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A casa Butantã - 1964, é um exemplar de arquitetura modernista. Criada sobre uma pequena colina fazendo frente com a casa do Bandeirante, no bairro Butantã- SP. Programa Num terreno conjunto, o arquiteto construiu duas casas separadas por um talude ajardinado, em que instalaria sua família próximo à esquina, e sua irmã ao lado. de Paulo Mendes da Rocha Casa Butantã A lu n a: Je an e Fe li sb in o | M at rí cu la : 8 40 01 14 | D at a: 0 1/ 11 /2 02 1 Fi ch am en to : A n ál is e pr oj et ua l c om b as e n o Q ua te rn o Co n te m po râ n eo Lugar Na união entre as casas há um pequeno túnel cavado sob o talude, tornando uma espécie de passagem secreta. Os desenhos do projeto da casa, podem passar a impressão de uma arquitetura de fácil entendimento. No entanto, há uma complexa relação entre o pensar e o fazer. Segundo o arquiteto, a motivação para este projeto foi sobretudo o desfrute, o gozo do lugar, da alegria de seus quatro filhos tanto para dentro da construção, como para fora. “Quando é lúdico, tudo funciona. Não por ser funcional, e sim pelo desfrute. E o que seria difícil, passa a ser divertido.” Essa casa se faz uma verdadeira experiência lúdica. Seu jeito de projetar transforma o espaço da vida das pessoas numa proposição inovadora, sem classes, livre, divertida e ampla. Nesta questão de trazer o lúdico para seu ambiente residencial, surgem artefatos bem interessantes, tais como o esquentador da toalha para o banho, sistema de abertura dos caixilhos, os puxadores, a escada etc. Além da fantasia e da diversão, estava também na mente do arquiteto a ideia de trazer a pré-fabricação. Adotar esse método construtivo modulado para repetir as peças pré-fabricadas. Em um momento em que a pré-fabricação era muito discutida e vinha ganhando vez no país, como Paulo Mendes da Rocha citou, que tinha interesse em integrar essa técnica na construção da casa Butantã. Esta casa está longe de ser uma moradia “tradicional”. Ela não possui revestimento externo e interno, sua cor é o revestimento do concreto aparente. Com sistema estrutural simples, rígido e modulado e com o menor detalhamento possível, fez-se a sua tão esperada e racional residência, com apenas quatro pilares, duas vigas mestras e lajes nervuradas. de Paulo Mendes da Rocha Casa Butantã A lu n a: Je an e Fe li sb in o | M at rí cu la : 8 40 01 14 | D at a: 0 1/ 11 /2 02 1 Fi ch am en to : A n ál is e pr oj et ua l c om b as e n o Q ua te rn o Co n te m po râ n eo Construção A volumetria da casa Butantã é constituída por seis níveis em seu comprimento, as quais concluem um espaço interno excepcional. No espaço interno, um piso ininterrupto amadeirado e um teto plano perfurado por aberturas zenitais de vidro translucido. A casa Butantã se destaca das demais residências do bairro pela sua arquitetura imponente e “sem pintura”. Obrigada! A planta da casa é alinhada com um rigor “Mies Van Der Rohe” como se fosse uma casa térrea elevada, onde todo o projeto (com exceção da área de serviço) está distribuído em cômodos bem delimitados. Estruturas Formais Esta grande caixa de concreto desperta a atenção de quem passa. Um volume simétrico, envidraçado, com elementos que se destacam nas fachadas trazendo riqueza e beleza para a construção. Intitulada como “a nova planta do habitat moderno”, uma casa sem dúvidas, espetacular em cada detalhe.
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