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ANÁLISE CRÍTICA - Ferreira Gullar - João boa morte

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ANÁLISE E CRÍTICA 
Observa-se que a manifestação artística se segue no decorrer da história como um instrumento de exposição de sentimentos, denúncias e elucidações históricas e sociais, anunciadas das mais diversificadas formas, seja nas artes plásticas, teatro, música e em versos. Semelhante afirma Candido (2014), em seu livro Literatura e Sociedade: “A obra é autônoma, mas, foi formada por coisas que vieram de fora dela, por influencias da sociedade, da ideologia do tempo, do autor”. Nessa perspectiva, observa-se o quanto o fator social influencia na escrita do autor, e em relação a Ferreira Gullar esse fato se confirma. 
O poema João Boa-Morte, Cabra Marcado para Morrer, não apresenta, apenas, resquícios marcantes do contexto social vivido pelo poeta, mas mostra o itinerário histórico do seu país e suas manifestações críticas através da arte poética. As informações expostas mostram as diversas características do contexto social, como a exploração dos patrões denominados no poema como Coronéis e latifundiários, a injustiça, fome, pobreza, medo de morte ante o posicionamento contrário a aquela opressão. 
Versificação, Métrica e Rima
Semelhante às demais obras escritas na estrutura de cordel, o poema João Boa Morte – Cabra Marcado para morrer é composto por uma métrica permanente, fazendo com que durante a leitura seja perceptível sua musicalidade. Afirmam certos críticos literários e poetas que a poesia está mais próxima da música do que da literatura, e em relação à literatura de cordel esse entendimento é real e concreto. 
Temática Poética 
Normalmente os temas abordados dentro dos cordéis tratam dos costumes locais onde esse tipo de escrita é mais usado. É costumeiro encontramos temas como lendas, gírias, e acontecimentos do cotidiano do nordeste. No entanto, Ferreira Gullar usara dos acontecimentos reais que existia na sociedade do nordeste brasileiro para retratar por meio da literatura de cordel suas críticas ao que estava moralmente errado naquela época. 
POSSÍVEIS TEMAS ABORDADOS NO POEMA:
Exploração dos Patrões 
Gullar retrata no poema a revolta do povo em meio à miséria vivida no nordeste, “trabalhava noite e dia/ nas terras do fazendeiro./ mal dormia, mal comia,/ mal recebia dinheiro” foi por conta dessa situação econômica, onde alguns denominados como barões ou coronéis possuírem uma quantidade exorbitante de terra e outros nada para poder plantar e sobreviver que surgem as primeiras revoltas. 
Observa-se que a vulnerabilidade social e econômica é o principal fator para a exposição dos trabalhadores rurais à situação de serviço degradante. A pobreza é o fator principal para essa situação. 
Crítica aos grandes Latifundiários 
	O poeta crítica e aponta a má administração dos donos de terras, a exploração trabalhista sobre os moradores locais e a opressão realizada por meio das ameaças de morte, especialmente, quando João Boa Morte, juntamente com alguns trabalhadores vão ao coronel negociar o preço do cereal na busca de reajustes valorativos, caso contrário eles venderiam para outro fazendeiro. Durante essa situação Coronel Benedito exclamou: ““ Ainda está para nascer/ uma cabra pra fazer isso./ Aquele que se atrever/ pode rezar, vai morrer,/ vai tomar chá de sumiço ”“. 
É uma situação muito adversa para João Boa Morte e sua família porque é na fazenda que surge a primeira forma de trabalho livre baseada na mão de obra do morador. Gullar realiza sua crítica aos latifundiários e estabelece algo como denominamos nos dias de hoje como trabalho escravo, aliciamento e controle da força trabalhista. 
Incentivo a lutar contra a opressão 
Personagens reais: Pedro Teixeira e Julião

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