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Aula 2 Neuroplasticidade e Adaptações Músculo-Esqueléticas

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Plasticidade: característica dos materiais de serem 
moldados, ajustados ou adaptados quando submetidos a 
tensões, forças ou estresse. Mas nem sempre é considerada 
boa, por exemplo a percepção dolorosa. 
 Não há como dissociar o desenvolvimento motor do 
desenvolvimento sensorial. Primeiro precisamos ter uma 
resposta aferente (cérebro precisa perceber o movimento e 
sensações). Portanto, primeiro aprendemos a sentir para 
depois ter uma resposta motora. Porém, também podemos nos 
movimentar sem ter a sensação, ex.: um diabético andando. 
 Propriocepção: capacidade que o nosso corpo tem de 
se localizar espacialmente. Se divide em 3 aspectos, ambos 
são aferentes: 
 Sensação de resistência; 
 Senso de posição articular; 
 Senso de força. 
 A comunicação do nosso corpo é feita a partir da 
comunicação elétrica, uma vez que a informação sai do corpo 
celular, ela percorre todo o axônio até chegar nos dendritos 
onde haverá a comunicação interneurônio. 
 Potencial de Membrana de Repouso: interior da 
célula nervosa (-) e exterior da célula nervosa (+), os dois 
meios estão em equilíbrio. 
 Potencial de Ação: quando gerado haverá uma 
inversão nessa polaridade interior celular (+) e exterior 
celular (-), isso gera uma compensação sistêmica. Nem todo 
potencial ação/estímulo vai gerar uma reação. 
 Junção Mioneural: junção entre um motoneurônio e 
uma fibra muscular. 
 Fenda Sináptica: espaço entre a junção do 
motoneurônio e a fibra muscular. 
 A contração muscular e as adaptações que ela gera 
no organismo: Potencial de Ação percorre o neurônio motor => 
Liberação de Ca+ que se liga à troponina e deforma a estrutura 
da tropomiosina expondo os sítios de ligação da actina => a 
miosina se liga à actina e promove o movimento do sarcômero 
=> a actina é puxada para o centro aproximando as linhas Z => 
com o movimento do sarcômero todo o músculo se move. 
 Células Satélites: fica na periferia da célula 
muscular, quando ocorre um dano muscular e início de um 
processo inflamatório, elas são ativadas e remodelam a fibra 
lesionada ocorrendo futuramente a Neuroplasticidade 
muscular. Os exercícios mais efetivos para mudanças 
estruturais e ativação das células satélites em curto prazo 
são durante as contrações excêntricas. 
 Adaptações estruturais como consequência do 
exercício: hiperplasia, hipertrofia e aumento da força. 
 Hiperplasia => Estrutural; 
 Hipertrofia => Estrutural; 
 Aumento da força => Estrutural e Ganho Neural. 
 Os brotamentos axonais vão gerar a ativação de 
outras unidades motoras. O nosso corpo tende a reduzir o 
consumo energético, se não precisarmos utilizar tantos 
músculos nas AVDs, alguns brotamentos axonais serão 
consumidos, já se aumentar a demanda dos músculos, novos 
brotamentos irão surgir e gerar novas unidades motoras. 
 Em muitos momentos, as unidades motoras terão a 
necessidade de novas células, então as células satélites se 
aproximam das novas junções mioneurais e irão gerar 
também adaptações estruturais. 
 A hipertrofia não ocorre simplesmente pelo 
acréscimo de novas fibras musculares. 
 Com o treinamento resistido há a síntese e excreção 
de IGF-1 e MGF. A alta concentração desses fatores de 
crescimento estimula os processos hipertróficos. 
 O fator mecânico de crescimento é sintetizado por 
meio da tensão muscular. O ganho de massa muscular irá 
ocorrer em série gerando um músculo maior em 
comprimento. 
 Princípios do Exercício Físico: 
 Princípio da Especificidade: o indivíduo só vai 
conseguir realizar as tarefas para o que ele treina 
especificamente. Ex.: quem faz treino de resistência aeróbica 
– não consegue levantar muito peso, mas consegue correr 
muito. 
 Princípio da Sobrecarga: o indivíduo gerou uma 
adaptação muscular, se continuar mantendo o nível o ganho 
fica só ali, estagnado, mas se aumentar a carga ele ganha 
algo mais. Adaptou? Precisa de sobrecarga! 
 Princípio de Reversibilidade: Se não valorizou o que 
ganhou, perdeu. Não usou? Perdeu playboy! 
 
 A perda de massa muscular se deve ao princípio da 
reversibilidade do exercício. 
 Se alongar um músculo, o antagonista ficará 
encurtado, havendo um déficit quando precisar recrutar esse 
músculo antagonista. 
 A perda de força após a imobilização se dá por 
fatores estruturais e neurais. 
 O aumento do tecido conjuntivo associado a redução 
de ativação das unidades motoras são alguns dos 
responsáveis pela redução após imobilizações prolongadas. 
Neuroplasticidade

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