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1 Tratamento Cirúrgico da Pancreatite Aguda

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Mariana Garcia – Gastroenterologia 
 
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TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PANCREATITE AGUDA 
 
✓ ANATOMIA E FISIOLOGIA 
o Órgão retroperitoneal, localizado em nível da coluna (L1 até L2); vai desde o íleo esplênico até o 
duodeno (envolve a cabeça do pâncreas). 
o Relação com a veia cava, veia porta e artéria mesentérica superior; 
o Divido em 4 porções: cabeça (na altura de vasos mesentéricos), colo, corpo e cauda. 
o Tamanho: 12,5 – 15 cm. 
o Peso: 60 – 100 g. 
o Relação com vasos: v. Cava Inferior, v.v. Mesentérica superior e inferior – quando ocorre necrose 
nesses vasos, o paciente pode morrer. 
o Manobra de Kocher → rebatimento do peritônio para o centro, para conseguir visualizar a relação do 
colédoco com o pâncreas. Quando se tem uma pancreatite, pode ter uma icterícia importante pelo 
edema na cabeça do pâncreas, que compromete o colédoco que passa ali. 
o Drenagem do suco pancreático pelo ducto pancreático principal (Wirsung) na papila maior e o 
secundário (Santorine) na papila menor. 
o 2 funções ➔ endócrina (Ilhota de Langerhans) e exócrina. 
 
✓ TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PANCREATITE AGUDA COM NECROSE INFECTADA 
o HÁ mais ou menos 20 anos atrás a operação era a primeira ou única opção de tratamento par aa 
pancreatite aguda com necrose infectada (Necrosectomia); 
o A Necrosectomia por via aberta é um trauma operatório significativo numa população de doentes já 
muito críticos; 
o Morbidade → 34 a 95% e mortalidade → 13 a 39% e insuficiência pancreática; 
o Principais causas = cálculos e álcool; 
o Atualmente, trabalhos recentes preconizam o chamado “step up approach” → tratamento por etapas, 
iniciando com medidas minimamente invasivas, indicando-se a intervenção operatória 
(Necrosectomia) apenas na falência do procedimento inicial; 
o Drenagem percutânea → tem como objetivo controlar a infecção, postergar a operação e em algumas 
vezes evitar o tratamento operatório; 
▪ Também pode ser feita via laparoscópica (procedimento minimamente invasivo); 
 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PANCREATITE CRÔNICA 
 
✓ Destruição ativa e irreversível do pâncreas com progressiva deterioração anatômica e funcional da glândula; 
 
✓ O tratamento da pancreatite crônica é eminentemente CLÍNICO, porém, a longo prazo, 50% dos casos 
necessitam de tratamento cirúrgico. 
 
✓ A principal indicação de cirurgia é a dor intratável, entretanto, outras complicações como pseudocistos 
(porque não tem cápsula própria), obstrução biliar ou duodenal e derrames cavitários são menos frequentes. 
o Atualmente, alguns procedimentos endoscópicos são utilizados no tratamento destas complicações 
da pancreatite crônica. 
o Diagnóstico ≠ entre cisto pancreático e pseudocisto pancreático → através da topografia, volume; 
pseudocisto → mais volumoso; 
 
✓ FISIOPATOLOGIA DA DOR NA PANCREATITE CRÔNICA 
o Hipertensão Intra-canalicular consequente à interrupção por rolhas proteicas que dilatam o ducto de 
Wirsung e o aumento intersticial do pâncreas; 
o Atualmente tem sido investigado alterações neurais como proliferação e hipertrofia, destruição do 
perineuro e alteração da produção de neurotransmissores; 
o 1º passo para aliviar a dor → analgesia simples; 
Mariana Garcia – Gastroenterologia 
 
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o 2º passo → drogas mais potentes; 
o 3º passo → morfina; 
o Quando esse paciente já está dependente de morfina pode-se fazer um bloqueio neuronal (tira a dor 
do paciente por pelo menos alguns meses) 
 
✓ TATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES 
o Pseudocisto de pâncreas → drenagem endoscópica do pseudocisto de pâncreas para o estômago 
(pseudocisto de pâncreas normalmente tem localização retro gástrica); 
o A fibrose na cabeça do pâncreas secundária a pancreatite crônica pode chegar a obstruir o duodeno, 
então, é necessário fazer uma gastrojejunostomia para passagem do alimento ou colocação de stent 
para dilatar a obstrução; 
o Procedimento cirúrgico de Puestow modificado por Partington e Rochelle → drenagem do pâncreas 
para uma alça em Y de Roux; - ajuda no tratamento da dor; 
o Cirurgia de Whipple-padrão e com preservação do piloro (geralmente feita para câncer – tira a cabeça 
do pâncreas, o duodeno, a vesícula e parte do estômago (pode deixar o piloro ou não); 
o Cirurgia de Berger; 
o Cirurgia de Frey:

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