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Arte Egípcia É considerada arte egípcia toda expressão artística feita no Egito Antigo, seja na pintura, nas esculturas, na arte decorativa, na arquitetura e outras formas. As obras da arte egípcia eram muito ligadas à religiosidade desse povo. Então, grande parte da obra é feita em homenagem aos deuses egípcios. Foi nas margens do rio Nilo, fundamental para o seu crescimento e evolução, que nasceu uma das civilizações mais importantes e originais de todos os tempos: o Antigo Egito. A arte egípcia assumiu, sobretudo, a forma da pintura, escultura e arquitetura, estando intimamente ligada à religião, eixo em torno do qual todo o sistema social girava. A expressão artística tinha, então, a função de aproximar os humanos e os deuses, refletindo vários preceitos religiosos. Ela estava também ancorada na ideia da morte como uma passagem para outro plano, onde o faraó (que tinha poderes de caráter divino), os seus familiares e também os nobres poderiam seguir existindo. Máscara mortuária de Tutancâmon, 1323 a.C. Por isso, era necessário preservar os seus corpos através da mumificação e também produzir objetos para essa nova realidade que viria. Assim surgiu a arte funerária, com as estátuas, os vasos e as pinturas que decoravam os túmulos. Estas criações representavam os deuses e os faraós, narrando episódios mitológicos, acontecimentos políticos e momentos da vida cotidiana, ao mesmo tempo que refletiam a hierarquia e a organização social da época. Seguindo um conjunto bastante rígido de normas e técnicas de produção, entre as quais se destacava a lei da frontalidade na pintura, os artistas eram anônimos e realizavam uma tarefa que era considerada divina. Embora estas regras tenham resultado numa grande continuidade ao longo dos séculos, os vários períodos históricos trouxeram pequenas mudanças e inovações nos modos como os egípcios criavam. No Antigo Império (3200 a.C. a 2200 a.C.), a arquitetura foi marcada por grandes empreendimentos que pretendiam exibir o poder do faraó, como a Esfinge e as pirâmides de Gizé. Já no Império Médio (2000 a.C. a 1750 a.C.), a pintura e a escultura assumiram o protagonismo. Pintura no túmulo de Nebamun, que representa músicos e dançarinas Por um lado, mostravam imagens idealizadas da família real; por outro, começaram a incluir figuras do povo (como escribas e artesãos), que apresentavam uma maior expressividade e naturalidade. Alguma liberdade artística se intensificou no Novo Império (1580 a.C. a 1085 a.C.), por exemplo, através das famosas estátuas com crânios de formato mais alongado. Donos de uma sociedade e cultura bastante desenvolvidas, os egípcios também exploraram várias matérias complexas, como a matemática e a medicina, tendo até um sistema de escrita. Graças às escavações arqueológicas que ocorreram ao longo do século XIX, passamos a conseguir decifrar os seus hieróglifos, algo que nos permitiu conhecer melhor os seus valores, modos de vida e artefatos. Em suma, podemos afirmar que o Antigo Egito deixou um enorme legado artístico e cultural que continua despertando o fascínio de incontáveis visitantes e curiosos do mundo inteiro.