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Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 1 Valdmiro Aguiar Tema A – Forças e movimentos A1: Cinemática de uma partícula em movimento. 1.1- Velocidade por definição. O conceito de velocidade está intimamente ligado à variação da posição. Se a posição de um objecto muda com o tempo, ele está animado de velocidade. Se ele está em repouso, sua velocidade é nula. Digamos que, no tempo t1, a partícula estava em x1 e que, no instante t2, ele está em x2. Admitiremos t2 > t1. Assim, no intervalo de tempos t1 dado por , houve uma variação da posição, , dada por . Definimos então a velocidade escalar média como a razão entre a variação da coordenada e o intervalo de tempo decorrido: . Observe-se que a velocidade escalar média sempre faz referência a dois instantes de tempo (por isso, falamos em média). No entanto, a velocidade na qual temos maior interesse é a velocidade num determinado instante de tempo. Tal velocidade é denominada velocidade instantânea. Para definirmos a velocidade instantânea, devemos recorrer a um conceito matemático conhecido como limite. Observemos que a velocidade média é definida tomando-se dois instantes de tempo. Para defini-la num determinado instante, basta tomarmos intervalos de tempo cada vez menores. Dessa forma estamos assegurando que, cada vez Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 2 Valdmiro Aguiar mais, não exista diferença entre t2 e t1. Portanto, estaremos falando, ao tomarmos o limite no qual tende a zero, de um só instante de tempo. Definimos, portanto, a velocidade instantânea no instante t1 através do processo limite: . O processo limite definido acima tem o nome de derivada da função x(t) com respeito ao tempo e se representa: . 𝐿𝑒𝑟: 𝑣𝑥 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 « 𝑑ê−𝑥−𝑑ê−𝑡». Consideremos um exemplo 1 simples: o caso de uma partícula com movimento rectilíneo e velocidade constante. Exemplos 2: Consideremos agora o caso da queda livre, que é um movimento uniformemente acelerado ( a aceleração é constante) http://www.cepa.if.usp.br/e-calculo/ferramentas/limites/limites.htm javascript:; javascript:; javascript:; Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 3 Valdmiro Aguiar Regras de derivação. ● Derivadas de certas funções úteis em física. 𝐴, 𝑘, 𝑛, 𝜔 𝑒 𝜃0 São constantes; 𝑡 é a variável independente Função Derivada Constante 𝑘 0 Linear 𝑘𝑡 𝑘 Quadrática 𝑘𝑡2 2𝑘𝑡 Potência 𝑘𝑡𝑛 𝑛𝑘𝑡𝑛−1 Seno 𝐴𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡 + 𝜃0) 𝐴𝜔𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜃0) Co-seno 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜃0) −𝐴𝜔𝑠𝑖𝑛(𝜔𝑡 + 𝜃0) ● Algumas regras para cálculos de derivadas. 𝑦 𝑒 𝑧 representam funções de 𝑡, 𝑖. 𝑒. , 𝑦 = 𝑦(𝑡)𝑒 𝑧 = 𝑧(𝑡) Regra da somo 𝑑 𝑑𝑡 (𝑦 + 𝑧) = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 𝑑𝑧 𝑑𝑡 Regra do produto 𝑑 𝑑𝑡 (𝑦 × 𝑧) = 𝑦 × 𝑑𝑧 𝑑𝑡 + 𝑧 𝑑𝑦 𝑑𝑡 Vejamos um exemplo de aplicação destas regras. A equação das posições da uma bola, lançada verticalmente da origem do referencial, de baixo para cima, com uma velocidade de valor 30𝑚 𝑠⁄ , é: Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 4 Valdmiro Aguiar Calcular a derivada de uma função num certo instante é determinar se a função está a variar lenta ou rapidamente nesse instante. Quer dizer a derivada de uma função traduz a taxa de variação da função nesse instante. 1.2- Aceleração: derivada da velocidade em ordem ao tempo. A velocidade é a grandeza física que mede a taxa de variação instantânea. 𝒗 = 𝒅�⃗� 𝒅𝒕 Ou consideremos as coordenadas: 𝑣𝑥 = 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑣𝑦 = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 𝑣𝑧 = 𝑑𝑧 𝑑𝑡 Por sua vez, a aceleração é a grandeza que mede a taxa de variação instantânea da velocidade. �⃗⃗� = 𝒅�⃗⃗� 𝒅𝒕 Ou, o que é o mesmo: 𝑎𝑥 = 𝑑𝑣𝑥 𝑑𝑡 𝑎𝑦 = 𝑑𝑣𝑦 𝑑𝑡 𝑎𝑧 = 𝑑𝑣𝑧 𝑑𝑡 Considerando o exemplo 2 da página anterior: Este movimento, que é uniformemente acelerado, pode ser descrito pelas seguintes equações Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 5 Valdmiro Aguiar Exercícios: - Calcular a velocidade de uma partícula através da derivação da equação horária; - Calcular a aceleração de uma partícula através da derivação da equação da velocidade. 1) Uma partícula se desloca em linha recta, de tal forma que sua distância à origem é dada, em função do tempo, pela equação: 𝑆 = 4𝑡 + 6𝑡2 a) Calcular a sua velocidade, em unidades S.I., no instante t =1s. b) Calcular a aceleração, em unidades S.I., da partícula. 2) Uma partícula se desloca em linha recta, de tal forma que sua distância à origem é dada em função do tempo, pela equação: 𝑆 = 2𝑡 + 3𝑡2 a) Calcular a sua velocidade, em unidades S.I., no instante t =1s. b) Calcular a aceleração, em unidades S.I., da partícula. 3) Uma partícula percorre uma curva obedecendo à equação horária 𝑟 = 𝑡2 + 𝑡 − 2 a) Calcular a sua velocidade, em unidades S.I., no instante t = 2s. b) Calcular a aceleração da partícula em unidades S.I. 4) Calcular a aceleração, em unidades S.I., de uma partícula no instante t = 5s sabendo que sua velocidade obedece à equação 𝑣 = 2 + 3𝑡 + 5𝑡2 Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 6 Valdmiro Aguiar 5) Calcular no instante t = 3s a velocidade, em unidades S.I., de uma partícula que se move obedecendo à equação horária 𝑆 = 1 𝑡 1.3- Derivadas de funções vectoriais: As regras de derivação referidas atrás também podem ser aplicadas a funções vectoriais. Por exemplo, consideremos um movimento num plano 𝑂𝑋𝑌 em que as coordenadas da partícula são descrita pelas funções 𝑥(𝑡) e 𝑦(𝑡). 𝑟 (𝑡) = 𝑥(𝑡). 𝑒 𝑥 + 𝑦(𝑡). 𝑒 𝑦 Exemplo: Quando adiante, nesta Unidade, estudarmos o movimento de um projéctil, vamos encontrar um movimento descrito pelas seguintes equações paramétricas: 𝑥 = 30𝑡 𝑒 𝑦 = −10 2 × 𝑡2 + 20 (SI) Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 7 Valdmiro Aguiar 1.4- Vector velocidade e vector aceleração Ao estudar-se a cinemática dos movimentos rectilíneos, trabalha-se com a velocidade e a aceleração apenas de forma numérica, isto é, levando em consideração apenas o seu módulo. Mas já foi dito que se tratam de grandezas vectoriais e como tais, a velocidade e a aceleração possuem também direcção e sentido, o que será mostrado nesta seção. 1.4.1- Vector velocidade O vector velocidade possui um módulo que pode ser determinado de diferentes formas, dependendo do movimento em questão. A sua direcção e o seu sentido, porém são sempre determinados da mesma forma. Imagine uma pedra presa a um barbante colocada em rotação. Se o barbante se arrebenta em um certo pontoP, ver-se-á que a pedra segue a trajectória rectilínea mostrada abaixo: Percebe-se que a direcção do vector velocidade é tangente à circunferência no ponto P e o sentido deste vector é o mesmo do movimento. Conforme foi dito anteriormente, a direcção e o sentido do vector velocidade são sempre determinados da mesma forma. Assim, pode-se generalizar: a direcção do vector velocidade é sempre tangente à curva no ponto em que o corpo se encontra e o sentido é sempre o mesmo do movimento. Desta forma, se um patinador descreve a seguinte trajectória, o seu vector velocidade nos pontos A, B e C, será: 1.4.2- Vector aceleração O vector aceleração é o vector responsável pela variação do vector velocidade. Sabe-se no entanto, que o vector velocidade, bem como toda grandeza vectorial, possui módulo, direcção e sentido. Para variar tais características, o vector aceleração é decomposto em dois outros vectores perpendiculares entre si, cada um executando uma função específica: ➢ vector aceleração tangencial ( at ): responsável pela variação do módulo do vector velocidade ➢ vector aceleração centrípeta ( ac ): responsável pela variação da direcção e sentido do vector velocidade P v A B C Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 8 Valdmiro Aguiar Por possuir duas componentes perpendiculares o vector aceleração pode ser obtido pela soma vectorial das suas componentes. Ou seja Para calcular-se o módulo do vector aceleração, quando conhece-se o módulo das suas componentes perpendiculares, pode-se aplicar o teorema de Pitágoras: 1.5- Vector aceleração tangencial Vector responsável pela variação do módulo ou intensidade do vector velocidade. A sua direcção, como o nome indica, é tangente à trajectória, como o vector velocidade. O sentido do vector aceleração tangencial pode ser: ➢ o mesmo do vector velocidade, se o movimento for acelerado ➢ contrário ao do vector velocidade, se o movimento for retardado Como o vector aceleração tangencial varia o módulo do vector velocidade, ele será nulo quando o movimento for uniforme, uma vez que neste movimento o módulo do vector velocidade é constante. 1.6- Vector aceleração centrípeta Vector responsável pela variação da direcção do vector velocidade. A sua direcção é perpendicular à direcção do vector velocidade e o sentido, como o nome indica, é em direcção ao centro da curva da trajectória. →→→ += ct aaa 22 ct aaa +=at ac a at v at v ac v Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 9 Valdmiro Aguiar Como o vector aceleração centrípeta varia a direcção do vector velocidade, ele será nulo quando o movimento for rectilíneo, uma vez que neste movimento a direcção do vector velocidade é constante. 1.7- Aceleração normal ou centrípeta e aceleração tangencial Características da componente centrípeta da aceleração - a componente centrípeta mede a rapidez com que a direcção do vector velocidade varia; - possui direcção radial e aponta sempre para o centro da trajectória; - possui módulo dado por acp = v2/R, em que v é a velocidade instantânea e R é o raio da trajectória descrita pelo móvel; - nos movimentos rectilíneos, a direcção do vector velocidade não varia, portanto a aceleração centrípeta é nula. Como determinar o vector aceleração? Sabemos que o vector aceleração tangencial é tangente à trajectória. Ele é orientado no mesmo sentido do movimento e seu módulo é igual ao valor da aceleração escalar. Pela figura acima podemos determinar o vector aceleração centrípeta. De acordo com a figura, podemos ver que ele é normal à trajectória, é orientado para o centro da trajectória e seu módulo é dado pela seguinte equação: |𝑎 𝑐𝑝| = 𝑣2 𝑅 Ainda em relação à figura acima, vemos que as componentes tangencial e centrípeta são ortogonais. Sendo assim, podemos fazer uso do Teorema de Pitágoras para escrever: Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 10 Valdmiro Aguiar |𝑎 2| = |𝑎 𝑡 2| + |𝑎 𝑐𝑝 2 | 𝑡𝑔𝜃 = |𝑎 𝑐𝑝| |𝑎 𝑡| Exemplo: Determinar as componentes da aceleração numa trajectória curvilínea de um projéctil lançado horizontalmente da altura de 60m, com uma velocidade de 20ms-1, conforme indica a figura (SI). 1.8- Movimento de projécteis Denominamos de movimento dos projécteis ao movimento livre de um corpo lançado num campo gravitacional uniforme, onde a aceleração da gravidade é constante e vertical, sendo desprezível a resistência do ar. 1.8-1- Decomposição do movimento de um projéctil Quando lançamos um projéctil o seu movimento poderá ser sempre decomposto em dois movimentos, sendo um horizontal e outro vertical. A aceleração do projéctil será apenas a da gravidade. → Movimento horizontal do projéctil O movimento horizontal será uniforme uma vez que não existe aceleração com componente horizontal, ou seja a componente horizontal da velocidade do projéctil é constante. O gráfico velocidade tempo é o mostrado na figura. Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 11 Valdmiro Aguiar →Movimento vertical de um projéctil O movimento vertical será uniformemente variado com uma aceleração igual à da gravidade. O gráfico velocidade tempo será o mostrado na figura. 1.8.1- Decomposição da velocidade de lançamento O projéctil é lançado de forma que a sua velocidade inicial é inclinada em relação à horizontal. A velocidade inicial deverá ser decomposta nas direcções horizontal e vertical, como mostra a figura. vox = vo.cos α voy = vo.sen α Cálculo da altura máxima atingida pelo projéctil Como a altura máxima é relativa ao movimento vertical. A aceleração no movimento vertical é igual a aceleração da gravidade. Na altura máxima a velocidade vertical é nula. Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 12 Valdmiro Aguiar A altura máxima corresponde à variação de posição vertical ocorrida entre os instantes zero e t, podendo ser avaliada pela área do triângulo amarelo da figura Cálculo do alcance de um projéctil Denominamos de alcance A à distância entre a posição de lançamento do projéctil e a sua posição ao voltar ao mesmo nível do lançamento. O alcance corresponde à distância horizontal percorrida durante o tempo de realização do movimento, isto é, um tempo igual ao dobro do tempo para atingir a altura máxima, podendo ser avaliado pela área do rectângulo amarelo do gráfico v x t relativo ao movimento horizontal. Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 13 Valdmiro Aguiar Forma da trajectória do projéctil Consideremos um lançamento conforme a figura abaixo. O movimento do projéctil será analisado decomposto em dois movimentos sendo um vertical, uniformemente variado com aceleração g e outro horizontal uniforme. Movimento vertical. O gráfico v x t do movimento está mostrado na figura.Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 14 Valdmiro Aguiar A ordenada y do projéctil ao fim do tempo t após o lançamento é avaliada pela área do trapézio amarelo da figura. Esta área será calculada pela diferença entre as áreas dos triângulos rectângulos de catetos horizontais tmax e t. Movimento horizontal O gráfico v x t do movimento está mostrado na figura. Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 15 Valdmiro Aguiar Exemplos Suponhamos que o lançamento da bola de canhão, é feito horizontalmente, conforme as condições indicada na figura: Consideremos agora um lançamento de um projéctil que tem uma velocidade inicial de valor 40𝑚 𝑠⁄ , fazendo um ângulo de 30 0 com a horizontal. A boca do canhão está agora ao nível do solo. Escolhemos um referencial com a origem na boca do canhão (eixos dos yy com sentido positivo para cima, eixo dos xx com sentido positivo para a direita). Conforme a figura EXEMPLO 5: Um corpo é lançado do solo verticalmente para cima, segundo um ângulo de 60º com a horizontal com velocidade de 400 m/s. Admitindo g = 10 m/s2 e seno 60o = 3/2 = 1,7 ; pede-se: a) o tempo que o corpo leva para atingir a altura máxima em relação ao solo; b) a altura máxima atingida; c) o tempo gasto para atingir o solo; d) o alcance máximo do corpo; e) a velocidade do corpo no instante 8 segundos; f) a equação da trajectória do corpo. Observações: a) O módulo da velocidade vertical vy diminui durante a subida e aumenta na descida. Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 16 Valdmiro Aguiar b) No ponto de altura máxima (hmáx ) o módulo da velocidade no movimento vertical é zero (vy = 0) . c) A distância horizontal entre o ponto de lançamento e o ponto de queda do corpo é denominada alcance (xmáx ). Neste ponto y = 0 . d) A posição do corpo em um dado instante é determinada pelas coordenadas x e y . Por exemplo, P1 (x1 , y1) e) A velocidade num dado instante é obtida através da soma vectorial das velocidades vertical e horizontal, isto é, v = vx + vy . O vector v é tangente à trajectória em cada instante. f) Para um lançamento horizontal, teremos as mesmas equações porém com = 0º e v0y = 0 e a velocidade do projéctil segundo o eixo-x será igual a velocidade de lançamento. Veja o exemplo 6 . EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM: 14) Um canhão dispara um projéctil do alto de uma elevação de 100 metros de altura, segundo um ângulo de 30º com a horizontal, com velocidade de 300 m/s , conforme a figura. Admitindo g = 10 m/s2 determine o tempo que o projéctil leva para atingir um alvo localizado a 1100 metros de altura, conforme indica a figura. Faça 3/2 = 1,7 15) Um canhão dispara um projéctil que parte com velocidade de 50 m/s. Nesse local g = 10 m/s2 e o canhão forma 45º com a horizontal. Pergunta-se: a) qual o módulo da componente horizontal da velocidade; b) qual o módulo da componente vertical da velocidade parta t = 0 ; c) em que instante vy = 0 ; d) qual o tempo que o projéctil leva para retornar ao chão; e) qual o módulo de sua velocidade nesse instante; f) qual a altura máxima atingida pelo projéctil; g) a que distância o projéctil cai do canhão? - Alcance máximo de um projéctil: Sabemos que y = v0 sen . t - ½ gt2 e que vy = v0 sen - g.t e que para o eixo- x temos : x = v0 cos . t Quando o projéctil atinge a altura máxima, vy = 0 logo 0 = v0 sen - g . t g v t sen0= logo o tempo total de percurso será: g v t sen2 0= Substituindo o tempo total de percurso na eq. para o alcance teremos: g v g v vx cossen2sen2 cos 2 00 0 == mas em trigonometria sabemos que 2 sen cos = sen 2 Tempo de subida Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 17 Valdmiro Aguiar v02 sen 2 então : xmáx = (alcance) g Repare que para termos alcance máximo é preciso que sen 2 = 1 e para que isto ocorra 2 = 90º . Conclusão = 45º Portanto, se quisermos lançar um projéctil o mais longe possível, devemos lançá-lo com velocidade formando 45º com a horizontal. EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM: 16) Usando a fórmula para o alcance máximo, determine a letra g no problema 15. EXEMPLO 6: Um avião bombardeiro está voando a 2 000 m de altura quando solta uma bomba. Se a bomba cai a 1 000 m da vertical em que foi lançada, qual o módulo da velocidade do avião? Adopte g = 10 m/s2 . EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM: O enunciado abaixo refere-se às questões 17, 18 e 19 : Um projéctil é lançado horizontalmente com velocidade inicial de 5 m/s de uma altura h = 180 m. Considere a resistência do ar desprezível e adopte g = 10 m/s2 . 17) No instante t = 5s as coordenadas X e Y, que determinam as posições do projéctil, valem, em unidades do S.I. respectivamente: a) 10 e 45 b) 25 e 55 c) 10 e 125 d) 25 e 80 e) 50 e 180 18) No instante 5s, o projéctil da questão anterior se encontra a uma distância do solo igual a: a) 25 m b) 50 m c) 55 m d) 70 m e) 125 m 19) A velocidade do projéctil, no instante 0,5 s , tem módulo e direcção, respectivamente iguais a: a) 7 m/s e 45º b) 7 m/s e 30º c) 7 m/s e 60º d) 5 m/s e 30º e) 5 m/s e 60º Exercícios de Fixação: 20) Assinale com V de verdadeiro ou F de falso: ( ) 1. A trajectória descrita por um móvel lançado horizontalmente no vácuo é sempre parabólica, se considerarmos g constante. ( ) 2. O movimento realizado pelo projéctil lançado horizontalmente no vácuo é uniformemente variado, se considerarmos g constante. ( ) 3. No lançamento horizontal realizado no vácuo, a velocidade do projéctil é constante em módulo e direcção. ( ) 4. Um avião que voa horizontalmente lança uma bomba contra um alvo. Despreze a resistência do ar. No instante em que a bomba explode no alvo, o avião estará exactamente sobre a vertical que passa pelo alvo. ( ) 5. No lançamento horizontal, o alcance jamais poderá ser igual a altura de lançamento. ( ) 6. A velocidade com que o projéctil obliquamente chega ao plano de referência é igual à velocidade de lançamento. Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 18 Valdmiro Aguiar ( ) 7. O lançamento de um projéctil lançado oblíqua ou horizontalmente é resultante de um movimento horizontal uniforme e outro vertical uniformemente variado. ( ) 8. O tempo que um corpo lançado horizontalmente leva para atingir o plano de referência é igual ao tempo que levaria para chegar a esse plano se caísse em queda livre do ponto de lançamento. ( ) 9. Um projéctil lançado obliquamente tem seu alcance horizontal máximo quando o ângulo de lançamento acima da horizontal for igual a 45º . ( ) 10. Lançamos obliquamente dois projécteis com velocidades de mesmo módulo, inclinados de 45º + e 45º - com < 45º , acima da horizontal . O primeiro projéctil apresentará alcance horizontal maior que aquele apresentado pelo segundo. Uma bola é lançadapara cima, em direcção que faz um ângulo de 45º com a horizontal, com velocidade v . Despreze a resistência do ar. Este enunciado refere-se aos exercícios 21, 22 e 23 : 21) A componente horizontal vx da velocidade v da bola é: a) v / cos 45º b) v tg 45º c) v cos 45º d) v sen 45º e) v / sen 45º 22) A componente vy da velocidade v da bola: a) é constante. b) é função do 1º grau do tempo. c) é função do 2º grau do tempo. d) tem o mesmo sentido em qualquer instante. e) é sempre diferente de zero. 23) A aceleração da bola é: a) horizontal e variável; b) inclinada e constante; c) vertical e constante; d) inclinada e variável; e) nula no ponto mais alto atingido pela bola. 24) Durante um exercício de segurança contra incêndio um bombeiro segurou a mangueira d’água formando um ângulo de 45º com a horizontal. Sabendo-se que a aceleração local da gravidade é g = 10 m/s2 e que a velocidade de saída do jacto d’água é de 20 m/s, pode-se afirmar que serão atingidos objectos situados a uma distância horizontal do bico da mangueira de: a) 50 m b) 75 m c) 60 m d) 40 m e) 80 2 m 25) Um projéctil é lançado obliquamente com velocidade inicial de 100 m/s, inclinado com um ângulo com a horizontal. Despreza-se a resistência do ar e dados g = 10 m/s2 e sen = 0,6 cos = 0,8 , calcule a velocidade do projéctil no instante 5s e o tempo para que ele atinja a altura máxima ? (Dar as velocidades nas direcções x e y) 26) A figura abaixo mostra três corpos de massas diferentes no instante em que são lançados simultaneamente de uma plataforma com velocidade horizontais v1 = 0 , v2 = 10 m/s e v3 = 50 m/s. A altura da plataforma é 1,25 m Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 19 Valdmiro Aguiar . Despreze o atrito com o ar e considere g = 10 m/s2 . Quais os tempos de permanência no ar dos três corpos? 27) Um avião deixa cair uma bomba sobre um alvo. Desprezando a resistência do ar, o movimento da projecção da bomba sobre um plano horizontal é , para um observador na Terra: a) circular uniforme ; b) rectilíneo uniforme ; c) rectilíneo uniformemente variado; d) rectilíneo qualquer ; e) curvilíneo variado. 28) Uma pequena bola foi rolada numa marquise de 5 m de altura, indo chocar- se com o solo a 4 m da marquise. Despreze a resistência do ar e adopte g = 10 m/s2 . Determine: a) o tempo de queda da bola ; b) a velocidade v0 que a bola possuía ao deixar a marquise. A3- Lei da conservação do momento linear e colisões. Lei da conservação do momento linear Quando analisamos a segunda lei de Newton, isto é, o princípio fundamental da Dinâmica, consideramos a hipótese de que a massa m no produto F = m.a, permanece constante. Entretanto, quando a velocidade da partícula é comparável à velocidade da luz (c = 300.000 km/s) a hipótese de massa constante não é válida. Por isso, conceitua-se força a partir da noção de quantidade de movimento: A força é a derivada em relação ao tempo da quantidade de movimento. O símbolo d/dt significa “derivada em relação ao tempo”. A derivada do produto m.v é dada por: http://4.bp.blogspot.com/_JJJ4o4Jcg48/TTgcfay3qJI/AAAAAAAAY70/MMI-4KLuz5o/s1600/Sem+t%C3%ADtulo-1.jpg http://1.bp.blogspot.com/_JJJ4o4Jcg48/TTgb5YQsMOI/AAAAAAAAY7w/GbheXwBpSQk/s1600/Sem+t%C3%ADtulo-1.jpg Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 20 Valdmiro Aguiar Sendo a aceleração vectorial da partícula𝑎 = 𝑑𝑐 𝑑𝑡 vem: Dentro da hipótese da Mecânica Newtoniana m é constante, então resulta 𝑑𝑚 𝑑𝑡 = 0 e, portanto, 𝐹 𝑟𝑒𝑠 = 𝑑𝑝 𝑑𝑡 transforma-se na clássica 𝐹 = 𝑚 × 𝑎 A equação 𝐹 𝑟𝑒𝑠 = 𝑑𝑝 𝑑𝑡 , diz-nos que a taxa de variação do momento linear de um sistema de partículas é igual à resultante das forças exteriores que actuam no sistema. Quando a resultante das forças exteriores é nula, a taxa de variação do momento linear é nula. 𝑑𝑝 𝑑𝑡 = 0 Isto quer dizer que o momento linear do sistema é constante, visto que a derivada de uma constante é nula: Tipos de colisões Quando dos objectos colidem, sem transferência de massa de um para o outro e sem se fragmentarem, poderão verificar-se as seguintes situações: 1- Os dois objectos permanecem exactamente como eram, variando apenas a velocidade de cada um. 2- Os dois objectos «colam-se» um ao outro, transformando-se num só. No primeiro caso, podem ainda ocorrer duas situações: a) a energia cinética inicial do sistema mantém-se: dizemos que se trata de uma colisão elástica. b) A energia cinética do sistema não se mantém. Neste caso, estamos perante uma colisão inelástica. Quando os dois objectos se «colidem» um ao outro (situação 2), trata-se de uma colisão perfeitamente inelástica. Neste tipo de colisão, a energia cinética diminui o máximo possível. É , evidentemente, um caso particular da colisão inelástica.. Colisão elástica em linha recta. Uma carruagem, A, de massa 𝑚, desloca-se com uma certa velocidade, colide com outra carruagem B, parada, de massa 𝑚, conforme mostra a figura. http://4.bp.blogspot.com/_JJJ4o4Jcg48/TTgdbW_58UI/AAAAAAAAY74/aB3aoG18Lq0/s1600/Sem+t%C3%ADtulo-1.jpg Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 21 Valdmiro Aguiar Colisão perfeitamente inelástica: Consideremos novamente a colisão das duas carruagens, admitindo que após a colisão mantenham-se juntas. Colisão parcialmente inelástica. Consideremos ainda um terceiro exemplo. Como se movimentam as duas carruagens após a colisão, se se considerar que só 50% da energia cinética é dissipada na colisão e que as carruagens não seguem juntas depois de colidirem? Antes da e durante a colisão: Nome:_______________________________________________Nº___Turma___Sala__/20 22 Valdmiro Aguiar Pêndulos: Trabalho investigativo para os alunos
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