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1. Cite as células envolvidas na imunidade inata e descreva sua principal função. Macrófagos: a sua principal função é a ingestão e morte de patógenos, estão presentes no tecido e não no sangue. Neutrófilos: são as células mais numerosas, possuem função de fagocitose, estão presentes em maior quantidade na fase inicial da inflamação. Célula dendrítica: possui a função primordial de ser a apresentadora de antígeno, ela é responsável por fazer a ligação entre a imunidade inata e a imunidade adaptativa. Mastócitos: são ligados, principalmente, às reações alérgicas. Possuem citocinas (TNF alfa e IL1, principalmente), histamina (vasodilatora) e mediadores inflamatórios lipídicos (prostaglandinas e leucotrienos). Eosinófilos: a sua principal função é o combate ao patógeno de origem helmíntica. Ao perceber o helminto, se adere a ele e se degranula, liberando a proteína catiônica. Basófilo: há apenas 1%, é pouco significativo, mas age tanto na reação alérgica tanto no combate aos helmintos. Células NK (células assassinas naturais): causam a morte celular, porém de forma inespecífica, por meio das perforinas e granzimas; são células de origem linfoide. 2. Quais os perfis de polarização dos macrófagos? Quais as funções desses perfis? Macrófago M1 e Macrófago M2. O M1 é caracterizado por ser pró-inflamatório e produz citocinas pró-inflamatórias, que são mediadoras da inflamação, principalmente, TNFalfa, IL12 e IL1beta. Já o M2 caracteriza-se por ser antiinflamatório, ou seja, não produz mediadores como TNFalfa, IL12 e IL1beta, porém produz o IL10 e o TGF beta, os quais são capazes de fazer reparo do dano tecidual. Além disso, o M1 é conhecido por ser classificamente ativado e o M2 por ser alternativamente ativado. 3. O que são órgãos linfoides centrais? E órgãos linfoides periféricos? Por que é importante para a resposta da imunidade adaptativa que os patógenos sejam drenados para os órgãos linfoides periféricos como linfonodos e baço? Órgãos linfoides centrais ou primários, como timo e medula óssea, são aqueles nos quais ocorre a produção de linfócitos, ou seja, a diferenciação das células tronco, e consequente proliferação e amadurecimento dos linfócitos funcionais – ganharão maturidade nesses locais. Já os órgãos linfoides periféricos, como baço, linfonodos e tecidos linfoides associado às mucosas, são locais nos quais se inicia, efetivamente, a resposta do linfócito ao antígeno. São nesses locais onde os antígenos interagem entre si e também com os antígenos, promovendo o surgimento das respostas imunológicas. É importante que os patógenos sejam drenados para os órgãos linfoides periféricos pois serão nesses locais que haverá a apresentação do antígeno e também haverá a presença dos NAIVE (linfócitos virgens – que nunca encontraram antígenos) respondendo no mesmo local, o que possibilitará o início da imunidade adaptativa. 4. Qual a diferença e a semelhança entre a molécula CD69 e a esfingosina-1-fosfato? A semelhança entre a molécula CD69 e a esfingosina-1-fosfato é que ambas conseguem se ligar no receptor/ligante S1PR1. A diferença é que a molécula CD69 bloqueia a saída do linfócito T, agindo de forma com que o linfócito T fique mais tempo no órgão linfoide secundário, enquanto a esfingosina 1-fosfato (S1P) é capaz de atrair os linfócitos para a circulação sanguínea. 5. Qual o papel do TNF-alfa, IL-1 e das quimiocinas produzidos pelos macrófagos no recrutamento de células da imunidade inata para os locais de infecção extra vascular? O TNF-alfa, a IL-1 e as quimiocinas são caracterizados como mediadores da inflamação, ou seja, fazem a sinalização para as células da imunidade inata destinarem-se ao local de inflamação. 6. Descreva com detalhes os 3 movimentos do sistema imune e sua importância para as defesas contra as infecções. Primeiramente, os leucócitos são transportados do local de maturação (medula óssea vermelha) até o local da infecção, caracterizando a resposta imune inata. Posteriormente, há a saída do linfócito T do órgão linfóide primário (timo) e o deslocamento para um órgão linfóide secundário, por meio da corrente sanguínea. Por fim, ocorrerá o transporte dos linfócitos ativos (efetores) dos órgãos linfoides secundários até o local da lesão. Os dois últimos processos caracterizam a resposta imune adaptativa. 7. Qual a importância da inflamação? A inflamação é um processo biológico, importante no sentido de preservar a integridade tecidual. A partir desse processo, antígenos patogênicos são, muitas vezes, combatidos, pelo sistema imune. Ademais, a inflamação permite que a lesão no tecido seja corrigida, incluindo o recrutamento de células e também o vazamento de proteínas plasmáticas pelos vasos sanguíneos. Q U E S T Õ E S D E IM U N O L O G IA Felipe Montemor Ribeiro
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