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PEÇAS ESTÁGIO IV - ARQUIVO UNICO

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DOUTOR JUIZ DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO ARCO-ÍRIS 
 
Protocolo n°: 
 
Requerente: 
 
Requerido: 
 
JOÃO AUGUSTO MENDES E AGHATA MENDES , já devidamente 
qualificados nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado legalmente 
constituído através de instrumento procuratório em anexo, nos autos da ação que 
move em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE ARCO-ÍRIS, vem 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo em vista a respeitável 
sentença de fls. XX, interpor presente 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
Com fundamento nos arts. 1.009 e seguintes do NCPC/2015,requerendo, na 
oportunidade, que o recorrido seja intimado , ofereça as contrarrazões e, ato 
contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio (TRIBUNAL 
COMPETENTE). Requer também, a retratação ao juízo do primeiro grau que proferiu 
a decisão apelada 
 
Termos em que, 
Pede o 
deferimento. Local 
e data. 
Advogad
o 
OAB/UF 
RAZÕES RECURSAIS 
 
Apelante: JOÃO AUGUSTO MENDES E AGHATA 
MENDES Apelado: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE 
ARCO-ÍRIS 
Autos n°: 
 
Vara de Origem: 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ARCO-ÍRIS 
COLENDA CÂMARA. 
 
Eméritos Desembargadores, 
 
SÍNTESE DO PROCESSO 
Trata-se de um processo sobre Imposto de Transmissão Causa Mortis e 
Doação, contra os Apelantes, Ocorre que João transferiu para Aghata sua 
esposa a quantia de R 
$500.000,00 para que ela pudesse gerenciar algumas transações da família. Ocorre 
que foi notificado pelo Fisco do Estado Arco-Íris, do pagamento do Impostos sobre 
Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). 
Logo, ajuizou ação para anular o ato e ser restituído em razão do indébito 
tributário decorrente da transferência de valores pecuniários, em face do Estado de 
Arco-Íris, na vara da Fazenda Pública Estadual da Capital. Porém, o Juízo de 
primeiro grau decidiu monocraticamente pela improcedência do pedido. 
 
I - DO CABIMENTO 
Há adequação do presente recurso com a espécie da decisão delineada 
pelo artigo 994 do Código de Processo Civil. De modo que a decisão recorrida 
consiste em sentença com fundamento no art. 487, inc. I, CPC (Lei n° 13.105/2015), 
comporta recurso de apelação nos termos dos arts. 994, inc. I e 1.009 (“da sentença 
cabe apelação”) do CPC (Lei n° 13.105/2015). 
 
II- DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
 
A apelante é parte legítima, com interesse sucumbencial, devidamente 
representado, conforme se verifica, portanto, preenchido os pressupostos objetivos 
e subjetivos de admissibilidade. 
III- DA TEMPESTIVIDADE 
 
Nos termos dos Arts. 2019 e 1.003, § 5° do CPC, o prazo para interpor o 
presente recursos é de 15 dias úteis, sendo excluído o dia do começo e incluindo o 
dia do vencimento nos termos do Art. 224 do CPC/15. Desta forma, considerando a 
decisão publicada no Diário Oficial na data de xx/xx/xxxx, tem-se por tempestivo o 
presente recurso, devendo ser acolhido. 
 
IV- DO PREPARO 
O presente recurso também preenche o requisito do preparo, já que suas 
custas exigidas por lei foram devidamente pagas, conforme guias e comprovantes 
de pagamentos anexos. 
 
V- DA PRELIMINAR DO MÉRITO 
 
-IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA 
É imprescindível citar que, para fins da incidência do imposto sobre a 
transmissão causa mortis e doação, entende-se, que o imposto é devido quando 
ocorre a mudança (transmissão) de propriedade de bens ou direitos em razão do 
óbito ou em razão de doação. Porém, transferências deste tipo entre cônjuges que 
se submetem ao regime de comunhão parcial, não irá incidir o ITCMD pelo fato de 
que os bens adquiridos na constância do casamento os cônjuges detêm a 
copropriedade desses patrimônios, é o que aduz o art.1.658, caput do Código Civil, 
in verbis: 
 
“No regime de comunhão parcial, comunicam-se os 
bens que sobrevierem ao casal, na constância do 
casamento” 
 
Portanto, mostra-se a impossibilidade jurídica da cobrança do ITCMD, 
consequentemente deve-se anular a sentença. 
 
. 
V- RAZÕES DA REFORMA 
Infelizmente, está equivocada a r. Sentença (fls.xxx) proferida pelo 
Magistrado de 1° grau de jurisdição, devendo ser reformada por este Egrégio 
Tribunal, uma vez que o ITCMD não recai sobre transferências de valores entre 
cônjuges na constância do casamento 
conforme preceitua os art. 1.658 do código Civil, in verbis: 
 
Art.1.658, CC - “No regime de comunhão parcial, 
comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na 
constância do casamento…” 
Com isso, a cobrança do ITCMD torna-se impossível do ponto de vista 
jurídico, uma vez que, os cônjuges detêm a copropriedade dos patrimônios 
adquiridos na constância do casamento, é o que aduz a jurisprudência do STJ, in 
verbis: 
 
CAPITAL ENTRE CÔNJUGES DURANTE A UNIÃO ESTÁVEL. HIPÓTESE DE 
INCIDÊNCIA.FATO GERADOR. INEXISTÊNCIA.PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE E 
LEGITIMIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. AFASTADA. APELO DESPROVIDO. 
SENTENÇA MANTIDA. 
(...) 
 
2. A transferência entre cônjuges ou companheiros deve ser considerada 
movimentação de ativos simples, não sendo, portanto, ato tributável na forma 
proposta pelo Distrito Federal por não constituir hipótese de incidência de ITCMD: 
"na constância da união estável desguarnecida de formatação contratual diversa, as 
relações patrimoniais estão sujeitas ao regime da comunhão parcial de bens (CC, 
art. 1.725), não se afigurando consoante essas disposições que na vigência do 
vínculo os consortes, via de operações financeiras volvidas à aquisição de imóvel 
comum, efetuem doações recíprocas de montantes similares, irradiando as 
movimentações fato gerador do ITCD, porquanto encerram a movimentação de 
ativos simples operações de gestão financeira"(Acórdão n.1062441, 
20160110445070APC, Relator: TEÓFILO CAETANO 1ª TURMA CÍVEL, Data de 
Julgamento: 22/11/2017, Publicado no 
DJE: 04/12/2017. Pág.: 261-282). 3. PRELIMINAR REJEITADA. RECURSO 
CONHECIDO E DESPROVIDO. (Acórdão n.1127434, 20160110710735APC, 
Relator: ALFEU MACHADO 
6ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 26/09/2018, Publicado no DJE: 
09/10/2018. Pág.: 365/378) 
 
-DIREITO DA LEGÍTIMA 
 
Sobre a legítima o nosso Código Civil estabelece que existindo 
descendentes ou ascendentes exclui o cônjuge sobrevivente da ordem da vocação 
hereditária, distinguindo em relação a esse, a sua meação, no qual independe do 
direito de herança, conforme art. 544, CC. 
 
Art. 544. cc “A doação de ascendentes a descendentes, ou 
de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes 
cabe por herança.” 
 
Além disso, o casal no qual o regime de bens for a comunhão parcial os 
bens que foram adquiridos durante o casamento comunicam-se, portanto os 
cônjuges são coproprietários um do outro desses referidos bens. 
 
Art.1.658, cc “No regime de comunhão parcial, comunicam-
se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do 
casamento…” 
 
-RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO 
 
Devido o erro na cobrança do ITCD o contribuinte tem o direito de ser 
ressarcido, conforme art.165, caput, inciso I do CTN e súmulas 162 e 188 e , in 
verbis: 
 
Art. 165,CTN “O sujeito passivo tem direito, 
independentemente de prévio protesto, à restituição total ou 
parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu 
pagamento, ressalvado o disposto no 
§ 4º do artigo 162, nos seguintes casos:” 
I-cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou 
maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, 
ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador 
efetivamente ocorrido; 
 
Súmula 162. Na repetição de indébito tributário, a correção 
monetária incide a partir do pagamento indevido. 
Súmula 188. Os juros moratórios, na repetição do indébito 
tributário, são devidos a partir do transito em julgado da 
sentença. 
 
Portanto, é devido ao apelante o pagamento do indébito tributário com correção 
tributária e juros moratório. 
VI - DO REQUERIMENTO 
Em virtude do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente 
Recurso de Apelação,a fim de reformar a sentença, haja vista a cobrança indevida 
do ITCD, julgando improcedente o pedido deduzido na exordial. 
 
Termos em que, 
Pede 
deferimento. 
Local e data 
Advogad
o 
OAB/UF 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO FEDERAL DA VARA 
CÍVEL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE DA SEÇÃO 
JUDICIÁRIA DO ESTADO DE 
 
 
 
 
Roberto Carlos, (nacionalidade), (profissão), (estado civil), portador da 
Carteira de Identidade RG nº ….., inscrito no CPF/MF sob o nº …., residente e 
domiciliado na rua ....................................................................................................... , 
nº ….., bairro ……., cidade ……, no Estado de …….. CEP ……., por seu procurador 
infra-assinado, mandato anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, impetrar o presente pedido de 
 
 
 
 
 
HABEAS DATA 
 
Em face do Superintendente Regional da autarquia federal do INSS 
(Instituto Nacional do Seguro Social), Autarquia Federal, sediada na rua, n°, 
bairro,comarca, do Estado, pelas razões de fato e de direito expostas a seguir: 
 
 
 
 
I- DA GRATUIDADE 
 
 
Inicialmente é de extrema importância citar que Habeas Data por 
mandamento constitucional caracteriza-se como ação gratuita nos termos do art.5°, 
inciso LXVII, da Constituição Federal DO Brasil de 1988, c/c o art.21 da lei n° 
9.507/97. 
 
 
 
 
II- DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 
Para a impetração de habeas data a legitimidade é sempre do impetrante 
para informações de si,portanto, é um remédio constitucional personalíssimo. A 
legitimidade ativa para impetração do habeas data está prevista no art.5°, inciso 
LXXII, alínea a, da CF/88 e no art. 7°, inciso I, da Lei n° 9.507/97. 
 
Sendo assim, no caso exposto, o legitimado ativo para impetrar o habeas data é o 
SR. Roberto Carlos, pois visa corrigir informação de caráter personalíssimo no qual 
foi recusado pelo Superintendente Regional do INSS. 
 
Isto posto, a legitimidade passiva do habeas data é sempre do registro ou 
banco de dados das entidades governamentais ou de caráter público, desse 
modo, é sempre de quem tem o dever-poder de conceder vistas, retificação de 
dados referentes ao legitimado ativo, conforme art.5°, inciso LXXII, alínea a, da 
CF/88 e do art. 1°, parágrafo único da Lei n° 9.507/97. 
 
Portanto, o legitimado passivo é o Superintendente do INSS no qual tem o 
dever-poder de corrigir as informações pleiteadas pelo impetrante.
 III – DOS FATOS 
 
Roberto Carlos laborou durante o período de 40 anos na empresa “Cadilac”, tendo 
constatado que, além do tempo de contribuição para com o Seguro Social, preenchia 
os demais requisitos para concessão do benefício de aposentadoria. 
Por conta disso, Roberto ingressou com requerimento do benefício previdenciário junto 
ao INSS, o qual foi deferido pela autarquia federal. 
Ocorre que no dia do recebimento do benefício, não houve nenhum pagamento. Após 
dirigir-se à agência da autarquia mais próxima de sua residência, Roberto notou que 
os números de seu CPF e RG estavam errados no cadastro do órgão, o que 
inviabilizou o recebimento do benefício. 
Diante de tal situação, Roberto Carlos requereu a correção dos seus dados, 
administrativamente, junto ao INSS. 
No entanto, para a sua surpresa o pedido de correção de dados foi indeferido pelo 
Superintendente Regional da autarquia federal, sob o fundamento de que somente o 
Presidente da República poderia retificá-lo. 
 
 
 
 
 
 
IV – DO DIREITO 
 
 
A presente demanda funda-se no descumprimento da obrigação de corrigir 
os dados do impetrante para o recebimento do seu benefício da aposentadoria, 
fatos esses inequívocos e comprovados em razão da comprovação de contribuição 
para com o Seguro Social, e a aprovação para o recebimento do benefício da 
aposentadoria. Portanto, mostra-se comprovado a violação ao direito à informação 
e a impossibilidade do recebimento do benefício previdenciário, no qual já foi negado 
o saque por conta do erro. 
 
Desse modo, está demonstrado o fumus boni iures e o periculum in mora, 
portanto requer o autor que digne-se Vossa Excelência a antecipação da tutela de 
urgência. 
 
 
A Lei 9.507/97, no qual regula o processo de habeas data, em seu art.8°, 
estabelece que a petição inicial do habeas data será instruída com documento que 
comprove “a recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias 
sem decisão” 
 
Considerando o pedido de correção dos dados do impetrante formulado ao 
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no qual foi negado, não resta dúvida que 
estão presentes os pressupostos constitucionais e legais para a interposição deste 
habeas data. 
 
A valer, determina o art.5°, incisos LXXII, alínea b, e XXXIII da Constituição 
Federal, o seguinte: 
“LXXII - conceder-se-á “habeas data”: 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-
lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
 
“XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)” 
 
Portanto, está demonstrado o vilipêndio à dignidade da pessoa humana, 
pois o direito do impetrante à obtenção da correção de seus dados pretendidos 
através de pedido administrativo foi negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social. 
 
 
Ressalta-se, ainda, a lição do eminente autor Alexandre de Morais, in verbis: 
“As jurisprudências do Supremo Tribunal Federal e do Supremo Tribunal de 
Justiça firma-se no sentido da necessidade de negativa da via 
administrativa para justificar o ajuizamento do habeas data, de maneira 
que inexistirá interesse de agir a essa ação constitucional se não houver 
relutância do detentor das informações em fornecê-las ao interessado. 
Tendo o habeas data natureza jurídica de ação constitucional, submetem-se 
às condições da ação, entre os quais o interesse de agir, que nessa 
hipótese configura-se, processualmente, pela resistência oferecida pela entidade 
governamental ou de caráter público, detentora das informações pleiteadas. 
Faltará, portanto, essa condição da ação se não houver solicitação 
administrativa, e consequentemente negativa no referido fornecimento.” 
(Direito Constitucional / Alexandre de Morais. -28. Ed. — São Paulo: Atlas, 
2012,p.151). 
 
 
V – DO PEDIDO 
 
Pelo exposto requer digne Vossa Excelência que determine: 
 
a) a concessão da liminar para a imediata correção dos dados do impetrante; 
 
b) a citação do impetrado para responder sobre a liminar; 
 
c) nos termos do art.9° da Lei 9.507/97, seja ordenada a notificação da autoridade 
coatora para que, no prazo de 10 dias, ratifique os dados e justifique a recusa na 
correção dos dados; 
 
d) nos termos do art. 12 da Lei 9.507/97, seja ouvido o representante do Ministério 
Público no prazo de 5 dias, após findo o prazo referido no item anterior. 
 
e) por fim, com fundamento no dispositivo de lei referido no item a, seja prolatada a 
sentença nos 5 dias seguintes à manifestação do Ministério Público determinando a 
ratificação da liminar. 
 
 
 
 
 
VI- DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de alçada, para os efeitos 
fiscais. Neste termos, pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado (a) - OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
O PARTIDO POLÍTICO ARCO-ÍRIS, inscrito no CNPJ sob o n°…, e no TSE 
sob o número…, devidamente representado no Congresso Nacional, por meio do 
seu Advogado, infra assinado, com procuração anexa, com endereço 
profissional…., local para recebimento de intimações, nos termos do art.77, inciso V, 
do CPC, vem, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 102,inciso I, 
alínea a, c/c art. 103, § 2°, da CRFB/88, propor 
 
 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
 
Em face do Congresso Nacional, pelos motivos a seguir expostos: 
 
 
 
DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 
Conforme previsão expressa do Art. 103 da Constituição Federal, replicada 
pelo Art.2° da Lei n° 9.868/99, acrescidos pela Lei n° 12.063, de 27 de outubro de 
2009, sendo legitimado universal, prescindindo da demonstração de pertinência 
temática, na esteira da jurisprudÊncia do STF 
 
 
 
 
DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
 
 
Trata-se do Congresso Nacional, sendo, portanto, perfeitamente 
evidenciada a legitimidade passiva. 
 
 
 
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA 
 
A competência para processar e julgar a presente ação é originária do 
Supremo Tribunal Federal, conforme o art. 102, inciso I, alínea a da Constituição 
Federal. 
 
 
DO CABIMENTO DA AÇÃO 
 
Cabe ação direta de inconstitucionalidade por omissão, pois o art. 7°, inciso 
XXVII, da CF/88 é norma de eficácia limitada, necessitando de regulamentação 
legal para que se torne efetiva, portanto houve omissão inconstitucional da parte 
do Congresso Nacional no que tange ao dever de 
regulamentar a referida norma para que os direitos dos trabalhadores sejam 
reconhecidos. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão é a ação pertinente para 
tornar efetiva norma constitucional em razão de omissão de qualquer dos 
Poderes ou de órgão administrativo, e neste caso, terá por objeto declarar a 
omissão na regulamentação do Art. 7º, inciso XXIII, da CRFB/88. 
 
O Supremo Tribunal Federal é o órgão jurisdicional competente para 
processar e julgar a ação, segundo o Art. 102 , inciso 1, a, da CRFB/88. 
 
A legitimidade ativa do Partido Político à propositura da ADO está prevista no 
Art. 103, inciso VIII, da Constituição Federal, conforme dispõem o Art. 2º, 
VIlTeo Art. 12-A, ambos da Lei nº 9.868/99, acrescidos pela Lei nº 
12.063/2009. 
 
A legitimidade passiva do Congresso Nacional decorre do fato de sua omissão 
em regular o direito fundamental ao adicional de remuneração para as 
atividades penosas, insalubres ou perigosas, o qual possui eficácia limitada 
necessitando de regulamentação. 
 
 
DA INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
 
O art. 7.º, inciso XXIII, da CRFB/88 determina que é direito dos 
trabalhadores urbanos e rurais: “adicional de remuneração para as 
atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei”. Referido inciso não 
foi regulamentado e desse modo os trabalhadores brasileiros não podem contar 
com esse direito e sua proteção. Há, assim, uma inconstitucionalidade por omissão, 
o que justifica a proposta da Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão 
visando a efetivar o seu acréscimo remuneratório. 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer-se: 
 
a) a intimação do Congresso Nacional para que preste informações no prazo de 
trinta dias, nos termos do art.6°, parágrafo único, da Lei n° 9.868/99; 
b) a intimação do Senhor Advogado-geral da União para que se manifeste no 
prazo de quinze dias, nos termos do art. 12-E, § 2°, da Lei n° 9.868/99; 
c) a oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República, para que emita o seu 
parecer em até quinze dias, nos termos do art. 12-E, § 3°, da Lei n° 9.868/99; 
d) a produção de todas as provas admitidas em direito, na forma do art.14, 
parágrafo único, da Lei N° 9.868/99; 
e) que a presente ação seja julgada procedente, reconhecendo-se a lentidão 
legislativa em regulamentar o art. 7°, inciso XXVII, da CF/88, dando ciência 
ao Poder Legislativo para que adote as providências necessárias 
 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Local e data 
Advogado - OAB/UF

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