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Fisiologia Cardíaca ARTÉRIAS O sangue é ejetado do coração de maneira intermitente, em pulsos (ocorre ejeção durante a sístole, mas não durante a diástole). As artérias têm a função de uniformizar estes pulsos, permitindo que o sangue chegue de forma contínua aos capilares. Tem função de transportar sangue sob alta pressão para os tecidos. Por esse motivo, têm fortes paredes vasculares, e nelas o sangue flui em alta velocidade. • Artérias elásticas: estão próximas ao coração (aorta e pulmonares). Possuem elastina e colágeno em grande quantidade, o que permite que se distendam durante a sístole (complacência) e retornem à posição normal durante a diástole (elastância). Sua principal função é manter o fluxo de sangue durante a diástole (onde ocorre as trocas). • Artérias musculares (condutoras): contém espessa camada de músculo liso, suprido por fibras vasoconstritoras do simpático. São as principais responsáveis pela RPT, pois quanto maior a vasoconstrição, maior será a resistência ao fluxo sanguíneo. • Arteríolas: são artérias de pequeno calibre, com características e funções semelhantes às artérias musculares. Também são capazes de potente vasoconstrição, contribuindo para a RPT. O músculo liso circular das arteríolas forma anéis, os esfíncteres pré-capilares, que controlam o fluxo de sangue para os capilares. VEIAS Vasos altamente complacentes e funcionam como condutos para o transporte de sangue das vênulas de volta ao coração; além disso, atuam como reservatório de sangue, quando há um excesso de sangue na circulação, ou aumento da pressão arterial, as veias se dilatam, acomodando um volume maior de sangue. Em casos de diminuição da pressão arterial, as veias se contraem, fazendo com que o sangue armazenado retorne à circulação. Apresentam válvulas semilunares. As áreas de secção transversa das veias são muito maiores do que as das artérias. • Vênulas: possuem paredes delgadas, com músculo liso. Coletam o sangue dos capilares e, de forma gradual, coalescem, formando veias maiores. Promovem a absorção de líquido tecidual devido à baixa pressão em seu interior. Circulação venosa Os principais locais de armazenamento são o baço (até 100 ml de sangue), o fígado (centenas de ml), as grandes veias abdominais (até 300ml), os plexos venosos subcutâneos (centenas de ml), o coração (50 a 100ml) e os pulmões (100 a 200ml). Fatores que auxiliam no retorno venoso: • Bomba muscular: o músculo se contrai, exerce pressão sobre as veias, ejetando o sangue em direção ao coração. Mesmo com o indivíduo parado, em pé, ocorre contração reflexa dos músculos esqueléticos das pernas. • Válvulas: as veias possuem finas válvulas bicúspides que melhoram a eficiência da bomba muscular, direcionam o fluxo de sangue para o coração. • Coração venoso plantar: rede de capilares na planta do pé que ao serem pressionados ejetam sangue em direção ao coração. • Bomba respiratória: durante a inspiração, a pressão no tórax torna-se negativa. Isto faz com que o sangue contido nas grandes veias abdominais se desloque em direção ao coração. • Coração: auxilia o retorno venoso de duas maneiras: 1. Durante a sístole: o sangue é impulsionado para as artérias, consequentemente o sangue que estava nas artérias é deslocado para os capilares, o sangue dos capilares vai para as veias e então para o coração. Processo chamado de “vis a tergo” (força que vem de trás). 2. Durante a diástole: a pressão do átrio direito, próxima do zero, faz com que o sangue contido nas veias seja deslocado em direção ao coração. Processo chamado de “vis a fronte” (força que vem da frente”) CAPILARES Possuem paredes finas, com uma camada única de células endoteliais e lâmina basal. É o local de troca de substâncias entre o sangue e os tecidos. Únicos vasos que não são inervados pelo sistema simpático. VARIZES Represamento de sangue que faz com que a veia dilate e a válvula semilunar se torne insuficiente. ATENOCLEROSE Colesterol (LDL) se acumula abaixo da túnica intima. Ocorre a redução da luz do vaso. Geralmente a aterosclerose está associada a arteriosclerose. Arteriosclerose= enrijecimento da parede arterial. Predisposição a hipertensão. Maior atrito de sangue sobre a túnica intima (pode romper). PRESSÃO ARTERIAL Resultante da resistência ao fluxo sanguíneo nos vasos periféricos em função da: • Extensão dos vasos • Elasticidade dos vasos • Diâmetro dos vasos • Viscosidade do sangue • Volume ejetado (sistólico) O que torna o sangue muito viscoso é o grande número de eritrócitos em suspensão. PA = DC + RPT (resistência periférica total) Pressão arterial sistólica= é a pressão arterial do sangue durante o período de ejeção: 120 mmHg. Pressão arterial diastólica= é a pressão arterial do sangue durante o período de não ejeção: 80 mmHg. Pressão arterial média PAM= P. Diast. + ⅓ (P. Sist. – P. Diast.) ou PAM= P. Diast. + ⅓ (Pressão de Pulso) PAM é mais próxima da diastólica que a sistólica, pois a diástole dura o dobro de tempo que a sístole. A pressão arterial aumentada distende os vasos elásticos, diminuindo a resistência vascular. Quando a pressão cai abaixo do nível crítico, denominado pressão crítica de fechamento, o fluxo cessa à medida que os vasos sanguíneos colapsam por completo. Anemia= P.A. • Viscosidade reduzida do sangue, resultante da concentração diminuída dos eritrócitos. • Distribuição diminuída de oxigênio aos tecidos, o gomo carotídeo manda um sinal para a área sensorial que comunica a área vasodilatadora, que causa vasodilatação local. Causa aumento do débito cardíaco e sobrecarga do bombeamento. Policitemia- maior quantidade de glóbulos vermelhos (devido excesso na produção de hemácias) = P.A. Hipotensão: mais problemática; força propulsora é incapaz de superar a oposição gerada pela gravidade. O fluxo sanguíneo e oferta de 02 são prejudicados. Vasodilatador. Hipertensão: é crônica, áreas enfraquecidas podem sofrer rupturas e ocorrer sangramento. Vasoconstritor. Choque anafilático= A anafilaxia é a condição alérgica na qual o débito cardíaco e a pressão arterial diminuem drasticamente. Resulta da reação antígeno-anticorpo que ocorre após um antígeno, a que a pessoa é sensível, entrar na circulação. Faz com que os basófilos no sangue e os mastócitos nos tecidos pericapilares liberem histamina ou substância semelhante à histamina. Que causa: 1. aumento da capacidade vascular devido à dilatação venosa, causando diminuição do retorno venoso; 2. dilatação das arteríolas, resultando em grande redução da pressão arterial; 3. grande aumento da permeabilidade capilar, com rápida perda de líquido e de proteína para os espaços teciduais. Em insuficiências cardíacas de qualquer natureza, o débito cardíaco e, por consequência, a pressão arterial, tendem a ser menores. PRESSÃO DE PULSO PS - PD = Pressão de Pulso Quanto maior a diferença entre essas duas pressões (sistólica e diastólica) maior é a pressão de pulso. CIRCULAÇÃO Divide-se em circulação sistêmica e circulação pulmonar. Tem a função de suprir as necessidades dos tecidos corporais. A intensidade do fluxo sanguíneo que passa por muitos tecidos é controlada, sobretudo, em resposta às suas necessidades de nutrientes. Nos rins, por exemplo, a circulação serve para outras funções. O fluxo sanguíneo para os rins está muito além de suas necessidades metabólicas e está relacionado à sua função excretora, demandando que grande volume de sangue seja filtrado a cada minuto. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA Promove o fluxo sanguíneo para todos os tecidos corporais, exceto para os pulmões. É chamada de grande circulação ou circulação periférica. PRESSÕES NAS DIVERSAS PARTES DA CIRCULAÇÃO Pressão média na aorta= 100 mmHg.Pressão média nas veias cavas= 0 mmHg. A pressão nos capilares sistêmicos varia entre 35 mmHg, próximos à extremidade arteriolar, e valores chegando a 10 mmHg, próximos à extremidade venosa, mas a pressão “funcional” média na maioria dos leitos vasculares em torno de 17 mmHg. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FUNÇÃO CIRCULATÓRIA 1. O fluxo sanguíneo na maioria dos tecidos é controlado segundo a necessidade dos tecidos. Os microvasos monitoram as necessidades teciduais, tais como a disponibilidade de oxigênio e de outros nutrientes e o acúmulo de dióxido de carbono e outros produtos do metabolismo. Agem sobre os vasos sanguíneos locais, dilatando-os ou contraindo-os para controlar o fluxo sanguíneo local. Além disso, o controle neural da circulação pelo sistema nervoso central e os hormônios também atuam na regulação do fluxo sanguíneo tecidual. 2. O débito cardíaco é a soma de todos os fluxos locais dos tecidos. 3. A regulação da pressão arterial é geralmente independente do fluxo sanguíneo local ou do débito cardíaco. O sistema circulatório tem sistema de controle da pressão sanguínea arterial. Os sinais nervosos agem especialmente aumentando a força do bombeamento cardíaco; causando constrição dos grandes reservatórios venosos (para levar mais sangue para o coração); e ocasionando constrição generalizada das arteríolas em muitos tecidos, (maior quantidade de sangue nas grandes artérias, aumentando a pressão arterial). FLUXO SANGUÍNEO É a quantidade de sangue que passa por determinado ponto da circulação durante certo intervalo de tempo. O fluxo sanguíneo total na circulação de adulto em repouso é de cerca de 5.000 mL/min. Isso é referido como débito cardíaco, por ser a quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta, a cada minuto. É diretamente proporcional à quarta potência do raio do vaso. Quanto maior a viscosidade, menor é o fluxo pelo vaso. O fluxo sanguíneo consegue manter uma constância devido os mecanismos autorregulatórios, pois superam a maior parte dos efeitos vasoconstritores. Portanto, as variações do fluxo sanguíneo raramente perduram por muito tempo mesmo quando elevações da pressão arterial ou níveis aumentados de vasoconstritores são mantidos. As variações do fluxo sanguíneo podem ser causadas por hormônios vasoconstritores, tais como norepinefrina, angiotensina II, vasopressina ou endotelina. FLUXO LAMINAR DO SANGUE NOS VASOS Ocorre quando o sangue flui de forma estável por vaso sanguíneo longo e uniforme, ele se organiza em linhas de corrente. FLUXO SANGUÍNEO TURBULENTO Ocorre quando a intensidade do fluxo sanguíneo é muito elevada, ou quando o sangue passa por obstrução no vaso. A resistência ao fluxo de sangue é muito maior que no fluxo laminar por provocar grande aumento do atrito total do fluxo no vaso. A tendência à ocorrência de fluxo turbulento é de modo direto proporcional à velocidade do fluxo sanguíneo, ao diâmetro do vaso e à densidade do sangue, e inversamente proporcional à viscosidade do sangue. Mais recorrente nas porções proximais da aorta e da artéria pulmonar devido à alta velocidade de fluxo sanguíneo; a natureza pulsátil do fluxo; a alteração súbita do diâmetro do vaso; e a grande diâmetro. RESISTÊNCIA AO FLUXO SANGUÍNEO É o impedimento ao fluxo sanguíneo pelo vaso. Vasos sanguíneos fortemente contraídos= RPT. Vasos muito dilatados= RPT. É igual à soma das resistências dos vasos. O aumento da resistência de qualquer um dos vasos aumenta a resistência vascular total. A amputação de membro ou a remoção cirúrgica de um rim também remove um circuito paralelo e reduz a condutância vascular e o fluxo sanguíneo total, enquanto aumentam a resistência vascular periférica total. PRESSÃO SANGUÍNEA Representa a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da parede vascular. CONDUTÂNCIA É a medida do fluxo sanguíneo por um vaso sob dada diferença de pressão. Variações do diâmetro do vaso provocam alterações em sua capacidade de conduzir sangue quando o fluxo sanguíneo é laminar. O sangue mais próximo à parede vascular flui em velocidade baixa, enquanto o sangue no meio do vaso flui mais rapidamente. EFEITOS DA PRESSÃO SOBRE O FLUXO SANGUÍNEO São atenuados pela ação da autorregulação, capacidade de cada tecido de ajustar sua resistência vascular e de manter o fluxo sanguíneo normal durante alterações na pressão arterial entre cerca de 70 e 175 mmHg. SISTEMA NERVOSO SÍMPATICO Secreção de adrenalina e noradrenalina, aumenta a frequência e a força de contração. O que causa o aumento do débito cardíaco. Auto poder de vasoconstrição, o que reduz a luz do vaso e aumenta a resistência ao fluxo. Aumento da pressão arterial. A inibição da atividade simpática provoca grandes dilatações nos vasos, podendo aumentar o fluxo sanguíneo. Inibição do parassimpático faz com que o simpático se sobreponha. Inervação simpática dos vasos sanguíneos: • Esfíncteres pré-capilares e metarteríolas= são inervados nos vasos sanguíneos mesentéricos, embora sua inervação simpática não seja em geral tão densa como nas pequenas artérias, arteríolas e veias. • Vasos maiores (veias)= torna possível para a estimulação simpática diminuir seu volume. Essa diminuição do volume pode impulsionar o sangue para o coração e, assim, ter um papel importante na regulação do bombeamento cardíaco. A área vasoconstritora do centro vasomotor transmite continuamente sinais para as fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas. Esses impulsos normalmente mantêm o estado parcial de contração dos vasos sanguíneos, chamado tônus vasomotor. A norepinefrina é a principal substância hormonal vasoconstritora secretada pelas terminações das fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas. Age diretamente sobre os receptores alfa-adrenérgicos da musculatura vascular lisa, ocasionando vasoconstrição. Os impulsos simpáticos são transmitidos para os vasos sanguíneos e para as medulas adrenais, provocando a secreção tanto de epinefrina quanto de norepinefrina no sangue circulante. Esses dois hormônios são transportados pela corrente sanguínea para todas as partes do corpo, onde agem de modo direto sobre todos os vasos sanguíneos, causando geralmente vasoconstrição. Em alguns tecidos, a epinefrina provoca vasodilatação, já que ela também tem um efeito estimulador “beta ”- adrenérgico que dilata os vasos, em vez de contraí-los. SISTEMA NERVOSO PARASSÍMPATICO Vasos sanguíneos, praticamente, não recebem inervação parassimpática, não tendo muita influência sobre a fisiologia vascular. Tende a levar uma hipotensão. Efeito circulatório: controle da frequência cardíaca pelas fibras nervosas parassimpáticas para o coração nos nervos vagos. Essa estimulação provoca uma diminuição da frequência cardíaca e redução da contratilidade do músculo cardíaco, o que reduz o D.C. Inibição do simpático faz com que o simpático se sobreponha. MECANISMOS DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL • Mecanismos intrínsecos da circulação (passivo) • Mecanismo rins - líquidos corporais (passivo) • Mecanismos neurais. Instantâneo, efeito curto. (ativo) • Mecanismos hormonais. Deflagrado pelos rins, efeito prolongado. (ativo) MECANISMO NEURAL O controle da pressão arterial é feito através do centro vasomotor. Possui 3 grupos de neurônios (áreas). CENTRO VASOMOTOR A área bilateral situada no bulbo. Aumentar ou reduz a atividade cardíaca. 1. Área vasoconstritora= seus neurônios se distribuem suas fibras por todos os níveis da medula espinal, onde excitam os neurônios vasoconstritores. Atua através de nervos eferentes do simpático, possuindo um tônus contínuo básico de estimulação (constante estimulação basal para a manutenção do tônus vascular e para a atividade cardíaca). Causa aumentodo DC e da RPT, aumentando a PA. 2. Área vasodilatadora= suas fibras inibem a atividade vasoconstritora, causando, assim, vasodilatação. Além de estimular os nervos, por onde trafegam fibras eferentes do parassimpático. Diminuição da frequência cardíaca e da força da contração cardíaca. 3. Área sensorial= os neurônios dessa área recebem sinais nervosos sensoriais do sistema circulatório, dos nervos vago e glossofaríngeo, e seus sinais ajudam a controlar as atividades das áreas vasoconstritora e vasodilatadora do centro vasomotor, realizando assim o controle “reflexo” de muitas funções circulatórias, como o reflexo barorreceptor para o controle da pressão arterial. O centro vasomotor controla a constrição vascular e regula a atividade cardíaca. Transmitem impulsos excitatórios por meio das fibras nervosas simpáticas para o coração, quando há necessidade de elevar a frequência cardíaca e a contratilidade. Quando é necessário reduzir o bombeamento cardíaco envia sinais para os núcleos dorsais dos nervos vagos adjacentes, que, então, transmitem impulsos parassimpáticos pelos nervos vagos para o coração, diminuindo a frequência cardíaca e a contratilidade. A frequência e a força da contração cardíaca elevam quando ocorre vasoconstrição e diminuem quando esta é inibida. SISTEMA NERVOSO NO CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL O sistema nervoso tem a capacidade de causar aumentos rápidos da pressão arterial. Ocorrem assim alterações que ajudam a elevar a pressão arterial: 1. A grande maioria das arteríolas da circulação sistêmica se contrai, o que aumenta muito a RPT. 2. As veias, em especial, se contraem fortemente, deslocando sangue em direção ao coração, aumentando o volume nas câmaras cardíacas. O estiramento do coração então aumenta intensamente a força dos batimentos, bombeando maior quantidade de sangue. 3. O próprio coração é diretamente estimulado pelo sistema nervoso autônomo, aumentando ainda mais o bombeamento cardíaco. Grande parte desse aumento é provocada pela elevação da frequência cardíaca. Além disso, sinais nervosos simpáticos exercem efeito direto importante, elevando a força contrátil do músculo cardíaco, o que aumenta a capacidade do coração de bombear maiores volumes de sangue. o controle nervoso é o mecanismo mais rápido de regulação da pressão arterial. REFLEXOS BARORRECEPTORES São desencadeados por receptores de estiramento, os barorreceptores, localizados em pontos específicos das paredes de grandes artérias sistêmicas, abundantes nas artérias carótidas internas (no seio carotídeo); e no arco aórtico. Com o aumento da pressão arterial os barorreceptores transmitem sinais para a área sensorial do centro vasomotor. Sinais de feedback são enviados de volta pelo sistema nervoso autônomo para a circulação, reduzindo a pressão arterial até seu nível normal, devido a inibição da área vasoconstritora e ativação da área vasodilatadora. Altas pressões nas artérias provocam a diminuição reflexa da pressão arterial devido à redução da resistência periférica e do débito cardíaco. Com a diminuição da pressão arterial, os barorreceptores interrompem o envio de estímulos para a área sensorial do centro vasomotor, revertendo a estimulação da área vasodilatadora e a inibição da área vasoconstritora. Baixas pressões provocam a elevação reflexa da pressão de volta ao normal. Sinais dos barorreceptores carotídeos (estimulados por pressões acima de 60mmHg): Nervos de Hering nervos glossofaríngeos núcleo do trato solitário do bulbo. Sinais dos barorreceptores aórticos (estimulados por pressões acerca de 30mmHg mais elevados que barorreceptores carotídeos): Nervos vagos núcleo do trato solitário do bulbo. Têm pouca importância a longo prazo visto que se adaptam a pressão alterada. Oscilação do reflexo barorreceptor: • A alta pressão excita os barorreceptores; isso inibe o sistema nervoso simpático e reduz a pressão. • A diminuição da pressão reduz a estimulação de barorreceptores e permite que o centro vasomotor fique de novo ativo, elevando a pressão. Essa pressão elevada inicia outro ciclo, e a oscilação se mantém. REFLEXOS QUIMIORRECEPTORES CAROTÍDEOS E AÓRTICOS Cada corpo carotídeo ou aórtico recebe abundante fluxo sanguíneo, assim, os quimiorreceptores estão sempre em íntimo contato com o sangue arterial. Quando a pressão arterial cai abaixo do nível crítico, os quimiorreceptores são estimulados, porque a redução do fluxo sanguíneo provoca a redução dos níveis de oxigênio e o acúmulo de dióxido de carbono e de íons hidrogênio que não são removidos pela circulação. Os sinais transmitidos pelos quimiorreceptores excitam o centro vasomotor, e essa resposta eleva a pressão arterial de volta ao normal. Esse reflexo, em geral, oscila ao mesmo tempo que o reflexo barorreceptor. Desempenha o papel principal na geração das ondas vasomotoras, quando a pressão arterial está abaixo de 80 mmHg, porque nesses baixos valores o controle da circulação pelos quimiorreceptores circulatórios torna-se potente, enquanto o controle pelos barorreceptores está mais fraco. REFLEXOS ATRIAIS O estiramento dos átrios também provoca dilatação reflexa significativa das arteríolas aferentes renais. Sinais são também transmitidos simultaneamente dos átrios para o hipotálamo, para diminuir a secreção de hormônio antidiurético (ADH). A resistência arteriolar aferente diminuída nos rins provoca a elevação da pressão capilar glomerular, com o resultante aumento da filtração de líquido pelos túbulos renais. A diminuição do ADH reduz a absorção de água dos túbulos. A combinação desses dois efeitos, aumento da filtração glomerular e diminuição da reabsorção de líquido, aumenta a perda de líquido pelos rins e reduz o volume sanguíneo aumentado de volta aos valores normais. Todos esses mecanismos que tendem a normalizar o volume sanguíneo, após sobrecarga, atuam indiretamente como controladores de pressão, bem como do volume, porque o excesso do volume aumenta o débito cardíaco e provoca elevação da pressão arterial. O aumento da pressão atrial provoca também aumento da frequência cardíaca. Pequena parte desse aumento é causada pelo efeito do aumento do volume atrial que estira o nódulo sinusal. Aumento adicional por 40% a 60% da frequência é causado por reflexo nervoso, de Bainbridge. Os receptores de estiramento dos átrios que desencadeiam o reflexo de Bainbridge transmitem seus sinais aferentes por meio dos nervos vagos para o bulbo. Em seguida, os sinais eferentes são transmitidos de volta pelos nervos vagos e simpáticos, aumentando a frequência cardíaca e a força de contração. Assim, esse reflexo ajuda a impedir o acúmulo de sangue nas veias, nos átrios e na circulação pulmonar. RESPOSTA ISQUÊMICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL A resposta isquêmica do SNC atua, na maioria das vezes, como sistema de emergência de controle da pressão que age muito rápida e intensamente para impedir maior diminuição da pressão arterial, quando o fluxo sanguíneo cerebral diminui até valor muito próximo do nível letal. MECANISMO RIM-LÍQUIDOS CORPORAIS Mecanismo de controle a longo prazo da pressão arterial. Age quando volume sanguíneo aumenta e a capacitância vascular não é alterada, a pressão arterial se elevará também. Essa elevação faz com que os rins excretem o volume excessivo, normalizando, assim, a pressão. Diurese de pressão= aumento do débito renal de água devido o aumento da pressão arterial. Natriurese de pressão= aumento da eliminação de sal devido ao aumento da pressão arterial. Determinantes principais do nível da pressão arterial a longo prazo: 1. Grau de desvio da pressão na curva do débito renal de água e de sal. 2. Nível de ingestão de água e de sal.Com a pressão arterial aumentada há um aumento no fluxo sanguíneo renal. Diminui a atividade do sistema nervoso simpático e de vários hormônios, tais como angiotensina II e aldosterona, que tendem a reduzir a excreção renal de sal e de água. A atividade reduzida desses sistemas antinatriuréticos amplifica a eficácia da natriurese e da diurese de pressão no aumento da excreção de sal e água. Isso promove uma diminuição do volume do LEC e do volume sanguíneo, diminuição da RPT, do DC e da PA. Quando a pressão arterial é reduzida, o sistema nervoso simpático é ativado, e a formação de hormônios antinatriuréticos é aumentada, o fluxo sanguíneo para o rim é diminuído, havendo menor filtração e menor eliminação de líquidos (diurese). Se o líquido não é eliminado, há um aumento no volume sanguíneo, no retorno venoso, no DC e na PA. Essa combinação de efeitos diretos da pressão nos rins e efeitos indiretos da pressão no sistema nervoso simpático, e em vários sistemas hormonais, tornam a natriurese e a diurese da pressão extremamente potentes no controle de longa duração da pressão arterial e do volume dos líquidos corporais. INCAPACIDADE DA RPT AUMENTADA DE ELEVAR A PRESSÃO ARTERIAL A LONGO PRAZO A resistência periférica total a longo prazo está muito menor ou muito maior que a normal, mas a excreção renal de sal e de água está normal, mantendo a pressão arterial em equilíbrio. Muitas vezes, quando a resistência periférica total aumenta, ela também aumenta a resistência vascular intrarrenal ao mesmo tempo, o que altera a função dos rins, podendo causar hipertensão por deslocar a curva de função renal para nível mais alto de pressão. AUMENTO DO VOLUME DE LÍQUIDO A elevação da pressão arterial, aumenta a excreção real de sal e água e pode fazer voltar para quase normal o volume do líquido extracelular, se a função renal estiver normal. Há dois modos pelos quais o aumento no débito cardíaco pode elevar a pressão arterial: 1. Efeito direto do débito cardíaco sobre a pressão; 2. Efeito indireto que eleva a resistência vascular periférica total, por meio da autorregulação do fluxo sanguíneo. IMPORTÂNCIA DO NaCl PARA O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL O aumento da ingestão de sal eleva a pressão arterial muito mais que a elevação da ingestão de água O acúmulo de sal no corpo também eleva, de modo indireto, o volume de líquido extracelular por dois motivos: 1. Quando ocorre excesso de sal no líquido extracelular, a osmolalidade do líquido aumenta, o que estimula o centro da sede no encéfalo, fazendo com que a pessoa beba quantidade maior de água para normalizar a concentração extracelular de sal. 2. O aumento da osmolalidade, causado pelo sal em excesso no líquido extracelular, estimula também o mecanismo secretor do hipotálamo-hipófise posterior, que passa a liberar maior quantidade de hormônio antidiurético, que faz com que os rins reabsorvam quantidade muito aumentada de água pelos túbulos renais, reduzindo o volume excretado de urina e elevando o volume do líquido extracelular. Como apenas pequenos aumentos do volume do LEC e do sangue podem, com frequência, elevar muito a pressão arterial, se a capacidade vascular não aumentar ao mesmo tempo, o acúmulo extra de pequena quantidade de sal no corpo pode acarretar elevação considerável da pressão arterial. Alta ingestão e alta concentração de sal a longo prazo, pode causar perda de néfrons funcionais devido à lesão renal ou formação excessiva de hormônios antinatriuréticos, tais como angiotensina II ou aldosterona. HIPERTENSÃO CRÔNICA Pressão arterial média é maior que o limite superior da medida aceita como normal. Efeitos letais da hipertensão ocorrem por três modos principais: 1. O trabalho cardíaco excessivo leva à insuficiência cardíaca e à doença coronariana precoces, frequentemente causando a morte por ataque cardíaco. 2. Lesão do vaso sanguíneo cerebral importante, ocasionando a morte de grandes partes do cérebro, um infarto cerebral- AVC. 3. Lesão nos rins, produzindo muitas áreas de destruição renal e, por fim, insuficiência renal, uremia e morte. Hipertensão por sobrecarga de volume= é causada pelo acúmulo de líquido extracelular no corpo. 2 Estágios sequenciais: 1. resulta do aumento do volume de líquido, causando elevação do débito cardíaco. Essa elevação medeia a hipertensão. 2. caracterizado pela alta pressão arterial e alta resistência periférica total, com retorno do débito cardíaco para níveis tão próximos do normal que as técnicas habituais de medida com frequência não conseguem detectar qualquer elevação de seu valor. Outro tipo de hipertensão, por sobrecarga de volume, é causado por excesso de aldosterona ou ocasionalmente por excesso de outros tipos de esteroides. A aldosterona aumenta a intensidade da reabsorção de sal e de água, reduzindo a eliminação dessas substâncias na urina e aumentando o volume do sangue e do LEC. MECANISMOS HORMONAIS Sistema renina-angiotensina-aldosterona, vasopressina/ADH e peptídeo natriurético. SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA A diminuição do fluxo sanguíneo do rim, ocasionada devido a diminuição da PA, estimula a secreção de renina pelo rim. A renina é um hormônio que promove a conversão do angiotensiogênio (proteína plasmática) em angiotensina I. A angiotensina I vai para os pulmões, onde é convertida em angiotensina II, pela ação de uma enzima presente no tecido pulmonar (ECA). A angiotensina II promove 2 efeitos principais: 1. Vasoconstrição= promove o aumento da RPT, e consequente aumento da PA. 2. Estimulo para a secreção de aldosterona= a angiotensina estimula a glândula adrenal (córtex) a secretar aldosterona, a qual promove o aumento na reabsorção renal de sódio e água, o que promove um aumento do volume do LEC e aumento do volume sanguíneo. Se há aumento do volume sanguíneo, há aumento do retorno venoso, aumento do débito cardíaco e consequente aumento da PA. VASOPRESSINA/ADH A diminuição da PA provoca a diminuição do volume do LEC. O que promove uma desidratação dos vasorreceptores presentes no hipotálamo. Os osmorreceptores enviam sinais para a secreção do hormônio antidiurético (ADH) pela neurohipofise. O ADH promove 2 efeitos: 1. Vasoconstrição= causa o aumento da RPT e consequentemente da PA. 2. Aumento da reabsorção renal de água= causa aumento do volume, aumento do retorno venoso, do DC e da PA. Além do efeito adicional da sede: quando os osmorreceptores são estimulados, eles também enviam sinais para o centro da sede, estimulando a ingestão de água. O que causa aumento do volume sanguíneo e do LEC. Néfrons- excreção, secreção (ureia e creatinina) e reabsorção. Aparelho justaglomerular- secreção de renina (correte sanguínea). Angiotensiogênio (fígado) Angiotensina II (vasoconstrição, hipotálamo- sede- água, sufronrrena- aldosterona. 1. Aumento da PA 2. Maior volume de sangue- PA 3. Pega o K+ da corrente sanguínea e coloca nos túbulos, Na+ para o sangue Aldomet- inibe secreção de aldosterona (medicamento para a hipertensão). Durante elevações prolongadas na pressão arterial, os reflexos barorreceptores podem mediar diminuições da atividade nervosa simpática renal que promove a excreção aumentada de sódio e água, o que, por sua vez, causa diminuição gradual do volume sanguíneo e ajuda a restaurar a pressão ao normal. PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL (PNA) O PNA é um hormônio produzido pelos átrios liberado em resposta ao estiramento sempre que há um aumento na PA. Promove o aumento da nadrilerese (eliminação de sódio na urina), ocorrendo uma diminuição do volume do LEC e do volume sanguíneo devido a eliminação de água, juntamente com o sódio, reduzindo RPT, o DC e a PA. MECANISMOS INTRÍNSECOS Relaxamento por estresse; e desvio de líquidocapilar. RELAXAMENTO POR ESTRESSE A elevação da PA faz com que as paredes das veias relaxem para acomodar um volume extra de sangue. Ocasiona uma diminuição da RPT e do DC, e consequente diminuição da PA. A diminuição da PA faz com que as veias se contraem, levando o sangue a retornar à circulação, o que aumenta o DC e eleva a PA. DESVIO DE LÍQUIDO CAPILAR Com o aumento da PA ocorre o extravasamento de líquidos nos capilares, diminuindo o retorno venoso, o DC e a PA. Com a diminuição da PA, o líquido tecidual é reabsorvido pelos capilares, com isso há um aumento do retorno venoso e do DC, aumentando a PA. Hemorragia= aumenta o DC e a FC, aumentando o volume de sangue perdido. O organismo faz isso para que consiga continuar irrigando o cérebro e os tecidos perfundindo para que não falte nutrientes e ocasione a morte de partes do organismo.
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