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FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR II

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Ana Victória Ribeiro – M7 
FISIOLOGIA DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR II 
INTRODUÇÃO 
Os cinco tipos principais de vasos sanguíneos são 
as artérias, as arteríolas, os capilares, as vênulas e 
as veias. As artérias transportam o sangue do 
coração para outros órgãos. Artérias grandes e 
elásticas deixam o coração e se ramificam em 
artérias musculares, de médio porte, que emitem 
ramos a várias regiões do corpo. As artérias de 
médio porte então se dividem em pequenas 
artérias, as quais por sua vez se dividem em 
artérias ainda menores chamadas arteríolas. 
Conforme as arteríolas entram em um tecido, se 
ramificam em diversos vasos minúsculos 
chamados capilares. As paredes finas dos capilares 
possibilitam a troca de substâncias entre o sangue 
e os tecidos do corpo. Grupos de capilares no 
tecido se unem para formar pequenas veias 
chamados vênulas. Estas, por sua vez, se fundem 
para formar vasos sanguíneos progressivamente 
maiores chamados veias. As veias são os vasos 
sanguíneos que conduzem o sangue dos tecidos de 
volta para o coração. 
ARTÉRIAS 
A parede de uma artéria tem as três túnicas de um 
vaso sanguíneo normal, mas tem uma espessa 
túnica média muscular a elástica. Em decorrência 
da abundância de fibras elásticas, as artérias 
normalmente têm alta complacência, o que 
significa que suas paredes se esticam ou 
expandem facilmente sem se romper em resposta 
a um pequeno aumento da pressão. 
ARTÉRIAS ELÁSTICAS 
As artérias elásticas são as maiores artérias do 
corpo e seu tamanho varia desde o de uma 
mangueira de jardim (como a aorta e o tronco 
pulmonar) até um dedo da mão (ramos da aorta). 
Elas têm o maior diâmetro entre as artérias, mas 
suas paredes (cerca de 1/10 do diâmetro total do 
vaso) são relativamente finas em comparação ao 
tamanho total do vaso. Estes vasos são 
caracterizados por lâminas elásticas interna e 
externa bem definidas, juntamente com uma 
túnica média espessa que é dominada por fibras 
elásticas, chamadas lamelas elásticas. As artérias 
elásticas incluem os dois troncos principais que 
saem do coração (a aorta e o tronco pulmonar), 
juntamente com os principais ramos iniciais da 
aorta, como o tronco braquiocefálico, a artéria 
subclávia, a artéria carótida comum e a artéria 
ilíaca comum. Como conduzem sangue do coração 
para as artérias médias, mais musculosas, as 
artérias elásticas são também chamadas artérias 
condutoras. 
 
Ana Victória Ribeiro – M7 
 
ARTÉRIAS MUSCULARES 
As artérias de médio porte são chamadas artérias 
musculares, porque sua túnica média contém 
mais músculo liso e menos fibras elásticas do que 
as artérias elásticas. A abundância de músculo liso, 
aproximadamente 75% da massa total, torna as 
paredes das artérias musculares relativamente 
espessas. Assim, as artérias musculares 
conseguem se dilatar e contrair mais para se 
ajustar à velocidade do fluxo sanguíneo. As 
artérias musculares têm uma lâmina elástica 
interna bem definida, mas uma lâmina elástica 
externa fina. 
Uma vez que as artérias musculares continuam 
ramificando-se e, por fim, distribuem sangue para 
todos os órgãos, elas são chamadas artérias 
distributivas. Exemplos incluem a artéria braquial 
no braço e a artéria radial no antebraço. 
Por causa da diminuição do tecido elástico nas 
paredes das artérias musculares, estes vasos não 
conseguem dilatar e ajudar a impulsionar o sangue 
como as artérias elásticas. Em vez disso, a espessa 
túnica média muscular é a principal responsável 
pelas funções das artérias musculares. A 
capacidade do músculo de se contrair e manter 
um estado de contração parcial é chamado tônus 
vascular. O tônus vascular enrijece a parede do 
vaso e é importante para manter a pressão do 
vaso e o fluxo sanguíneo eficiente. 
ARTERÍOLAS 
Significando literalmente pequenas artérias, as 
arteríolas são abundantes vasos microscópicos 
que regulam o fluxo sanguíneo para as redes 
capilares dos tecidos do corpo. 
As arteríolas têm uma túnica íntima fina com uma 
lâmina elástica interna fina, fenestrada (com 
pequenos poros), que desaparece na extremidade 
terminal. A túnica média é constituída por uma a 
duas camadas de células musculares lisas que têm 
uma orientação circular na parede do vaso. A 
extremidade terminal da arteríola, a região 
chamada metarteríola, se afunila em direção à 
junção capilar. Na junção metarteríola-capilar, a 
célula muscular mais distal forma o esfíncter pré-
capilar, que monitora o fluxo sanguíneo para o 
capilar; as outras células musculares da arteríola 
regulam a resistência (oposição) ao fluxo 
sanguíneo. 
A túnica externa da arteríola é constituída por 
tecido conjuntivo areolar contendo numerosos 
nervos simpáticos amielínicos. Esta inervação 
simpática, juntamente com as ações dos 
mediadores químicos locais, pode alterar o 
diâmetro das arteríolas e, portanto, variar a 
velocidade do fluxo sanguíneo e a resistência ao 
longo destes vasos. 
As arteríolas têm uma participação essencial na 
regulação do fluxo sanguíneo das artérias para os 
vasos capilares, regulando a resistência, a 
oposição ao fluxo sanguíneo decorrente do atrito 
entre o sangue e as paredes dos vasos sanguíneos. 
Por isso, são conhecidas como vasos de 
resistência. Em um vaso sanguíneo, a resistência é 
decorrente principalmente do atrito entre o 
sangue e as paredes internas dos vasos 
sanguíneos. Quando o diâmetro do vaso 
sanguíneo é menor, o atrito é maior, de modo que 
há mais resistência. 
A mudança do diâmetro da arteríola pode afetar 
também a pressão arterial: a constrição das 
arteríolas aumenta a pressão arterial, e a dilatação 
das arteríolas diminui a pressão arterial.
 
Ana Victória Ribeiro – M7 
CAPILARES 
O fluxo do sangue de uma metarteríola para os 
capilares e para uma vênula pós-capilar (vênula 
que recebe sangue de um capilar) é chamada 
microcirculação do corpo. A função primária dos 
capilares é a troca de substâncias entre o sangue e 
o líquido intersticial. Por causa disto, estes vasos 
de paredes finas são chamados vasos de troca. 
Capilares são encontrados perto de quase todas as 
células do corpo, mas seu número varia de acordo 
com a atividade metabólica do tecido irrigado. 
Eles não têm túnica média nem túnica externa. 
Como as paredes dos capilares são compostas por 
apenas uma única camada de células endoteliais e 
uma membrana basal, uma substância do sangue 
precisa atravessar apenas uma camada de células 
para alcançar o líquido intersticial e as células 
teciduais. 
REDE CAPILAR 
Nesta via, o sangue flui de uma arteríola para os 
capilares e, em seguida, para as vênulas (vênulas 
pós�capilares). Como observado anteriormente, 
nas junções entre a metarteríola e os capilares 
estão anéis de fibras musculares lisas chamadas 
esfíncteres pré-capilares, que controlam o fluxo 
sanguíneo nos capilares. Quando os esfíncteres 
pré-capilares estão relaxados (abertos), o sangue 
flui para os capilares; quando os esfíncteres pré-
capilares se contraem (se fecham parcial ou 
totalmente), o fluxo sanguíneo nos capilares cessa 
ou diminui. Esta contração e esse relaxamento 
intermitentes, que pode ocorrer de 5 a 10 vezes 
por minuto, é chamado vasomoção. 
A extremidade proximal de uma metarteríola está 
rodeada por fibras musculares lisas dispersas, cuja 
contração e relaxamento ajudam a regular o fluxo 
sanguíneo. A extremidade distal do vaso não tem 
músculo liso; assemelha-se a um capilar e é 
chamado canal preferencial. Este canal oferece 
uma rota direta para o sangue de uma arteríola 
para uma vênula, sem passar pelos capilares. 
Classificação dos capilares 
Capilares contínuos: as membranas plasmáticas 
das células endoteliais formam um tubo contínuo, 
que é interrompido apenas por fendas 
intercelulares, lacunas entre células endoteliais 
vizinhas. Os capilares contínuos são encontrados 
na parte central do sistema nervoso, nos pulmões, 
no tecido muscular e na pele. 
Ana Victória Ribeiro – M7 
Capilares fenestrados: as membranas plasmáticas 
das células endoteliaisnesses capilares têm 
muitas fenestrações, pequenos poros com 70 a 
100 nm de diâmetro. Os capilares fenestrados são 
encontradas nos rins, nas vilosidades do intestino 
delgado, nos plexos corióideos dos ventrículos no 
encéfalo, nos processos ciliares dos olhos e na 
maioria das glândulas endócrinas. 
Capilares sinusoides: os vasos sinusoides têm 
fendas intercelulares muito grandes, que 
possibilitam que as proteínas e, em alguns casos, 
até mesmo as células do sangue passem de um 
tecido para a corrente sanguínea. Ex.: vasos do 
fígado, baço, adenohipófise. 
 
 
VÊNULAS 
As vênulas e veias têm paredes finas que não 
mantêm facilmente a sua forma. As vênulas 
drenam o sangue capilar e iniciam o fluxo de 
retorno do sangue de volta ao coração. 
As vênulas que primeiro recebem sangue dos 
capilares são chamadas vênulas pós-capilares. 
Elas têm junções intercelulares pouco organizadas 
(os contatos endoteliais mais fracos são 
encontrados ao longo de toda a árvore vascular) e, 
portanto, são muito porosas. Atuam em 
importantes locais de troca de nutrientes e 
escórias metabólicas e emigração de leucócitos. 
Por esta razão, formam parte da unidade de troca 
microcirculatória, juntamente com os capilares. 
Conforme as vênulas pós-capilares se afastam dos 
capilares, adquirem uma ou duas camadas de 
células musculares lisas dispostas circularmente. 
Estas vênulas musculares (50 a 200 μm) têm 
paredes mais espessas, através das quais a troca 
com o líquido intersticial não pode mais ocorrer. 
As paredes finas das vênulas pós-capilares e 
musculares são os elementos mais distensíveis do 
sistema vascular; isso lhes possibilita expandir e 
servir como excelentes reservatórios de grandes 
volumes de sangue. Foram mensurados aumentos 
de 360% no volume de sangue nas vênulas pós-
capilares e musculares. 
VEIAS 
As veias, em geral, têm paredes muito finas em 
relação ao seu diâmetro total (a espessura média 
é menor do que 1/10 do diâmetro do vaso). 
Variam em tamanho de 0,5 mm de diâmetro nas 
pequenas veias a 3 cm nas grandes veias cava 
superior e cava inferior, que se conectam ao 
coração. 
A túnica íntima das veias é mais fina do que a das 
artérias; a túnica média das veias é muito mais fina 
do que a das artérias, com relativamente pouco 
músculo liso e fibras elásticas. A túnica externa das 
veias é a mais espessa e é composta por colágeno 
e fibras elásticas. As veias não têm a lâmina 
elástica interna ou externa encontrada nas 
artérias. 
Ana Victória Ribeiro – M7 
A maioria das diferenças estruturais entre as 
artérias e as veias reflete esta diferença de 
pressão. Por exemplo, as paredes das veias não 
são tão fortes quanto as das artérias. Muitas veias, 
especialmente as dos membros, também contêm 
válvulas, pregas finas de túnica íntima que 
formam válvulas semelhantes a abas. As válvulas 
da válvula se projetam para o lúmen, apontando 
para o coração. 
A maior quantidade de pares de veia ocorre no 
interior dos membros. A camada subcutânea 
profunda à pele é outra fonte de veias. Estas veias, 
chamadas veias superficiais, atravessam a tela 
subcutânea desacompanhadas de artérias 
paralelas. Ao longo de seu curso, as veias 
superficiais formam pequenas conexões 
(anastomoses) com as veias profundas que estão 
entre os músculos esqueléticos. Estas conexões 
possibilitam a comunicação entre os fluxos 
sanguíneos profundo e superficial. 
 
 Referências: Tortora, Fisiologia.

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