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ATENDIMENTO PSICOLÓGICO ONLINE
De acordo com BITTENCOURT (2020) o ano 2020 pode ser considerado como um marco para psicologia com relação aos atendimentos na modalidade online, pois os psicólogos ainda estavam tentando se apropriar da resolução do CFP n° 11/2018, que foi criada com o intuito de ampliar as possibilidades de serviços oferecidos por meio de Tics. Diante da pandemia ocasionada pelo Covid-19 e da necessidade de manter o distanciamento social, os profissionais tiveram que se adaptar a essa nova modalidade. 
Nessa perspectiva, o Conselho Federal de Psicologia orientou a categoria e publicou a Resolução CFP nº 04/2020, flexibilizando alguns critérios da Resolução CFP n° 04/2020. Assim, ficou estabelecido que para prestar serviços psicológicos on-line é obrigatório o cadastro no site e-Psi: https://e-psi.cfp.org.br/ Neste site, é possível encontrar profissionais habilitados em várias áreas de atuação, autorizados pelo Sistema de Conselhos.
BITTENCOURT (2020) aponta que os atendimentos psicológicos on-line podem ser realizados de modo síncrono ou assíncrono. A Psicoterapia on-line síncrona se mostra uma prática promissora, sendo bastante próxima a psicoterapia presencial. Assim como no atendimento presencial, entende-se que para o atendimento online também é necessário aprofundamento teórico.
No atendimento on-line não há como afirmar que o sigilo será garantido. Assim, compreende-se que é importante organizar um ambiente seguro e privativo. O sigilo profissional, em qualquer situação de atuação, é instituído em favor da pessoa atendida, constituindo-se em direito da mesma e dever do profissional. O código de ética estabelece no art. 9 que “É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade.
Na tentativa de responder se é viável oferecer o serviço de aconselhamento psicológico online, Evangelista et al (2020) realiza uma revisão da literatura para responder o problema de pesquisa. Diante das análises, os autores compreendem que o Aconselhamento oferece atenção psicológica no momento de procura e pode favorecer na tomada de decisão. Nessa perspectiva, Evangelista et al (2020) apontam que existem na literatura, algumas controvérsias de que o encontro presencial seja diferente do online, outros estudos mencionam que são equivalentes, pois ter alguém para explicitar suas dores não seria algo do encontro presencial. De modo geral, compreende-se que é necessário realizar pesquisas sobre esta modalidade.
De acordo com BITTENCOURT (2020) o setting pode ser considerado como um espaço que propicia a estruturação simbólica de um tratamento, sendo importante fixar um contrato de trabalho, definição de horário, pagamentos. Os autores mencionam, ainda que o contrato é fundamental porque cria um alicerce. Assim, é possível observar o setting na modalidade online, porém com algumas especificidades como a utilização de tecnologias das informações (tics), sendo possível também ter acesso a fala do cliente e terapeuta e interpretação. Diante disso, BITTENCOURT (2020) aponta que embora sejam modalidades distintas, os efeitos são similares, pois é possível estabelecer o setting, ter uma escuta ativa e ética. Logo, compreende-se que a criação do vínculo não muda, pois o sucesso terapêutico estaria relacionado as habilidades terapêuticas e aliança terapêutica. 
Para Nunes et al (2019) a construção da AT inicia desde o primeiro encontro terapêutico, sendo as cinco primeiras sessões fundamentais, e que o terapeuta e o cliente devem concordar com as tarefas relacionadas ao tratamento. Nesse sentido, deve haver uma reciprocidade entre os dois, com o objetivo principal de diminuir o sofrimento e criar uma relação efetiva. Ainda segundo os autores, características como a empatia, personalidade, a capacidade de acolher, construir um lugar confiável, ter o manejo de técnicas, boa postura, são fatores essenciais para ter a manutenção do vínculo e relação de confiança. Nesse sentido, entende-se que é possível formar a aliança terapêutica também no ambiente virtual. 
Referências
BITTENCOURT, Henrique Borba et al. Psicoterapia on-line: uma revisão de literatura. Diaphora, v. 9, n. 1, p. 41-46, 2020.
LINS, C; EVANGELISTA, P. Aconselhamento Psicológico fenomenológico-existencial online como possibilidade de atenção psicológica durante a pandemia de covid-19. Perspectivas em Psicologia, v. 24, n. 2, p. 129-153. 2020
Conselho Federal de Psicologia (2018). Resolução n° 11/2018. Regulamenta a prestação de serviços psicologivos por meio de Tecnologias. Porto Alegre, v.9, jan/jun