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@_leticiaalbuquerq ↠ O sistema respiratório é constituído pelo nariz, pela faringe, pela laringe, pela traqueia, pelos brônquios e pelos pulmões. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Estruturalmente, o aparelho respiratório é constituído por duas partes: (1) O sistema respiratório superior inclui o nariz, a cavidade nasal, a faringe e estruturas associadas; (2) o sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Funcionalmente, o sistema respiratório também é formado por duas partes. (1) A zona condutora consiste em várias cavidades e tubos interconectados (intrapulmonares e extrapulmonares). Estes incluem o nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais; sua função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões. (2) A zona respiratória consiste em tubos e tecidos nos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas. Estes incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos e são os principais locais de trocas gasosas entre o ar e o sangue. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠O nariz é um órgão especializado no sistema respiratório que consiste em uma parte externa visível e uma parte interna (intracraniana) chamada de cavidade nasal. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠O nariz é a única parte do sistema respiratório visível externamente. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠A parte externa do nariz é a parte visível na face; consiste em uma estrutura de suporte constituída por osso e cartilagem hialina recoberta por músculo e pele e revestida por túnica mucosa. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠O frontal, os ossos nasais e as maxilas formam a estrutura óssea da parte externa do nariz. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠A estrutura cartilaginosa do nariz é formada por várias porções de cartilagem hialina ligadas entre si e a determinados ossos do crânio por tecido conjuntivo fibroso. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠Os componentes da estrutura cartilaginosa são a cartilagem do septo nasal, que forma a parte anterior do septo nasal; as cartilagens nasais acessórias inferiormente aos ossos nasais; e as cartilagens alares, que formam uma parte das paredes das narinas. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠A cartilagem do septo forma a margem anterior do nariz, chamada dorso do nariz. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠A margem lateral da narina, a asa, e formada por tecido conjuntivo denso fibroso. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠Como é formada por cartilagem hialina maleável, a estrutura cartilaginosa do nariz é um pouco flexível. Na face inferior do nariz estão duas aberturas chamadas de narinas. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠A grande variação no tamanho e na forma do nariz se deve em grande parte às diferenças nas cartilagens nasais. A pele que SISTEMA RESPIRATÓRIO Funções do sistema respiratório 1) Possibilitar as trocas gasosas: ingestão de O2 para entregá-lo às células corporais e remoção do CO2 produzido pelas células do corpo; 2) Ajudar a regular o pH do sangue; 3) Conter receptores para o sentido do olfato, filtrar o ar inspirado, produzir sons vocais (fonação) e eliminar água e calor. NARIZ @_leticiaalbuquerq cobre as superfícies anterior e lateral do nariz é fina e contém muitas glândulas sebáceas que se abrem em alguns dos maiores poros na pele da face. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A cavidade nasal situa-se imediatamente posterior ao nariz externo. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A cavidade nasal é um espaço grande na face anterior do crânio que se encontra inferiormente ao osso nasal e superiormente à cavidade oral; está alinhada ao músculo e à túnica mucosa. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A cavidade nasal é dividida nas metades direita e esquerda pelo septo nasal na linha mediana; essa parede é formada pela lâmina perpendicular do osso etmoide, pelo vômer e pela cartilagem do septo nasal (cartilagem hialina), todos cobertos por uma membrana mucosa. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Posteriormente, a cavidade nasal é continua a parte nasal da faringe (nasofaringe), ou seja, comunicam-se com a faringe por meio de aberturas nasais posteriores, os cóanos (“funis”), ou narinas internas. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O teto da cavidade nasal é formado pelos ossos etmoide e esfenoide (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O assoalho nasal é composto pelo palato, que separa as cavidades nasal e bucal e mantém o alimento fora das vias aéreas. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Anteriormente, onde o palato contém os processos horizontais dos ossos palatinos e os processos palatinos das maxilas, ele se chama palato duro; a parte posterior, e o palato mole muscular. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A parte da cavidade nasal situada imediatamente acima das narinas, no interior das asas do nariz externo, e o vestíbulo do nariz (“entrada”). Ele e revestido com pele contendo glândulas sebáceas e sudoríferas, além de muitos folículos pilosos. ↠ Os pelos nasais, ou vibrissas, filtram grandes partículas (até mesmo insetos), do ar inspirado. ↠ Posteriormente, a cavidade nasal é revestida com dois tipos de membrana mucosa: (1) a pequena lâmina de mucosa olfatória perto do teto da cavidade nasal, que abriga os receptores olfatórios e (2) a mucosa respiratória, uma membrana mucosa que reveste a ampla maioria das vias da parte de condução. CAVIDADE NASAL ↠ As estruturas internas do nariz têm três funções: 1) aquecimento, umidificação e filtragem do influxo de ar; 2) detecção de estímulos olfatórios; 3) modificação das vibrações da fala à medida que elas passam pelas grandes e ocas câmaras de ressonância. A ressonância se refere a prolongar, amplificar ou modificar um som pela vibração. Histologia das fossas nasais ↠ São revestidas por uma mucosa cuja estrutura difere segundo a região considerada. Nas fossas nasais, há três regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) Vestíbulo ↠ A porção mais anterior e dilatada das fossas nasais; sua mucosa é a continuação da pele do nariz; porém, o epitélio estratificado pavimentoso da pele logo perde sua camada de queratina, e o tecido conjuntivo da derme dá origem à lâmina própria da mucosa. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Os pelos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas @_leticiaalbuquerq Conchas nasais ↠ Projetando-se medianamente a partir de cada parede lateral da cavidade nasal existem três estruturas espiraladas cobertas por mucosa: as conchas nasais superior e média do osso etmoide e a concha nasal inferior, que é um dos ossos da face. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O sulco inferior a cada concha é um meato nasal. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ À medida que o ar inalado corre ao longo das conchas curvas, a turbulência resultante aumenta bastante a quantidade de contato entre a mucosa nasal e esse ar inspirado. Os gases no ar inalado agitam-se nas voltas e reviravoltas das conchas, mas a matéria particulada do ar e desviada para as superfícies cobertas de muco, onde fica aprisionada. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ As conchas e a mucosa nasal funcionam durante a inspiração filtrando, aquecendo e umidificando o ar. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Durante a expiração, elas recuperam esse calor e umidade. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O ar inspirado resfria as conchas e depois, durante a expiração, essas conchas resfriadas precipitam a umidade e extraem calor do ar úmido que flui ao longo delas. Esse mecanismo de recuperação minimiza a quantidade de umidade e calor perdidos pelo corpo por meio da respiração, ajudando as pessoas a sobreviver nos climas secos e frios. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) e sudoríparas existentes no vestíbulo constituem uma barreira à penetração de partículas grosseiras nas vias respiratórias. Com isso, parte das partículas de poeira e microrganismos adere à camada de muco e não se é transportada para outras regiões do sistema respiratório. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) Área olfatória ↠ A área olfatóriaé uma região situada na parte superior das fossas nasais, responsável pela sensibilidade olfatória. É revestida pelo epitélio olfatório, que contém os quimiorreceptores da olfação. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠O epitélio olfatório é um neuroepitélio colunar pseudoestratificado, formado por três tipos celulares: células de sustentação, células basais e células olfatórias. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) Área respiratória ↠ Compreende a maior parte das fossas nasais. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ A mucosa dessa região é recoberta por epitélio pseudoestratificado colunar (prismático) ciliado, com muitas células caliciformes. Nesse local, a lâmina própria de tecido conjuntivo subjacente, contém glândulas mistas (serosas e mucosas). (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ As células mucosas secretam muco, enquanto as células serosas nas glândulas secretam um fluido aquoso contendo enzimas digestórias. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠Todos os dias, as glândulas nasais e as células caliciformes epiteliais secretam aproximadamente um quarto de muco contendo lisozima, uma enzima que digere e destrói bactérias. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Assim como no vestíbulo, a secreção mucosa produzidas pelas glândulas mistas e pelas células caliciformes forma uma lâmina sobre o epitélio, que prende microrganismos e partículas inertes. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Essa lâmina que cobre a superfície da mucosa, aprisiona a poeira inalada, bactérias, pólen, vírus e outros dendritos do ar. Nesse caso, uma função importante da mucosa respiratória e filtrar o ar inalado. (FILTRAÇÃO). (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ As células ciliadas no revestimento epitelial criam uma corrente suave que move a lâmina de muco contaminado em direção posterior para a faringe, onde é deglutida. Assim, as partículas filtradas do ar acabam sendo destruídas pelos sucos digestivos no estômago. Além disso, a lâmina de muco é uma película molhada que umidifica o ar inalado. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Plexos ricos em capilares e veias de paredes finas ocupam a lâmina própria da mucosa nasal e aquecem o ar que entra e flui pela superfície mucosa. Quando a temperatura do ar inalado cai, como acontece quando você sai de casa em um dia frio, os plexos vasculares respondem enchendo-se com sangue quente, o que intensifica o processo de aquecimento do ar. Devido a abundância e localização superficial desses vasos, os sangramentos nasais são comuns e frequentemente profusos. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) @_leticiaalbuquerq Seios paranasais ↠ A cavidade nasal é circundada por um anel de cavidades cheias de ar chamadas seios paranasais, situados nos ossos frontal, esfenoide, etmoide e maxilas. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Esses seios se abrem na cavidade nasal, são revestidos pela mucosa respiratória e desempenham as mesmas funções de processamento do ar realizadas pela cavidade nasal. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Seu muco drena para as cavidades nasais, e o efeito de sucção provocado pelo ato de assoar o nariz também ajuda a drená-los. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A faringe é uma passagem em forma de funil que une as cavidades nasal e oral, respectivamente, com a laringe e o esôfago, inferiormente. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A faringe, ou garganta, é um tubo em forma de funil com aproximadamente 13 cm de comprimento que começa nos cóanos e se estende para o nível da cartilagem cricóidea, a cartilagem mais inferior da laringe. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ No contexto do trato digestório, a faringe costuma ser chamada de garganta. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Sua parede é constituída por músculos esqueléticos e é revestida por túnica mucosa. Músculos esqueléticos relaxados ajudam a manter a faringe patente. A contração dos músculos esqueléticos auxilia na deglutição. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A faringe atua como uma passagem para o ar e comida, fornece uma câmara de ressonância para os sons da fala e abriga as tonsilas, que participam das reações imunológicas contra invasores estranhos. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Com base na localização e na função, de superior para inferior a faringe é dividida em nasal, oral e laríngea. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) Parte nasal da faringe ↠ A parte nasal da faringe é diretamente posterior à cavidade nasal, inferior ao osso esfenoide e superior ao palato mole. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Como está acima do nível de entrada do alimento, ela serve apenas como via de passagem de ar. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Durante a deglutição, o palato mole e sua úvula se refletem superiormente, uma ação que fecha essa parte da faringe e impede a entrada de alimento na cavidade nasal. Quando uma pessoa ri enquanto bebe, essa ação de vedação falha, e os líquidos podem ser aspergidos pelo nariz. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A parte nasal da faringe é contínua à cavidade nasal, por meio dos cóanos (aberturas nasais posteriores), e seu epitélio pseudoestratificado ciliado assume a função de impelir o muco onde não existe mais a mucosa nasal, de modo que o muco empoeirado é impelido inferiormente através da parte nasal da faringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A parte nasal da faringe é revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado, e os cílios movem o muco para baixo em direção à parte mais inferior da faringe. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Na linha média da sua parte mais superior e posterior encontra-se a tonsila faríngea, um órgão linfático que destrói os patógenos que entram com o ar na nasofaringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O óstio faríngeo da tuba auditiva, que drena a orelha média, abre -se em cada parede lateral da parte nasal da faringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Uma crista de mucosa faríngea posterior a cada abertura constitui o toro tubário, cuja mucosa da sua parte posterior contém a tonsila tubária, que proporciona à orelha média alguma proteção contra infecções que possam se espalhar a partir da faringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) Parte oral da faringe ↠ A parte oral da faringe situa -se posteriormente à cavidade oral; sua entrada arqueada, diretamente atrás da boca, são as fauces (“garganta”). (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A parte oral da faringe estende -se inferiormente a partir do nível do palato mole até o nível da epiglote (uma aba posterior à língua). (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Tanto o alimento deglutido quanto o ar inspirado passam por ela. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) Histologia dos seios paranasais ↠ São cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmoide e esfenoide revestidas por epitélio do tipo respiratório, com células mais baixas que o epitélio da porção condutora e com poucas células caliciformes. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ A lâmina própria contém apenas algumas glândulas pequenas e é contínua com o periósteo adjacente. Os seios paranasais se comunicam com as fossas nasais por meio de pequenos orifícios, e o muco produzido nessas cavidades é drenado para as fossas nasais pelo movimento ciliar das células epiteliais. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) FARINGE @_leticiaalbuquerq ↠ À medida que a parte nasal se continua com a parte oral da faringe, o epitélio que a reveste muda para estratificado pavimentoso (não queratinizado) protetor espesso. Essa adaptação estrutural reflete um maior atrito e trauma químico que acompanham a passagem do alimento deglutido pela parte oral da faringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Dois tipos de tonsilas estão relacionados com a sua mucosa: o par de tonsilas palatinas situa do nas paredes laterais das fauces, e a tonsila lingual ímpar, que cobre a superfície posterior da língua. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) Parte laríngea da faringe ↠ Assim como a parte oral acima dela, a parte laríngea da faringe serve como via de passagem comum para o alimento e o ar, sendo revestida por um epitélio estratificado pavimentoso. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ É revestida por epitélio escamoso estratificado não queratinizado. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Localizada posteriormente à laringe, que leva o ar para o trato respiratório,e contínua ao esôfago, que conduz o alimento e os líquidos para o estômago, a parte laríngea da faringe estende -se até a margem inferior da cartilagem cricóidea. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Essas células estão presentes no revestimento respiratório e digestório e na conjuntiva do olho. ↠ As células caliciformes são unidades especializadas na produção de muco. ↠ Elas são células epiteliais originalmente colunares, mas que possuem formato de cálice quando preenchidas por grânulos de muco, por isso, a denominação “caliciformes” – em forma de cálice. Esse formato varia de acordo com a quantidade de seu conteúdo interno. Essas células são também denominadas células goblet, termo em francês que também significa “cálice”. ↠ Quanto a classificação básica dos tecidos epiteliais, as células caliciformes são classificadas como glândulas exócrinas unicelulares. Elas liberam seu conteúdo pelo polo apical da célula. ↠ Nesses tecidos elas produzem a mucina que forma o muco em contato com a água, uma substância de consistência fluida gelatinosa que desempenha diversas funções. ↠ A mucina é um polissacarídeo, de forma que o citoplasma das células caliciformes é constituído de um grande número de retículo endoplasmático rugoso e complexo de golgi, responsáveis por produzir proteínas e adicionar glicose a elas, respectivamente. ↠ A nasofaringe é a primeira parte da faringe, que se continua caudalmente com a orofaringe, porção oral desse órgão oco. A nasofaringe é revestida por epitélio do tipo respiratório, enquanto na orofaringe o epitélio é estratificado pavimentoso. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) FORMAÇÃO DO MUCO ↠ Essa célula contém numerosos grânulos de grande dimensão, que se coram fracamente e que contêm muco, o qual, por sua vez, é constituído por glicoproteínas intensamente hidrofílicas. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Os grânulos de secreção preenchem a região apical da célula, e o núcleo fica normalmente situado na região basal, a qual é rica em retículo endoplasmático granuloso. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ O complexo de Golgi, localizado logo acima do núcleo, é muito desenvolvido, indicativo de seu importante papel nessa célula. Dados obtidos por autorradiografia indicam que as proteínas são sintetizadas na base da célula, onde está a maior parte do retículo endoplasmático. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Monossacarídios são acrescentados às proteínas por enzimas– glicosiltransferases – contidas no retículo endoplasmático e no complexo de Golgi. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Quando a secreção é liberada pela célula, ela se torna altamente hidratada e forma o muco, um gel viscoso, elástico e lubrificante. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) @_leticiaalbuquerq ↠ Devido ao trânsito de ar no seu interior, o sistema respiratório está diretamente exposto ao meio externo. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Sua mucosa é uma interface do meio interno com o ar inspirado e protege o organismo contra as impurezas do ar por meio de vários mecanismos de defesa, existentes principalmente na porção condutora. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ As inúmeras células caliciformes do epitélio respiratório, junto com pequenas glândulas situadas na mucosa dos tubos, secretam uma grande quantidade de muco para o lúmen dos tubos da porção respiratória. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Esse muco deposita-se sobre a superfície do epitélio em forma de uma lâmina, que é continuamente deslocada por batimento ciliar ao longo do lúmen em direção à faringe. Grande parte das partículas de poeira e microrganismos presentes no ar adere a essa lâmina de muco e não alcança os alvéolos, que são uma região frágil do sistema respiratório. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Outro mecanismo importante de defesa contra antígenos vindos do meio externo é representado por uma barreira de linfócitos. Essa barreira compreende uma camada de linfócitos isolados dispersos abaixo do epitélio, além de nódulos linfáticos e linfonodos distribuídos na mucosa ou externamente aos tubos da porção condutora do sistema respiratório. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ Além dos linfócitos, a mucosa da porção condutora apresenta grande quantidade de plasmócitos e macrófagos. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ As áreas da lâmina própria que contêm nódulos linfáticos são recobertas por células M. São células que captam antígenos, transferindo-os para um compartimento abaixo da célula, onde têm acesso macrófagos e linfócitos. Esses linfócitos migram, levando para linfonodos informações sobre as macromoléculas antigênicas, que podem fazer parte de um microrganismo. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) Epitélio respiratório ↠ A porção condutora compreende as fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. Conforme o local da porção condutora, esses componentes consistem em um ou vários dos seguintes tecidos: osso, cartilagem, tecido conjuntivo e tecido muscular liso. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) ↠ A maior parte da porção condutora é revestida internamente por um epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com muitas células caliciformes, denominado epitélio respiratório. ↠ O epitélio respiratório típico consiste em cinco tipos celulares, identificáveis ao microscópio eletrônico. Como se trata de um epitélio pseudoestratificado, as células têm alturas diferentes, mas todas se apoiam na lâmina basal do epitélio. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) IMAGEM: Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes, também denominado epitélio respiratório. As principais células presentes na figura são as colunares ciliadas (Col), caliciformes (Ca) e basais (B). As setas indicam cílios. Abaixo do epitélio, há feixes de fibras musculares lisas (M). 1) Célula colunar ciliada: é o tipo mais abundante; cada uma tem cerca de 300 cílios na sua superfície apical e junto aos corpúsculos basais dos cílios há numerosas mitocôndrias, que fornecem trifosfato de adenosina (ATP) para os batimentos ciliares. 2) Células caliciformes: está em segundo lugar em relação a quantidade; são células secretoras de muco, na qual sua região apical contém numerosas gotículas de muco composto de glicoproteínas. 3) Células em escova: são conhecidas devido aos numerosos microvilos existentes em superfícies apicais. Na base dessas células, consideradas receptores sensoriais, há terminações nervosas aferentes. (Junqueira e Carneiro, 13° edição) 4) Células basais: são pequenas e arredondadas, também apoiadas na lâmina basal, mas que não se estendem até a superfície livre do epitélio. Elas são células-tronco que se multiplicam continuamente por mitose e originam os demais tipos celulares do epitélio respiratório. 5) Células granulares: semelhantes às basais, mas que contêm numerosos grânulos com diâmetro de 100 a 300 nm. MECANISMOS DE DEFESA ↠ Nos tabagistas ocorre aumento no número das células caliciformes e redução da quantidade de células ciliadas. O aumento da produção de muco nos fumantes facilita a retenção mais eficiente de poluentes; porém, a redução das células ciliadas devido ao excesso de CO2 produzido pelos cigarros resulta na diminuição do movimento da camada de muco, o que frequentemente leva à obstrução parcial dos ramos mais finos da porção condutora do sistema respiratório. @_leticiaalbuquerq ↠ Quando respiramos, agentes patogénicos e partículas com potencial nocivo, inevitavelmente atingem as vias aéreas, entrando em contacto direto com a mucosa respiratória. Em resposta a esta constante ameaça de infeção e inflamação, a fim de proteger o sistema respiratório, as vias aéreas desenvolveram um mecanismo primário de defesa, o sistema de depuração mucociliar. (Figueiredo, 2019) ↠ Os componentes funcionais deste sistema são: uma camada de muco, que retém as partículas inaladas; uma camada periciliar,que lubrifica a superfície celular e facilita o batimento ciliar; e os cílios da superfície das células ciliadas, cujo movimento coordenado permite transportar estas secreções das vias aéreas superiores posteriormente para a faringe ou das vias aéreas inferiores superiormente até à glote, sendo depois eliminadas pelo trato gastrointestinal. (Figueiredo, 2019) ↠ Esta camada epitelial continua das vias aéreas funciona com uma barreira Física, Secretora e Reguladora especializada. As células epiteliais formam uma barreira física vital com o ambiente externo, contra bactérias e vírus, alérgenos, partículas de poeira e poluentes atmosféricos; e fornecem uma função antimicrobiana através da produção de muco, imunoglobulinas e defensinas. Desempenham, ainda, um papel regulador e pró-inflamatório através da liberação de enzimas degradadoras de neuropeptídeos, endotelina, óxido nítrico, TGF-β, metabólitos de ácido araquidónico e citocinas.8. (Figueiredo, 2019) ↠ O epitélio das vias áreas é, assim a primeira linha de defesa das vias aéreas e pulmão, protegendo o sistema respiratório através de vários mecanismos de defesa, dos quais se destaca o sistema de depuração mucociliar. (Figueiredo, 2019) Componentes do sistema mucociliar ↠ Os cílios respiratórios, ao baterem de maneira coordenada e rítmica, limpam as vias aéreas superiores e inferiores de agentes patogénicos e de detritos ambientais aprisionados na camada de muco. Os cílios são, assim, os propulsores, que impulsionam o transporte mucociliar. (Figueiredo, 2019) ↠ Além das numerosas células ciliadas, o revestimento epitelial das vias aéreas consiste principalmente em células secretoras (células caliciformes) que, juntamente com as glândulas submucosas, segregam diferentes moléculas antimicrobianas (defensinas, lisozima e IgA), moléculas imunomoduladoras (citocinas) e grandes glicoproteínas denominadas mucinas, que se ligam a quantidades consideráveis de água, formando-se assim, o gel deformável conhecido como muco. (Figueiredo, 2019) ↠ Em indivíduos saudáveis, este muco que recobre as vias aéreas contém 97% de água e 3% de sólidos, dos quais as mucinas constituem cerca de 30% (o restante são proteínas não mucinas; lipídios; sais e detritos celulares). Assim, os principais constituintes macromoleculares da camada de muco são as glicoproteínas de mucina, que são críticas para a defesa local das vias aéreas. (Figueiredo, 2019) ↠ Existem vários tipos de mucinas com diferentes funções e localizações, codificadas pelos genes MUC, das quais se destacam duas classes expressas nas vias aéreas: • Mucinas formadoras de gel: predominantemente MUC 5AC, MUC 5B expressas tipicamente pelas células caliciformes e pelas células das glândulas submucosas, respectivamente) que são secretadas e polimerizam para formar gel, e são responsáveis pela propriedade viscoelástica do muco • Mucinas associadas à membrana: (MUC 1, MUC 4, MUC 16 e MUC 20, são grandes glicoproteínas transmembranares presentes na superfície apical do epitélio das vias aéreas ↠ Este arranjo de mucinas associadas-à-membrana e mucinas formadoras-de-gel cria uma barreira na superfície das vias aéreas com duas camadas, uma camada periciliar e uma camada de muco, respectivamente. (Figueiredo, 2019) ↠ A camada periciliar, composta por uma malha densa de mucinas associadas à membrana ligadas aos cílios e às microvilosidades epiteliais das vias aéreas, com uma altura aproximadamente igual à altura do cílio estendido (7μm), proporciona uma lubrificação eficiente para o movimento ciliar. Forma, ainda, uma barreira osmótica que restringe o acesso de partículas da superfície celular, evitando que agentes patogénicos existentes no muco contactem com o epitélio e que glicoproteínas da camada de muco adiram ao glicocálice da membrana apical epitelial. (Figueiredo, 2019) ↠ Sobre esta, encontra-se uma camada de mucinas formadoras- de-gel, composta por MUC5AC e MUC5B, proteínas mucinas oligoméricas segregadas que retêm água e formam um gel viscoelástico. (Figueiredo, 2019) ↠ Após a secreção e hidratação das mucinas, uma fina camada de muco (2 a 5 μm de espessura) é formada, das vias aéreas superiores aos bronquíolos, para proteger o epitélio. (Figueiredo, 2019) ↠ Assim, a eficácia do sistema mucociliar depende da interação dos cílios com uma camada de fluido que cobre a superfície das vias aéreas, que inclui uma camada periciliar de baixa viscosidade, que lubrifica a superfície das vias aéreas e facilita o movimento ciliar; e uma camada de muco sobreposta, cuja função é aprisionar partículas inaladas. Pode incluir, ainda, uma camada de surfactante, MECANISMO DE DEFESA MUCOCILIAR @_leticiaalbuquerq que facilita a disseminação do muco sobre a superfície epitelial. (Figueiredo, 2019) ↠ Um sistema mucociliar eficiente requer que os cílios interajam com uma camada de líquido periciliar (~ 7 mm) e que consigam propelir ( empurrar, impulsionar) a camada de muco sobreposta (~ 2 a 5 mm). Uma fina camada de surfactante (a azul) pode estar presente. A hidratação desta camada de fluido que cobre a superfície das vias aéreas é mantida pelo transporte iónico transmembranar ativo das células epiteliais ciliadas. (Figueiredo, 2019) • Figueiredo, Maria Miguel Amaral dos Santos. Anatomofisiopatologia do sistema mucociliar das vias aéreas. Diss. 2019. • Marieb, Elaine N., e Katja Hoehn Anatomia e Fisiologia. Grupo A, 2009. • Marieb, Elaine N., e Katja Hoehn Anatomia e Fisiologia. Grupo A, 2009. • JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J. Histologia básica, texto e atlas. Rio de Janeiro. 12ª edição, 2013. REFERÊNCIAS
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