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Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 1 Estrutura Fúngica MAD 1 Fungos Reino : Fungi ,são organismos eucariontes sendo uni ou multicelulares ,que possuem parede rígida com estrutura de: Esqueleto de microfibrilas composto de qui1na e glucana Matriz polissacarídica que se projeta para o meio exterior e na qual ficam embebidas as microfibrilas.Contém α-glucanas, β-glucanas, mananas e glicoproteínas. Os fungos possuem membrana plasmática contendo ergosterol no lugar do colesterol , são organismos ubíquos e degradam matéria orgânica e são heterotróficos. Além disso, em sua maioria apresentam respiração aeróbica , alguns são anaeróbicos facultativos e outros são estritamente anaeróbicos e, podem ser encontrados como: Heterotróficos ou saprófitas Consumidores e/ou decompositores Simbiontes São organismos que vivem em conjunto com benefício mútuo Comensais Classificados quando vivem em estreita relação em que apenas um organismo é beneficiado e o outro não será prejudicado Parasitas É um organismos que vive as custas de outro e esta relação é prejudicial ao hospedeiro. A infecção fungica se repete Fungos x Bactérias Morfologia Fungica Leveduras São unicelulares em que a reprodução ocorre por brotamento ou fissão binária, que originará o blastoconídio e ,posteriormente , podem formar pseudo-hifas(células-filhas).Existindo em colônias redondas , pastosas , mucoides em ágar Sabouraud Dextrose. Filamentosos São comumente conhecidos como bolores, multicelulares com colônias filamentosas, aveludadas ou algodonosas com crescimento lento constituídos de estruturas tubulares , conhecidas como hifas(extensão apical), tais hifas podem ser cenocíticas ou septadas, em caso de união formam o micélio. Em meio ágar ou superfícies sólidas produzem hifas vegetativas e aéreas. Há uma grande quantidade de fungos que são dimórficos, podendo existir como leveduras ou fungo filamentoso. Esporos são meios de propagar a espécie Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 2 Botucatu é área endêmica de Paracoccidioides brasiliensis Hifa(multicelular): 1 célula Micélio: conjunto de células Reprodução: esporos ou propágulos Esporos: I. Assexuados Brotamento e fissão nuclear. Ectósporos: conídios. Endósporos: esporangiósporos. II. Sexuados Zigosporângios que irá formar os zigósporos(fusão do núcleo de 2 hifas). Fusão do citoplasma de dois micélios de homotálico (indivíduos iguais) ou heterotálico (diferentes) mediados pelo feromônio. Ectósporos: basidiósporos Endósporos: ascóporos Infecções Fúngicas São classificadas somo superficiais, cutâneas, subcutâneas, sistêmicas (endêmicas) e/ou oportunistas. Micoses superficiais Atinge e limita-se à pele e pelos, sem a presença de respostas inflamatória. Micoses cutâneas Acomete a camada queratinizada da pele, pelos e unhas, em que induz resposta inflamatória e apresenta sintomas. Micoses subcutâneas Acomete a camada mais profunda da pele, córnea, músculos e tecido conjuntivo, em que podem promover a formação de abscessos e úlceras e geralmente, não apresentam disseminação. Micoses sistêmicas Causadas por fungos termo-dimórficos, com quadro de infecção primária do trato respiratório, podendo apresentar disseminação (linfáeca ou hematogênica). Oportunistas Em sua maioria são comensais causando infecções em indivíduos imunossuprimidos, com a via de infecção variada podendo ocorrer ainda por acessos venosos, cateteres, ventilação mecânica e entre outros procedimentos invasivos. Micoses Sistemicas e Oportunistas Essas micoses causam doença , principalmente , em indivíduos imunossuprimidos como: desnutrição , neutropenia (deficiência de neutrófilos),imunodeficiência causada pelo HIV(Aids), quimioterapia e terapia com corticoides. Além disso, são termo-dimórficos - Fase M(bolor-25ºC) e Fase Y(levedura-37º) - e sobrevivem em ambientes extracelular e intracelular(fagócitos). Infeccoes fungicas Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 3 Infecções sistêmica podem ser oportunistas, mas infecções oportunistas não são sistêmicas. Diagnóstico Laboratorial Análise microscópica de raspado de pele, cultura de material biológico suspeito de infecção fúngica (escarro, lavado,broncoalveolar, sangue, líquor e etc). Biópsia de lesão suspeita. Cultura em ágar = Ágar Sabouraud-Dextrose. Biologia molecular. Métodos imunológicos e sorológicos: úteis no seguimento clínico de pacientes. Resposta Imune Resposta Inata: Neutrófilos , macrófagos e células linfoides inatas, que secretam IL-17. Resposta Adaptativa: Fungos intracelulares: cooperação entre LTCD4+(resposta do tipo Th1) e LTCD8+. Fungos extracelulares: DCs produzem e secretam IL-1,IL-6 e IL-23(citocinas Th17 indutoras). Granuloma É uma resposta de hipersensibilidade tipo IV, ou seja, tardia. Há o predomínio de macrófagos e linfócitos T auxiliares e, podem conter alguns granulócitos (neutrófilos). Macrófagos: células gigantes do tipo Langhans e macrófagos epitelioides. Linfócitos T citotóxicos e Linfócitos B. Paracoccidiodomicose Paracoccidiodomicose e Paracoccidiodomicose brasiliensis Aspergiloma(Pulmão) – Aspergillus fumigatus Abscesso fúngico no pulmão. Abaixo, observa-se um material amarelado no abscesso, composto de hifas fúngicas. Este fungo têm o hábito de colonizar cavidades pulmonares previamente formadas, como as resultantes da infecção por Mycobacterium tuberculosis. Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 4 Aspergiloma(bola fúngica): Tratamento Fungicidas Fungistáticos – para a reprodução do fungo/estaciona a doença Ação sobre: - A membrana celular do fungo - Diminuição na quan5dade de esteróis - Inibição na síntese de DNA e RNA do fungo Podem ser administrados - Tópicos: creme, solução, loção, spray, esmalte, xampu - Creme/gel vaginal, comprimido vaginal - Oral - Intravenoso Podem induzir: - Nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, entre outros efeitos adversos também relacionados com interação medicamentosa. Antibióticos antifúngicos (naturais) Polienos: anfotericina e nistaena Anfotericina B e nista,na: age na membrana celular, tendo grande afinidade pelo ergosterol. Pode levar à toxicidade renal e hepática, com trombocitopenia Griseofulvina: interfere a mitose por ligação com microtúbulos Equinocandinas: equinocandina B, caspofungina, anidulafungina, micafungina Eficientes como fungicida para Candida spp. e fungistática para o Aspergillus spp. Inibe a síntese da parede fúngica. Pode levar à toxicidade hepática. Fármacos sintéticos Azóis: clotrimazol, econazol, feneconazol, cetoconazol, miconazol, eoconazol, sulconazol, imidazol, itraconazol, posaconazol, voriconazol, fluconazol Inibem a síntese do ergosterol. Tratamento de imunossuprimidos favorece a proliferação fúngica. A maioria das infecções fúngicas possuem evolução lenta e insidiosa , exceto quanto à sua agressividade. Paciente imunossuprimido com CD4 < 350 cel/mm3 com odinofagia (deglutição com dor)é indicado como conduta preconizada, o uso empírico de fluconazol (antifúngico), pois a candidíase esofagiana é a etiologiaa mais comum de infecção esofágica. Candidíase vulvovaginal em período de gravidez, não é recomendado o uso de fluconazol via oral, é preferível o uso de cremes vaginais. A fisiopatologia da paracoccidioidomicose é semelhante à tuberculose. Histoplasmose - Em sua forma agua assemelha-se a um quadro gripal e tende a regredir espontaneamente , sem o uso de tratamento. - É um fungo encontrado geralmente em cavernas habitadas por morcegos, galinheirose viveiros de aves, ou seja, comum às aves. - A apresentação crônica da doença - semelhança clínica a tuberculose - pode causar adenopatia hiliar bilateral com múltiplos micronódulos e infiltrados à radiografia de tórax,e ocorre geralmente em paciente com pneumonia prévia. Informações Extras Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 5 - Histoplasmose disseminada cursa quadro pulmonar gavre , linfadenopatia , hesplenomegalia , febre alta e rebaixamento da consciência, tal quadro pode evoluir para um choque séptico , ocorrendo geralmente em pacientes imunossuprimidos. Lactente de 7 semanas de vida , filho de HIV+ sem intercorrência pós-natais , eutrófico e usa formula láctea modificada para o 1º semestre de vida, estará em uso de SulfametoxazolSMX/trimetoprimTMP ,ou seja , o uso de AZT oral permanecerá ate a 4ª semana de vida ate a confirmação do diagnóstico para infecção por HIV , será mantida a profilaxia contra a pneumocistose ( Pneumocystis jirovecii). Candida sp. e Aspergillus sp. são os principais fungos relacionados à estados de imunossupressão. Ambulatório MAD 1ª Paciente, sexo feminino, 24 anos, em consulta ao dermatologista relata a presença de manchas no tronco e membros superiores. Relatou ainda que foi barrada no exame médico do clube, obrigatório para o uso das piscinas. Qual o tipo de infecção fúngica a paciente apresenta? Explique. R: A infecção apresentada decorre micose superficial, devido à ausência de resposta inflamatória. 2ª Paciente portador de pneumonia fúngica em decorrência de imunossupressão provocada por tratamento com corticoides, por conta de doença autoimune. O médico informou se tratar de fungo dimórfico. Como ocorreu a infecção (via de inoculação) e qual a morfologia do fungo infectante? R: A infecção por vias aéreas superiores por fungo dimórfico na forma de levedura. Medicina Universidade Nove de Julho TXXXI - Bárbara Vasti 6 3ª Paciente, sexo feminino, 32 anos, 24a semana de gestação, em consulta ao obstetra relata a presença de coceira e ardor ao urinar e, nos últimos dias, notou a presença de corrimento branco com aparência de leite coalhado. O exame físico revelou edema e vermelhidão no entroito e canal vaginal. Exame a fresco realizado a partir de material colhido da paciente (imagem do colo uterino abaixo) confirmou se tratar de infecção fúngica. Qual condição apresentada pela paciente favoreceu a instalação da infecção e qual a morfologia do fungo causador da doença? R: A infecção foi favorecida pela condição de imunossupressão favorecida pela gravidez e, o fungo possui morfologia de levedura.
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