Buscar

PROP NEURO PARES CRANIANOS 2

Prévia do material em texto

Prop. Neuro – Pares cranianos 2
Retomando V par, trigêmio
Função:
- Aferente somático geral (raiz sensitiva): Temperatura, dor, pressão e tato da face. Propriocepção (impulsos oriundos dos mm. mastigatórios e articulação temporomandibular.)
- Eferente visceral especial (raiz motora): Mastigação (mm. temporal, masseter, pterigóideo lateral, pterigoídeo medial, milo-hióideo, digástrico (ventre anterior)). N. Mandibular.
Sensitivo: Dor ( neuralgia do trigêmeo) e Hipoestesia.
Motor: Desvio da mandíbula para o lado lesado ao abrir a boca e paresia para mastigação.
- Avalia-se a sensibilidade superficial comparada (táctil, térmica e dolorosa).
Função motora. Reflexo corneal. Reflexo mandibular.
- Alterações:
Nevralgia do Trigêmeo: episódios de dor intensa, presença de pontos de gatilho na parte central da face. (Há sensibilidade aumentada na emergência de vários ramos sensitivos através de cada bainha da fáscia e foramem, e a estimulação dessas zonas de gatilho podem precipitar ataques de dor).
Reflexos: Mandibular; Zigomático; de retração da cabeça; Corneal; nasal ou do espirro; De Bechterew; Trigêmeo braquial.
PARES CRANIANOS
Nervos que fazem conexão com o encéfalo
Olfatório (I par) telencéfalo
Óptico (II par) diencéfalo
Restantes (III ao XII par) tronco cefálico
VII PAR - Nervo Facial
· Raiz motora (n. Facial propriamente dito)
· Raiz sensitiva (n. intermédio)
· Função (nervo facial propriamente dito) eferente visceral especial; mímica facial.
Função (nervo intermédio): eferente visceral especial. Gustação 2/3 anterior da língua. Aferente visceral geral; aferente somático geral; eferente visceral geral (parassimpático); Função lacrimal e salivar (gg. submandibular e sublingual).
Reflexos: Mandibular; Zigomático; de retração da cabeça; Corneal; Nasal ou do espirro; De Bechterew; Trigêmeo braquial.
PARALISIA FACIAL CENTRAL: paresia do andar inferior da hemiface contralateral à lesão (preserva movimento da fronte fechamento ocular).
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: paresia ou plegia de toda a hemiface ipsilateral à lesão.Sintomas de paralisia de Bell:paralisia de Bell = paralisia facial periférica.
Na lesão central tem franzimento da testa (pregas na região frontal), já na periférica não tem tal contração.
– dor atrás do olho; – fraqueza nos músculos de um dos lados da face; – dificuldade em piscar, fechar o olho, sorrir e enrugar a testa; – dificuldade em sentir o gosto de algumas comidas; – olho seco; – salivação excessiva, que escorre dos lábios; – problemas ao mastigar a comida; – sensibilidade aos sons altos; – dor na parte de trás da orelha; – sensação de que a face está torcida em direção a um dos lados; – problemas de dicção; e dor de cabeça.
*A rima desvia sempre para o lado do rosto NÃO comprometido
*Quando é paralisia facial central = a paralisia é contralateral => o desvio de rima é do mesmo lado da lesão cerebral (Compromete a metade inferior – Mexe a testa)
*Quando a paralisia é periférica = a paralisia é do mesmo lado que a lesão => desvio da rima para o lado contrário a lesão cerebral (Toda hemiface comprometida – Não mexe a testa do lado comprometido). 
Na lesão central, o desvio de rima é para o lado NÃO comprometido, portanto na paralisia facial periférica é contralateral a lesão (porque a paralisia ipsilateral) e na paralisia facial central é ipsilateral a lesão (porque a paralisia é contralateral).
VIII PAR - Nervo Vestíbulo-coclear
Função: Aferente somática especial Equilíbrio - parte vestibular (transmite informação sobre a posição e movimentação do corpo). Audição - parte coclear.
O primeiro teste semiológico realizado tem como finalidade avaliar a porção vestibular do nervo.
Teste de Romberg: Consiste em pedir que o paciente fique de pé, com os pés juntos e os braços ao lado do corpo, o examinador se posiciona ao lado do paciente com os braços ao redor do mesmo de modo a evitar quedas, e então pede ao paciente que feche os olhos. Se o nervo estiver lesado, ele cairá pro lado da lesão.
Teste de Romberg O paciente é colocado em posição ortostática, com os calcanhares unidos e pontas dos pés separados em 30°, cabeça reta, braços ao longo do corpo na posição anatômica, olhos fechados (para inibir a visão) durante um minuto.
O exame é considerado alterado se houver queda!
Quando o teste traz dúvidas, podemos sensibilizá-lo através de algumas manobras: Manobra de Jendrassik: mãos em oposição e cotovelos na horizontal. 
Romberg-Barre: colocando-se em pé um diante do outro, em linha reta, diminuindo a base de sustentação.
AUDIÇÃO: percepção da energia das ondas sonora. (são ondas de pressão com picos de ar comprimido alternados com vales, onde as moléculas ar estão mais afastados).
Sussurre um número em cada uma das orelhas e peça para o paciente repetir. . Se for detectada perda: Teste Rinne, Teste de Weber, Otoscopia e Audiometria.
Teste de Rinne
1. Toque em um diapasão de 512 Hz e coloque sua base no processo mastoide
2. Pergunte ao paciente se ele é capaz de ouvir (condução óssea)
3. Se ele conseguir ouvir peça que avise quando não puder mais ouvir.
4. Quando o paciente não conseguir ouvir o som pelo processo mastoide, mova o diapasão para aproximadamente 2.5 cm do meato auditivo externo
5. Pergunte ao paciente se ele consegue ouvir o diapasão (isso é condução de ar)
6. Se o paciente conseguir ouvir o diapasão por via aérea (depois que não puder mais ouvir pela via óssea), isso sugere que a condução aérea é melhor do que a via óssea (Rinne é positivo).
Normal = Condução aérea > Condução óssea (Confundidamente denominado "positivo de Rinne", apesar de ser o resultado normal. Provavelmente é melhor evitar esse termo e apenas descrever o resultado)
• Surdez neural = Condução aérea > Condução óssea (condução aérea e óssea reduzidas porém mantem-se uma diferença)
. Surdez condutiva = condução óssea > condução aérea ("Rinne's negativo")
 Também utilizado para testar a audição, por condução aérea e óssea. O teste também faz uso de diapasão, que deve ser estimulado a vibrar e então encostado perpendicularmente no processo mastoide. O paciente deve avisar quando deixar de ouvir o zumbido. Ainda com o diapasão vibrando aproxime-o (sem encostar) da orelha do paciente e pergunte se o paciente ainda ouve o zumbido. O normal é que o tempo de percepção aérea seja maior que a percepção óssea. 
Na perda auditiva condutiva o paciente apresenta condução óssea maior que a área. Na perda auditiva neurossensorial as conduções óssea e aérea estão diminuídas, sendo que a condução aérea ainda se sobressai um pouco.
Teste de Rinne - Finalidade: Comparar CA com CO:
Normal = Rinne Positivo som mais alto no CAE (CA>CO) Anormal = Rinne Negativo som mais alto no mastoide (CA<CO)
Teste de Rinne - Resultado: 
Rinne Negativo Verdadeiro Hipoacusia de condução = CA<CO
Rinne Negativo Falso Hipoacusia sensorial severa no lado testado, com audição normal na outra orelha (o som é escutado pela orelha boa contralateral).
O Teste de Weber:
É necessário utilizar um diapasão.
Para realizá-lo deve estimular a vibração do diapasão e, então, colocar a haste única no topo do crânio do paciente (no centro), no meio da testa ou acima do lábio superior sobre os dentes.
Feito isso, pergunte ao paciente em qual orelha o som é escutado melhor.
O teste pode detectar uma perda auditiva de condução ou neurossensorial.
Se de condução, o som será mais ouvido na orelha afetada, pois o som será transmitido diretamente pelos ossos do crânio e não pela orelha.
E se a causa for neurossensorial o som será mais intenso na orelha não afetada, pois a orelha afetada absorve menos o som, ainda que o som seja transmitido diretamente.
TESTE DE WEBER - Finalidade: Diferenciar entre hipoacusia unilateral condutiva de sensorial 
Resultado: Normal = som percebido na linha média ou ambas as orelhas (=mesma audição bilateral) 
Anormal = Som mais alto em um lado • Hipoacusia Condutiva = som mais alto no lado afetado • Hipoacusia Sensorial= som mais alto na orelha normal
Utilizados para testar a audição, por condução aérea e óssea. Como dito, o teste de Rinne e o teste de Weber devem ser associados para confirmar a causa da perda auditiva. Em suma, na surdez de condução, a vibração do teste de Weber lateraliza para o lado afetado e o teste de Rinne é negativo. 
Já na surdez neurossensorial, o teste de Weber lateraliza para o lado não afetado e o teste de Rinne é positivo.
Termos importantes
- hipoacusia (redução da audição),
- anacusia (perda completa da audição)
- hiperacusia (excesso de som)
- disacusia (leva a alteração na qualidade do som)
- paracusia (perversão ou distorção da audição; o paciente escuta melhor em ambiente com ruídos do que em um ambiente silencioso)
Perda Auditiva Condutiva Diminuída CO>CA (Rinne negativo ou normal) Lateraliza-se para o lado Anormal.
Perda Auditiva Sensorial Diminuída CA>CO (Rinne positivo ou normal) Lateraliza-se para o lado Normal.
OD = perda auditiva condutiva / OE = limiares auditivos normais Rinne negativo na OD e positivo na OE. Weber lateralizado para à direita.
OD = perda auditiva neurosensorial / OE = limiares auditivos normais Rinne positivo em ambas as orelhas e Weber lateralizado para a OE.
AO limiares auditivos normais. O que pode ser observado na acumetria? Rinne positivo em ambas as orelhas e Weber indiferente.
IX PAR - Nervo Glossofaríngeo
Função :
- Aferente:
Visceral Especial (sensibilidade geral): Gustação no 1/3 posterior da língua; Faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.
Visceral Geral (sensibilidade geral): 1/3 posterior da língua; faringe; úvula; tonsila; tuba auditiva; seio e corpo carotídeo
- Eferente :
Visceral Geral: Inervação da parótida; inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais
Visceral Especial (fonação): Mm. da faringe e laringe (n. laríngeo recorrente).
X PAR - Nervo Vago
Ganglio Jugular (superior) - Ramo auricular(nervo de Arnold) e meníngeos - Ganglio Nodoso(inferior)
↓
Laríngeo superior. Segue entre a carótida interna veia jugular interna - ramos cardíacos e o nervo laríngeo recorrente.
↓
Entra no tórax e envia ramos pulmonares e
esofágicos. Passa o diafragma e termina nos
órgãos abdominais.
Parte Parassimpática
Hipotálamo, núcleo do trato solitário, formação reticular e sistema olfatório (nucleo motor dorsal do vago)
↓
Inervação das vísceras vagais Coração; musculatura lisa das vias aéreas e intestino.
Funções parassimpáticas do vago: bradicardia, hipotensão arterial, broncoconstrição, broncorréia, aumento peristaltismo e da secreção gástrica e inibição da suprarrenal.
Parte motora
 Lesões do vago
•Lesões supra nucleares bilaterais - disfagia e disartria.
•Lesões extra piramidais - dificuldade de deglutição, espasmo da laringe com estridor
•Lesões infranucleares - lesão da base do cérebro como meninges, aneurismas, no forame jugular ou ao
•Lesões ao longo do trajeto do X nervo - lesões expansivas, iatrogênicas e traumáticas.
a lesão mais comum - recorrente laríngeo
•carcinoma da tiroide, adenopatia cervical, lesão metastática, doença de Hodgkin
•aneurisma da aorta, pericardite, tumores do mediastino
•estenose mitral pelo aumento do átrio esquerdo
•ferimentos por arma branca no pescoço
Rouquidão!
IX e X - GLOSSOFARÍNGEO E VAGO
Avalie a qualidade e o volume da fala quanto à rouquidão e quietude (disartria, disfonia).
Peça ao paciente para abrir a boca e dizer 'Ahhhh' 
(observe a assimetria palatal e o desvio uvular do lado da lesão). Ofereça-se para testar o reflexo de vômito esquerdo e direito separadamente. Se alguma dificuldade na fala ou sensação / movimento palatais anormais oferecer avaliação SALT.
Via aferente (fibras do glossofaríngeo) bulbo raquidiano via eferente.
Repouso: assimetria do palato mole, com queda do arco palatino no lado lesado. 
Movimento: lateralização da úvula, indica uma lesão do lado oposto ao desvio da úvula. Isso é conhecido como “sinal da cortina”. Nas lesões motoras unilaterais, observa-se o “sinal da cortina”. O palato do lado afetado não se eleva ao pronunciar as vogais “a” ou “e”, promovendo desvio da úvula e da rafe mediana da faringe para o lado são.
Reflexo nauseoso reduzido ou ausente no lado da lesão.
XI PAR - Nervo Acessório
Função:
- eferente visceral especial: mm da laringe (raiz craniana nervo laríngeo recorrente) e mm esternomastoideo e trapézio (raiz espinhal)
- eferente visceral geral.
Semiologia: Peça ao paciente para encolher os ombros e mantê-los lá contra resistência (trapézio). Peça ao paciente que vire a cabeça e empurrando contra a mão do examinador (esternocleidomastóideo).
ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO: déficit para a rotação do pescoço para o lado normal. 
TRAPÉZIO: ombro caído no lado lesado.
XII PAR - Nervo Hipoglosso
Inspecione a língua em repouso: Fraqueza e tremores presentes na doença dos neurônios motores; Desvio da língua para o lado da lesão na patologia do LMN.
Teste o poder da língua contra cada bochecha.
MOVIMENTAÇÃO DA LÍNGUA
PROTRUSÃO: desvio da língua para o lado lesado. RETRAÇÃO: desvio da língua para o lado normal.exame semiológico do XII nervo, pois quando o paciente realizar protusão da língua, ela se desviará para o lado da lesão. E durante a avaliação da língua em repouso dentro da boca, o que se observará é o desvio contralateral à lesão. 
DISFUNÇÃO DO NERVO HIPOGLOSSO
Se houver lesão do nervo hipoglosso, um lado da língua fica paralisado. O efeito da lesão pode ser percebido durante o exame semiológico do XII nervo, pois quando o paciente realizar protusão da língua, ela se desviará para o lado da lesão. E durante a avaliação da língua em repouso dentro da boca, o que se observará é o desvio contralateral à lesão. 
Nervos que inervam a lingua
Escala de Coma de Glasgow
Pontuação ECG= (O [4] + V [5] + M [6]) = Melhor Pontuação Possível 15; Pior Pontuação Possível 3. Se uma área não puder ser avaliada, nenhuma pontuação numérica será dada àquela região e será considerada “não testável”.

Continue navegando