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Sinais Vitais POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) Definição: parâmetros clínicos indicadores da eficiência do funcionamento do corpo, são eles: TEMPERATURA (T) FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR) PRESSÃO ARTERIAL (PA) DOR Uma temperatura estável promove o funcionamento adequado de células, tecidos e órgãos; qualquer mudança nesse padrão costuma sinalizar o início de uma doença. FATORES QUE INTERFEREM NA TEMPERATURA CORPORAL: Repouso e atividade: dados mais baixos entre 4h00 e 5h00; dados mais altos entre 16h00 e 20h00 Gênero: mulheres apresentam temperaturas mais elevadas que os homens, especialmente durante o período fértil. Extremos de idade: temperatura mais elevada nos recém-nascidos e mais baixa nos idosos. Emoções fortes elevam a temperatura; emoções que deprimem, a diminui. Ambiente quente pode aumentar a temperatura; ambiente frio pode reduzi-la. TÉCNICAS DE MEDIDA DA TEMPERATURA: 1. Confirmar a identidade do paciente. 2. Higienizar as mãos. 3. Preparar o material necessário para o procedimento numa bandeja e levá-lo até o leito do paciente. 4. Explicar o procedimento ao paciente. 5. Realizar a desinfecção do termômetro com um algodão embebido em álcool 70%. 6. Verificar se o termômetro digital está funcionando adequadamente. 7. Acomodar o paciente confortavelmente. 8. Realizar a aferição, posicionando o termômetro na região axilar. 9. Realizar a desinfecção do termômetro com algodão embebido em álcool 70% e guardá-lo em local adequado. 10. Recolher o material, mantendo a unidade organizada. 11. Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel-toalha e passar álcool 70%. 12. Retirar as luvas de procedimento. 13. Higienizar as mãos. 14. Checar o procedimento realizado, registrando o valor obtido no prontuário do paciente. TERMINOLOGIAS NA TEMPERATURA Hipotermia: temperatura abaixo de 35°C; Afebril: 36,1 a 37,2°C; Estado febril/subfebril: 37,3 a 37,7; Febre/hipertermia: 37,8 a 38,9°C; Pirexia: 39 a 40°C 6; Hiperpirexia: acima de 40°C. FEBRE: É um mecanismo de defesa do organismo contra os microorganismos causadores do aumento da temperatura (bactérias, vírus). O metabolismo do organismo aumenta 7% a cada grau de elevação da temperatura. Sinais Vitais POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) CLASSIFICAÇÃO DA FEBRE: FEBRE CONTÍNUA = elevação constante e variação de 1ºc. FEBRE REMITENTE = elevação constante com variação > 1ºc. FEBRE INTERMITENTE = elevação interrompida por período normal. FEBRE RECORRENTE = períodos prolongados sem aumento, intercalados com crises febris. ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA HIPOTERMIA (INFERIOR A 35ºC): Queda de frequência cardíaca, pressão; arterial e respiração; Pele arroxeada = cianótica.; Arritmias cardíacas; Inconsciência; Redução de dor e raciocínio. HIPERTERMIA (DE 37,8ºC A 38,9ºC): Pele rosada.; Inquietação; Irritabilidade; Olhos vidrados e sensíveis à luz; Aumento da transpiração; Dor de cabeça; Pulso e FR rápida; Desorientação. Fluxo sanguíneo palpável nas artérias em vários pontos do corpo sendo um indicativo do estado circulatório. LOCAIS DE VERIFICAÇÃO (ARTÈRIAS) radial; braquial; carótida; femoral; temporal; poplíteo; pedioso; apical (5º espaço intercostal hemiclavicular). Deve-se verificar: frequência, ritmo, força e simetria. FREQUÊNCIA = refletida por batimentos por minuto. Medir sempre na mesma posição (em pé, sentado ou deitado). Taquicardia = > 100 bpm. Bradicardia = < 60 bpm. RITMO = intervalo entre os batimentos cardíacos. O pulso pode ser considerado: Rítmico Arrítmico FORÇA = amplitude. Reflete o volume de sangue ejetado contra a parede arterial em cada contração cardíaca. Pode ser considerado: Forte; Fraco; Fino. SIMETRIA = igualdade de pulsação. O pulso carotídeo nunca deve ser observado simultaneamente por causa da excessiva compressão. CONDUTAS PARA O EXAME DE PULSO Considerar fatores que alteram a frequência; O paciente não deve falar durante a verificação; Sinais Vitais POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) Se estiver irregular, deve-se contar durante 1 minuto completo e verificar pulso apical; Registrar em folha própria e relatar achados anormais. FREQUÊNCIAS CARDÍACAS NORMAIS LACTENTE: 120 a 160 bpm; CRIANÇA: 90 a 140 bpm; IDADE ESCOLAR: 75 a 100 bpm; ADOLESCENTE: 60 a 90 bpm; ADULTO: 60 a 100 bpm. É a força do sangue exercida sobre as paredes das artérias devido à contração cardíaca. Indicador do estado cardiocirculatório. A contração cardíaca reflete a pressão arterial máxima = sístole. O relaxamento cardíaco reflete a pressão mínima = diástole. Equipamentos para mensuração da PA: esfigmomanômetro e estetoscópio. DÉBITO CARDÍACO = volume de sangue que o coração ejeta durante um minuto. RESISTÊNCIA PERIFÉRICA = determinado pelo tônus da musculatura vascular e pelo diâmetro dos vasos sanguíneos. VOLUME SANGUÍNEO = deve-se manter constante (cerca de 5 litros em adultos). VISCOSIDADE OU ESPESSURA SANGUÍNEA = influi no modo como o sangue flui, quanto mais espessura, mais lenta a circulação e mais alta a PA. ELASTICIDADE DA ARTÉRIA = a distensibilidade da artéria evita grandes flutuações na PA. FATORES QUE ALTERAM A P.A. IDADE = durante a infância e adolescência, os níveis variam de acordo com o tamanho do corpo. Tende a aumentar com o avançar da idade. GÊNERO = os homens tendem a ter valores mais altos. Após a menopausa, as mulheres tendem a ter níveis mais altos. ESTRESSE = ansiedade, medo e dor estimulam sistema nervoso simpático e aumentam a PA. ETNIA = níveis mais elevados são encontrados em negros. MEDICAMENTOS = anti-hipertensivos, analgésicos, diuréticos, vasodilatadores. VARIAÇÃO DIURNA = alteração durante o decorrer do dia. RECOMENDAÇÕES Antes de realizar a mensuração, mantenha o paciente em repouso durante pelo menos 5 minutos em ambiente calmo. Evite bexiga cheia e certifique-se de que o paciente não praticou exercícios físicos 60 a 90 minutos antes da aferição, não ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos, não fumou há menos de 30 minutos e não está estressado. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço. Evite colocar o manguito sobre o braço quando houver punção venosa Sinais Vitais POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) na fossa cubital, líquidos sendo infundidos, FAV, mastectomia, plegia e cateterismo. Locais: braço (A. braquial), perna (A. pediosa), coxa (A. poplítea). TÈCNICA 1. Higienize as mãos; 2. Prepare o material necessário para o procedimento em uma bandeja; 3. Leve o material ao leito e explique o procedimento ao paciente; 4. Remova as roupas do braço no qual será colocado o manguito; 5. Posicione o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido; 6. Realize a desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio; 7. Selecione um manguito de tamanho adequado ao braço; 8. Coloque o manguito no braço, sem deixar folgas, 2 a 3cm acima da fossa cubital; 9. Centralize o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 10. Coloque o mostrador do manômetro aneroide de modo que fique bem visível ou posicione os olhos na altura da coluna de mercúrio, no manômetro de coluna; 11. Solicite ao paciente que não fale durante a mensuração; 12. Palpe a artéria braquial e coloque o estetoscópio sobre ela sem comprimi- la; 13. Insufle o manguito até ultrapassar 20 a 30mmHg o nível estimado da pressão sistólica (ponto de desaparecimento do pulso radial); 14. Proceda a deflação lentamente (velocidade de 2 a 4mmHg/s); 15. Determine a pressão sistólicana ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares e, em seguida, aumente ligeiramente a velocidade de deflação); 16. Determine a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff); 17. Ausculte cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som, para confirmar seu desaparecimento; 18. Proceda a deflação rápida e completa; 19. Espere 1 a 2 minutos antes de novas mensurações no mesmo paciente; 20. Informe o valor da pressão arterial aferida ao paciente; 21. Anote os valores inteiros e o membro no qual foi aferida a pressão arterial; 22. Realize a desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio; 23. Guarde o material; 24. Higienize as mãos; 25. Cheque o procedimento realizado, registrando o valor obtido no prontuário do paciente. VALORES DE REFERÊNCIA Normotensos Adultos: Sistólica entre 90 e 130mmHg / Diastólica entre 60 e 85mmHg; Normotensos Crianças: Sistólica entre 60 e 90mmHg / Diastólica entre 30 e 60mmHg; HIPOTENSÃO Geralmente é classificada quando a pressão arterial sistólica cai a 90 mmHg ou menos; Sinais Vitais POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) Ocorre em razão da vasodilatação arterial; Perda substancial de volume sanguíneo; Falência do músculo cardíaco; Manifesta-se com pele fria, palidez, confusão mental, frequência cardíaca aumentada, diminuição do débito urinário; HIPERTENSÃO: Distúrbio geralmente assintomático caracterizado pela pressão arterial persistentemente elevada; Principal causa de acidentes vasculares cerebrais fator contribuinte pra infartos do miocárdio; Uma mensuração isolada de pressão arterial alta não qualifica um diagnóstico de hipertensão; A hipertensão arterial está ligada ao espessamento e perda de elasticidade das artérias, consequentemente, diminuição de circulação para órgão vitais como rim, cérebro e coração; A incidência é maior em idosos e negros; FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO história familiar; fumo; obesidade; sedentarismo; altos níveis de colesterol; altos níveis de glicemia; exposição prolongada ao estresse; consumo intenso de álcool; Nova Classificação da Hipertensão: Normal: quando PAS < 120mmHg + PAD < 80mmHg; Elevada: quando PAS estiver entre 120 e 129mmHg + PAD entre 80 e 89mmHg; Hipertensão Estágio 1: Quando PAS estiver entre 130 e 139mmHg ou PAD entre 80- 89mmHg; Hipertensão Estágio 2: Quando PAS estiver acima ou igual a 140mmHg ou PAD acima ou igual a 90mmHg; Para fins diagnósticos, a PA deve ser medida 2 a 3 vezes, em 2 a 3 ocasiões distintas. Se for utilizada a auto-medida ou a medida de outros profissionais, um check-list com 6 passos deve ser seguido, além de ser utilizado equipamento validado. Entretanto o método ideal e que melhor se correlaciona com eventos é a MAPA de 24 horas. Mecanismo que o corpo utiliza para efetuar troca de gases entre a atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células. Ventilação = movimento dos gases para dentro e para fora dos pulmões. Difusão = movimento do O2 e do CO2 (dióxido de carbono) entre os alvéolos e o sangue. Perfusão = distribuição do sangue pelos capilares pulmonares. FREQUÊNCIA: conta-se uma respiração completa observando-se inspiração e expiração; PROFUNDIDADE: observa-se o grau de movimento da parede torácica (profundos, normais e superficiais); RITMO: observa-se regularidade no intervalo entre as respirações; Sinais Vitais POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) VALORES FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA NORMAL LACTENTE: 35 – 40 mv/min; CRIANÇA: 25 – 32 mv/min; IDADE ESCOLAR: 20 – 30 mv/min; ADOLESCENTE: 16 – 19 mv/min; ADULTO: 12 – 20 mv/min; FATORES QUE INTERFEREM NA RESPIRAÇÃO Exercício: aumenta a frequência e profundidade visando atender a necessidade do corpo de O2; Dor aguda: resultado da estimulação simpática; Ansiedade: resultado da estimulação simpática; Tabagismo: altera vias respiratórias; Medicações: podem aumentar ou deprimir a respiração; Lesão cerebral: comprometimento do tronco cerebral; Doença crônica pulmonar: ex. enfisema; Idade: capacidade dos pulmões aumenta e frequência respiratória diminui. Ex idoso diminuição da elasticidade, elevando aumento FR; Sexo: masculino > capacidade pulmonar; ALTERAÇÕES NA RESPIRAÇÃO Bradpnéia = frequência lenta = menor do que 12 mr/min; Taquipnéia = frequência alta = maior do que 20 mr/min; Hiperpnéia = aumento de profundidade e frequência, com dificuldade; Apnéia = ausência de movimentos respiratórios; Hiperventilação = aumento de profundidade e frequência; Hipoventilação = diminuição da frequência e profundidade; Ortopnéia = dispnéia em posição deitada; Cheyne-Stokes = respiração profunda e apnéia alternadas (cachorrinho); Kussmaul = hiperpnéia com expirações profundas e ruidosas (GASPIN); Biot = respiração atáxica (respirações rápidas e profundas com pausas); TÉCNICA 1. Lavar as mãos; 2. Estar equipado com um relógio que tenha ponteiro ou indicador de segundos digital; 3. Neste caso, não podemos explicar ao paciente o que iremos fazer, pois, o mesmo pode alterar a frequência, ritmo e profundidade da respiração. OBS: Pode dizer que vai aferir a FC; 4. Segurar o punho do paciente, como se fosse aderir a FC.; 5. Observar a primeira inspiração e expiração (ciclo respiratório) e Sinais Vitais POR CARLA PAIXÃO (@CAMIOLIPA) verificar em quantos segundos está o relógio; 6. Contar a frequência respiratória durante um minuto; 7. Anotar os valores e comunicar ao paciente os valores; Experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. É sempre uma experiência pessoal e subjetiva. Dor aguda: Relacionada a afecções traumáticas, infecciosas ou inflamatórias. Duração relativamente curta (de minutos a algumas semanas). É precisa. Causa elevação da pressão arterial, taquicardia, taquipnéia, ansiedade e agitação psicomotora. Dor crônica: Persiste de 3 a 6 meses a vários anos. Acompanha o processo da doença ou está associada a uma lesão já tratada. Pode levar a comprometimentos sociais e emocionais. Dor recorrente: Manifestada por períodos de curta duração. Se repete com frequência. Exemplo: enxaqueca. AVALIAÇÃO DA DOR Local; Início; Período de duração; Tipo: pontada, pressão, choque, dor latejante, agulhada; Frequência; Fatores de piora ou melhora; Qualidade; O quanto a dor interfere no dia-a-dia (deambulação, movimentação, higiene, sono, alimentação, ingestão de medicamentos, relacionamento interpessoal, recreação e humor); Intensidade: Utilizar escalas para avaliação da dor.
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