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Índice Introdução ......................................................................................................................... 1 Desemprego ...................................................................................................................... 2 1. Conceitos centrais ......................................................................................................... 2 Emprego ........................................................................................................................... 2 Desemprego ...................................................................................................................... 2 2. População ..................................................................................................................... 3 3. Tipos de desemprego .................................................................................................... 3 4. Causa do desemprego ................................................................................................... 5 5. Consequência do desemprego ...................................................................................... 6 6. Dificuldade para a implementação de políticas de combate ao desemprego ............... 6 Conclusão ......................................................................................................................... 8 Referência bibliográficas .................................................................................................. 9 1 Introdução Neste trabalho incidimos sobre a análise do fenómeno do desemprego, que é um problema assumido como uma das maiores preocupações da sociedade actual. O desemprego pode ser entendido como uma situação de ausência de emprego/trabalho, que acarreta implicações a nível pessoal, profissional, económico, psicológico e social para o indivíduo. Sendo o tema principal o desemprego, teremos os seguintes pontos a abordar: conceitos centrais sobre o tema, população, tipos de desemprego, suas causas e consequências. 2 Desemprego 1. Conceitos centrais Para intender o conceito do desemprega é necessário compreender primeiro o de emprego. Emprego O conceito de emprego surgiu a partir do conceito de trabalho. As noções de emprego e de trabalho são actualmente consideradas como sobrepostas, tendo o termo trabalho ficado associado à noção de emprego, e por sua vez o emprego ficou associado ao trabalho renumerado. Costa (1998), considera o emprego como trabalho renumerado, referindo-se ao trabalho como uma dimensão fundamental da existência humana, podendo ser renumerado ou não. Cachapa (2007), citado por Lopes, 2011) refere que o emprego tem duas dimensões subjacentes: a pessoal e a social. Na pessoal, o indivíduo realiza-se e assegura a sua subsistência. Na social, o indivíduo sai do seu círculo familiar e integrasse num determinado grupo profissional, estabelecendo relações e promovendo a interacção com a sociedade. Desemprego O conceito de desemprego pode ser assumido de diversas formas. Marx (1983, citado por Campos, 2009) refere que a noção do desemprego está associada à força de trabalho como forma de obter um rendimento para satisfazer as necessidades de cada indivíduo. Segundo Caleiras (2011), o desemprego corresponde “à condição dos trabalhadores que, embora disponíveis para o trabalho, num determinado momento da sua vida activa estão involuntariamente privados de um trabalho”. Actualmente, Sena (2013) entende que o conceito de desemprego é “o estado de estar desempregado ou não envolvido numa ocupação com ganhos; ou como inactividade profissional involuntária, situação de não ter emprego”. 3 Para https://conceito.de/desemprego (05/04/2019 as 15h30), Um desempregado é um indivíduo que faz parte da população activa (que se encontra em idade de trabalhar) e que anda à procura de emprego embora sem sucesso. 2. População Segundo http://www.notapositiva.com/old/dicionario_economia/populacaoactiva.htm (05/04/2019 as 16h00), População em Idade Activa é uma classificação etária que compreende o conjunto de todas as pessoas teoricamente aptas a exercer uma actividade económica. População activa – Conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que constituem mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico. Consideram-se população activa a população empregada e desempregada, à procura de novo ou do primeiro emprego. População inactiva – Conjunto de indivíduos, qualquer que seja a sua idade que não são considerados economicamente activos, isto é, não estão empregados nem desempregadas. Consideram-se população inactiva os indivíduos com menos de 15 anos, estudantes, domésticos e inválidos. 3. Tipos de desemprego Cada desempregado tem a sua própria história, com sucessivas experiências de vida. Vários autores (Caleiras, 2011; Lopes, 2011; Fraga, 2012; Sá, 2014) referem diversos tipos de desemprego. Em se tratando de análises económicas que tentam compreender a capacidade produtiva de determinada sociedade, o factor desemprego é um dos mais relevantes. Grosso modo, altos índices de desemprego podem sinalizar um desaquecimento da economia, No entender de Sá (2014) existem três tipos de desemprego: O estrutural; O friccional; O cíclico. https://conceito.de/desemprego http://www.notapositiva.com/old/dicionario_economia/populacaoactiva.htm 4 1. Para Sá (2014), O desemprego estrutural é resultante da própria estrutura da economia. Normalmente é fruto de avanços tecnológicos e/ou das falências, em que o trabalhador é substituído pelas máquinas ou por processos produtivos modernos. Diz Caleiras (2011), Desemprego Estrutural é consequência das mudanças estruturais na economia, tais como mudanças nas tecnologias de produção ou nos padrões de demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de gostos pode tornar obsoletas certas profissões). No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensarmos como exemplo uma montadora de veículos que, ao promover a automatização de sua produção, dispensa inúmeros trabalhadores agora desnecessários diante a capacidade de robôs. 2. Segundo Sá (2014), O desemprego Friccional geralmente ocorre num intervalo de tempo em que os indivíduos empregados deixam um emprego e não conseguem obter outro. Para Caleiras (2011), Desemprego Friccional (ou desemprego natural), o qual consiste em indivíduos desempregados, temporariamente, ou porque estão mudando de emprego, ou porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando emprego pela primeira vez. Recebe esta nomenclatura porque o mercado de trabalho, segundo os autores, opera com atrito, não combinando trabalhadores e postos disponíveis de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos desempregados, como o seguro desemprego. 3. Aborda Sá (2014), O desemprego cíclico, normalmente surge associado aos ciclos económicos, ou seja, ao reduzir o crescimento económico, geralmente reduz a produção, provocando o aumento do desemprego. Afirma Caleiras (2011), Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural). Ocorre quando se tem uma recessão da economia, o que significa retracção na produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar despesas. 5 4. Causa do desemprego Cachapa (2007), As causas do desemprego são muitas e, muitas vezes, o que é causa para uma determinada linha de pensamento, pode ser solução para outra. Dentre as causa mais citadas, pode-se enunciar: O desenvolvimento tecnológico; A globalização; A terceirização; A desindustrialização. 1. O desenvolvimento tecnológico como o principal factor limitante na geração de emprego. Todavia, não há nada de novo nessa interpretação visto que tanto a economia neoclássica do século IX, quanto a teoria critica, já relacionaramas categorias tecnologia e desemprego como questões de análise. Desde uma perspectiva teórica, pode-se indiciar a tecnologia como causa directa dos elevados índices de desemprego nas sociedades. 2. A globalização da economia, que ganhou força a partir da década de 1970, teve grande participação no aumento do desemprego estrutural no mundo todo. A globalização económica fez aumentar a competitividade em âmbito internacional, principalmente através do comércio exterior, fazendo com que as empresas buscassem formas de reduzir custos de produção, comercialização e transporte. Entre estas formas, podemos citar as principais causas do desemprego estrutural: adopção de novas tecnologias e sistemas administrativos e produtivos de custos reduzidos (ambos com diminuição de mão de obra). 3. Uma das principais críticas sofridas pelo segmento de terceirização de serviços é o risco de que trabalhadores com empregos formais venham a perder seus postos de trabalho para trabalhadores com remuneração inferior, visto que uma das principais vantagens da terceirização é a redução de custos operacionais. 6 4. A desindustrialização passou a ser definida como um processo de redução contínua e generalizada da participação do emprego da indústria de transformação7 no emprego total em uma determinada economia. 5. Consequência do desemprego Costa (1998), As consequências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa do desempregado e de sua família quanto do ponto de vista social e político. A conta do desemprego, directa ou indirectamente, é paga por todos. É paga via aumento de impostos para cobrir despesas do tipo salário desemprego, despesas médico hospitalar, despesas com segurança e assim por diante. Estudos comprovam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área. Diz Caleiras (2011), Também há comprovação de que a violência e o crime, dê um modo geral, estão directamente relacionados com o desemprego. Este pode ainda provocar radicalização política, tanto à direita quanto à esquerda, bem como ampla desorganização familiar e social. Estudos já descobriram relação entre aumento de desemprego e aumento de divórcios, apenas título de exemplo. 6. Dificuldade para a implementação de políticas de combate ao desemprego Segundo Sá (2014), As dificuldades para a implementação de políticas de combate ao desemprego, no entanto, não são pequenas. Desde há muito tempo, autores dos mais renomados afirmam que o desemprego é, acima de tudo, um problema político. Dentre eles destacam-se Marx, Kalecki e Keynes. É de Marx a célebre expressão do "exército industrial de reserva”. Segundo estes autores, quanto maior o nível de emprego maior se torna a escassez de trabalhadores. Pela lei da oferta e da procura, a escassez acaba elevando o preço da força de trabalho e, consequentemente, os custos de produção. 7 Por esse motivo, seria de interesse dos empresários manter sempre um certo nível deliberado de desemprego, de modo a não permitir que os salários atingissem certos níveis, indesejáveis do ponto de visita do capital. Para Sá (2014), A dificuldade de implementação de políticas de combate ao desemprego pode ser também consequência de incompetência e de descasados sectores públicos e (também) privados. Ambos têm que entender que nem sempre oque é eficaz, do ponto de vista privado, o é do ponto de vista público. A velha ladainhados baixos salários para a solução do desemprego pode ser uma questão bastante ilustrativa. Do ponto de vista privado, um salário mais baixo reduz custos, aumenta margens de lucro bem como a competitividade e pode, em última análise, gerar novos empregos. Por outro lado, se todos ganham menos, todos compram menos, todos vendem menos e todos produzem menos, diminuindo a massa de lucro da economia e, particularmente em função das deseconomias de escala, aumentam os custos, diminui a competitividade e, consequentemente, aumenta o desemprego. O que as pessoas, de um modo geral, precisam entender, é que o administrador público nem sempre pode implementar medidas com a lógica do administrador privado, porque o que é lógico para o último pode ser totalmente ilógico para a sociedade. 8 Conclusão Com a abordagem do tema, o grupo chegou a conclusão que O desemprego é geralmente vivido pelos desempregados de forma negativa. Este conceito foi entendido como uma problemática social relevante para a compreensão e realização deste trabalho. A educação/formação assume particular destaque no desenvolvimento intelectual, afectivo e social e na promoção dessa capacidade de adaptação. Ter emprego é fundamental para a inclusão na sociedade. Estar empregado torna os indivíduos activos, de modo a beneficiarem de um determinado estatuto social e a usufruírem de um rendimento salarial, que possa garantir a sua subsistência. 9 Referência bibliográficas Bruto da Costa, A. (1998). Exclusões Sociais. Lisboa: Fundação Mário Soares. Gradiva Publicações Lda. Bruto da Costa, A. (2008). Um olhar sobre a pobreza- Vulnerabilidade e Exclusão Social no Portugal Contemporâneo. Lisboa: Gradiva. Cachapa, A., & Figueiro, M. (2007). Desemprego e subjectividade: estratégias de inclusão social e sobrevivência. Paidéia. Campos, A. M. (2009). Depressão e Optimismo: Uma visão do desemprego, sob o prisma da Psicologia da Saúde. Dissertação de Mestrado, Universidade do Algrave. Caleiras, J. (2011). Para além dos números- As consequências pessoais do desemprego Dissertação de Doutoramento, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Sá, V. (2014). O Desemprego Jovem em Portugal. Dissertação de Mestrado, Universidade de Coimbra. Sena, S. (2013). A situação do desemprego e as estratégias relacionadas com a educação em Portugal: o caso do concelho de Vila Franca de Xira. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. http://www.notapositiva.com/old/dicionario_economia/populacaoactiva.htm acesso em 05/04/2019 as 16h00. https://conceito.de/desemprego acesso em 05/04/2019 as 15h30. http://www.notapositiva.com/old/dicionario_economia/populacaoactiva.htm https://conceito.de/desemprego
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