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Resumo - CAPURRO, Rafael; HJORLAND, Birger. O conceito de informação.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
ESCOLA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO 
BIBLIOTECONOMIA - 2º PERÍODO 
DISCIPLINA FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DA 
INFORMAÇÃO 
PROFESSORA SOLANGE MADALENA SOUZA 
MACEDO 
GRADUANDO YAGO HENRIQUE ANDRADE ALMEIDA 
 
CAPURRO, Rafael; HJORLAND, Birger. O conceito de informação. ​Perspectivas 
em Ciência da Informação​, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007 
 
Resumo: O Conceito de Informação 
 
O autor inicia o texto relatando a importância do significado que o senso 
comum atribui à palavra informação, como conhecimento compartilhado. Esse 
conceito foi disseminado após a Segunda Guerra, por conta do aumento do número 
de computadores. Um marco importante também é a criação da disciplina Ciência 
da Informação (CI) nos anos 50. 
A Ciência da Informação carece da definição do termo informação. Devido ao 
fato de que a CI faz fronteira com diversas áreas os seus conceitos se dão sempre 
de forma mesclada. 
Uma das preocupações iniciais da CI foi entender como essa disciplina iria se 
relacionar com os documentos, textos e conhecimento. Palavras essas que já são a 
muito usadas em outras áreas, como a Biblioteconomia. Para melhor entender 
esses relacionamentos a definição objetiva do que é informação se faz necessária, 
pois sendo um termo usado corriqueiramente pela população, muitas vezes o seu 
significado não está associado a sua definição formal. O que gera visões 
conflitantes dentro das N áreas do conhecimento. 
Como a ciência se ocupa da criação e desenvolvimento dos conhecimentos, 
os termos de cada área devem estar em paralelos, assim se tornando adequados 
dentro de uma determinada conjuntura linguística, evitando assim ambiguidade no 
entendimento das teorias científicas. 
Os conceitos devem advir de outros conceitos, o que por si só já se dá como 
um processo complexo. Um conceito vem de uma ideia vaga, se cristalizando a 
medida que a teoria pela qual ele está associado evolui. Os conceitos tendem a ser 
significados e mais utilizados após a sua propagação em áreas mais consagradas 
do conhecimento. Dessa forma a CI vive um caos conceitual devido as suas 
fronteiras com grandes áreas. 
Capurro fala na página 154 que o que é informativo depende de cada 
pessoa, e também das suas habilidades para conseguir entender e utilizar aquilo 
que está sendo informado, tendo em vista que a informação também é disseminada 
para grupos sociais o que também influencia nesse processo de entendimento. 
O pesquisador pontua também que o declínio no sentido de cada palavra se 
deu em grande medida por conta do decaimento da filosofia escolástica e pelo 
surgimento da ciência empírica moderna, levando assim a uma transformação das 
coisas da ordem intelectual para os impulsos sensoriais. 
Atualmente, as ciências utilizam do termo informação de acordo com o 
contexto da sua área, levando em conta os fenômenos específicos nos quais se 
debruçam. A discussão que o professor propõe é a de que o conceito deve ser 
simplesmente um sistema interpretativo ou deve levar em conta o contexto para o 
seu surgimento e a interação do usuário para com esse conceito. Capurro defende a 
informação como uma categoria antropológica que abrange os fenômenos de 
mensagens humanas, evidenciando assim também a importância da filosofia nesse 
processo. 
No século XX começou-se a considerar a cibernética dentro do conceito de 
informação. Pesquisadores como Shannon e Weaver criaram a teoria matemática 
da informação, o que levou a um entendimento mecânico do processo de produção, 
fluxo, disseminada, entendimento e proliferação da informação. 
Capurro se utiliza dos ditos de Weizsäcker para evidenciar que para que um 
conceito seja considerado informação, ele seja unívoco e seja uma entidade 
linguística. Weizsäcker considera que não há nenhum conceito absoluto de 
informação e que ela é fluída e perene. 
Para a informação adquirir um significado ela tem que ter sido processada 
por um receptor, explicitando assim o porquê de uma informação demonstra ser 
diferente para cada sujeito. Informação é somente aquilo que produz informação. 
Para os biólogos a informação de dá como algo da natureza, sendo 
explicitada a todo momento. Os filósofos construtivistas desconfiar de uma 
perspectiva que evidencie a informação como algo fora das Ciências Humanas. 
O grande marco da informação para com a psicologia foi o surgimento da 
ciência cognitiva, que demonstra a interferência dos processos informacionais na 
vida do sujeito. Para Dretske a informação é sempre relativa ao conhecimento 
pré-existente do receptor, algo que se faz necessário para o conhecimento. Não há 
informação falsa, mas existe significação sem verdade. 
Comunicação é a união de oferta de significados, informação e compreensão. 
No campo da Sociologia (Webster) a Informação também se manifesta como 
crucial, surgindo o termo sociedade da Informação que pode ser analisada em 
relação a cinco critérios: tecnológico, econômico, ocupacional, espacial e cultural. 
Na área de Comunicação a informação é dada como algo novo e imprevisível, e a 
comunicação como previsível e redundante. Para a área informar é selecionar e 
avaliar. Não é a informação compartilhada que faz as pessoas unidas, mas sim, a 
interpretação compartilhada. 
A CI foi dada por Machlup e Mansfield como um agrupamento de pedaços de 
disciplinas que tratam a informação. Para Hjorland o fato do termo informação estar 
sendo adotado pelas instruções de Biblioteconomia e Documentação é pelo 
interesse na automação computacional e pela influência da teoria da informação. 
Os bibliotecários perderam grande espaço de atuação por estarem 
preocupados com questões mais gerais da Biblioteconomia e não demandas 
específicas e, por isso, demonstram tanto interesse pela cristalização da disciplina 
junto a CI. A Recuperação da Informação é uma atividade que se ocupa de 
recuperar informação e não documentos, o que já levou a discussões conceituais 
sobre a prática. Os cientistas da informação tendem a se afastar da Biblioteconomia 
devido aos avanços feitos na área não advirem da Biblioteconomia e sim da Ciência 
da Computação. 
A CI desde o seu surgimento tem negligenciado a problemática do termo 
significado, como se não fosse algo importante para solucionar as questões da RI. 
Considerando que essa problemática não está associada às suas bases, mas, para 
um bom funcionamento dos Sistemas de Informação (SI) é crucial o tratamento 
desses problemas. O usuário quer a informação em si, não o documento, uma das 
visões que se tem da RI é que ela precisa atender essa demanda sem 
desconsiderar a importância histórica da fonte original. 
Os cientistas da informação se ocupam da geração, coleta, organização, 
interpretação, armazenamento, recuperação, disseminação, transformação e uso da 
informação, tendo em vista uma constante automação. E dentro dessa ótica é 
importante ressaltar que profissionais que se ocupam da informação nesses termos 
não inviabilizam a informação concebida por outras áreas, assim possibilitando 
comparação e estudo. 
Os autores acreditam queuma ciência tem que ser conhecida pelo seu objeto 
de estudo e não por suas ferramentas. Para eles os profissionais da informação tem 
que abordar os processos que envolvem o tratamento da informação com um cunho 
sociológico e epistemológico. 
Conclui-se então que para definir o que é informação tem de ser levado em 
conta o contexto tratado, informação se dá então como aquilo que serve para a 
resposta de uma questão, englobando qualquer coisa.

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