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@resumosdamed_ 1 ANATOMIA E SEMIOLOGIA DO V, VII E VIII NERVOS CRANIANOS CASO CLÍNICO 01: Homem, 62 anos, previamente hígido. QUAIS ESTRUTURAS PASSAM PELA FISSURA ORBITAL SUPERIOR? • n. oculomotor • n. troclear • n. abducente • ramo oftálmico do n. trigêmeo NERVO TRIGÊMEO O quinto nervo craniano (NC V) ou trigêmeo é o maior dos nervos cranianos. É um nervo misto constituído de um componente sensorial (maior parte) e um componente motor muito menor. Recebe esse nome porque possui três divisões: oftálmica (V1), maxilar (V2) e mandibular (V3). SENSITIVO NERVO OFTÁLMICO (V1) • maior parte do nariz, pálpebra superior, olhos, fronte e couro cabeludo (até o vértice). @resumosdamed_ 2 NERVO MAXILAR (V2) • partelateraldonariz,pálpebrainferior,bochecha, lábio superior, dentes e gengiva superiores... NERVO MANDIBULAR (V3) • lábioinferior,queixo,articulação temporomandibular, 2/3 anteriores da língua, dentes e gengiva inferiores... EXAME CLÍNICO DA FUNC ̧ÃO SENSORIAL O exame da parte sensitiva do trigêmeo obedece ao mesmo princípio do exame de sensibilidade no restante do corpo, com exceção da propriocepção e sensibilidade vibratória, que não podem ser testadas de maneira adequada. Deve-se perguntar ao paciente se os estímulos (tato, dor e temperatura) parecem os mesmos dos dois lados da face (nunca se deve sugerir que possam ser diferentes). Por vezes, é útil examinar narinas, gengivas, língua e o interior das bochechas.1 Há três perguntas a serem respondidas diante de um paciente com queixa de perda sensorial facial: 1. A perda sensorial é orgânica? 2. Quais modalidades sensoriais estão envolvidas? 3. Qual a distribuição da perda sensorial? Nem todas as queixas de alteração da sensibilidade facial são orgânicas. Alguns métodos podem ser utilizados para responder a essa pergunta. Pacientes com perda sensorial não orgânica podem queixar-se de hipoestesia na fronte demarcada pela linha capilar e não pelo vértice do couro cabeludo. Na parte inferior da face, a perda sensorial funcional tende a envolver a área não inervada pelo trigêmeo. Os reflexos devem estar normais. Como o osso frontal e a maxila são únicos, não deve haver diferença na sensibilidade vibratória de qualquer lado da face. Dissociação da perda sensorial na face (dor e temperatura versus tato leve) pode diferenciar lesões, afetando o núcleo do trato espinhal do trigêmeo de lesões, afetando o núcleo sensitivo principal, respectivamente. Lesões de divisões específicas (V1 e/ou V2 e/ou V3) são distais ao gânglio gasseriano e resultam em perda sensorial confinada ao território cutâneo inervado pela divisão correspondente. Lesões no gânglio gasseriano ou proximais a ele resultam em perda sensorial que afeta toda a face ipsolateral. Lesões no tronco encefálico (em sua porção inferior) ou medula cervical alta podem resultar em uma perda sensorial com padrão onion-skin ou casca de cebola de Dejerine, em que a perda sensorial se restringe à parte lateral da face (em razão de sua inervação ser suprida por fibras caudais do núcleo do trato espinhal do trigêmeo). Já lesões mais rostrais no mesmo núcleo tendem a resultar em hipoestesias perioral e perinasal (regiões mediais), por causa da organização somatotópica das fibras destinadas à inervação sensitiva da face medial. MOTOR Sensibilidade da face Compara se um lado é parecido com o outro. Sensibilidade geral dos 2/3 anteriores da língua São testados os dois lados para ver se são parecidos. Musculatura mastigatória @resumosdamed_ 3 Coloca-se a mão na articulação temporamandibular para ver se ela está forte. O córtex motor de um único lado do cérebro inerva bilateralmente os núcleos motores do nervo trigêmeo, logo lesões em um único lado no neurônio motor superior raramente causa comprometimento da função motora do nervo trigêmeo. • Linha de implantação do cabelo X vértice do couro cabeludo • Ângulo da mandíbula • Linha mediana da face • Vibração diferente • Reflexos do nervo trigêmeo Reflexo mandibular O examinador deve colocar seu dedo indicador sobre o queixo do paciente de modo a manter a boca do paciente levemente entreaberta e, então, percutir o dedo com o martelo de reflexos. A resposta é um espasmo ascendente da mandíbula. A alça aferente é realizada por fibras sensitivas Ia da divisão mandibular do nervo trigêmeo (oriundas dos fusos musculares) que se projetam ao núcleo mesencefálico do NC V. A alça eferente também se dá pela divisão mandibular, por fibras que se originam no núcleo motor do NC V. Lesões em qualquer lugar desse arco reflexo resultam em depressão do reflexo mandibular ipsolateral, enquanto lesões supranucleares bilaterais resultam em acentuação da resposta. Reflexo córneo-palpebral É evocado tocando-se delicadamente a córnea (e não a esclera, pois pode gerar um falso-negativo) com um chumaço de algodão. É importante pedir que o paciente olhe para um lado, e, daí, o examinador toca a borda lateral da córnea do olho contralateral (isto é feito para evitar o piscamento pelo reflexo de ameaça). A resposta esperada é uma piscada direta e consensual. A alça aferente é a divisão oftálmica do nervo trigêmeo (V1 – córnea superior) e maxilar (V2 – córnea inferior). A alça eferente envolve o nervo facial (ipsolateral e contralateral) com contração dos músculos orbiculares. Em uma lesão ipsolateral do NC V há perda das respostas ipsolateral e contralateral do reflexo corneano (nenhum dos olhos pisca). Em uma lesão unilateral do NC VII, a resposta direta pode estar comprometida, mas o reflexo consensual deve estar normal. A estimulação do lado oposto produz uma resposta direta normal, mas uma resposta consensual comprometida. O centro de integração desse reflexo dá-se nos núcleos sensitivo principal, trato espinhal do trigêmeo e núcleos faciais bilateralmente EXAME CLÍNICO DA FUNC ̧ÃO MOTORA A avaliação da função motora do trigêmeo consiste em solicitar ao paciente que contraia com força a mandíbula (fechar a boca com força), enquanto se palpa o masseter e o temporal superficial, e que abra a boca e faça movimentos de lateralização da mandíbula contra a resistência (didução mandibular), para se testar os pterigoides. Um outro teste interessante da função motora é interpor-se um abaixador de língua entre os dentes das arcadas maxilar e mandibular de cada lado, solicitando ao paciente que abra e feche a boca com força (avaliando-se perfeitamente o masseter e o temporal superficial através da impressão dentária dos molares). @resumosdamed_ 4 Fraqueza motora unilateral do trigêmeo (que causa fraqueza do pterigoide ipsolateral) causa desvio da mandíbula para o lado da fraqueza após abertura da boca (assim como a língua na lesão unilateral do NC XII). Para melhor avaliar o desvio, peça ao paciente que mostre os dentes, verificando, dessa forma, a linha dos incisivos inferiores, que estará desviada para o lado lesado. Fraqueza unilateral dos músculos inervados pelo NC V indica geralmente lesão envolvendo o tronco cerebral, o gânglio gasseriano ou a raiz motora do NC V na base do crânio. Fraqueza bilateral com incapacidade de fechar a boca (queixo caído) sugere doença do neurônio motor, doença de junção neuromuscular ou uma miopatia, além de lesões supranucleares. Caso clínico 2 Mulher, 55 anos, com dor intensa na região mandibular, em choque, duração máxima de 1 minuto, que inicia todas as vezes que vai escovar os dentes. Diagnóstico: neuralgia do trigêmeo. Quando suspeitar? Quando a mulher esta perimenopalsa, mais comum em mulheres que em homens e é uma dor em pontada ou em queimação que dura no máximo 2 minutos, mas e de forma paroxística (dura no máximo 2 minutos, mas são vários eventos) tem acometimento do trigêmeo, mais recorrente em v2 e v3. CASO CLÍNICO 03: Homem, 34 anos, imunossuprimidodevido a transplante renal, aparece para você com estas lesões Diagnóstico: herpes zoster (nome do vírus) em território trigemial Atinge mais o V1. Geralmente na infância o paciente teve varicela, mas o vírus fica alojado no gânglio acometido e desenvolve essa doença, posteriormente à quimioterapia, imunossuprimido, idoso à que ativa o vírus novamente. Mas pode ocorrer em varios lugares, não só em face. NERVO FACIAL O sétimo nervo craniano (NC VII) ou nervo facial é um nervo misto, predominantemente motor, que inerva os músculos da expressão facial, assim como os músculos do couro cabeludo, ouvido, bucinador, platisma, estapédio, estilo-hioide e o corpo posterior do digástrico. Possui, ainda, função parassimpática secretora ao inervar as glândulas salivares submandibular e sublingual, lacrimal e as membranas mucosas das cavidades oral e nasal, além de função sensorial, ao mediar o paladar dos dois terços anteriores da língua e a sensação exteroceptiva do tímpano e do canal auditivo externo. O núcleo motor do NC VII está localizado na formação reticular do tegumento pontino. Os núcleos faciais recebem inervação supranuclear do terço inferior do giro pré-central, na área facial do homúnculo motor. A área do núcleo que inerva a metade inferior da face recebe controle predominantemente supranuclear contralateral, enquanto que a parte do núcleo que inerva a metade superior da face tem controle bilateral. A raiz intrapontina do nervo facial origina-se na região dorsal do núcleo, e as fibras dirigem-se rostralmente para contornar o núcleo do NC VI (região chamada de joelho interno do nervo facial). Dessa forma, lesões intraxiais do tronco envolvendo o NC VI, geralmente, afetam o sétimo par concomitantemente. O nervo facial sai da ponte na junção bulbopontina, atravessa o espaço subaracnóideo no ângulo cerebelopontino e entra no meato acústico interno junto com o nervo intermédio e contorna o gânglio geniculado (joelho externo do nervo facial), entra no canal facial e sai do crânio pelo forame estilomastóideo para inervar os músculos da mímica facial, do couro cabeludo e o platisma, além dos músculos do ouvido. Durante este trajeto e antes de inervar os músculos da mímica facial, ele emite 3 ramos principais (importantes na localização de lesões ao longo do trajeto nervoso): O ramo @resumosdamed_ 5 petroso superficial maior (proximal ao gânglio geniculado), o ramo para o estapédio e o ramo corda do tímpano (distais ao gânglio geniculado). O nervo intermédio (nervo de Wrisberg) é a divisão sensitiva e parassimpática do NC VII. Ele leva fibras pré-gangliônicas do núcleo salivatório superior ao gânglio submandibular e pterigopalatino, a partir dos quais saem fibras pósgangliônicas para as glândulas salivares. Também recebe fibras oriundas do gânglio geniculado (que carreiam a sensação gustativa dos dois terços anteriores da língua e sensação exteroceptiva do ouvido) para os núcleos dos tratos solitário e espinhal do trigêmeo, respectivamente. CASO CLÍNICO 04: Mulher, 35 anos, iniciou um sintoma de dor de ouvido direito, no dia seguinte notou que a boca estava “estranha” e hoje ao acordar estava assim à é uma paralisia periférica. EXAME CLÍNICO DAS FUNC ̧ÕES MOTORES A função dos músculos inervados pelo NC VII é avaliada pela inspeção e por testes para motilidade facial. Na inspeção, notar assimetrias na face, nas linhas faciais, a presença de atrofias ou de fasciculações. Observe a simetria e frequência do piscamento e movimento dos lábios durante o discurso, bem como a posição das pálpebras e a largura das fissuras palpebrais. Uma fissura palpebral unilateralmente larga pode sugerir uma lesão do nervo facial, causando perda do tônus no músculo orbicular do olho daquele lado. Note a presença de contração muscular anormal, como na distonia facial (contração fixa anormal focal da face, resultando em expressão facial curiosa), nas sincinesias (contrações anormais da face sincrônicas com movimentos de piscar e da boca, resultado de regeneração aberrante de uma paralisia facial prévia) e a presença de espasmo hemifacial. O paciente deve ser solicitado a elevar as sobrancelhas, enrugar a fronte, fechar bem os olhos (orbicular do olho), mostrar os dentes enquanto repete uma sentença com sons bilabiais (p. ex., “b”, “p”, ativando o orbicular da boca), encher a bochecha de ar (bucinador) e abrir a boca, cerrando os dentes (platisma). Durante esses testes, deve-se tentar estabelecer resistência (como tentar puxar a sobrancelha para baixo ou abrir o olho fechado com auxílio dos polegares do examinador, e tentar forçar a saída de ar das bochechas infladas, comprimindo-as com os dedos). MOTOR As fibras saem do córtex motor primário, da área que faz a inervação da face, chegam à ponte e inervam a face lateral, porém uma alguns passam pelo núcleo e inervam o andar superior da face, como na imagem abaixo. @resumosdamed_ 6 Paralisia facial periférica (A) versus paralisia facial central (B). A lesão periférica e quando a lesão e depois dos núcleos e tem uma paralisia de todo o lado a face, já saíram do SNC (acomete o ipsci lateral – lado da lesão e o mesmo da paralisia), a lesão central tem o acometimento da parte inferior contralateral, pois as fibras vão para o outro lado, não atinge a superior, pois ele é inervado pelos dois lados. FENO ̂MENO DE BELL pede para fechar os olhos à no lado da paralisia ele não consegue. REFLEXO GLABELAR Percussão da glabela com martelo de reflexos promove contração reflexa dos orbiculares dos olhos. Aferência NC V. Eferência NC VII. A exacerbação desse reflexo representa sinal de liberação frontal, além de ser frequente nas síndromes parkinsonianas (Sinal de Myerson) Aferência: Trigêmeo (V1) Eferência: Facial REFLEXO CÓRNEO- PALPEBRAL Aferência: Trigêmeo (V1) Eferência: Facial CASO CLÍNICO 04: Mulher, 35 anos, iniciou um sintoma de dor de ouvido direito, no dia seguinte notou que a boca estava “estranha” e hoje ao acordar estava assim. @resumosdamed_ 7 SENSITIVO CASO CLÍNICO 05: Adolescente 14 anos, chega para você: • Início gradual ou súbito • Vertigem – Zumbido - Hipoacusia • Presença de outros nn cranianos • Imunocomprometidos • Histórico de neoplasia • Aumento das parótidas ou otite • Vesículas ou língua fissurada • Não melhora em 3-6 meses • Paralisia facial bilateral NERVO VESTIBULOCOCLEAR O NC VIII ou nervo vestibulococlear possui dois componentes, o vestibular (que é responsável pelo equilíbrio, a coordenação e a orientação no espaço) e o coclear (responsável pela audição). Apesar de terem um trajeto semelhante através do crânio, os dois componentes originam-se de receptores periféricos distintos, com conexões centrais diferentes e, assim, funcionalmente diferentes @resumosdamed_ 8 NERVO COCLEAR Exame clínico de audição esta parte do exame, muitas informações já podem ser obtidas durante a anamnese, como ao notar sinais de surdez (tendência a virar a cabeça para escutar, ler lábios ou falar em voz alta), história de dificuldade para usar o telefone, ouvir conversas em ambientes barulhentos ou queixas familiares. Antes de iniciar o exame da audição realiza-se otoscopia para excluir lesão da membrana timpânica ou presença de corpos estranhos (como cerúmen ou pus) e exame da região mastoide em busca de sinais flogísticos. Hipoacusia condutiva refere-se ao comprometimento da condução do som à cóclea por lesão entre o meio ambiente e a janela oval (como na obstrução por corpo estranho ou cerúmen e nas doenças do ouvido médio), enquanto hipoacusia neurossensorial se deve à lesão da cóclea (como na doença de Ménière) ou do NC VIII (como no neurinoma acústico). Hipoacusia central é causada por doença das vias auditivas centrais (muito rara em razão da bilateralidadee redundância do sistema auditivo). O diapasão pode ser usado em diversas manobras úteis. No teste de Schwabach, o examinador toca a mastoide do paciente com o diapasão vibrando e solicita que ele informe quando deixar de escutar o som. Após findado o som, o examinador compara a duração do som com o seu próprio osso mastoide e conclui se há ou não perda auditiva (após continuar ouvindo ou não o som). O teste é considerado normal, se a duração da condução óssea (CO) testada for igual entre examinador e paciente. O teste é dito prolongado, se a CO for maior no paciente em comparação ao examinador (hipoacusia condutiva). O teste é considerado diminuído, se a duração da CO for menor no paciente em comparação ao examinador (hipoacusia neurossensorial). No teste de Rinne, compara-se a condução óssea à aérea (CA) do próprio paciente. Neste caso, o esperado é que, imediatamente após deixar de ouvir o som produzido pelo diapasão em contato com a mastoide daquele lado, o paciente continue ouvindo o som da vibração, quando o diapasão é justaposto à sua orelha sem tocá-la, já que normalmente a condução aérea é maior que a óssea. Diz-se que o teste é positivo, quando o paciente continua ouvindo o som e negativo, quando o paciente permanece sem ouvir o som após a remoção do contato do diapasão com a mastoide e seu posicionamento justa-auricular daquele lado. Nesse último caso, temos um teste sugestivo de hipoacusia condutiva (a lesão dificultou a transmissão do som até o ouvido interno, prejudicando a condução aérea, com preservação da condução óssea). No primeiro caso (teste positivo) ou teremos um sujeito com audição normal ou sugestivo de hipoacusia neurossensorial (nesse caso, a lesão prejudica ambas as formas de transmissão do som, mantendo a superioridade da condução aérea). Outro teste clínico para audição é o de Weber, em que o examinador coloca o diapasão em vibração na linha média do crânio (em geral no vértice ou na fronte) e espera-se que o som seja percebido de forma igual em ambos os ouvidos. Quando há assimetria, o paciente escuta melhor em um dos ouvidos. Na hipoacusia condutiva, o teste de Weber lateraliza para o lado acometido, enquanto, na hipoacusia neurossensorial, o teste de Weber lateraliza para o lado normal. A sensibilidade destes testes mencionados anteriormente é abaixo do aceitável. TIPOS DE HIPOACUSIA: • Condutiva: comprometimento da condução do som à cóclea por lesão entre o meio ambiente e a janela oval (corpo estranho ou cerúmen); • Neurossensorial: se deve à lesão da cóclea (como na doença de Ménière) ou do oitavo nervo (como no neurinoma acústico). @resumosdamed_ 9 O teste consiste no posicionamento do examinador a 30 cm do paciente com os braços estendidos lateralmente a uma distância de 70 cm equidistante tanto do ouvido do paciente quanto do examinador. Aplicam- se estímulos com os dedos das mãos (forte e fraco) a essa distância e espera-se que o paciente levante a mão se ouvir o estímulo. O examinador deve treinar como realizar os estímulos (forte e fraco) com os dedos antes de aplicar o teste. Na ausência de percepção, aplicam-se os estímulos a 35, 10 e 2 cm. Rinnie: • Positivo: o paciente continua ouvindo o som (CA > CO) – normal ou hipoacusia neurossensorial • Negativo: o paciente continua sem ouvir o som (CO > CA) – hipoacusia condutiva Weber: • Normal: Não lateraliza • Hipoacusia condutiva: lateraliza para o lado doente • Hipoacusia neurossensorial: lateraliza para o lado normal NERVO VESTIBULAR Caso 06: Mulher de 55 anos, vem para você com queixa de tontura. • Escurecimento visual • Sensação de “corpo gelado” • Sensação de desmaio @resumosdamed_ 10 DEFINIC ̧ÃO DE VERTIGEM: Ilusão de movimento do corpo ou do ambiente ou distorção da sensação de automovimentação da cabeça ou corpo. Sensação de rodar o ambiente (vertigem objetiva) ou o próprio indivíduo (vertigem subjetiva). Realizar aferição da pressão (em decúbito e após 3 minutos em ortastase), ausculta cardíaca e realizar exame de glicemia capilar. Bloqueio átrio vestricular CASO CLÍNICO 07: Rapaz, 18 anos, com queixa de tontura (tudo rodando/girando), além disso refere náuseas e vômitos à características de vertigem. Existem três características principais na história clínica e cinco pontos do exame físico que podem ser usados para tomar essas decisões. HISTÓRIA CLÍNICA Tempo/duração do sintoma, caracterização do sintoma e circunstâncias em que ele ocorre TEMPO/DURAC ̧ÃO • Agudo: ≤ 3 dias • Crônico: > 3 dias • Recorrente(episódios)–determinar duração em segundos, minutos ou horas. CARACTERIZAC ̧ÃO DO SINTOMA • Vertigem • Tontura • Sensação de desmaio • Marcha instável Sintomas associados @resumosdamed_ 11 CIRCUNSTA ̂CIAS • Espontâneo • Desencadeado • Fatoresdepiora EXAME FÍSICO Reflexo vestíbulo-ocular (vor), pesquisa do nistagmo, pesquisa do desvio- skew, equilíbrio estático (romberg) e equilíbrio dinâmico (marcha) REFLEXO VESTÍBULO- OCULAR (VOR) • Via de integração: núcleos vestibulares (bulbo) com núcleos da motricidade ocular extrínseca (ponte e mesencéfalo) Movimenta os olhos na mesma velocidade, mas no sentido oposto ao do movimento da cabeça. TESTE DO IMPULSO DA CABEÇA (HEAD IMPULSE TEST) @resumosdamed_ 12 PESQUISA DO NISTAGMO • Espontâneo à fixar em um objeto e observa • Evocado pelo olhar à fixar em um objeto a 30º • Provocado à sacudir a cabeça 20 vezes • Posicionalà manobras posicionais • Posição externa à fisiológico • Tipo: central. • Bate para o lado: esquerda • Muda de direção: sim, ou seja, central à se não muda e periférica. • Inibido pela pichação ocular: @resumosdamed_ 13 PESQUISA DO DESVIO SKEW • Definição: é um desalinhamento ocular vertical sem fraqueza da muscular ocular extrínseca. EQUILÍBRIO ESTÁTICO Através do sistema vestibular que temos uma noção de onde nossa cabeça esta posicionada no espaço. à não apresenta lado preferencial. sempre cai para a direita. EQUILÍBRIO DINA ̂MICO (MARCHA) Velocidade da marcha, largura da base, comprimento do passo, balanço do braço, giro do tronco, desvios do caminho e movimento da cabeça. TESTE FUKUDA @resumosdamed_ 14 Caso clínico 08 Homem de 57 anos, previamente hipertenso, diabético e tabagista, chega para você com queixa súbita de tudo girando. Caso clinico 09 Mulher, 70 anos, tudo girando, desequilíbrio, principalmente ao deitar-se, varias vezes ao dia e curta duração. MANOBRA DE DIX-HALLPIKE manobra diagnostica @resumosdamed_ 15 MANOBRA DE EPLEY manobra de correção REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Semiologia Neurológica Unicamp
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