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Vias Aéreas Superiores

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@_leticiaalbuquerq 
 
 
 
 
↠ O sistema respiratório é constituído pelo nariz, pela faringe, 
pela laringe, pela traqueia, pelos brônquios e pelos pulmões. 
(TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Estruturalmente, o aparelho respiratório é constituído por duas 
partes: (1) O sistema respiratório superior inclui o nariz, a cavidade 
nasal, a faringe e estruturas associadas; (2) o sistema respiratório 
inferior inclui a laringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões. 
(TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Funcionalmente, o sistema respiratório também é formado por 
duas partes. (1) A zona condutora consiste em várias cavidades e 
tubos interconectados (intrapulmonares e extrapulmonares). Estes 
incluem o nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, 
os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais; sua função 
é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões. 
(2) A zona respiratória consiste em tubos e tecidos nos pulmões 
onde ocorrem as trocas gasosas. Estes incluem os bronquíolos 
respiratórios, os ductos alveolares, os sacos alveolares e os 
alvéolos e são os principais locais de trocas gasosas entre o ar e 
o sangue. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
 
 
 
↠O nariz é um órgão especializado no sistema respiratório que 
consiste em uma parte externa visível e uma parte interna 
(intracraniana) chamada de cavidade nasal. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠O nariz é a única parte do sistema respiratório visível 
externamente. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠A parte externa do nariz é a parte visível na face; consiste 
em uma estrutura de suporte constituída por osso e cartilagem 
hialina recoberta por músculo e pele e revestida por túnica mucosa. 
(TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠O frontal, os ossos nasais e as maxilas formam a estrutura 
óssea da parte externa do nariz. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
↠A estrutura cartilaginosa do nariz é formada por várias 
porções de cartilagem hialina ligadas entre si e a determinados 
ossos do crânio por tecido conjuntivo fibroso. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
↠Os componentes da estrutura cartilaginosa são a cartilagem do 
septo nasal, que forma a parte anterior do septo nasal; as 
cartilagens nasais acessórias inferiormente aos ossos nasais; e as 
cartilagens alares, que formam uma parte das paredes das 
narinas. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠A cartilagem do septo forma a margem anterior do nariz, 
chamada dorso do nariz. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠A margem lateral da narina, a asa, e formada por tecido 
conjuntivo denso fibroso. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠Como é formada por cartilagem hialina maleável, a estrutura 
cartilaginosa do nariz é um pouco flexível. Na face inferior do nariz 
estão duas aberturas chamadas de narinas. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
↠A grande variação no tamanho e na forma do nariz se deve em 
grande parte às diferenças nas cartilagens nasais. A pele que 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Funções do sistema respiratório 
1) Possibilitar as trocas gasosas: ingestão de O2 para 
entregá-lo às células corporais e remoção do CO2 
produzido pelas células do corpo; 
2) Ajudar a regular o pH do sangue; 
3) Conter receptores para o sentido do olfato, 
filtrar o ar inspirado, produzir sons vocais (fonação) 
e eliminar água e calor. 
NARIZ 
 @_leticiaalbuquerq 
cobre as superfícies anterior e lateral do nariz é fina e contém 
muitas glândulas sebáceas que se abrem em alguns dos maiores 
poros na pele da face. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
 
 
 
↠ A cavidade nasal situa-se imediatamente posterior ao nariz 
externo. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A cavidade nasal é um espaço grande na face anterior do 
crânio que se encontra inferiormente ao osso nasal e 
superiormente à cavidade oral; está alinhada ao músculo e à túnica 
mucosa. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ A cavidade nasal é dividida nas metades direita e esquerda pelo 
septo nasal na linha mediana; essa parede é formada pela lâmina 
perpendicular do osso etmoide, pelo vômer e pela cartilagem do 
septo nasal (cartilagem hialina), todos cobertos por uma membrana 
mucosa. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Posteriormente, a cavidade nasal é continua a parte nasal da 
faringe (nasofaringe), ou seja, comunicam-se com a faringe por 
meio de aberturas nasais posteriores, os cóanos (“funis”), ou 
narinas internas. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ O teto da cavidade nasal é formado pelos ossos etmoide e 
esfenoide (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ O assoalho nasal é composto pelo palato, que separa as 
cavidades nasal e bucal e mantém o alimento fora das vias aéreas. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Anteriormente, onde o palato contém os processos horizontais 
dos ossos palatinos e os processos palatinos das maxilas, ele se 
chama palato duro; a parte posterior, e o palato mole muscular. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
 
↠ A parte da cavidade nasal situada imediatamente acima das 
narinas, no interior das asas do nariz externo, e o vestíbulo do 
nariz (“entrada”). Ele e revestido com pele contendo glândulas 
sebáceas e sudoríferas, além de muitos folículos pilosos. 
↠ Os pelos nasais, ou vibrissas, filtram grandes partículas (até 
mesmo insetos), do ar inspirado. 
↠ Posteriormente, a cavidade nasal é revestida com dois tipos de 
membrana mucosa: (1) a pequena lâmina de mucosa olfatória perto 
do teto da cavidade nasal, que abriga os receptores olfatórios e 
(2) a mucosa respiratória, uma membrana mucosa que reveste a 
ampla maioria das vias da parte de condução. 
CAVIDADE NASAL 
↠ As estruturas internas do nariz têm três 
funções: 
1) aquecimento, umidificação e filtragem do influxo 
de ar; 
2) detecção de estímulos olfatórios; 
3) modificação das vibrações da fala à medida que 
elas passam pelas grandes e ocas câmaras de 
ressonância. A ressonância se refere a prolongar, 
amplificar ou modificar um som pela vibração. 
Histologia das fossas nasais 
↠ São revestidas por uma mucosa cuja estrutura difere 
segundo a região considerada. Nas fossas nasais, há três 
regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória. 
(Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
Vestíbulo 
↠ A porção mais anterior e dilatada das fossas nasais; sua 
mucosa é a continuação da pele do nariz; porém, o epitélio 
estratificado pavimentoso da pele logo perde sua camada de 
queratina, e o tecido conjuntivo da derme dá origem à lâmina 
própria da mucosa. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ Os pelos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas 
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Conchas nasais 
↠ Projetando-se medianamente a partir de cada parede lateral 
da cavidade nasal existem três estruturas espiraladas cobertas 
por mucosa: as conchas nasais superior e média do osso etmoide 
e a concha nasal inferior, que é um dos ossos da face. (MARIEB, 
7° EDIÇÃO) 
↠ O sulco inferior a cada concha é um meato nasal. (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
↠ À medida que o ar inalado corre ao longo das conchas curvas, 
a turbulência resultante aumenta bastante a quantidade de contato 
entre a mucosa nasal e esse ar inspirado. Os gases no ar inalado 
agitam-se nas voltas e reviravoltas das conchas, mas a matéria 
particulada do ar e desviada para as superfícies cobertas de muco, 
onde fica aprisionada. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ As conchas e a mucosa nasal funcionam durante a inspiração 
filtrando, aquecendo e umidificando o ar. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Durante a expiração, elas recuperam esse calor e umidade. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ O ar inspirado resfria as conchas e depois, durante a 
expiração, essas conchas resfriadas precipitam a umidade e 
extraem calor do ar úmido que flui ao longo delas. Esse mecanismo 
de recuperação minimiza a quantidade de umidade e calor perdidos 
pelo corpo por meio da respiração, ajudando as pessoas a 
sobreviver nos climas secos e frios. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
 
e sudoríparas existentes no vestíbulo constituem uma barreira à 
penetração de partículas grosseiras nas vias respiratórias. Com 
isso, parte das partículas de poeira e microrganismos adere à 
camada de muco e não se é transportada para outras regiões do 
sistema respiratório. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
Área olfatória 
↠ A área olfatóriaé uma região situada na parte superior das 
fossas nasais, responsável pela sensibilidade olfatória. É revestida 
pelo epitélio olfatório, que contém os quimiorreceptores da olfação. 
(Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠O epitélio olfatório é um neuroepitélio colunar 
pseudoestratificado, formado por três tipos celulares: células de 
sustentação, células basais e células olfatórias. (Junqueira e 
Carneiro, 13° edição) 
 
Área respiratória 
↠ Compreende a maior parte das fossas nasais. (Junqueira e 
Carneiro, 13° edição) 
↠ A mucosa dessa região é recoberta por epitélio 
pseudoestratificado colunar (prismático) ciliado, com muitas células 
caliciformes. Nesse local, a lâmina própria de tecido conjuntivo 
subjacente, contém glândulas mistas (serosas e mucosas). 
(Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ As células mucosas secretam muco, enquanto as células 
serosas nas glândulas secretam um fluido aquoso contendo 
enzimas digestórias. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠Todos os dias, as glândulas nasais e as células caliciformes 
epiteliais secretam aproximadamente um quarto de muco contendo 
lisozima, uma enzima que digere e destrói bactérias. (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
↠ Assim como no vestíbulo, a secreção mucosa produzidas pelas 
glândulas mistas e pelas células caliciformes forma uma lâmina 
sobre o epitélio, que prende microrganismos e partículas inertes. 
(Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
 
 
↠ Essa lâmina que cobre a superfície da mucosa, aprisiona a 
poeira inalada, bactérias, pólen, vírus e outros dendritos do ar. 
Nesse caso, uma função importante da mucosa respiratória e 
filtrar o ar inalado. (FILTRAÇÃO). (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ As células ciliadas no revestimento epitelial criam uma corrente 
suave que move a lâmina de muco contaminado em direção 
posterior para a faringe, onde é deglutida. Assim, as partículas 
filtradas do ar acabam sendo destruídas pelos sucos digestivos no 
estômago. Além disso, a lâmina de muco é uma película molhada 
que umidifica o ar inalado. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Plexos ricos em capilares e veias de paredes finas ocupam a 
lâmina própria da mucosa nasal e aquecem o ar que entra e flui 
pela superfície mucosa. Quando a temperatura do ar inalado cai, 
como acontece quando você sai de casa em um dia frio, os plexos 
vasculares respondem enchendo-se com sangue quente, o que 
intensifica o processo de aquecimento do ar. Devido a abundância 
e localização superficial desses vasos, os sangramentos nasais são 
comuns e frequentemente profusos. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
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Seios paranasais 
↠ A cavidade nasal é circundada por um anel de cavidades cheias 
de ar chamadas seios paranasais, situados nos ossos frontal, 
esfenoide, etmoide e maxilas. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Esses seios se abrem na cavidade nasal, são revestidos pela 
mucosa respiratória e desempenham as mesmas funções de 
processamento do ar realizadas pela cavidade nasal. (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
↠ Seu muco drena para as cavidades nasais, e o efeito de sucção 
provocado pelo ato de assoar o nariz também ajuda a drená-los. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
 
 
↠ A faringe é uma passagem em forma de funil que une as 
cavidades nasal e oral, respectivamente, com a laringe e o esôfago, 
inferiormente. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A faringe, ou garganta, é um tubo em forma de funil com 
aproximadamente 13 cm de comprimento que começa nos cóanos 
e se estende para o nível da cartilagem cricóidea, a cartilagem 
mais inferior da laringe. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ No contexto do trato digestório, a faringe costuma ser 
chamada de garganta. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Sua parede é constituída por músculos esqueléticos e é 
revestida por túnica mucosa. Músculos esqueléticos relaxados 
ajudam a manter a faringe patente. A contração dos músculos 
esqueléticos auxilia na deglutição. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ A faringe atua como uma passagem para o ar e comida, 
fornece uma câmara de ressonância para os sons da fala e abriga 
as tonsilas, que participam das reações imunológicas contra 
invasores estranhos. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Com base na localização e na função, de superior para inferior 
a faringe é dividida em nasal, oral e laríngea. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
Parte nasal da faringe 
↠ A parte nasal da faringe é diretamente posterior à cavidade 
nasal, inferior ao osso esfenoide e superior ao palato mole. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Como está acima do nível de entrada do alimento, ela serve 
apenas como via de passagem de ar. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Durante a deglutição, o palato mole e sua úvula se refletem 
superiormente, uma ação que fecha essa parte da faringe e 
impede a entrada de alimento na cavidade nasal. Quando uma 
pessoa ri enquanto bebe, essa ação de vedação falha, e os líquidos 
podem ser aspergidos pelo nariz. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A parte nasal da faringe é contínua à cavidade nasal, por meio 
dos cóanos (aberturas nasais posteriores), e seu epitélio 
pseudoestratificado ciliado assume a função de impelir o muco onde 
não existe mais a mucosa nasal, de modo que o muco empoeirado 
é impelido inferiormente através da parte nasal da faringe. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A parte nasal da faringe é revestida por epitélio colunar 
pseudoestratificado ciliado, e os cílios movem o muco para baixo 
em direção à parte mais inferior da faringe. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
↠ Na linha média da sua parte mais superior e posterior 
encontra-se a tonsila faríngea, um órgão linfático que destrói os 
patógenos que entram com o ar na nasofaringe. (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
↠ O óstio faríngeo da tuba auditiva, que drena a orelha média, 
abre -se em cada parede lateral da parte nasal da faringe. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Uma crista de mucosa faríngea posterior a cada abertura 
constitui o toro tubário, cuja mucosa da sua parte posterior 
contém a tonsila tubária, que proporciona à orelha média alguma 
proteção contra infecções que possam se espalhar a partir da 
faringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
Parte oral da faringe 
↠ A parte oral da faringe situa -se posteriormente à cavidade 
oral; sua entrada arqueada, diretamente atrás da boca, são as 
fauces (“garganta”). (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A parte oral da faringe estende -se inferiormente a partir do 
nível do palato mole até o nível da epiglote (uma aba posterior à 
língua). (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Tanto o alimento deglutido quanto o ar inspirado passam por 
ela. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
Histologia dos seios paranasais 
↠ São cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmoide e 
esfenoide revestidas por epitélio do tipo respiratório, com 
células mais baixas que o epitélio da porção condutora e com 
poucas células caliciformes. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ A lâmina própria contém apenas algumas glândulas 
pequenas e é contínua com o periósteo adjacente. Os seios 
paranasais se comunicam com as fossas nasais por meio de 
pequenos orifícios, e o muco produzido nessas cavidades é 
drenado para as fossas nasais pelo movimento ciliar das 
células epiteliais. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
 
FARINGE 
 @_leticiaalbuquerq 
↠ À medida que a parte nasal se continua com a parte oral da 
faringe, o epitélio que a reveste muda para estratificado 
pavimentoso (não queratinizado) protetor espesso. Essa adaptação 
estrutural reflete um maior atrito e trauma químico que 
acompanham a passagem do alimento deglutido pela parte oral da 
faringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Dois tipos de tonsilas estão relacionados com a sua mucosa: o 
par de tonsilas palatinas situa do nas paredes laterais das fauces, 
e a tonsila lingual ímpar, que cobre a superfície posterior da língua. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
Parte laríngea da faringe 
↠ Assim como a parte oral acima dela, a parte laríngea da faringe 
serve como via de passagem comum para o alimento e o ar, sendo 
revestida por um epitélio estratificado pavimentoso. (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
↠ É revestida por epitélio escamoso estratificado não 
queratinizado. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Localizada posteriormente à laringe, que leva o ar para o trato 
respiratório,e contínua ao esôfago, que conduz o alimento e os 
líquidos para o estômago, a parte laríngea da faringe estende -se 
até a margem inferior da cartilagem cricóidea. (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
 
 
↠ Essas células estão presentes no revestimento respiratório e 
digestório e na conjuntiva do olho. 
↠ As células caliciformes são unidades especializadas na produção 
de muco. 
↠ Elas são células epiteliais originalmente colunares, mas que 
possuem formato de cálice quando preenchidas por grânulos de 
muco, por isso, a denominação “caliciformes” – em forma de cálice. 
Esse formato varia de acordo com a quantidade de seu conteúdo 
interno. Essas células são também denominadas células goblet, 
termo em francês que também significa “cálice”. 
↠ Quanto a classificação básica dos tecidos epiteliais, as células 
caliciformes são classificadas como glândulas exócrinas 
unicelulares. Elas liberam seu conteúdo pelo polo apical da célula. 
↠ Nesses tecidos elas produzem a mucina que forma o muco em 
contato com a água, uma substância de consistência fluida 
gelatinosa que desempenha diversas funções. 
↠ A mucina é um polissacarídeo, de forma que o citoplasma das 
células caliciformes é constituído de um grande número de retículo 
endoplasmático rugoso e complexo de golgi, responsáveis por 
produzir proteínas e adicionar glicose a elas, respectivamente. 
 
↠ A nasofaringe é a primeira parte da faringe, que 
se continua caudalmente com a orofaringe, porção 
oral desse órgão oco. A nasofaringe é revestida por 
epitélio do tipo respiratório, enquanto na orofaringe 
o epitélio é estratificado pavimentoso. (Junqueira e 
Carneiro, 13° edição) 
 
FORMAÇÃO DO MUCO 
↠ Essa célula contém numerosos grânulos de grande dimensão, 
que se coram fracamente e que contêm muco, o qual, por sua 
vez, é constituído por glicoproteínas intensamente hidrofílicas. 
(Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ Os grânulos de secreção preenchem a região apical da célula, 
e o núcleo fica normalmente situado na região basal, a qual é rica 
em retículo endoplasmático granuloso. (Junqueira e Carneiro, 13° 
edição) 
↠ O complexo de Golgi, localizado logo acima do núcleo, é muito 
desenvolvido, indicativo de seu importante papel nessa célula. 
Dados obtidos por autorradiografia indicam que as proteínas são 
sintetizadas na base da célula, onde está a maior parte do retículo 
endoplasmático. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ Monossacarídios são acrescentados às proteínas por 
enzimas– glicosiltransferases – contidas no retículo 
endoplasmático e no complexo de Golgi. (Junqueira e Carneiro, 13° 
edição) 
↠ Quando a secreção é liberada pela célula, ela se torna 
altamente hidratada e forma o muco, um gel viscoso, elástico e 
lubrificante. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
 
 
 @_leticiaalbuquerq 
 
 
↠ Devido ao trânsito de ar no seu interior, o sistema respiratório 
está diretamente exposto ao meio externo. (Junqueira e Carneiro, 
13° edição) 
↠ Sua mucosa é uma interface do meio interno com o ar inspirado 
e protege o organismo contra as impurezas do ar por meio de 
vários mecanismos de defesa, existentes principalmente na porção 
condutora. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ As inúmeras células caliciformes do epitélio respiratório, junto 
com pequenas glândulas situadas na mucosa dos tubos, secretam 
uma grande quantidade de muco para o lúmen dos tubos da porção 
respiratória. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ Esse muco deposita-se sobre a superfície do epitélio em forma 
de uma lâmina, que é continuamente deslocada por batimento ciliar 
ao longo do lúmen em direção à faringe. Grande parte das 
partículas de poeira e microrganismos presentes no ar adere a 
essa lâmina de muco e não alcança os alvéolos, que são uma região 
frágil do sistema respiratório. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ Outro mecanismo importante de defesa contra antígenos 
vindos do meio externo é representado por uma barreira de 
linfócitos. Essa barreira compreende uma camada de linfócitos 
isolados dispersos abaixo do epitélio, além de nódulos linfáticos e 
linfonodos distribuídos na mucosa ou externamente aos tubos da 
porção condutora do sistema respiratório. (Junqueira e Carneiro, 
13° edição) 
↠ Além dos linfócitos, a mucosa da porção condutora apresenta 
grande quantidade de plasmócitos e macrófagos. (Junqueira e 
Carneiro, 13° edição) 
↠ As áreas da lâmina própria que contêm nódulos linfáticos são 
recobertas por células M. São células que captam antígenos, 
transferindo-os para um compartimento abaixo da célula, onde têm 
acesso macrófagos e linfócitos. Esses linfócitos migram, levando 
para linfonodos informações sobre as macromoléculas antigênicas, 
que podem fazer parte de um microrganismo. (Junqueira e 
Carneiro, 13° edição) 
 
Epitélio respiratório 
↠ A porção condutora compreende as fossas nasais, nasofaringe, 
laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. Conforme o local da porção 
condutora, esses componentes consistem em um ou vários dos 
seguintes tecidos: osso, cartilagem, tecido conjuntivo e tecido muscular 
liso. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
↠ A maior parte da porção condutora é revestida internamente por 
um epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com muitas células 
caliciformes, denominado epitélio respiratório. 
↠ O epitélio respiratório típico consiste em cinco tipos celulares, 
identificáveis ao microscópio eletrônico. Como se trata de um epitélio 
pseudoestratificado, as células têm alturas diferentes, mas todas se 
apoiam na lâmina basal do epitélio. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
 
IMAGEM: Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes, 
também denominado epitélio respiratório. As principais células presentes na 
figura são as colunares ciliadas (Col), caliciformes (Ca) e basais (B). As setas 
indicam cílios. Abaixo do epitélio, há feixes de fibras musculares lisas (M). 
1) Célula colunar ciliada: é o tipo mais abundante; cada uma tem cerca 
de 300 cílios na sua superfície apical e junto aos corpúsculos basais 
dos cílios há numerosas mitocôndrias, que fornecem trifosfato de 
adenosina (ATP) para os batimentos ciliares. 
2) Células caliciformes: está em segundo lugar em relação a quantidade; 
são células secretoras de muco, na qual sua região apical contém 
numerosas gotículas de muco composto de glicoproteínas. 
3) Células em escova: são conhecidas devido aos numerosos microvilos 
existentes em superfícies apicais. Na base dessas células, 
consideradas receptores sensoriais, há terminações nervosas 
aferentes. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 
4) Células basais: são pequenas e arredondadas, também apoiadas na 
lâmina basal, mas que não se estendem até a superfície livre do epitélio. 
Elas são células-tronco que se multiplicam continuamente por mitose e 
originam os demais tipos celulares do epitélio respiratório. 
5) Células granulares: semelhantes às basais, mas que contêm 
numerosos grânulos com diâmetro de 100 a 300 nm. 
MECANISMOS DE DEFESA 
↠ Nos tabagistas ocorre aumento no número das células 
caliciformes e redução da quantidade de células ciliadas. O 
aumento da produção de muco nos fumantes facilita a 
retenção mais eficiente de poluentes; porém, a redução 
das células ciliadas devido ao excesso de CO2 produzido 
pelos cigarros resulta na diminuição do movimento da 
camada de muco, o que frequentemente leva à obstrução 
parcial dos ramos mais finos da porção condutora do 
sistema respiratório. 
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↠ Quando respiramos, agentes patogénicos e partículas com 
potencial nocivo, inevitavelmente atingem as vias aéreas, entrando 
em contacto direto com a mucosa respiratória. Em resposta a 
esta constante ameaça de infeção e inflamação, a fim de proteger 
o sistema respiratório, as vias aéreas desenvolveram um 
mecanismo primário de defesa, o sistema de depuração mucociliar. 
(Figueiredo, 2019) 
↠ Os componentes funcionais deste sistema são: uma camada de 
muco, que retém as partículas inaladas; uma camada periciliar,que 
lubrifica a superfície celular e facilita o batimento ciliar; e os cílios 
da superfície das células ciliadas, cujo movimento coordenado 
permite transportar estas secreções das vias aéreas superiores 
posteriormente para a faringe ou das vias aéreas inferiores 
superiormente até à glote, sendo depois eliminadas pelo trato 
gastrointestinal. (Figueiredo, 2019) 
↠ Esta camada epitelial continua das vias aéreas funciona com 
uma barreira Física, Secretora e Reguladora especializada. As 
células epiteliais formam uma barreira física vital com o ambiente 
externo, contra bactérias e vírus, alérgenos, partículas de poeira 
e poluentes atmosféricos; e fornecem uma função antimicrobiana 
através da produção de muco, imunoglobulinas e defensinas. 
Desempenham, ainda, um papel regulador e pró-inflamatório 
através da liberação de enzimas degradadoras de neuropeptídeos, 
endotelina, óxido nítrico, TGF-β, metabólitos de ácido araquidónico 
e citocinas.8. (Figueiredo, 2019) 
↠ O epitélio das vias áreas é, assim a primeira linha de defesa 
das vias aéreas e pulmão, protegendo o sistema respiratório 
através de vários mecanismos de defesa, dos quais se destaca o 
sistema de depuração mucociliar. (Figueiredo, 2019) 
Componentes do sistema mucociliar 
↠ Os cílios respiratórios, ao baterem de maneira coordenada e 
rítmica, limpam as vias aéreas superiores e inferiores de agentes 
patogénicos e de detritos ambientais aprisionados na camada de 
muco. Os cílios são, assim, os propulsores, que impulsionam o 
transporte mucociliar. (Figueiredo, 2019) 
↠ Além das numerosas células ciliadas, o revestimento epitelial 
das vias aéreas consiste principalmente em células secretoras 
(células caliciformes) que, juntamente com as glândulas 
submucosas, segregam diferentes moléculas antimicrobianas 
(defensinas, lisozima e IgA), moléculas imunomoduladoras (citocinas) 
e grandes glicoproteínas denominadas mucinas, que se ligam a 
quantidades consideráveis de água, formando-se assim, o gel 
deformável conhecido como muco. (Figueiredo, 2019) 
↠ Em indivíduos saudáveis, este muco que recobre as vias aéreas 
contém 97% de água e 3% de sólidos, dos quais as mucinas 
constituem cerca de 30% (o restante são proteínas não mucinas; 
lipídios; sais e detritos celulares). Assim, os principais constituintes 
macromoleculares da camada de muco são as glicoproteínas de 
mucina, que são críticas para a defesa local das vias aéreas. 
(Figueiredo, 2019) 
↠ Existem vários tipos de mucinas com diferentes funções e 
localizações, codificadas pelos genes MUC, das quais se destacam 
duas classes expressas nas vias aéreas: 
• Mucinas formadoras de gel: predominantemente MUC 
5AC, MUC 5B expressas tipicamente pelas células 
caliciformes e pelas células das glândulas submucosas, 
respectivamente) que são secretadas e polimerizam 
para formar gel, e são responsáveis pela propriedade 
viscoelástica do muco 
• Mucinas associadas à membrana: (MUC 1, MUC 4, MUC 
16 e MUC 20, são grandes glicoproteínas 
transmembranares presentes na superfície apical do 
epitélio das vias aéreas 
↠ Este arranjo de mucinas associadas-à-membrana e mucinas 
formadoras-de-gel cria uma barreira na superfície das vias aéreas 
com duas camadas, uma camada periciliar e uma camada de muco, 
respectivamente. (Figueiredo, 2019) 
↠ A camada periciliar, composta por uma malha densa de mucinas 
associadas à membrana ligadas aos cílios e às microvilosidades 
epiteliais das vias aéreas, com uma altura aproximadamente igual à 
altura do cílio estendido (7μm), proporciona uma lubrificação 
eficiente para o movimento ciliar. Forma, ainda, uma barreira 
osmótica que restringe o acesso de partículas da superfície celular, 
evitando que agentes patogénicos existentes no muco contactem 
com o epitélio e que glicoproteínas da camada de muco adiram ao 
glicocálice da membrana apical epitelial. (Figueiredo, 2019) 
↠ Sobre esta, encontra-se uma camada de mucinas formadoras-
de-gel, composta por MUC5AC e MUC5B, proteínas mucinas 
oligoméricas segregadas que retêm água e formam um gel 
viscoelástico. (Figueiredo, 2019) 
↠ Após a secreção e hidratação das mucinas, uma fina camada 
de muco (2 a 5 μm de espessura) é formada, das vias aéreas 
superiores aos bronquíolos, para proteger o epitélio. (Figueiredo, 
2019) 
↠ Assim, a eficácia do sistema mucociliar depende da interação 
dos cílios com uma camada de fluido que cobre a superfície das 
vias aéreas, que inclui uma camada periciliar de baixa viscosidade, 
que lubrifica a superfície das vias aéreas e facilita o movimento 
ciliar; e uma camada de muco sobreposta, cuja função é aprisionar 
partículas inaladas. Pode incluir, ainda, uma camada de surfactante, 
MECANISMO DE DEFESA MUCOCILIAR 
 @_leticiaalbuquerq 
que facilita a disseminação do muco sobre a superfície epitelial. 
(Figueiredo, 2019) 
↠ Um sistema mucociliar eficiente requer que os cílios interajam 
com uma camada de líquido periciliar (~ 7 mm) e que consigam 
propelir ( empurrar, impulsionar) a camada de muco sobreposta (~ 
2 a 5 mm). Uma fina camada de surfactante (a azul) pode estar 
presente. A hidratação desta camada de fluido que cobre a 
superfície das vias aéreas é mantida pelo transporte iónico 
transmembranar ativo das células epiteliais ciliadas. (Figueiredo, 
2019) 
 
 
 
• Figueiredo, Maria Miguel Amaral dos Santos. 
Anatomofisiopatologia do sistema mucociliar das vias 
aéreas. Diss. 2019. 
• Marieb, Elaine N., e Katja Hoehn Anatomia e Fisiologia. 
Grupo A, 2009. 
• Marieb, Elaine N., e Katja Hoehn Anatomia e Fisiologia. 
Grupo A, 2009. 
• JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J. Histologia básica, texto e 
atlas. Rio de Janeiro. 12ª edição, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS

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