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Preparo e administração de medicamentos APRESENTAÇÃO Na prática da enfermagem, a terapia medicamentosa é uma atividade corriqueira do profissional dessa área. É dever do profissional, de acordo com os seus preceitos éticos, prepará-la e administrá-la de maneira segura e responsável, exigindo conhecimento e atenção, além de uma técnica precisa. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar sobre os principais cuidados que a equipe de enfermagem deverá ter quanto ao preparo e à administração de fármacos. Um dos aspectos essenciais são os cálculos a serem realizados em relação ao gotejamento de uma infusão, a fim de proporcionar a recuperação ou manutenção da qualidade geral da saúde do paciente. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever os cuidados de enfermagem para preparo e administração de medicamentos.• Exemplificar o cálculo de gotejamento para gotas e microgotas em horas.• Demonstrar com exemplos o cálculo de gotejamento para gotas e microgotas em minutos.• DESAFIO A venóclise corresponde ao método utilizado para infundir grandes volumes de líquido a serem aplicados diretamente na corrente sanguínea, com os objetivos de manter e/ou repor elementos como água, eletrólitos e nutrientes; restaurar o equilíbrio ácido-básico; restabelecer volume sanguíneo; e administrar medicamentos de forma contínua. Dessa maneira, analise o caso a seguir: De acordo com essa situação, responda: 1. Qual a quantidade e o tempo em horas para a aplicação dessa solução prescrita? 2. Como você faria o rótulo dessa solução? INFOGRÁFICO A administração endovenosa pode ser realizada por diversas maneiras, como: injetor lateral do equipo, pela bureta, soroterapia, scalp hidratado, entre outros. A infusão propriamente dita apresenta vários tipos, dependendo do tempo a ser realizado e levando em consideração as necessidades terapêuticas do paciente. Acompanhe no Infográfico os tipos de infusão existentes de acordo com o tempo de administração da substância a ser aplicada. CONTEÚDO DO LIVRO No âmbito dos cuidados de enfermagem, devem-se observar criteriosamente os princípios científicos e éticos no desenvolvimento dessas ações, envolvendo a promoção, proteção, recuperação e reabilitação daqueles que buscam os serviços de atenção à saúde. Entre as várias atividades praticadas pela equipe de enfermagem, há a infusão venosa, que consiste na introdução de líquidos ou nutrientes por intermédio de um acesso venoso. Leia no capítulo Preparo e administração de medicamentos, do livro Semiotécnica, a técnica correta. Como calcular o volume e o tempo de infusão do medicamento de acordo com a prescrição do paciente. Boa leitura. SEMIOTÉCNICA Pamela Elis Astorga Galleguillos Preparo e administração de medicamentos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Descrever os cuidados de enfermagem para preparo e administração de medicamentos. � Demonstrar com exemplos o cálculo de gotejamento para gotas e microgotas. � Demonstrar com exemplos o cálculo de gotejamento para minutos e horas. Introdução A qualidade e a segurança são elementos totalmente interligados e de extrema importância na assistência à saúde do paciente. Dessa forma, re- presentam preocupações constantes da atualidade, tornando-se desafios diários a superar para garantir a eficiência e a eficácia do sistema de saúde. No ambiente hospitalar, o preparo e a administração de medica- mentos compreendem atividades assistenciais baseadas em diversos conhecimentos técnicos com uma probabilidade grande de falhas, o que reduz a segurança dos pacientes. Neste capítulo, você estudará sobre os cuidados que os profissionais da área da enfermagem devem ter quanto ao preparo e à administração de medicamentos, além do cálculo de gotejamento aplicado para gotas e microgotas para minutos e horas, a fim de não haver falhas nesse processo e um tratamento farmacológico com total eficácia. Cuidados de enfermagem no preparo e na administração de medicamentos A segurança do paciente deve estar associada a um mínimo de risco de danos desnecessários ligados ao cuidado de sua saúde. No âmbito hospitalar, esses danos podem estar relacionados a erros de medicação durante o processo de uti- lização do fármaco, na maioria das vezes nas etapas de preparo e administração. Assim, torna-se necessário identificar a origem e os fatores determinantes dessas falhas, com o propósito de direcionar ações de prevenção por meio de práticas seguras quanto à utilização do fármaco. A equipe de enfermagem, nesse sentido, tem um papel fundamental em todo o processo preventivo, tanto na identificação e na interceptação do erro, relatando o ocorrido, quanto na diminuição do risco no manejo do fármaco. A seguir, você observará os cuidados de enfermagem direcionados ao preparo e à administração de medicamentos. De acordo com Peduzzi e Anselmi (2004 apud OPITZ, 2006), a etapa de preparo de medicamentos corresponde às tarefas realizadas pela equipe de enfermagem tendo como orientação a prescrição médica: separar, manusear e diluir o fármaco a ser aplicado no paciente como tratamento terapêutico. Torriani et al. (2016) relatam que, para assegurar o correto preparo do medicamento nas atividades de assistência à saúde, a segurança e a eficácia terapêutica devem ser mantidas por intermédio de práticas com técnicas ade- quadas, de modo a não alterar as propriedades e características do medicamento. Os fatores que podem modificar a estrutura dos medicamentos são tipo e volume dos diluentes usados, concentração, temperatura, pH, luminosidade, ordem dos elementos adicionados na solução, umidade, etc.. No caso de medicamentos injetáveis apresentados na forma líquida, pronto para uso ou a com necessidade de diluição, ou na forma sólida, exigindo um diluente para a sua administração, existem algumas recomendações quanto ao seu preparo, para que sejam seguros ao paciente. Primeiro, deve-se conhecer o fármaco, buscando dados extremamente necessários para o seu preparo, como diluente, volume, concentração, com- patibilidade com soros e recipientes, proteção de luminosidade, tempo de estabilidade após a abertura do frasco, local adequado de conservação e informações específicas do produto. Preparo e administração de medicamentos2 Esses dados poderão ser encontrados em tabelas ou manuais nos próprios serviços de saúde e, caso não estejam disponível, o profissional poderá verificar as bulas, os centros de informação sobre o fármaco ou o próprio farmacêutico. É preciso lembrar que, independentemente do tipo do fármaco, sempre que houver dúvidas em relação ao conteúdo da prescrição, faz-se necessário confirmar as informações com o próprio prescritor ou com o farmacêutico da instituição. Outras medidas consistem em utilizar técnicas assépticas quanto à mani- pulação e, para cada aplicação, empregar uma seringa e agulha estéril para cada preparo, além de realizar a higienização das mãos conforme a rotina específica do serviço de saúde. Torriani et al. (2016) também destacam a importância de um local ilumi- nado, silencioso, limpo e longe de áreas potencialmente contaminadas para compor um ambiente seguro para o preparo dos medicamentos no ambiente hospitalar. Uma rotina também estabelecida em alguns serviços de saúde consiste em, além de conferir todas as informações cedidas na prescrição, realizar dupla checagem nos cálculos realizados para as doses e soluções (para medicamentos de alta vigilância ou não) e verificar a validade do fármaco antes do preparo. Segundo informações de Taylor et al. (2014), quando da utilização de am- polas, segurá-las na posição vertical, dando leves batidas na porção superior, para remover o líquido localizado em seu colo; se quebrar, é preciso ter cuidado para não se lesionar com os fragmentos de vidro. No caso do frasco-ampola, a tampadeverá ser desinfetada com álcool 70% antes da perfuração com a agulha. Ambas as situações são demonstradas na Figura 1. Figura 1. Preparo de medicamentos: (a) ampola e (b) frasco. Fonte: Adaptada de Taylor et al. (2014, p. 777). (a) (b) 3Preparo e administração de medicamentos Ainda, no frasco-ampola, o volume de líquido a ser extraído deverá ser substituído pela quantidade equivalente a ar, antes de aspirar a dose do medica- mento; contudo, antes de realizar essa técnica, é sempre importante confirmar se o fármaco em questão é compatível (TORRIANI et al., 2016). Todos os medicamentos deverão ser preparados próximo ao horário de ad- ministração, para não prejudicar a estabilidade do fármaco, evitando possíveis erros de medicação. Após o preparo, é preciso rotular os medicamentos com os dados de identificação completos do paciente e do preparo. Para fármacos injetáveis, deve-se verificar o aspecto físico do medicamento antes de aspirar a dose prescrita, uma vez que modificações relacionadas à cor do líquido ou do pó, a partículas flutuantes no líquido ou à turvação da substância podem surgir durante o preparo. Para medicamentos em forma de comprimidos, é comum parti-los, embora se deva atentar para as seguintes condições: partição em doses iguais; perda de parte do conteúdo em razão da pulverização e da fragmentação do comprimido; risco de contaminação com outros microrganismos; e alteração na estabilidade. De acordo com Torriani et al. (2016), alguns medicamentos não devem ser repartidos, triturados ou abertos em virtude da estreita faixa terapêutica. Assim, antes de realizar essa técnica, é preciso compartilhá-la com o médico, o farmacêutico e o paciente, visto que utilizar este tipo de medicamento de maneira inteira compreende a maneira mais segura de assegurar a dose correta. Quando o paciente apresentar dificuldades de deglutição de comprimidos ou cápsulas, deve-se abordar alternativas com os demais profissionais para que ele consiga fazê-lo, como uma formulação líquida do fármaco, dissolução em água, mudança do fármaco ou da via de administração. Já a administração de medicamentos, segundo Coimbra e Cassiani (2001 apud OPITZ, 2006), equivale também às atividades realizadas pela equipe de enfermagem, em sua maioria por técnicos e auxiliares de enfermagem com a supervisão do enfermeiro, de modo a implementar efetivamente a terapêutica médica. Segundo Torriani et al. (2016), a administração do fármaco corresponde à ultima etapa do processo, que tem por objetivo cumprir, por intermédio de várias ações, o tratamento terapêutico previamente estabelecido em prescrição. Alguns erros recorrentes quanto à administração de fármacos são: � quanto ao medicamento prescrito anteriormente; � quanto às doses a serem administradas no paciente; � administração de doses superiores às prescritas anteriormente; � não administração da dose recomendada em prescrição; Preparo e administração de medicamentos4 � administração em via diferente daquela da prescrição; � horário de administração diferente do estabelecido em prescrição ou imposto pela instituição de saúde; � administração de medicamentos em apresentação distinta da prescrita; � erros quanto à infusão/ao gotejamento; � erros de incompatibilidade entre dois ou mais medicamentos; � técnicas incorretas quanto à administração do medicamento; � administração de medicamentos com prazo expirado ou integridade física ou química comprometida; � erros quanto ao monitoramento, ou seja, avaliação das respostas do paciente quanto ao tratamento farmacológico; � erros quanto a documentar a administração do fármaco no prontuário do paciente. As causas desses erros podem estar ligadas a vários fatores, tanto de cunho individual, como deficiência quanto à formação, quanto sistêmico, como falha de comunicação entre os profissionais ou iluminação inadequada. A partir das informações descritas quanto aos erros cometidos em relação à administração de medicamentos, faz-se necessário conhecer as causas dessas falhas, para desenvolver ações preventivas nos serviços de saúde em prol da segurança e da qualidade de assistência ao paciente. Cálculo de gotejamento para gotas e microgotas em horas Fluidoterapia, infusão venosa, venóclise ou soroterapia correspondem à admi- nistração de grandes volumes de líquidos ou nutrientes, como água, eletrólitos, vitaminas, proteínas e calorias, via parenteral. De acordo com Gomes et al. (2018), a administração de um grande volume de líquido tem como objetivos restaurar as reservas orgânicas e manter o equilíbrio acidobásico do organismo, bem como promover a nutrição parenteral e aplicar medicamentos e hemoderivados. A soroterapia é indicada nos casos de (COSTA; EUGÊNIO, 2014): � desidratação; � desnutrição; � pré e pós-operatório; � infusão de medicamentos diluídos. 5Preparo e administração de medicamentos Para a infusão venosa, são necessários os seguintes materiais na bandeja: � cateter com guia; � equipo para soro; � frasco com a solução prescrita e rótulo; � micropore; � suporte para o soro; � tesoura; � luvas de procedimento; � garrote; � álcool 70%. Esse procedimento consiste em: higienizar as mãos; conversar com o cliente sobre o procedimento a ser executado; separar as tiras de micropore; selecionar a veia a ser puncionada; colocar o frasco no suporte; calçar as luvas; prender o garrote aproxima- damente 4 dedos acima do local a ser puncionado; solicitar ao paciente que abra e feche a mão (se a punção for dos membros superiores [MMSS]) e conservá-la fechada; realizar a antissepsia da área a ser puncionada, como movimentos firmes e únicos, no sentido do retorno venoso; fixar a veia, com o polegar da mão dominante, esticando a pele abaixo do ponto de punção; introduzir o cateter; solicitar ao paciente para abrir a mão; soltar o garrote; abrir o soro com o gotejamento conforme a prescrição; identificar na fixação a data, a hora e o nome do profissional que a efetuou; retirar as luvas; observar o gotejamento; lavar as mãos; e anotar em prontuário o horário de instalação. A seguir, temos um exemplo de rótulo de soro. Nome: Antônio da Silva N° Qt. 21 L. 11 Soro: glicosado 5% 500 ml Medicação: KCl 19,1% 10 ml NaCl 20% 20 ml Início: 10 h Término: 18 h Gotejamento: 21 gts/min Data: __/___/____ Ass: _________________ Nome de quem preparou Fonte: Adaptada de Fundação Educacional “Manoel Guedes” (2017, documento on-line). Preparo e administração de medicamentos6 Quando um profissional de enfermagem administra uma solução via en- dovenosa, precisa conhecer sobre o tempo e o volume que aquele líquido total deverá correr. A duração dependerá do diagnóstico médico, da idade e do peso do paciente, bem como do seu estado geral. Gomes et al. (2018) relatam que, idealmente, a relação da dosagem da solução a ser aplicada seja realizada por bombas infusoras, para não haber erros de hiper ou hipo-hidratação. Caso o estabelecimento de saúde não disponha de uma bomba de infusão, faz-se necessário que o profissional de enfermagem realize o cálculo de gote- jamento em microgotas (mgts) ou gotas (gts), a fim de seguir precisamente a prescrição. Na Figura 2, tem-se o exemplo de um equipo para cada tipo citado. Figura 2. Equipo de (a) microgotas e de (b) gotas. Fonte: Adaptada de Enfermagem Bio (2015, documento on-line). (a) (b) Geralmente, nas instituições de saúde, o equipo de macrogotas (ou gotas) é utilizado para soluções de eletrólitos, antibioticoterapia, soroterapia, reposições de eletrólitos, cristaloides e coloides. Já o de microgotas, além das ocasiões citadas, é principalmente usado em paciente pediátricos, neonatais e adultos que realizam tratamento quimioterápico, quando há a necessidade de uma precisão de infusão em pequenos volumes. 7Preparo e administração de medicamentos Para realizar os cálculos de gotejamento, é necessário conhecer as seguintes medidas: � 1 gota corresponde a 3 microgotas; � 1 mL correspondea 20 gotas; � 1 mL corresponde a 60 microgotas; � 1 hora corresponde a 60 minutos. Para o cálculo de gotas, utilize a seguinte fórmula: Número de gotas/minuto = volume total em mililitros tempo em horas ×3 Já para o cálculo de microgotas: Número de microgotas/minuto = volume total em mililitros tempo em horas Lembrando que o item “tempo” dessas duas fórmulas (gotas e microgotas) deverá estar em horas (valor inteiro), como 1 hora, 2 horas, 3 horas, etc.. Para você entender melhor este conteúdo, aplicaremos as fórmulas citadas de gotas e microgotas em situações cotidianas de um profissional de enfermagem na atividade de soroterapia como tratamento terapêutico. Exemplo 1: no setor em que está trabalhando, você tem um paciente para o qual foi prescrita a infusão de 500 mL de soro por um período de 12 horas. Você deve se perguntar: quantas gotas deverão cair por minuto para regular o gotejamento em questão? Como a pergunta diz respeito ao cálculo de gotas, você aplicará a seguinte fórmula: Número de gotas/minuto = volume total em mililitrostempo em horas ×3 Preparo e administração de medicamentos8 Assim, temos: � Volume total = 500 mL. � Tempo = 12 horas. Aplicando na fórmula: Número de gotas/minuto = 50012 × 3 Número de gotas/minuto = 500 36 Número de gotas/minuto = 13,88 Desse modo, arredondando o valor, serão 14 gotas a serem infundidas em um período total de 12 horas. Exemplo 2: calcule o gotejamento em microgotas para uma infusão de 500 mL via administração parenteral por um período de 10 horas. Como a questão trata a respeito do cálculo de microgotas, você aplicará a seguinte fórmula: Número de microgotas/minuto = volume total em mililitros tempo em horas Temos que: � Volume total = 500 mL. � Tempo = 10 horas. Aplicando na fórmula: Número de microgota/minutos = 50 Número de microgota/minutos = 50010 9Preparo e administração de medicamentos Assim, serão 50 microgotas a serem infundidas em um período total de 10 horas. Cálculo de gotejamento para gotas e microgotas em minutos Caso o tempo para os cálculos de gotas e microgotas esteja em minutos (p. ex., 90 minutos, 180 minutos), deverão ser utilizadas outras fórmulas para conhecer a infusão. Para o cálculo de gotas, utilize a seguinte fórmula: Número de gotas/minuto = volume total em mililitros × 20tempo em minutos Já para o cálculo de microgotas, empregue a seguinte fórmula: Número de microgotas/minuto = volume total em mililitros ×60 tempo em minutos Para você entender melhor este conteúdo, aplicaremos as fórmulas citadas de gotas e microgotas em situações cotidianas do profissional de enfermagem na atividade de soroterapia como tratamento terapêutico. Exemplo 1: você, como profissional da saúde, precisará infundir 500 mL de soro por um período total de 714 minutos. Você deve se perguntar: quantas gotas cairão por minuto para regular o gotejamento? Como a questão remete ao cálculo de gotas, você aplicará a seguinte fórmula: Número de gotas/minuto = volume total em mililitros ×20 tempo em minutos Preparo e administração de medicamentos10 Temos que: � Volume total = 500 mL. � Tempo = 714 minutos. Aplicando na fórmula: Número de gotas/minuto = 500 × 20714 Número de gotas/minuto = 14 Número de gotas/minuto = 10.000714 Assim, serão 14 gotas a serem infundidas em um período total de 714 minutos. Exemplo 2: calcule o gotejamento em microgotas para uma infusão de 1.000 mL via administração parenteral por um período de 480 minutos. Como a questão refere-se ao cálculo de gotas, você aplicará a seguinte fórmula: Número de microgotas/minuto = volume total em mililitros × 60 tempo em minutos Assim, temos: � Volume total = 1.000 mL. � Tempo = 480 minutos. 11Preparo e administração de medicamentos Aplicando na fórmula: Número de gotas/minuto = 1.000 × 60480 Número de gotas/minuto = 125 Número de gotas/minuto = 60.000480 Desse modo, serão 125 microgotas a serem infundidas em um período total de 480 minutos. COSTA, A. L. J.; EUGENIO, S. C. F. Cuidados de enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2014. ENFERMAGEM BIO. Materiais para administração de medicamentos injetáveis. 2015. Dispo- nível em: http://enfermagembio.blogspot.com/2015/01/materiais-para-administracao- -de.html. Acesso em: 12 abr. 2019. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MANOEL GUEDES. Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”. Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem. Módulo II: procedimen- tos complexos de enfermagem. Tatuí: Fundação Educacional Manoel Guedes, 2017. GOMES, C. O. et al. (org.). Semiotécnica em enfermagem. Natal: EDUFRN, 2018. OPITZ, S. P. Sistema de medicação: análise dos erros nos processos de preparo e ad- ministração de medicamentos em um hospital de ensino. 2006. Tese (Doutorado em Enfermagem Fundamental) — Departamento de Enfermagem Geral e Especiali- zada, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/ tde-11092008-163213/pt-br.php. Acesso em: 14 abr. 2019. TAYLOR, C. R. et al. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. TORRIANI, M. S. et al. (org.). Medicamentos de A a Z 2015/2016: enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2016. Preparo e administração de medicamentos12 DICA DO PROFESSOR O processo de infusão venosa é uma atividade muito comum no cotidiano do profissional da área da enfermagem, uma vez que é por intermédio dele que ocorre a efetividade de alguns tratamentos terapêuticos, por meio da aplicação de medicamentos via endovenosa. No vídeo da Dica do Professor, conheça alguns itens a serem observados quanto ao procedimento de infusão venosa, bem como as possíveis complicações ao paciente advindas dessa prática. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) O cálculo de administração de medicamentos e gotejamento é uma etapa importante na assistência à saúde, mostrando-se essencial tanto para a recuperação dos pacientes quanto para a prevenção de eventuais problemas ao longo da abordagem terapêutica. Dessa forma, foi prescrito ao seu paciente SG 5%, de 500ml com 10 gotas/minuto. Quantas horas, aproximadamente, esse soro demorará para acabar? A) 14 horas. B) 15 horas e 30 minutos. C) 16 horas e 30 minutos. D) 16 horas e 40 minutos. E) 16 horas e 66 minutos. Foi prescrita ao seu paciente uma solução endovenosa de SG 5% de 500ml; NaCl 2) 30% de 20ml e KCl 19,1% de 10ml; com a administração de 8/8 horas. Qual será o número de microgotas por minuto? A) 65 microgotas/minuto. B) 66 microgotas/minuto. C) 67 microgotas/minuto. D) 68 microgotas/minuto. E) 69 microgotas/minuto. 3) No cuidado diário dos pacientes é fundamental que o profissional da saúde esteja atento para as particularidades dos fármacos, como também para os possíveis eventos adversos que eles podem provocar durante o tratamento terapêutico. De acordo com os cuidados de enfermagem quanto ao preparo e à administração de medicamentos, é correto afirmar que: A) a segurança e a eficácia do tratamento terapêutico se dão por intermédio de práticas contendo técnicas corretas, para que as propriedades e características do fármaco sejam alteradas com o propósito da cura. B) alguns dos fatores que podem modificar a estrutura do fármaco são: temperatura, umidade, pH, concentração e diluentes utilizados. C) uma vez realizados os cálculos de gotejamento no preparo, não se necessita realizar a checagem novamente. as ampolas devem ser seguradas na posição horizontal, o profissional deve dar leves D) batidas na porção superior, para que o líquido ali localizado saia da parte superior. E) todos os medicamentos podem ser preparados no começo do plantão, para serem distribuídos até o seu final. 4) Foram prescritos ao paciente 500mg de Cubicin em 100ml de SF 0,9% para ser administrado em 30 minutos. Pergunta-se: qual será o número de microgotas porminuto para essa solução? A) 100 microgotas/minuto. B) 150 microgotas/minuto. C) 200 microgotas/minuto. D) 250 microgotas/minuto. E) 300 microgotas/minuto. 5) Tem-se na prescrição do paciente SG 5% em 0,1 L, para correr em 40 minutos. Você deverá instalar o soro com o gotejamento aproximado de: A) 0,15 microgota e 0,05 gota. B) 0,05 microgota e 0,15 gota. C) 150 microgotas e 50 gotas. D) 50 microgotas e 150 gotas. E) 300 microgotas e 100 gotas. NA PRÁTICA A administração de medicamentos é uma atividade de extrema responsabilidade do profissional da saúde, que deverá portar conhecimentos amplos sobre farmacologia em sua prática diária na assistência, como indicações, contraindicações, efeitos adversos e cuidados específicos de administração do fármaco em questão. Conheça em Na Prática o estudo de caso sobre a administração da Vancomicina via endovenosa. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Punção venosa para administração de soro Vídeo realizado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina acerca da prática da punção venosa para a administração de soluções por meio da via parenteral. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Protocolo de cuidados de enfermagem para detecção de infiltração e extravasamento em neonatos Dissertação de mestrado que evidencia os cuidados que a equipe de enfermagem deverá ter em relação a neonatos em tratamento medicamentoso via dispositivo intravenoso periférico, para a identificação precoce de possíveis complicações Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Fatores de risco para as complicações locais da terapia intravenosa periférica Artigo científico que discorre sobre os elementos de risco que propiciam o aparecimento de complicações locais decorrentes da terapia intravenosa periférica em adultos Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Cuidados de enfermagem Livro que contém as práticas da área de enfermagem, em específico, o capítulo 7, que trata da administração de medicamentos, contendo o item medicamentos por soroterapia.
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