente crescido. Na radiografia, é possível perceber um ligeiro aumento do espaço periodontal. Quanto ao teste de vitalidade pulpar, será negativo; na palpação apical, o paciente relatará aumento da dor; sendo, o aumento de volume, presente, localizado e com ponto de flutuação. O dente pode apresentar mobilidade, e o quadro pode evoluir ou cronificar e levar a complicações sistêmicas. • Abscesso dentoalveolar em processo e cronificação Quando não é feito o tratamento do ADAA, o quadro clinico pode evoluir para a cronificação e um processo agudo. Quando isso acontece, o pus, presente na fase aguda do abscesso, procura saída (drenagem) formando um trajeto por regiões de menor resistência até encontrar a mucosa ou pele, formando a fistula. A formação de fistula permite que haja uma drenagem em poucas quantidades; dependendo da localização da fistula, não é possível identificar de qual dente ela se desenvolveu, assim introduz-se um cone de guta percha na fistula, e radiografa, para saber sua origem. Granuloma periapical É a evolução de uma periodontite apical crônica, caracterizado pela proliferação de um tecido conjuntivo fibroso denso cronicamente inflamado. Quando a patologia periapical crônica, como granuloma periapical e cisto periapical de origem inflamatória, se instala logo após a pericementite apical, a resposta imunológica diante da presença do agente agressor no canal radicular acarreta o desenvolvimento de uma lesão periapical. Ao invés e haver formação de exsudato seroso/purulento, há uma proliferação tecidual, como uma espécie de cicatriz, que é chamada de granuloma periapical. No entanto, o que acontece na região é uma resposta imunológica ou e proteção contra os microrganismos presentes na polpa necrosada e em todo o sistema de canais radicular; com três zonas presentes, de contaminação, ligada ao forame apical, de irritação, periférica à zona de Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 contaminação e a zona de estimulação, mais externa (leva ao crescimento e proliferação tecidual). Como consequência da infecção ocorre a reabsorção do osso esponjoso periapical. Portanto, um exame radiográfico, por gerar imagem bidimensional, não é capa e mostrar a lesão inicial presente. Para que a lesão possa ser vista radiograficamente, é preciso que a cortical óssea vestibular ou lingual/palatina tenha sido reabsorvida pelo processo inflamatório, e para isso ocorrer leva-se meses. Portanto, diante de uma lesão periapical, visível radiograficamente, sabe-se que a reação inflamatória está ali presente há meses, caracterizando uma lesão de longa duração. Clinicamente, o paciente não relata sintomatologia dolorosa quando está presente um granuloma periapical ou cisto radicular de origem inflamatória, a não ser que haja uma reagudização do quadro. Então, a lesão periapical visível radiograficamente deve ser considerada como uma resposta imune periapical, pois é a defesa orgânica do paciente atuando com o objetivo de isolar a infecção endodôntica, mantendo-a confinada ao sistema de canais radiculares e prevenindo sua disseminação. OBS.: o infiltrado inflamatório presente nas lesões periapicais crônicas é um misto de linfócitos T e B, PMN’s, macrófagos, plasmócitos, eosinófilos e mastócitos. A diferenciação radiográfica entre granuloma periapical e cisto periapical de origem inflamatória é apenas sugestiva, já que a confirmação apenas mediante a exames histopatológicos. Entretanto, isso não interfere no tratamento local de tais lesões, uma vez que, para ambas, é indicada a necropulpectomia. O granuloma periapical é caracterizado pela presença de linfócitos, plasmócitos e macrófagos, os quais estão circundados por uma capsula fibrosa. Clinicamente, o granuloma periapical apresenta-se assintomático. Nesse caso, o tratamento recomendado é apenas local, lançando mão da necropulpectomia, o paciente não relata dor, nem por percussão vertical ou horizontal, porém, quando houver palpação da região apical, pode haver um desconforto; o teste de vitalidade pulpar é negativo e a coroa pode estar escurecida. Edema e mobilidade dentária não existem. E na radiográfica se apresenta como lesão periapical de contorno nítido. A manutenção do quadro, pode levar agudização, cisto periapical, ou reparo (caso for realizada a endo). Cisto radicular O cisto periapical de origem inflamatória desenvolve-se a partir do estimulo e da proliferação dos restos epiteliais de Malassez, que são restos da bainha de Hertwing, responsável pelo desenvolvimento radicular. O estimulo para esse desenvolvimento parte da inflamação presente no tecido. OBS.: todo cisto radicular/periapical se desenvolve de um granuloma (se dentro desse granuloma haver restos epiteliais de Malassez). Com o estimulo dos restos epiteliais, dá-se inicio ao desenvolvimento de uma cavidade cística revestida por epitélio e preenchida por substância liquida ou pastosa. O desenvolvimento e o crescimento do cisto radicular são lentos e podem atingir maiores dimensões, provocando expansão das corticais ósseas, dando origem a Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 um edema ou tumefação consistente e indolor. Nesse caso, o tratamento recomendado é apenas local, lançando mão da necropulpectomia, o paciente não relata dor, nem por percussão vertical ou horizontal, porém, quando houver palpação da região apical, pode haver um desconforto; o teste de vitalidade pulpar é negativo e a coroa pode estar escurecida. Edema e mobilidade dentária não existem. E na radiográfica se apresenta como lesão periapical de contorno nítido. A manutenção do quadro, pode levar agudização, ou reparo (caso for realizada a endo). OBS.: Os cistos periapicais se dividem em baía/bolsa e verdadeiro: o primeiro tem como característica um revestimento epitelial incompleto devido à extensão da porção apical do dente para o interior do lúmen do cisto – respondem ao tratamento endodôntico. O segundo forma uma estrutura semelhante a um saco, com revestimento epitelial completo, que se localiza adjacente ao ápice do dente, mas está separado deste – tratados por cirurgia perirradicular. OBS.: o halo radiopaco formado, não tem a ver com o epitélio cístico, e sim com a resposta óssea. Complicações das periapicopatias • Angina de Ludwing Infecção bacteriana aguda grave que acomete espaços sublingual e submandibular, que evolui do abscesso dento-alveolar agudo – em mandíbula. Características Clínicas: ➢ Dor continua e intensa no pescoço; ➢ Inchaço cervical (região submandibular) bilateral; ➢ Febre; ➢ Fraqueza, cansaço; ➢ Dificuldade respiratória (principal consequência); ➢ Elevação da língua e do assolho bucal Antibioticoterapia por via endovenosa, até que o abscesso esteja pronto para ser drenado. É comum essa infecção se disseminar para outras regiões. Tratamento: ➢ Manutenção das vias aéreas; ➢ Antibioticoterapia; ➢ Drenagem cirúrgica OBS.: é característico, no exame intraoral, dentes com grande destruição coronária. • Trombose do seio cavernoso Infecção bacteriana aguda grave, que acomete o seio cavernoso, também sendo consequênciado abscesso dento-alveolar agudo – em maxila. O pus, ao invés de drenar para a mucosa, segue o trajeto ósseo: seio maxilar → fossa infratemporal → fissura orbitária inferior → seio cavernoso (podendo alcançar as meninges). Características clínicas: ➢ Na altura de pré-molares e molares superiores; ➢ Aumento edemaciado periorbitário; ➢ Febre; ➢ Calafrio; ➢ Sudorese; ➢ Fixação globo ocular. Sinais de infecção avançadas e envolvimento meníngeo: ➢ Meningite; ➢ Endurecimento do pescoço; ➢ Abscessos Cerebrais Possíveis consequências: ➢ Cegueira do olho envolvido Tratamento: ➢ Antibioticoterapia; ➢ Acompanhamento hospitalar do desenvolvimento. ➢ Acompanhamento de envolvimento meníngeo; ➢ Tratar ou remover o dente que deu origem ao abscesso. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Patologia Oral – 2020.2 OBS.: é característico, no exame intraoral, dentes com grande destruição coronária. • Osteomielites Inflamação da medula óssea ou da cortical, causada por uma infecção de origem odontogênica. Pode ser dividida em osteomielite aguda, que tem aspectos de uma inflamação aguda, e crônica, que tem uma condição mais duradoura – segundo as condições radiográficas podem ser definidas como: crônica supurativa, esclerosante difusa, esclerosante focal, periostite proliferativa (Garré). Fatores de riscos: ➢ Tabaco; ➢ Alcoolismo; ➢ Diabete; ➢ Anemia; ➢ Estados de imunossupressão (infecção por HIV ou induzida por medicamentos); AGUDA: pode resultar da propagação de um abscesso dento-alveolar ou dano físico fratura/cirurgia; sendo o exsudato purulento causado, mais comumente, por estafilococos e estreptococos. Características clinicas: ➢ Sintomático; ➢ Febre, linfadenopatia dolorosa e leucocitose; ➢ Pode ocorrer parestesia do lábio inferior; ➢ A mandíbula, especialmente área de molares, é mais afetada; Característica radiográfica: ➢ No inicio da doença, não há imagem radiográfica (normalmente); ➢ Sutil redução da densidade do osso, com perda de definição do trabeculado existente; ➢ À medida que mais osso for reabsorvido, alterações radiolúcidas difusas começam a aparecer Tratamento: ➢ Antibioticoterapia e drenagem; ➢ Eventualmente, remoção cirúrgica do osso necrótico. OBS.: o tecido necrótico não é tão frequente. CRÔNICA: sequela da osteomielite aguda ou reação inflamatória inicial de longa duração e baixa intensidade; normalmente atinge áreas extensas. Características clínicas: ➢ Sintomas menos graves; ➢ Dor variável, edema; ➢ Pode ocorrer parestesia do lábio inferior; ➢ Drenagem com formação de fistula; ➢ Formação de sequestro ósseo. Tratamento: ➢ Antibioticoterapia; ➢ Remoção dos sequestros ósseos presentes na cavidade OBS.: remoção do sequestro ósseo presente na boca. - Crônica supurativa: formação da drenagem de uma secreção purulenta, com imagem radiolúcida difusa. - Com periostite proliferativa: formação periosteal, que sofre mineralização dando o aspecto de casca de cebola na cortical. Acomete jovens, na região posterior de mandíbula. Acontece como consequência de uma periapicopatia OBS.: a cortical óssea fica preservada. - Esclerosante difusa: semelhante a supurativa crônica, não havendo a formação de drenagem da secreção purulenta. Radiopacidade extensa. - Esclerosante focal: acontece como uma resposta do tecido ósseo a uma inflamação periapical, em dentes posteriores. Referências: LEONARDI, Denise Piotto et al. Alterações pulpares e periapicais. RSBO (Online), v. 8, n. 4, p. 47-61, 2011. NEVILLE, B. W.; ALLEN, C. M.; DAMM, D. D.; et al. Patologia: Oral & Maxilofacial. 4ª Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Imagens do Google Imagens.
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