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resenha crítica, a palavra design

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NOME: Luisa De Zanetti Susin 
CURSO: Design (bacharelado)
TURMA: DSG4000A – Introdução ao Design
PROFESSOR: Douglas Onzi
ATIVIDADE: Elaboração de uma resenha crítica de uns dos ensaios propostos pelo professor (“Forma e Material”, “Sobre a palavra Design”, “O modo de ver do designer” ou “Design: Obstáculo para a remoção de obstáculos”) do livro O mundo codificado de Vilém Flusser.
Sobre a palavra Design:
Uso e raiz 
Luisa De Zanetti Susin
UCS - Universidade de Caxias do Sul
lzsusin@ucs.br 
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: Por uma filosofia do design e da comunicação. Casac & Naify, 2007. 224. 
Resenha crítica referente ao ensaio “Sobre a palavra Design” dentro do seguimento “Construções” da obra O mundo Codificado: Por uma filosofia do design e da comunicação de Vilém Flusser.
Vilém Flusser foi um filósofo, jornalista, conferencista e escritor nascido em 1920, Praga – República Checa. Em sua obra O Mundo Codificado, uma coletânea de textos, o autor apresenta teorias filosóficas tendo como principal foco o design e a comunicação diante do desenvolvimento da humanidade em meio a tecnologia. Nesse contexto, especificadamente dentro do seguimento “Sobre a palavra Design” é abordado sobre o sentido da palavra design, explorando os seus significados, desde a sua origem e uso atual, para enfim, passar um entendimento praticamente completo sobre o termo.
Nessa perspectiva, foi destacado a princípio as origens da palavra design e constata-se que todos os significados da mesma carregam em comum um teor pejorativo. Como substantivo ela se relaciona com as palavras “astúcia” e “fraude” e como verbo “conspiração e engendrar armadilhas”. E ainda, ela tem ligação com a palavra “mecânica”, “maquina” e “técnica/ arte” do grego. Maquina: vista como um dispositivo de enganação e, técnica: uma palavra frequentemente usada com carpinteiros, artistas que provocavam o aparecimento de uma forma. 
Sob esse cenário, Flusser ressalta como a parte técnica e arte já eram vistos como um só na antiguidade. Porém, a cultura moderna separou bruscamente os conceitos de arte e máquinas, tornando-os opostos. Entretanto, essa separação mostrou-se insustentável com o tempo e a palavra design tornou-se a ponte que voltou a ligar tanto os pensamentos valorativos quanto os científicos. Assim, originando uma nova forma de cultura contemporânea. 
Logo em seguida, o autor descreve que essa nova cultura de consciência do design possibilitou a retirada dos sentidos pejorativos que circundavam suas origens. Contudo, frisa a desvalorização do design contemporâneo ao exemplificar como as canetas, instrumentos que envolvem uma junção de conhecimentos e projeções, são distribuídas como descartáveis. Ele continua seu pensamento ao concluir que o caminho de designs cada vez mais perfeitos e artificiais terá como consequência a renúncia da verdade e da autenticidade, mas em contrapartida, tudo ainda depende do design.
Como conclusão, o seguimento propõe diversas reflexões ao longo de sua leitura, abordando conceitos já conhecidos, mas que não são profundamente pensados no cotidiano. Cumpre com a sua proposta de trazer luz aos aspectos pérfidos e ardilosos do design, que normalmente costumam ser ocultados. O autor consegue conduzir seus pensamentos de uma forma reflexiva, clara e crítica, ao mesmo tempo com uma habilidade que não torna a escrita pessimista ou cansativa. Ao contrário, sua leitura torna-se uma experiencia agradável e somativa para aqueles que sabem absorver o melhor da filosofia, principalmente aos interessados na área tão abrangente do design. 
	
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