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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 13ª REGIÃO. Proc. n... JOÃO TRÊS VOLTAS, devidamente qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista em epígrafe, movida por ESMERALDA S/A, também nos autos qualificada, inconformado com o acórdão, vem tempestivamente e respeitosamente, por meio de seu advogado, infra-assinado, à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO DE REVISTA com fulcro no artigo 896, alínea “A” e “C”, da Consolidação das Leis do Trabalho, pelos fatos e fundamentos a seguir exposto. DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 1. O recorrente é parte legitima, possuindo capacidade e interesse recursal. 2. O recorrente está representado pelo advogado signatário, conforme procuração anexa. 3. Depósito recursal realizado, à luz da guia anexa. 4. Mostra-se tempestivo o recurso interposto no octídio legal. 5. A violação ao inciso XIII do art. 7º da CF, que limita em 44 horas a carga horária semanal, autorizando, mediante negociação coletiva, a redução da jornada, e não o seu aumento, foi devidamente prequestionada, passando o recorrente, em cumprimento ao que determina o inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT, a transcrever o trecho da decisão recorrida que consubstancia o referido prequestionamento... 6. A violação ao § 4º do art. 193 da CLT, norma que considera perigosa a atividade de trabalhador em motocicleta, foi devidamente prequestionada, passando o recorrente, em cumprimento ao que determina o inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT, a transcrever o trecho da decisão recorrida que consubstancia o referido prequestionamento... 7. A violação ao § 3º do art. 142 da CLT, norma que consagra a integração das comissões na base de cálculo da remuneração de férias, foi devidamente prequestionada, passando o recorrente, em cumprimento ao que determina o inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT, a transcrever o trecho da decisão recorrida que consubstancia o referido prequestionamento... 8. A contrariedade à OJ 181 da SDI-1, que respalda a integração das comissões na base de cálculo da remuneração de férias, foi devidamente prequestionada, passando o recorrente, em cumprimento ao que determina o inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT, a transcrever o trecho da decisão recorrida que consubstancia o referido prequestionamento... 9. Em cumprimento ao que dispõe o inciso III do § 1º-A da CLT, o recorrente passa a expor as razões do pedido de reforma do acórdão impugnado: No seguinte trecho da decisão do E. TRT..., observa-se a violação ao inciso XIII do art. 7º da CF, mostrando-se claro o descumprimento à limitação constitucional de até 44h por semana; 10. Em cumprimento ao que dispõe o inciso III do § 1º-A da CLT, o recorrente passa a expor as razões do pedido de reforma do acórdão impugnado: No seguinte trecho da decisão do E. TRT..., observa-se a violação ao § 4º do art. 193 da CLT, mostrando-se clara a inobservância da previsão de incidência do adicional de insalubridade para quem labora usando motocicleta. Satisfeitos os pressupostos de admissibilidade recursal, requer o conhecimento do recurso e a intimação de admissibilidade recursal, requer o conhecimento do recurso e a intimação do recorrido para apresentar contrarrazões, nos termos do art. 900. da CLT. Requer, por fim, a remessa dos autos ao TST. Pede deferimento. João Pessoa, 05 de outubro de 2021 FULANO DE TAL OAB: XXX.XXX RAZÕES DO RECURSO DE REVISTA EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO COLENDA TURMA Origem: Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região. Processo nº: ... Recorrente: ... Recorrido: ... 1.BREVE SÍNTESE O recorrente foi contratado pelo Recorrido para exercer a função de entregador, laborando oito horas por dia, de segunda a sábado, folgando nos domingos, sendo certo que jamais recebeu qualquer pagamento a título de horas extras. O obreiro usava uma motocicleta para realizar as entregas, recebendo, além do salário fixo, comissões de 5% sobre o valor de cada mercadoria entregue aos clientes, quantia que não era usada para o cálculo da remuneração de férias. O Recorrente ajuizou reclamação trabalhista, distribuída à 142ª VT de João Pessoa/PB. Na sentença o juiz julgou improcedentes os pedidos sob os seguintes fundamentos: a) O empregado não tem direito ao pagamento de horas extras, pois laborava 48 horas semanais, dentro do limite previsto no Acordo Coletivo de Trabalho; b) O empregado não tem direito ao recebimento de adicional de periculosidade, porquanto não exerce labor perigoso; c) O empregado não faz jus a qualquer diferença pertinente a remuneração de férias, visto que as comissões não integram o seu cálculo. O recorrente interpôs recurso ordinário, que foi conhecido e improvido sob os mesmos fundamentos sentenciais. 2. DA TRANSCENDÊNCIA O recorrente passa a demonstrar a presença de transcendência jurídica para o processamento do presente Recurso de Revista, destacando, ab initio, que o rol esculpido nos incisos do § 1º do art. 896-A da CLT é meramente exemplificativo, não encerrando, portanto, numerus clausus (número fechado), como bem se observa do caput do referido § 1º: “São indicadores de transcendência, entre outros:” (sem grifos no original). A transcendência está para o Recurso de Revista assim como a repercussão geral está para o Recurso Extraordinário. Ela delimita, no âmbito deste C. TST, a sua competência recursal às questões constitucionais, legais e jurisprudenciais que possuam relevância social e/ou política e/ou econômica e/ou jurídica, que transcendam os interesses subjetivos da causa. A relevância, no presente caso, é jurídica – inciso IV do § 1º do art. 896-A da CLT. Conspícuos Ministros, a decisão guerreada violou o limite de 44h semanais de trabalho, limitação prevista em na Constituição Federal, espancando o inciso XIII do art. 7º da Lei Maior, ao negar provimento ao Recurso Ordinário do ora recorrente, proferindo julgamento inconstitucional. Nada mais relevante do que isso. Além disso, a decisão atacada violou o § 4º do art. 193 da CLT, ou seja, violou Lei Federal, negando provimento ao Recurso Ordinário do ora recorrente, proferindo decisão contra legem, ao ignorar o fato de o labor em motocicleta estar inserido no rol das atividades periculosas. Nada mais relevante do que isso. Se não bastasse, a decisão molestada ainda violou Lei Federal, especificamente o § 3º do art. 142 da CLT, e contrariou OJ da SDI-1, especificamente a 181, desafiando pacífica jurisprudência, gerando, com isso, insegurança jurídica que traduz relevância para o processamento do presente recurso, porquanto simplesmente ignorou a consagrada integração das comissões sobre a remuneração de férias. Nada mais relevante do que isso. Requer, pois, o conhecimento do recurso de revista. 3. RAZÕES DO RECURSO Ao indeferir o pedido de horas extras, o TRT violou literalmente o inciso XIII do art. 7º da CF, que limita em 44 horas a carga horária semanal. Ora, doutos ministros, a referida norma constitucional autoriza, mediante negociação coletiva, a redução da jornada. No caso, a norma coletiva é inválida, pois consagrou o aumento para 48 horas semanais. Clara e inconteste, por conseguinte, a violação literal de norma constitucional. Ao indeferir o pedido de pagamento de adicional de periculosidade, sob o pífio fundamento de que o recorrente não exercia labor perigoso, a decisão a quo violou o § 4º do art. 193 da CLT, norma que considera perigosa a atividade de trabalhador em motocicleta. O recorrente exercia as suas funções em motocicleta. Logo, inconteste a literal violação de lei federal. A decisão do TRT violou o § 3º do art. 142 da CLT quando indeferiu o pedido de pagamento de diferenças de férias, diante da integração das comissões na base de cálculo da remuneração daquela parcela, visto que a ditanorma consagra a repercussão das comissões sobre a remuneração de férias. Clara a violação de lei federal. A decisão a quo contrariou a OJ 181 da SDI-1, que respalda a integração das comissões na base de cálculo da remuneração de férias. Indiscutível a contrariedade à decisão uniforme da SDI. 4. DOS REQUERIMENTOS Diante do exposto, requer: A) O conhecimento e o provimento do presente Recurso de Revista, posto que preenchidos os pressupostos de admissibilidade, para que o v. acordão de fls. .... seja reformado em sua totalidade em razão da afronta aos artigos art. 7º, incisos XIII e XXIII, da CF/88, art. 457, § 1º, da CLT, e demais artigos citados na presente demanda; B) A notificação do recorrido, para se manifestar; C) O total provimento ao recurso para decretar-se: O pagamento das horas extras devidas O pagamento do adicional de periculosidade que o Recorrente faz jus, sob a porcentagem de 30% sobre o salário contratual, com fulcro no art. 193, § 4º, da CLT “A” inclusão do valor das comissões no cálculo de remuneração durante o período de férias, nos moldes do art. 142, da CLT. Devendo esses pedidos serem concedidos nos moldes elencados na petição inicial. Postula, por fim, o recorrente a inversão do ônus da sucumbência, para que seja ressarcido das custas. Pede deferimento. João Pessoa, 05 outubro de 2021 FULANO DE TAL OAB: XXX.XXX Em atendimento à IN 23 do TST, indica abaixo: - Procuração em que se encontra(m) o(s) nome(s) do(s) subscritor(es) do recurso; - Ata de audiência em que o causídico atuou, no caso de mandato tácito; - Depósito recursal e as custas, caso já satisfeitos na instância ordinária; - Documentos que comprovam a tempestividade do recurso (indicando o início e o termo do prazo, com referência aos documentos que o demonstram). ANEXOS: Certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou repositório em que foi publicado.
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