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NATUREZA JURÍDICA E LIMITES DO PODER CONSTITUINTE

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NATUREZA JURÍDICA E LIMITES 
 
Como já registrado em diversas passagens, o 
poder constituinte originário é, na sua essência, um 
fato político que se impõe historicamente, não 
sofrendo qualquer limitação da ordem jurídica 
preexistente. Mesmo quando não tenha natureza 
revolucionária, ele envolverá sempre uma ruptura 
com o passado. Diversa é a situação do poder de 
reforma constitucional, que configura um poder de 
direito, regido pela Constituição e sujeito a limitações 
de naturezas diversas. 
Sua função é a de permitir a adaptação do texto 
constitucional a novos ambientes políticos e sociais, 
preservando-lhe a força normativa e impedindo que 
seja derrotado pela realidade. Encontrando 
fundamento na Constituição e sendo por ela 
disciplinado, o poder reformador é, na verdade, uma 
competência juridicamente vinculada. 
Como consequência, afigura-se natural e lógico 
que esteja sujeito aos diferentes mecanismos de 
controle de constitucionalidade. O Tribunal Federal 
já admitiu inúmeras ações diretas de 
inconstitucionalidade contra emendas constitu-
cionais, tendo acolhido diversas delas. como na 
Alemanha, por exemplo –, não há precedente de 
declaração de inconstitucionalidade de ato do poder 
reformador. Relembre-se, por fim, o caso singular da 
África do Sul, em que o Tribunal Constitucional 
exerceu controle sobre a própria Constituição 
originária . 
Em síntese: o poder reformador, frequentemente 
referido como poder constituinte derivado, é um 
poder de direito, e não um poder soberano. 
Constituição originária observando as formas e 
parâmetros nela estabelecidos. Essa é a prova, aliás, 
de que o poder constituinte originário, mesmo na sua 
latência, continua a se fazer presente. 
 
Referência Bibliográfica: 
Barroso, Luís Roberto ; Curso de direito constitucional 
contemporâneo: os conceitos fundamentais e a 
construção do novo modelo / Luís Roberto Barroso. – 
9. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020.

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