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RESPOSTA ENDÓCRINA METABÓLICA IMUNOLÓGICA AO TRAUMA – REMIT RESPOSTA METABÓLICA Resposta adaptativa para restabelecer a homeostase após estresse (trauma, cirurgia, jejum prolongado ou patologia). Objetivos: manter fluxo sanguíneo, aumentar aporte de nutrientes para cicatrização, reestabelecer o equilíbrio endógeno. Quando essa resposta é exagerada e maléfica – disfunção de múltiplos órgãos por conta de estímulos intensos. COMPOSIÇÃO CORPORAL Mobilização de nutrientes: Lipídio – lipólise (kcal) → ácido graxo (fonte de energia) ou glicerol (gliconeogênese). Proteína – proteólise (4kcal) → aminoácidos (músculos). Glicogênio – glicogenólise (4kcal) → glicose (fígado) 12 a 24h. GLICOSE – Principal fonte de energia para o reparo tecidual. Glicogênio hepático – 12 a 24h. gliconeogênse: metabolismo hepático → produção de glicose a partir de substrato não glicídico. Aminoácidos (alanina e glutamina), glicerol ou lactato. Estímulos aferentes – desencadeiam a resposta neuro- hormonal. 1 – Nervo vago. 2 – Fibras nociceptivas. 3 – Citocinas. CORTISOL Fase catabólica. O estimulo da aferente chega no sistema nervoso central (hipotálamo) que libera uma cascata de neurohormonios, culminando em liberação de cortisol pelo córtex adrenal. Funções: - Efeito catabólico: produção de glicose e nutrientes para cicatrização. - Proteólise muscular (aminoácidos): gliconeogênese e produção de proteínas de fase aguda (fibrinogênio e PCR). - Lipólise: ácido graxo (fonte de energia direta) e glicerol (gliconeogênese). CATECOLAMINAS Alterações da volemia e estímulo local. Medula da glândula suprarrenal (epinefrina – adrenalina). Funções: - Preservar volume intravascular: vasoconstrição (controlar sangramento). - Efeitos metabólicos (catabólico): glicogenólise, gliconeogênese e lipólise. Glicocorticoides: são necessários para que as catecolaminas atuem adequadamente. Catecolaminas + opioides endógenos → atonia intestinal (íleo paralítico). HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO OU ARGININA VASOPRESSINA (ADH) Alterações da volemia e osmolaridade, estímulo local e angiotensina II. Produção: núcleo supraótico do hipotálamo. Armazenamento: neuro-hipófise (posterior). Funções: - Preservar o volume intravascular. - Oligúria funcional: aumenta a reabsorção de água nos túbulos coletores renais. - Vasoconstrição esplâncnica. - Efeitos metabólicos (catabólico): glicogenólise e gliconeogênese. ALDOSTERONA Angiotensina II (SRAA) e elevação do potássio sérico (lesão tecidual). Mineralocorticoide com produção na zona glomerulosa da suprarrenal. Funções: - Preservar o volume intravascular: reabsorção de sódio e água, eliminação de potássio e H+. Estímulo mais intenso (cirurgia de grande porte) – tendência a alcalose mista. 1 – Perda de H+ por sonda nasogástrica/vômito. 2 – Perda de CO2 por hiperventilação (anestesia e dor). GLUCAGON Estímulo neuro-hormonal. Produção: células alfa do pâncreas. Funções: gliconeogênese hepática (principal estimulador). INSULINA Níveis reduzidos durante fase catabólica. Feedback negativo com hormônios contrainsulínicos: glucagon, epinefrina e cortisol. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) Estímulo neuro-hormonal. Produção: células somatotrópicas da hipófise anterior. Funções: lipólise em conjunto com as catecolaminas. Função anabólica – exercida através do IGF-1 produzido pelo estimulo do GH, inibido na fase catabólica pelas citocinas (TNF-a e IL-6). TSH E TIROXINA TSH: Normal ou discretamente diminuído. T4 total: diminuído – fração livre está normal (eutireoideo). T3 total: diminuído – conversão de T4 em T3 diminuído. Síndrome do eutireoideo doente. FASES DA REMIT 1 – Fase adrenérgica-corticoide (catabólica). 2 – Fase anabólica precoce. 3 – Fase anabólica tardia. FASE CATABÓLICA Imediata. Pró-inflamatória. Controle do dano tecidual. Dura de 6 a 8 dias. Eventos envolvidos: gliconeogênese, proteólise e lipólise; produção de proteínas de fase aguda; atividade imune de defesa; balanço nitrogenado negativo. Balanço nitrogenado negativo: proteólise na fase catabólica, aumento da eliminação de bases nitrogenadas (sob a forma de ureia), maior destruição de proteínas (músculo). FASE ADRENÉRGICA-CORTICOIDE Proteínas de fase aguda – produzidas no fígado, marcadores de lesão tecidual, IL-6: estimula a produção. Mecanismo de proteção: - Antiproteases (alfa-1-antitripsina e alfa-2- macroglobulina) previnem a ampliação da destruição tecidual causadas pelas enzimas liberadas fagocitárias. - Ceruloplasmina: ação anti-oxidante. - Fibrinogênio e proteína C reativa: auxiliam no reparo tecidual. FASE ANABÓLICA PRECOCE Inicia o processo de anabolismo. ↓hormônios catabólicos. Balanço nitrogenado positivo: ganho de massa magra devido a síntese de proteínas. Balanço de potássio em equilíbrio. Ação anabólica do IGF-1. ↓Estado inflamatório. ↑Diurese. Reestabelecimento do apetite por ↓ do TNF-a. FASE ANABÓLICA TARDIA Manutenção do balanço nitrogenado em equilíbrio. Ganho de peso – mais lento. Aumento do tecido adiposo. Balanço positivo de carbono (lipídeo). Meses a anos.
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