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10º PEÇA - REQUERIMENTO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE, COM PEDIDO LIMINAR

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Discente: Wanderson César Fatiga
Práticas Jurídicas – Atividades Simuladas Forenses e Não Forenses I
7º Semestre – Turma “A”
Peça nº 10
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE COLÍDER/MT.
Natanael Souza, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXXX, inscrito no CPF nº XXXX, residente e domiciliada na rua XXXX, nº XXXX, bairro XXXX, Colíder/MT, CEP, telefone, endereço eletrônico, por seu advogado que ao final subscreve, devidamente inscrito na OAB/UF nº XXXX, com endereço profissional na rua XXXX, nº XXXX, bairro XXXX, Município/UF, CEP, telefone, endereço eletrônico, aonde recebe intimações, vem com o devido respeito e acatamento a presença de Vossa Excelência, com supedâneo nos artigos nº 303 e 304, do Código de Processo Civil, e nos argumentos de fato e de direito a seguir aduzidos.
REQUERIMENTO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE, COM PEDIDO LIMINAR
 
Em face de Mercado X, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº XXXX, situado na rua XXXX, nº XXXX, bairro XXXX, Colíder/MT, CEP, telefone, endereço eletrônico, pelas razões de fato e de direito abaixo aduzidos:
I. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA:
Inicialmente, necessário destacar que o Requerente declara não possuir, no momento, condições financeiras para arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios sem prejuízo do seu próprio sustento ou da sua família. 
Desta feita, requer o consentimento dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 98 do CPC, garantindo-lhe, deste modo, o efetivo acesso à justiça.
II. DOS FATOS:
O Requerente Natanael Souza foi vítima de um fraudador que falsificou sua assinatura em um cheque seu e realizou compras na Requerida empresa Mercado X, no valor de R$ 2.500,00. Como não havia provisão de fundos, o cheque foi devolvido. Não obstante a informação do banco confirmando a falsificação, a Requerida empresa Mercado X enviou o nome do mesmo ao Serasa.
Natanael sofre agora restrições de crédito por conta da negativação de seu nome; O Requerente tem urgência em resolver a situação porque está reformando sua casa e precisa adquirir materiais de construção, a crédito.
Diante do exposto, não restou outra opção senão recorrer à tutela jurisdicional do Estado para ver resguardado seus interesses.
III. DOS DIREITOS:
1. DOS REQUISITOS DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA:
O art. 300 do código de processo civil e seu parágrafo terceiro delineiam que a tutela provisória de urgência em caráter antecedente será deferida pelo juízo desde de que seja evidente três requisitos: a probabilidade do direito, o perigo de dano e a reversibilidade da tutela a qualquer momento. Vejamos ponto a ponto:
2. DA PROBABILIDADE DO DIREITO (Fumus Boni Iuris):
Vejamos, então, Excelência, que a probabilidade do direito do Requerente é evidente, pois o mesmo foi vítima de uma fraude no qual teve sua assinatura falsificada (art. 297 e 298 do Código Penal), portanto, mesmo o banco confirmando essa falsificação, a empresa Requerida fez a negativação de crédito do Requerente junto ao SERASA. 
Devido a inscrição indevida ao SERASA, o Requerente vem passando situações de constrangimento, angustiante, tendo sua moral abalada, não conseguindo comprar a crédito, pois até o presente momento o mesmo permanece com seu nome registrado no cadastro do SERASA.
A empresa Requerida atualmente está agindo com manifesta e evidente descaso com o Requerente, pois jamais poderia ter registrado o nome do autor ao SERASA sendo que o banco confirmou a falsificação. Sua conduta, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome do Requerente que permanece nos cadastros do SERASA, de modo que se encontra com uma imagem de mau pagador, de forma absolutamente indevida, eis que nada deve, e sim foi vítima.
Desta forma, não tendo providenciado a retirada do nome do Requerente do cadastro dos serviços de proteção de crédito, não pode a empresa Requerida se eximir da responsabilidade pela reparação do dano causado, pelo qual responde.
3. DO PERIGO DE DANO (Periculum in mora):
O Requerente não pode continuar a mercê do Requerido. Nota-se, pois, que o requisito do periculum in mora é manifesto no caso vertente, posto que a permanência do nome do Requerente no SERASA, está causando restrições e consequentemente abalando o seu crédito derivado deste lançamento, posto que o Requerente está reformando sua residência e necessita ter seu cadastro “limpo” para que possa adquirir materiais de construção, a crédito.
Salienta-se que esta inscrição está prejudicando-o em demasia o andamento da reforma de sua residência, haja vista que como está inadimplente não pode movimentar contas bancárias, ter talões de cheques, cartões de crédito entre outros benefícios de uma pessoa com um bom cadastro no mercado. Ademais, a efetivação da presente medida não prejudicará em nada o Requerido, visto que a execução já está devidamente garantida.
4. DO PEDIDO DE LIMINAR DA TUTELA:
Conforme demonstrado, o Requerente não possui uma única macula em seu cadastro, a não ser aquela, injustamente, inserida pelo Requerido.
Nesse sentido, plenteia-se, junto a este juízo, em sede de liminar, que seu nome seja retirado dos cadastros de proteção de crédito, haja visto que não possui qualquer vínculo com a empresa.
Para a concessão da medida liminar, se faz necessário a comprovação de dois requisitos: fumus boni iuris e o periculum in mora, o que ficará devidamente comprovado.
Quanto ao fumus boni iuris, resta claro que o que se solicita é mais do que uma simples aparência de um bom direito. É um direito certo e obrigatório do Requerente a exclusão de seu nome do cadastro de inadimplentes, por não possuir qualquer debito com o Requerido.
Ademais, o periculum in mora fica demonstrado ante aos danos e prejuízos já suportados a outros tantos que podem advir se mantido o apontamento negativo denunciado.
Diante do exposto, tem a presente para que, com fundamento no art.300 do Código de Processo Penal, seja concedida a medida liminar, inaudita altera parte para que o Mercado X retire o nome do Requerente do SERASA, até sentença final.
5. DAS PERDAS E DANOS:
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive, estando amparada pelo art. 5º, inc. V e X da Carta Magna/88:
Art. 5º (omissis):
V – É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Mais a mais, o art. 186 e art. 927 do Código Civil/2002 assim estabelecem:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Finalmente, o Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 6º também protege a integridade moral dos consumidores.
O dano moral, como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção interna, um constrangimento gerado naquele que o sofreu e que repercutiria de igual forma em outra pessoa nas mesmas circunstâncias.
Esse é o caso em tela, em que o demandante se viu submetido a uma situação de estresse, indignação e constrangimento.
Além do mais, inscrição indevida no cadastro restritivo de crédito configura dano in re ipsa, conforme o julgado a seguir:
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL POR INCLUSÃO INDEVIDA EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO. DANOS MORAIS. CONFIGURAÇÃO DE DANO IN RE IPSA EM RELAÇÃO À PESSOA JURÍDICA. OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. VIOLAÇÃO. À COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. REVISÃO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Cuidando-se de protesto indevido de título ou inscrição irregular em cadastro de inadimplentes, conforme expressamentereconhecido pelo Tribunal a quo, o dano moral, ainda que a prejudicada seja pessoa jurídica, configura-se in re ipsa, prescindindo, portanto, de prova. Precedentes. 2. O relator está autorizado a decidir monocraticamente recurso que for contrário a jurisprudência dominante (Súmula 568/STJ). Além disso, eventual nulidade da decisão singular fica superada com a apreciação da matéria pelo órgão colegiado por ocasião do agravo interno. 3. A obtenção das circunstâncias necessárias ao conhecimento do recurso a partir do delineamento fático do acórdão recorrido não implica reexame fático-probatório vedado pela Súmula 7/STJ. 4. Agravo interno a que se nega provimento.
(STJ - AgInt no REsp: 1828271 RS 2019/0217250-7, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 18/02/2020, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/03/2020)
Sendo assim, é inexorável a indenização por danos morais ao Requerente por parte da empresa Requerida. Por se tratar de dano in re ipsa inexiste a necessidade de comprovação do dano moral.
Dessa forma, ante todo o exposto, requer a título de dano moral o importe de R$3.500,00 (três mil e quinhentos reais).
IV. DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer o Autor que Vossa Excelência se digne de:
a) A concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art.297 do CPC, no sentido de intimar o Requerido para que se retire a inscrição do Requerido no SERASA, uma vez que os requisitos do art.300 do CPC se mostram presentes (a probabilidade do direito, o perigo da demora e a reversibilidade da tutela a qualquer momento), conforme exposto na peça exordial, bem como para recorrer, caso queira, sob pena de estabilização da tutela nos termos dos arts. 303 e 304 do CPC;
b) Conceder os benefícios da gratuidade judiciária com base no art. 98 do CPC, em razão do Requerente não ter meios de custear as despesas processuais e de arcar com o preparo de eventual recurso sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família;
c) Deferida a tutela, requer prazo de 15 (quinze) dias ou outro prazo maior que o juiz fixar para aditar a presente demanda (art. 303, § 1º. I, do CPC); Citação do Requerido para audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art.334 do CPC; não ocorrendo auto composição, seja prazo para a mesma apresentar contestação nos termos do art. 335 do CPC;
d) Caso não entenda que exista elementos suficientes para a concessão da tutela de urgência, requer o prazo de cinco dias para o aditamento da petição inicial, conforme estipula o § 6º do art. 303 do CPC;
e) Que ao final, seja julgada procedente a ação;
f) Condenação do Requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, conforme propõem os arts. 82 e 85 do CPC; danos morais no importe de R$3.500,00 (três mil quinhentos reais), conforme extensão do dano, consoante fundamento no art. 944 do CC; lucros cessantes no valor de 11.000,00 (onze mil reais).
V. VALOR DA CAUSA:
Dá-se à causa, nos termos do art. 292, V e VI, do CPC, o valor de R$ 14.500,00 (quatorze mil e quinhentos reais)
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Município-UF, dia de mês do ano. 
ADVOGADO (A)
OAB/UF Nº

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