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Aula 03 - Introdução à Análise Fitoquímica

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Introdução à Análise 
Fitoquímica
PROF. DR. ANTONY BARBOSA
Obtenção do 
material vegetal:
• Nativas
• Exóticas
• Ruderais
• Importadas
Identificação 
taxonômica
Desidratação
Trituração em 
moinhos
Preparação de 
extratos
Fracionamento; 
purificação; 
isolamento
Testes in vitro
Fases pré-clínicas 
e clínicas
Introdução à Análise Fitoquímica
Fitoquímica→ estudo dos componentes químicos das plantas
Objetivo do estudo fitoquímico:
◦ Verificar a presença de grupos de metabólitos secundários
◦ Caracterizar os constituintes químicos
Introdução à Análise Fitoquímica
Obtenção do material vegetal:
◦ Verificação da autenticidade do material vegetal
◦ Ensaios macroscópicos
◦ Ensaios microscópicos
Preparação da amostra para análise
◦ Material fresco ou seco
Introdução à Análise Fitoquímica
Preparações extrativas
◦ Diversas técnicas estão disponíveis para a obtenção de extratos
◦ Tecidos de plantas terrestres
◦ Organismos marinhos
◦ Fermentação de microrganismos
Introdução à Análise Fitoquímica
Preparações extrativas
◦ A extração é a base para a obtenção dos produtos naturais
◦ A utilização dos processos adequados é fundamental para a maximização do rendimento
Qual o objetivo da extração? Qual o 
produto de partida? Qual o produto final?
Introdução à Análise Fitoquímica
Redução da granulometria
◦ Facilitar a manipulação
◦ Facilitar o armazenamento
◦ Realizar processo extrativos
Introdução à Análise Fitoquímica
Processos extrativos
◦ Extração: retirar, de forma seletiva, as substâncias ou fração ativa contida na
droga vegetal
◦ Varia conforme eficiência requerida, estabilidade das substâncias de interesse, disponibilidade de
equipamentos e reagentes, custo do processo, finalidade
Introdução à Análise Fitoquímica
Extrações
◦ Líquido-líquido
◦ Sólido-líquido
Introdução à Análise Fitoquímica
Extração a frio
◦ Não utilizam calor
◦ Maceração
◦ Recipiente fechado por período prolongado, sem renovação do solvente, com agitação ocasional
Introdução à Análise Fitoquímica
Extração a frio
◦ Percolação
◦ Passagem contínua do líquido extrator
Introdução à Análise Fitoquímica
Extração a frio
◦ Turbo-extração ou turbolização
◦ Extração concomitante com redução do tamanho de partículas da matéria-prima
Introdução à Análise Fitoquímica
Extração a quente (sistemas abertos)
◦ Utilização do calor
◦ Infusão
◦ Contato direto do material vegetal com água fervente em recipiente fechado
Introdução à Análise Fitoquímica
Extração a quente (sistemas abertos)
◦ Utilização do calor
◦ Decocção
◦ Contato direto do material vegetal com líquido extrator em ebulição
Introdução à Análise Fitoquímica
Extração a quente (sistemas fechados)
◦ Extração sob refluxo
◦ Líquido extrator e material no mesmo recipiente, acoplado a condensador
Introdução à Análise Fitoquímica
Extração a quente (sistemas fechados)
◦ Soxhlet
◦ Líquido extrator e material em recipientes diferentes, acoplado a condensador
Extrações descontínuas Temperatura Tempo Solventes
Maceração T ambiente Horas-dias
Águas, misturas 
hidroalcoólicas, glicerina
Digestão T > ambiente Horas-dias
Águas, misturas 
hidroalcoólicas, glicerina
Infusão T próximo à ebulição
1-2 minutos
30 minutos
Água
Decocção T de ebulição 15-30 minutos Água
Extrações contínuas Temperatura Tempo Solventes
Percolação T ambiente Variável Variados
Soxhlet T de ebulição Variável Solventes orgânicos
Introdução à Análise Fitoquímica
Outros tipos de extração
◦ Microondas
◦ Utiliza a temperatura como suporte
◦ Solventes variáveis
Introdução à Análise Fitoquímica
Outros tipos de extração
◦ Ultrassom
◦ Uso de correntes de alta frequência que promovem a fragmentação de estruturas e membranas
celulares
Introdução à Análise Fitoquímica
Fatores que influenciam a extração
◦ Parte da planta
◦ Superfície de contato da matéria-prima
◦ Agitação e temperatura
◦ Tempo
◦ Solvente
◦ Tipo
◦ Saturação
Solvente
Tipo de substância preferencialmente 
extraída
Éter de petróleo, hexano Lipídeos, ceras, pigmentos, 
furanocumarinas
Tolueno, diclorometano, clorofórmio Bases livres de alcaloides, antraquinonas 
livres, óleos voláteis, glicosídeos 
cardiotônicos
Acetato de etila, n-butanol Flavonoides, cumarinas simples
Etanol, metanol Heterosídeos em geral
Misturas hidroalcoólicas, água Saponinas, taninos
Água acidificada Alcalóides
Água alcalinizada Saponinas
Material vegetal 
pulverizado
TortaÓleos
Gorduras
Esteróis
Pigmentos
Solvente um pouco mais polar
(clorofórmio, diclorometano, acetato de 
etila, éter etílico)
Agliconas livres pouco
polares)
ExtratoTorta
Solvente de polaridade maior 
(acetona, metanol, água)
Torta
Extrato Agliconas poli-hidroxiladasÁgua aquecida
Extrato Heterosídeos mais polares
Solvente apolar (hexano)
Extrato apolar
Fracionamento, isolamento e purificação 
de metabólitos
Fracionamento
◦ Isolamento e identificação de metabólitos
◦ Obtenção de frações enriquecidas
◦ Redução do teor de compostos tóxicos
Droga vegetal + 
líquido extrator
Filtrar/eliminar 
líquido extrator
Ressuspender
em água ou 
mistura 
hidroalcoólica
Partição com 
solventes de 
polaridade 
crescentes
Frações 
orgânicas
Fração residual 
aquosa
O fracionamento pode ser guiado
por uma investigação farmacológica
in vitro ou in vivo.
Fracionamento, isolamento e purificação 
de metabólitos
Após o fracionamento, o isolamento de compostos ou
enriquecimento de frações, ocorre com a utilização de técnicas
cromatográficas
◦ Base para a caracterização de dos constituintes em matrizes complexas
◦ Planar ou em coluna
◦ Preparativo ou analítico
Fracionamento, isolamento e purificação 
de metabólitos
Cromatografia
◦ “Método de separação baseado na separação diferencial de solutos através
de um sistema de duas fases , um dos quais é móvel” NOVAK e JANAK, 1975
Fracionamento, isolamento e purificação 
de metabólitos
Cromatografia
◦ “Processo de separação no qual uma mistura é distribuída entre duas fases no
leito cromatográfico (coluna ou plano), sendo uma delas estacionária e outra
móvel. A fase estacionária tanto pode ser um sólido, na forma de um material
poroso, de partículas pequenas, ou um filme revestindo um suporte sólido ou
parede da coluna. A fase móvel pode ser um gás ou um líquido.” MEYER, 1994
Fracionamento, isolamento e purificação 
de metabólitos
Tipos de cromatografia
◦ Cromatografia em papel
◦ Cromatografia em camada delgada
◦ Cromatografia em coluna
◦ Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE ou HPLC)→ UPLC
◦ Cromatografia gasosa
Fracionamento, isolamento e purificação 
de metabólitos
Cromatografia líquida de alta eficiência
Cromatografia
Durante o desenvolvimento de um cromatograma, as condições
experimentais devem ser ajustadas
◦ Fase estacionária
◦ Sistema de eluição
◦ Reagentes de derivatização
◦ Técnicas de detecteção
Referência Bibliográficas
SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; MELLO, J. C. P. DE; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia-da produto natural ao
medicamento. 1.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P. DE; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia-da planta ao
medicamento. 6.ed. Florianópolis: UFSC; Porto Alegre: UFRGS, 2010.
NEWMAN, D. J.; CRAGG, G. M. 2016. Natural Products as Sources of New Drugs from 1981 to 2014. J Nat Prod. 79: 629–61.
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