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Promevet - Fraturas na coluna vertebral em cães e gatos

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 ■ INTRODUÇÃO
Quando as forças que atuam sobre um segmento da coluna vertebral superam os limites 
fisiológicos, tem-se a ocorrência das fraturas vertebrais (FVs). Na medicina veterinária, o trauma 
à coluna vertebral é um dos problemas neurológicos mais comuns em animais domésticos, 
apesar de sua incidência real não ser bem documentada. As FVs podem envolver qualquer 
porção da vértebra e, dependendo das estruturas acometidas, pode haver desalinhamento 
e instabilidade da coluna vertebral. 
Como as vértebras envolvem e protegem parte do sistema nervoso central, a maioria das FVs 
causa injúrias ao tecido neural, caracterizando o trauma medular agudo e levando à manifestação 
clínica do quadro. Pode acometer as funções motoras, sensoriais e autonômicas, desencadeando 
déficits neurológicos com diferentes apresentações clínicas, a depender da localização da lesão 
e do grau de comprometimento medular. Além disso, a presença de hematomas, o deslocamento 
vertebral e fragmentos ósseos no interior do canal vertebral causam compressão contínua na medula 
espinhal, afetando diretamente a perfusão medular, uma vez que limitam o suprimento arterial e 
ocluem a drenagem venosa.1 
Nos casos de FVs, o realinhamento, a descompressão das estruturas neurais e a 
estabilização vertebral são imperativos. 
Por ser uma das principais causas do trauma medular na rotina clínico-cirúrgica de pequenos 
animais, a compreensão das FVs é imprescindível para a correta abordagem do paciente, visando a 
minimizar os danos neurológicos e a restabelecer precocemente a integridade musculoesquelética.
RENATO MORAN RAMOS
FRATURAS NA COLUNA 
VERTEBRAL EM CÃES E GATOS
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 ■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
 ■ estabelecer a conduta adequada no atendimento de um paciente com FV;
 ■ reconhecer as ferramentas diagnósticas disponíveis e as indicações de cada uma;
 ■ descrever a biomecânica das FVs; 
 ■ listar os componentes que devem ser avaliados para classificar a estabilidade de uma FV;
 ■ identificar quando optar por um tratamento conservativo ou cirúrgico; 
 ■ indicar os métodos cirúrgicos de estabilização das FVs. 
 ■ ESQUEMA CONCEITUAL
Conclusão
Caso clínico
Considerações biomecânicas
Considerações anatômicas 
relevantes
Atendimento inicial ao paciente 
com fratura vertebral
Diagnóstico
Exame neurológico
Exames de imagem
Etiologia e epidemiologia 
Tratamento
Tratamento conservativo
Tratamento cirúrgico
Placas e parafusos nos 
processos espinhosos
Parafusos poliaxiais e hastes 
conectoras
Fixação segmentar modifi cada
Pinos e cimento ósseo
Placa e parafusos no corpo 
vertebral
Fixador esquelético externo
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 ■ ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA
As FVs podem ser traumáticas, patológicas ou iatrogênicas e acometer cães e gatos de qualquer raça 
ou idade. Os acidentes automobilísticos estão entre as principais causas traumáticas, responsáveis 
por 41 a 63% dos casos. Outros traumas também reportados incluem quedas de determinadas 
alturas, ataques de outros animais e projéteis balísticos.2 
As FVs patológicas são mais frequentes em animais idosos e resultam da aplicação de forças normais 
sobre uma vértebra com condição óssea anormal. Osteomielites, neoplasias e hiperparatireoidismo 
estão entre as principais causas desse enfraquecimento ósseo patológico. Por fim, as causas 
iatrogênicas são aquelas decorrentes de procedimentos neurocirúrgicos que resultaram em 
instabilidade vertebral, como a realização de sucessivas laminectomias sem posterior estabilização. 
Qualquer região da coluna vertebral pode estar sujeita à FV, porém a região toracolombar 
é descrita como o local mais frequentemente acometido em cães e gatos.2 
Os casos traumáticos são usualmente acompanhados de injúrias concomitantes, 
as lesões torácicas são diagnosticadas em até 35% das FVs, as lesões abdominais 
representam cerca de 6 a 15% dos pacientes e outras fraturas associadas podem 
ocorrer em até 48% dos casos, sendo as pélvicas as mais comuns.1
LEMBRAR
 ■ CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS RELEVANTES 
A coluna vertebral de cães e gatos é composta por vértebras irregulares que se prolongam do crânio 
à extremidade da cauda, sendo composta por 7 vértebras cervicais, 13 torácicas, 7 lombares, 3 
sacrais fusionadas em um bloco único e um número variável de vértebras caudais.3,4 Variações 
nessa composição são possíveis, em particular nas transições toracolombar e lombossacra.3 Os 
forames vertebrais juntos dão origem ao canal vertebral, que envolve a medula espinhal, suas 
meninges, os nervos espinhais, vasos sanguíneos e o tecido conectivo.4
Embora as vértebras de cada região cumpram funções diferentes e apresentem particularidades, 
todas elas compartilham uma estrutura básica. Cada vértebra é composta por um corpo vertebral, 
pelo arco vertebral dorsal e pelos processos transversos, articulares (cranial e caudal) e espinhoso.2,4 
O corpo vertebral é quase todo cilíndrico, apresentando sua extremidade cranial convexa e a caudal 
côncava. O arco dorsal é composto pela lâmina dorsal e por dois pedículos verticais (direito e 
esquerdo). Os processos ósseos, por sua vez, são morfologicamente diferentes conforme a região 
vertebral em que se apresentam. De modo genérico, os processos transversos partem da junção 
entre o corpo e o arco vertebral; os processos articulares estão localizados cranial e caudalmente em 
cada vértebra e são responsáveis por interligar os arcos dorsais adjacentes; o processo espinhoso 
projeta-se dorsalmente a partir da lâmina dorsal (Figura 1).4 
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Figura 1 — Representação esquemática das estruturas anatômicas 
vertebrais de cão. Vista transversal: (1) processo espinhoso; (2) 
processo mamilar; (3) processo articular caudal; (4) processo 
acessório; (5) processo transverso; (6) processo articular cranial; (7) 
espaço epidural; (8) raiz nervosa; (9) ligamento longitudinal dorsal; 
(10) núcleo pulposo (disco intervertebral); (11) ânulo fibroso (disco 
intervertebral); (12) ligamento longitudinal ventral. 
Fonte: Adaptada de Dewey e Costa (2016).5
Com algumas exceções, a maioria das vértebras articula-se entre si por um disco intervertebral e 
por uma articulação sinovial entre os processos articulares.3,4
 ■ ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE COM FRATURA VERTEBRAL
O objetivo do manejo inicial de paciente com FV é garantir sua sobrevivência e minimizar 
a extensão dos danos medulares após o trauma. As alterações nítidas na coluna vertebral 
não devem desviar a atenção de lesões que podem levar o paciente à morte. Portanto, uma 
abordagem rápida e eficaz deve ser feita para avaliar a condição física geral do animal. 
Quando houver suspeita de trauma medular espinhal já no atendimento inicial, o paciente com FV 
deverá ser imediatamente imobilizado em uma superfície rígida, para que possam ser iniciados os 
procedimentos de estabilização do quadro clínico.2,3 
Diante de uma suspeita de lesão toracolombar, o paciente deverá ser imobilizado em decúbito lateral 
com cintas ou fitas adesivas, sendo preso pela escápula e pela pelve. O mesmo procedimento 
deverá ser feito nas suspeitas de lesões cervicais, com o diferencial de que a cabeça também tem 
que ser imobilizada.2 
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Fármacos que promovam analgesia ou até mesmo sedação devem ser administrados 
ao paciente com FV visando ao controle dedor e podem auxiliar nos procedimentos 
de imobilização. Porém, apenas devem ser administrados após o exame neurológico 
ter sido completo, uma vez que podem interferir na avaliação do paciente, sobretudo 
quanto à nocicepção.2
 ■ DIAGNÓSTICO
Para o diagnóstico de FV, deve-se utilizar exame neurológico e exames de imagem.
EXAME NEUROLÓGICO
O exame neurológico é relevante para a localização da FV e a definição de um prognóstico, 
para o que devem ser avaliados: estado mental e comportamento, postura, marcha, reações 
posturais, nervos cranianos, reflexos miotáticos e avaliação sensorial. A ordem do exame 
irá depender, sobretudo, da cooperação do animal, entretanto é importante que o clínico 
mantenha sempre a mesma sequência para que nenhum teste seja negligenciado.6,7
Algumas posturas podem ser comuns após eventos traumáticos na coluna vertebral. A postura de 
Schiff-Sherrington é uma delas, caracterizada por extensão rígida dos membros torácicos com 
manutenção da propriocepção e da função motora, associada à paralisia hipotônica dos membros 
pélvicos com manutenção dos reflexos miotáticos. Ela ocorre, em geral, em casos de lesão aguda 
e severa da medula espinhal torácica ou lombar cranial (T2-L4).6,7
A avaliação da percepção consciente da dor é um bom indicador prognóstico para lesões medulares. 
Como as fibras de dor profunda são mais resistentes e situam-se bilateral e profundamente na 
substância branca da medula espinhal, lesões graves bilaterais são capazes de resultar em ausência 
de nocicepção profunda.6 Cães com FV podem apresentar laceração ou ruptura da medula espinhal, 
por isso a avaliação da percepção de dor profunda é muito importante nesses pacientes também 
como indicador prognóstico. 
Como é necessária a aplicação de intensas forças sobre a coluna vertebral para que ocorra uma 
fratura, a medula espinhal sofre lesões muito mais graves do que nos quadros de extrusão de 
disco intervertebral. Portanto, apesar de os mecanismos secundários ao trauma serem os mesmos, 
o prognóstico diante de lesões graves é mais desfavorável no traumatismo vertebral do que na 
degeneração de disco Hansen tipo I.3
EXAMES DE IMAGEM
O exame radiográfico simples é comumente utilizado como ferramenta diagnóstica das FVs. Ele 
deverá ser solicitado apenas após a realização do exame neurológico e, em consequência, após a 
localização clínica da região vertebral acometida. Isso permite que as imagens sejam direcionadas 
e focadas naquela localidade anatômica.2,3
Ao lidar com trauma medular, recomenda-se a realização de radiografias dos segmentos 
vertebrais adjacentes, a fim de descartar múltiplas injúrias, uma vez que lesões de 
neurônio motor inferior (NMI) podem mascarar as de neurônio motor superior (NMS).2,3
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A Figura 2 mostra tomografia computadorizada (TC) da coluna lombar de um cão, em corte sagital, 
revelando fraturas concomitantes em L3, L6 e L7 (setas).
Figura 2 — TC da coluna lombar de cão, em corte sagital, revelando fraturas concomitantes em L3, L6 e 
L7 (setas). Dependendo da localização, os sinais clínicos de uma lesão podem mascarar a apresentação 
da outra. 
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A estabilidade de algumas FVs pode ser difícil de ser avaliada no plano radiográfico. Obviamente, 
fraturas desalinhadas são assumidas como instáveis, entretanto um desalinhamento mínimo 
ou lesões sem desalinhamento necessitam de técnicas mais avançadas. Além disso, a 
radiografia simples é uma modalidade diagnóstica sem sensibilidade para detectar a presença 
de componentes medulares compressivos, como fragmentos ósseos, hematomas ou material 
discal extruso após o trauma.2 A realização de exames contrastados, como a mielografia, ou 
de exames de imagem mais avançados, como TC e ressonância magnética (RM), podem 
ser necessários. 
Quanto à mielografia, apesar de suas vantagens sobre a radiografia simples, é necessário levar 
em consideração que o edema da medula espinhal pós-trauma pode prejudicar a passagem do 
meio de contraste e não evidenciar a exata área de compressão. Ou, ainda, em caso de múltiplas 
lesões compressivas, apenas uma delas pode ser revelada no exame, não diagnosticando as 
demais devido à interrupção do contrataste na primeira barreira física.2 Por essas razões, técnicas 
de imagem mais modernas, como a TC ou a RM, são preferíveis. 
A TC é a modalidade de escolha diante de lesões ósseas que envolvam a medula espinhal; 
é um exame significativamente superior às radiografias simples para o diagnóstico de FV. 
Entre outras vantagens, é possível diagnosticar pequenas e múltiplas fraturas, visualizar 
as exatas áreas de compressão medular e ter acurácia ao avaliar a integridade dos 
diferentes componentes vertebrais.2
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As Figuras 3A e B apresentam imagens de TC de cão com fratura em corpo vertebral de L2, 
revelando presença de fragmento ósseo no interior do canal vertebral.
A B
Figura 3 — Imagens de TC de cão com fratura em corpo vertebral de L2, revelando presença de fragmento ósseo no interior 
do canal vertebral: corte sagital (A); corte transversal (B). 
Fonte: Adaptada de Dewey e Costa (2016).5
A RM é o exame de imagem ideal para avaliação do parênquima medular, sendo possível diagnosticar 
diferentes tipos de lesões e a extensão de cada uma delas. Essa ferramenta também promove 
excelentes informações sobre a integridade dos tecidos moles paraespinhais, que contribuem 
substancialmente para a estabilidade vertebral. Entretanto, apesar da sua superioridade na avaliação 
medular, a TC continua sendo o exame de eleição para avaliação óssea da coluna vertebral.2
Após a realização dos exames de imagem adequados, caso se tenha o diagnóstico de 
instabilidade vertebral, compressão medular por fragmentos ósseos, hematomas ou 
extrusão de disco, o paciente recebe indicação para ser submetido a técnicas cirúrgicas 
descompressivas em associação à redução e à estabilização da fratura. A hemilaminectomia 
é o método de escolha para esses casos, já que a laminectomia dorsal resulta em muito 
mais instabilidade e dificulta a posterior fixação interna.3,8,9 
Os pacientes que apresentam compressão medular associada apenas ao desalinhamento 
ósseo decorrente da fratura beneficiam-se somente com o realinhamento e a estabilização 
vertebral, não necessitando de técnicas descompressivas.1,3
LEMBRAR
 ■ CONSIDERAÇÕES BIOMECÂNICAS 
A instabilidade vertebral caracteriza-se pela existência de movimentos suprafisiológicos quando a 
coluna vertebral é submetida às forças fisiológicas, colocando em risco a integridade da medula 
espinhal.10 Portanto, fraturas instáveis recebem indicação cirúrgica.1–3
Há quatro principais forças que atuam sobre a coluna vertebral:3 
 ■ flexão (dorsoventral e lateral);
 ■ rotação;
 ■ cisalhamento;
 ■ compressão axial.
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As forças atuam dinamicamente e de maneira não uniforme nas diferentes regiões da coluna vertebral. 
Além disso, como a estabilidade vertebral depende da estrutura óssea e dos tecidos moles que 
compõem aquele segmento, cada região da coluna tem suas particularidades anatômicas, o que pode 
torná-la mais ou menos estável em relação às demais. Assim, quando uma ou o conjunto dessas 
forças supera a resistência das estruturas daquele segmento vertebral, o resultado é uma fratura.2 
Uma das formas de avaliar-se a estabilidade das FVs é a partir da teoria dos três compartimentos, 
na qual as estruturas ósseas e os tecidos moles da coluna vertebral são divididos nos compartimentos 
dorsal, médio e ventral (Figura 4).2,11
1
2
3
Figura 4 — Representação esquemáticada teoria dos três compartimentos. Vistas transversal e lateral: (1) 
compartimento dorsal (verde); (2) compartimento médio (laranja); (3) compartimento ventral (azul). Quando dois 
ou três compartimentos são afetados, a fratura é considerada instável. 
Fonte: Adaptada de Fletcher e colaboradores (2016).11
O compartimento dorsal inclui o processo espinhoso, lâmina dorsal, processos articulares, pedículos 
vertebrais e complexo ligamentar dorsal (ligamento supraespinhal, ligamento interespinhoso, cápsula 
articular e ligamento amarelo). O compartimento médio inclui o ligamento longitudinal dorsal, a 
porção dorsal do ânulo fibroso e a porção dorsal do corpo vertebral (essencialmente o assoalho do 
canal vertebral). Já o compartimento ventral inclui o restante do corpo vertebral, as porções lateral 
e ventral do ânulo fibroso, o núcleo pulposo e o ligamento longitudinal ventral.2,11
De acordo com a teoria dos três compartimentos, quando dois ou mais deles são afetados, 
a FV deve ser considerada instável e, portanto, deve-se optar por estabilização cirúrgica 
rígida.2,11 
A principal desvantagem do método dos compartimentos é a dificuldade de avaliação do compartimento 
médio sem a realização de imagens transversais, por isso é necessária a realização de exames 
como TC ou RM (Figuras 5A e B).3 
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Meio Meio
Ventral Ventral
Dorsal Dorsal
A B
Figura 5 — Ilustração da teoria dos três compartimentos em imagens de tomografia computadorizada da coluna 
vertebral lombar de cão. Corte transversal: corte no corpo vertebral (A); corte no espaço intervertebral (B).
Fonte: Adaptado de Weh e Kraus (2017).2
Um outro método baseia-se na avaliação da integridade dos três principais elementos que contribuem 
para a estabilidade da coluna vertebral: o disco intervertebral (DIV), o corpo vertebral e os processos 
articulares (Figuras 6A-C).2,3 
A B
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Figura 6 — Representação esquemática da avaliação dos três componentes que contribuem para a estabilidade vertebral: 
disco intervertebral, processos articulares e corpo vertebral. Vista lateral: fratura do processo articular (A); fratura do 
corpo vertebral (B); fratura de dois componentes — processo articular e corpo vertebral (C). 
Fonte: Adaptada de Sharp e Wheeler (2005).3
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O comprometimento isolado do DIV, com preservação do corpo vertebral e processos 
articulares, não proporciona grande instabilidade vertebral. Igualmente, fraturas isoladas 
dos processos articulares, ainda que bilaterais, não são consideradas instáveis. Em 
contrapartida, fraturas do corpo vertebral sempre devem ser consideradas instáveis, 
mesmo com a integridade do DIV e dos processos articulares. E, por fim, quando houver 
falha de dois ou mais desses componentes, as fraturas também devem ser classificadas 
como instáveis, independentemente do grau de deslocamento visto no exame de imagem.3
ATIVIDADES
1. Com relação às FVs, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Quando as forças que atuam sobre um segmento da coluna vertebral superam os 
limites fisiológicos, tem-se a ocorrência das FVs.
( ) Na medicina veterinária, o trauma à coluna vertebral é um dos problemas neurológicos 
mais comuns em animais domésticos, sendo a sua incidência real muito bem 
documentada.
( ) As FVs podem envolver qualquer porção da vértebra e, dependendo das estruturas 
acometidas, pode haver desalinhamento e instabilidade da coluna vertebral.
( ) Nos casos de FVs, o realinhamento, a descompressão das estruturas neurais e a 
estabilização vertebral são imperativos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V — V — V — V.
B) V — F — V — V.
C) V — V — F — V.
D) F — V — V — F.
Resposta no final do capítulo
2. Qual região da coluna vertebral é descrita como o local mais frequentemente acometido 
por FVs em cães e gatos?
A) Lombossacro.
B) Lombar.
C) Toracolombar.
D) Cervical.
Resposta no final do capítulo
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3. Assinale a alternativa correta em relação ao número de vértebras de cada região da 
coluna vertebral de cães e gatos. 
A) São 7 vértebras cervicais, 13 torácicas, 5 lombares, 3 sacrais não fusionadas e número 
variável de vértebras caudais. 
B) São 8 vértebras cervicais, 12 torácicas, 7 lombares, 3 sacrais fusionadas e 23 vértebras 
caudais. 
C) São 8 vértebras cervicais, 13 torácicas, 5 lombares, 3 sacrais não fusionadas e número 
variável de vértebras caudais. 
D) São 7 vértebras cervicais, 13 torácicas, 7 lombares, 3 sacrais fusionadas e número 
variável de vértebras caudais. 
Resposta no final do capítulo
4. Observe as afirmativas sobre o atendimento inicial ao paciente com FV.
I — O objetivo do manejo inicial de paciente com FV é garantir sua sobrevivência e 
minimizar a extensão dos danos medulares após o trauma.
II — O paciente com FV deverá ser imediatamente imobilizado em uma superfície rígida 
quando houver suspeita de trauma medular espinhal já no atendimento inicial.
III — Fármacos que promovam analgesia ou até mesmo sedação não devem ser 
administrados ao paciente com FV, pois podem prejudicar os procedimentos de 
imobilização.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do capítulo
5. Qual é o principal indicador de prognóstico após uma fratura de coluna?
A) Reflexo cutâneo do tronco.
B) Nocicepção profunda.
C) Propriocepção.
D) Local da lesão.
Resposta no final do capítulo
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6. Observe as afirmativas sobre os exames de imagem.
I — O exame radiográfico simples é comumente utilizado como ferramenta diagnóstica 
das FVs e deverá ser solicitado antes da realização do exame neurológico.
II — A realização de radiografias dos segmentos vertebrais adjacentes, ao lidar-se com 
trauma medular, também é recomendada, a fim de descartar múltiplas injúrias, uma 
vez que lesões de NMI podem mascarar as de NMS.
III — A radiografia simples é uma modalidade diagnóstica sem sensibilidade para detectar 
presença de componentes medulares compressivos, como fragmentos ósseos, 
hematomas ou material discal extruso após o trauma.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do capítulo
7. Qual é o exame de imagem considerado padrão-ouro para o diagnóstico de fraturas 
da coluna vertebral?
A) Ultrassonografia.
B) Radiografia.
C) RM.
D) TC.
Resposta no final do capítulo
8. Após a realização dos exames de imagem adequados, caso se tenha o diagnóstico 
de instabilidade vertebral, compressão medular por fragmentos ósseos, hematomas 
ou extrusão de disco, o paciente recebe indicação para ser submetido a técnicas 
cirúrgicas descompressivas em associação à redução e à estabilização da fratura. 
Qual é o método de escolha para esses casos?
A) Hemilaminectomia.
B) Laminectomia.
C) Pediculectomia.
D) Corpectomia.
Resposta no final do capítulo
9. Quais são as quatro principais forças que atuam sobre a coluna vertebral?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................Resposta no final do capítulo
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10. Em que é baseada, principalmente, a escolha do tratamento clínico versus cirúrgico 
das FVs?
A) Segmento da coluna fraturada.
B) Grau de estabilidade da fratura.
C) Perda da propriocepção.
D) Lesão de NMS versus lesão de NMI.
Resposta no final do capítulo
11. Sobre a teoria dos três compartimentos e seus respectivos componentes, correlacione 
a primeira e a segunda colunas.
(1) Compartimento dorsal
(2) Compartimento médio
(3) Compartimento ventral
( ) Assoalho do canal vertebral
( ) Processo espinhoso
( ) Ligamento longitudinal dorsal
( ) Ligamento longitudinal ventral
( ) Ligamento supraespinhal
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) 2 — 3 — 1 — 1 — 3.
B) 2 — 1 — 2 — 3 — 1.
C) 1 — 2 — 2 — 3 — 1.
D) 2 — 3 — 2 — 2 — 1.
Resposta no final do capítulo
 ■ TRATAMENTO 
A decisão de tratamento das FVs é baseada na condição neurológica do paciente, nas características 
compressivas da lesão e no ambiente biomecânico no local da fratura.2
TRATAMENTO CONSERVATIVO
O manejo não cirúrgico consiste em repouso absoluto em gaiola, com ou sem tala de 
coaptação externa. Os melhores candidatos para receberem bandagem são animais de 
pequeno porte que não apresentam lesões associadas em tórax, abdome ou pelve.2,3,12 
Embora a tala promova suporte adicional à coluna vertebral traumatizada, esse tipo de 
imobilização apresenta mínima habilidade de realinhamento ósseo. Por isso, apenas 
pacientes com déficits neurológicos mínimos e fraturas estáveis são indicados para 
receberem o tratamento conservativo.2,12
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Apesar do tipo de manejo conservativo evitar complicações associadas à anestesia, à manipulação 
medular e a implantes, os animais submetidos a esse tratamento podem apresentar piora progressiva 
do quadro neurológico, dor recidivante ou complicações associadas ao uso da tala de coaptação 
externa, como assaduras, escoriações ou feridas por pressão e, portanto, cuidados de enfermagem 
são necessários durante todo o tratamento.2,12
A bandagem deve imobilizar os segmentos vertebrais cranial e caudal ao foco de fratura, por isso é 
mais indicada para lesões na região torácica média e toracolombar (Figura 7). Nas lesões lombares, 
a pelve precisa ser incluída na imobilização, atentando-se para não causar retenção urinária ou 
fecal. Lesões cervicais também exigem atenção, uma vez que a bandagem deve ser estendida até 
a região dos olhos, promovendo máxima estabilização.2,3 
Figura 7 — Ilustração de cão com tala de coaptação externa devido à 
fratura em L2. 
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Quando mal confeccionada, uma tala pode servir como pêndulo, piorando o alinhamento 
vertebral e, consequentemente, a condição neurológica do paciente.2
TRATAMENTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico de FV objetiva redução, descompressão e estabilização vertebral 
definitiva, sendo recomendado para pacientes que apresentam déficits neurológicos graves, 
pacientes que pioraram sua condição neurológica, fraturas instáveis, desalinhamento 
vertebral e compressão medular por fragmentos ósseos, hematomas ou extrusão de 
disco intervertebral associada à fratura.2
Quanto aos métodos de estabilização vertebral, há diversas técnicas descritas em literatura. 
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Placas e parafusos nos processos espinhosos
A técnica de placas e parafusos objetiva a estabilização da FV a partir da implantação de placas 
nos processos espinhosos das vértebras acometidas e adjacentes. Há placas que apresentam seus 
parafusos dispostos de forma a se fixarem nos processos espinhosos, assim como há modelos em 
que os parafusos são fixados entre esses processos dorsais (Figuras 8A e B).2,13
A
B
Figura 8 — Representação esquemática da técnica de placas implantadas nos processos espinhosos das vértebras 
lombares de cão. Os parafusos estão configurados de forma a se fixarem entre os processos dorsais. A) Vista dorsal. 
B) Vista lateral. 
Fonte: Adaptada de Dewey (2015).13
O método de fixação por placas e parafusos apresenta muitas desvantagens, pois é pouco 
resistente às forças de flexão e rotação, e a falta de resistência dos processos espinhosos os 
predispõe à fratura e à necrose por pressão.3 Essas últimas complicações já foram relatadas, 
sobretudo, na região torácica e em animais jovens e de pequeno porte. Mesmo diante de 
uma fratura isolada do compartimento vertebral dorsal, a imobilização com bandagem externa 
mostrou-se superior a essa técnica.2,3 Isso posto, na atualidade é um método de estabilização 
praticamente em desuso. 
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Fixação segmentar modificada
A técnica original consistia na fixação dos processos espinhosos a um pino de Steinmann por meio 
de fios de aço ortopédico. Porém modificações desse método incluíram, além da configuração do 
pino em forma de U ou do uso de vários pinos em paralelo, a fixação desses pinos aos processos 
articulares utilizando fios metálicos (Figura 9).3
Figura 9 — Peça anatômica demonstrando a técnica de fixação segmentar modificada. Fixação 
dos pinos de Steinmann (asteriscos amarelos) aos processos articulares (asterisco azul) com 
um fio de aço (asterisco vermelho).
Fonte: Adaptada de Sharp e Wheeler (2005).3 
Mesmo com as modificações, a técnica de fixação segmentar modificada continua apresentando 
algumas desvantagens, sendo indicada para animais de pequeno porte. Além de ser 
necessário que um longo segmento da coluna vertebral seja dissecado e imobilizado, toda a 
estabilização do dispositivo é proporcionada pelos fios de aço e não pelos pinos de Steinmann. 
Essa sobrecarga pode resultar em fratura dos processos articulares, além de não conseguir 
promover uma adequada estabilização.2,3
Pinos e cimento ósseo
A utilização de implantes metálicos, como pinos ou parafusos associados ao cimento ósseo, é 
muito comum na estabilização de fraturas da coluna vertebral em medicina veterinária. A ampla 
utilização da técnica é devido a suas excelentes propriedades biomecânicas, à sua versatilidade e 
relativa à facilidade de aplicação, possibilitando utilizá-la nas regiões cervical,14,15 toracolombar,16,17 
lombossacra,18 revelando bons resultados clínicos. 
Os pinos devem ser implantados nos corpos vertebrais próximos ao local da fratura. 
Quanto ao seu padrão, pinos roscados de perfil positivo são preferíveis aos demais, pois 
eles promovem maior resistência ao arrancamento e à quebra do que os pinos lisos e os 
de perfil negativo.2,14,19 Quanto ao seu diâmetro, o maior pino possível deve ser utilizado 
para cada caso, respeitando-se os diâmetros dos corredores ósseos de inserção.2, 20 
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O aumento da interface pino-osso resulta em maior resistência à construção, portanto o maior 
estoque ósseo possível deverá ser utilizado. Da mesma forma, aumentar o número de pinos também 
pode proporcionar maior rigidez, porém o número ideal de pinos ou de vértebras imobilizadas não 
foi determinado. Estruturas compostas por quatro pinos e cimento ósseo revelaram-se tão rígidas 
na extensão, na flexão e na rotação quanto um modelo vertebral intacto.2,19 As vantagens dessas 
construções são que elas exigem menos dissecação ou vértebras imobilizadas do que em estruturas 
maiores, sendo bastante vantajosas para aplicação clínica.
Os marcosanatômicos para implantação dos pinos nas vértebras torácicas são ao nível do processo 
acessório ou do tubérculo da costela, e nas vértebras lombares são entre a base do processo 
transverso e o processo acessório.2,13
Os pinos devem ser inseridos na direção lateromedial e cranioventral na vértebra cranial à fratura e 
na direção lateromedial e caudoventral na vértebra caudal à fratura (Figuras 10A-C).2,13 Em relação 
à angulação a partir do eixo vertical da vértebra, há autores que recomendam 60 graus,16 ou entre 
22 a 44 graus para vértebras torácicas (T10–T13) e 60 graus para vértebras lombares (L1–L6).16,20 
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Figura 10 — Representação esquemática da técnica de pinos em associação com cimento ósseo em vértebras torácica e 
lombar de cão. Os pinos devem ser inseridos em direção cranioventral na vértebra cranial à fratura e na direção caudoventral 
na vértebra caudal à fratura. Em azul, a representação esquemática do cimento ósseo. A) Vista lateral com colocação dos 
pinos abrangendo a vértebra fraturada. B) Vista lateral com colocação dos pinos poupando a vértebra fraturada. C) Vista dorsal. 
Fonte: Adaptada de Dewey (2015).13
Embora faltem estudos biomecânicos, acredita-se que o não envolvimento da cortical ventral 
do corpo vertebral pode diminuir a resistência à força de arrancamento e possibilitar o 
afrouxamento dos implantes.2 Entretanto, várias estruturas anatômicas importantes estão em 
íntimo contato com o aspecto ventral das vértebras torácicas e lombares, tornando-se crítica 
a implantação bicortical. 
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Na coluna cervical, usualmente realiza-se uma abordagem ventral para implantação dos pinos 
associados ao cimento ósseo. Essa abordagem, apesar de trazer benefícios biomecânicos, pode 
culminar em lesões iatrogênicas à medula espinhal e aos forames transversos das vértebras cervicais 
caso os implantes sejam mal posicionados.21 Por isso, eles devem percorrer o denominado corredor 
seguro, a fim de evitarem-se injúrias neurovasculares (Figuras 11A e B).
A B
Figura 11 — Representação esquemática da técnica de pinos em associação com cimento ósseo 
em vértebras cervicais de cão, por abordagem ventral. A) Vista transversal. B) Vista lateral. 
Fonte: Weh e Kraus (2017).2
Tradicionalmente, recomenda-se uma angulação de 20 a 35 graus a partir do plano sagital para 
a implantação dos pinos na coluna cervical. No entanto, estudos relataram que tais angulações 
poderiam resultar em lesões iatrogênicas ao canal medular ou aos forames transversos em muitos 
cães.2,14 Outros estudos demonstraram novas possíveis angulações, entre 34,2 a 37,5 graus, a 
depender da vértebra,20 o que significa que a trajetória ideal dos pinos nas vértebras cervicais é muito 
estreita e varia bastante entre indivíduos e até mesmo entre as vértebras de um mesmo animal.2,14,20 
Considerando as variações anatômicas e raciais, observa-se que a padronização de ângulos 
para a inserção de implantes vertebrais parece inadequada, uma vez que o corredor seguro 
pode alterar-se em cada paciente.20 Devido a isso, atualmente é possível confeccionar guias 
tridimensionais personalizadas para a inserção segura dos implantes a partir das imagens 
tomográficas de cada animal. Dessa forma, a angulação é predeterminada pelas características 
anatômicas das vértebras do paciente, minimizando o risco de lesões iatrogênicas.21
Placa e parafusos no corpo vertebral
As placas implantadas no corpo vertebral resistem às forças de flexão dorsoventral, mas fornecem 
pouca resistência às forças rotacionais. Um mínimo de quatro corticais envolvidas pelos parafusos 
é necessário em cada lado da fratura, portanto é possível garantir a estabilização a partir da 
imobilização de um curto segmento da coluna.3
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A região lombar caudal apresenta contraindicação para a utilização de implantes com 
placas e parafusos em virtude da grande probabilidade de lesionar importantes nervos 
espinhais oriundos desses segmentos vertebrais durante a colocação da placa.3 
Na região torácica caudal, é necessária a desarticulação das costelas a fim de garantir o 
acesso aos corpos vertebrais, havendo possibilidade de ocorrência de pneumotórax iatrogênico 
(Figura 12).3,13
Figura 12 — Representação esquemática da técnica de 
placa e parafusos em corpo vertebral na coluna torácica 
caudal de cão. Necessidade de desarticulação das cabeças 
das costelas (asterisco vermelho) para colocação da placa 
no corpo das vértebras. Posteriormente, as costelas foram 
fixadas aos processos espinhosos com fio de aço. 
Fonte: Adaptada de Dewey (2015).13
As placas bloqueadas são mais resistentes em sua construção do que as placas convencionais. 
Devido à sua construção em ângulo fixo, para que haja falha de uma placa bloqueada, é necessário 
que haja quebra do implante ou falha de grandes áreas ósseas no cisalhamento, ao invés da 
ocorrência do pull-out axial do parafuso, como nas placas convencionais.2
De acordo com estudos, placas bilaterais no corpo vertebral promoveram estabilidade similar 
à técnica com pinos em associação com cimento ósseo,22 ao passo que placas unilaterais não 
proporcionaram estabilidade significativa quando comparadas a um modelo de coluna instável.23 
Portanto, não há relevantes vantagens biomecânicas de placas implantadas na porção lateral do 
corpo vertebral sobre as demais técnicas cirúrgicas indicadas. Além disso, é necessário maior 
dissecação para sua implantação e, devido à localização anatômica do forame, esse implante pode 
acometer as raízes nervosas. 
Historicamente, a aplicação de placas para reparação de fraturas era limitada ao corpo vertebral, 
entretanto, há pouco tempo, o desenvolvimento do sistema de placas bloqueadas contornáveis 
string of pearls (SOP™, Orthomed, Huddersfield, Reino Unido) trouxe um novo conceito.2
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As placas consistem em orifícios esféricos individuais e roscados que aceitam parafusos em padrão 
cortical, sendo esses orifícios conectados uns aos outros por segmentos cilíndricos. Elas podem 
ser aplicadas ao aspecto dorsolateral da coluna vertebral, próximo aos pedículos vertebrais e sem 
a necessidade de total contato ósseo, pois o seu sistema de bloqueio não depende da fricção 
placa-osso para ter resistência. Além disso, esse sistema permite contorno das placas em três 
planos, de forma que seus parafusos sejam direcionados para o estoque ósseo disponível e evitem 
as estruturas neurovasculares importantes que emergem dos forames intervertebrais (Figura 13).2
Figura 13 — Peça anatômica da região lombossacra de cão dissecada, demonstrando a 
técnica das placas contornáveis SOP™. Possibilidade de contorno das placas em três planos, 
a fim de que seus parafusos sejam direcionados para o máximo estoque ósseo disponível 
e evitem estruturas importantes. Vista dorsal. 
Fonte: Nel e colaboradores (2017).24 
As características biomecânicas das placas contornáveis são mais semelhantes às de um fixador 
externo ou a pinos em associação com cimento ósseo do que às de uma placa óssea tradicional. 
Weh e Kraus relataram sucesso na utilização desse tipo de sistema para estabilização de fraturas e 
luxações toracolombares.2 Early e colaboradores demostraram que o uso de duas placas contornáveis 
na estabilização da junção lombossacra diminuiu a amplitude de movimento em flexão e extensão 
em cadáveres submetidos à laminectomia dorsal e à discectomia parcial.25
Fixador esquelético externo
Na atualidade, os fixadores esqueléticos externos são pouco utilizados. Apesar de sua similaridade 
biomecânica com a configuração de pinos associados aocimento ósseo, esses implantes apresentam 
significativas desvantagens.3
A implantação dos pinos pode ser feita com abordagem cirúrgica aberta ou fechada, porém, nesse 
último caso, é majoritário o uso de fluoroscopia.16 Os princípios de aplicação são similares aos das 
construções de pinos em associação com cimento ósseo. 
Os pinos ficam distantes do foco de fratura, o que reduz a resistência e a patência da 
construção, devido ao maior momento fletor.26 Além disso, há possibilidade de quebra do 
aparato em pacientes que não respeitam o repouso, podendo resultar em complicações 
catastróficas. A limpeza da estrutura deve ser realizada diariamente, a fim de minimizar 
o risco de infecção na interface pino–pele, o que pode levar à formação de trajetos 
fistulosos. Portanto, exigem-se cuidados de enfermagem diários durante todo o período 
pós-operatório, que tem duração média de 105 dias.2,3
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Parafusos poliaxiais e hastes conectoras
O uso de parafusos poliaxiais na medicina humana é bastante usual. Recomenda-se sua implantação 
bilateral, pois a fixação unilateral mostrou-se insuficiente nos testes biomecânicos.27 O sistema é 
composto por parafusos que possuem sua cabeça adaptada para receber uma haste responsável 
por conectar todos os parafusos ipsilaterais da construção. 
Na medicina veterinária, a utilização de parafusos poliaxiais ainda é restrita, sendo eles empregados, 
sobretudo, na região lombossacra (Figura 14). São implantados verticalmente no arco dorsal de L7 e no 
aspecto lateral do sacro, ainda sendo possível realizar, em algumas construções, distração pelo dispositivo. 
Entretanto, os tamanhos dos parafusos disponíveis limitam a aplicabilidade em alguns pacientes.28
Figura 14 — Radiografia da região lombossacra de cão em projeção lateral evidenciando a 
implantação de parafusos axiais e de haste conectora entre L7–S1. 
Fonte: Meij e colaboradores (2007).29
Estudos mostraram que a aplicação de parafusos axiais e de haste conectora após 
laminectomia promoveu adequada estabilização à junção lombossacra, preservando 
o espaço intervertebral e as dimensões foraminais e permitindo progressão lenta das 
alterações degenerativas.29 Willems e colaboradores relataram melhora dos sinais clínicos 
e ausência de redução do espaço intervertebral 9 meses após a cirurgia de estabilização 
lombossacra com parafusos poliaxiais utilizando distração no transoperatório.30
ATIVIDADES
12. Em que é baseada a decisão de tratamento das FVs?
A) Na condição neurológica do paciente, nas características compressivas da lesão e 
no ambiente biomecânico no local da fratura.
B) Na condição neurológica do paciente, nas características compressivas da lesão e 
na idade do paciente.
C) Na condição neurológica do paciente, no ambiente biomecânico no local da fratura 
e na idade do paciente.
D) Nas características compressivas da lesão, no ambiente biomecânico no local da 
fratura e na idade do paciente.
Resposta no final do capítulo
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13. Com relação ao tratamento conservativo das FVs, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) O manejo não cirúrgico consiste em repouso absoluto em gaiola com tala de 
coaptação externa.
( ) Os melhores candidatos para receberem bandagem são animais de pequeno porte 
que não apresentam lesões associadas em tórax, abdome ou pelve.
( ) Embora a tala promova suporte adicional à coluna vertebral traumatizada, esse 
tipo de imobilização apresenta mínima habilidade de realinhamento ósseo.
( ) Pacientes sem déficits neurológicos e fraturas estáveis não são indicados para 
receberem o tratamento conservativo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V — F — V — F.
B) F — V — F — V.
C) V — F — F — V.
D) F — V — V — F.
Resposta no final do capítulo
14. O que objetiva o tratamento cirúrgico de FV?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do capítulo
15. Observe as afirmativas sobre o método de fixação por placas e parafusos nos 
processos espinhosos.
I — O método de fixação por placas e parafusos apresenta muitas desvantagens.
II — O método de fixação por placas e parafusos é pouco resistente às forças de flexão 
e rotação, e a falta de resistência dos processos espinhosos os predispõe à fratura 
e à necrose por pressão.
III — Diante de uma fratura isolada do compartimento vertebral dorsal, a técnica de fixação 
por placas e parafusos mostrou-se superior à imobilização com bandagem externa.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do capítulo
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16. Qual método de redução de fraturas da coluna toracolombar é menos indicado para 
cães de grande porte?
A) Fixação segmentar modificada.
B) Pinos e cimento ósseo.
C) Parafusos poliaxiais e hastes conectoras.
D) Placas bloqueadas no corpo vertebral.
Resposta no final do capítulo
17. A ampla utilização da técnica de pinos e de cimento ósseo é devido a suas excelentes 
propriedades biomecânicas, à sua versatilidade e à relativa facilidade de aplicação. 
Isso possibilita aplicá-la em quais regiões?
A) Lombar, cervical e toracolombar.
B) Lombar, cervical e lombossacra.
C) Lombar, toracolombar e lombossacra.
D) Cervical, toracolombar e lombossacra.
Resposta no final do capítulo
18. Quais são os marcos anatômicos para a implantação dos pinos nas vértebras torácicas 
e lombares?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do capítulo
19. Observe as afirmativas sobre pinos e cimento ósseo.
I — Mesmo considerando as variações anatômicas e raciais, a padronização de ângulos 
para inserção de implantes vertebrais é adequada, uma vez que o corredor seguro 
não se altera de um paciente para outro.
II — Atualmente é possível confeccionar guias tridimensionais personalizadas para a 
inserção segura dos implantes a partir das imagens tomográficas de cada animal.
III — A angulação é predeterminada pelas características anatômicas das vértebras do 
paciente, minimizando o risco de lesões iatrogênicas.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do capítulo
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20. Na técnica de placa e parafusos no corpo vertebral, qual é o número mínimo de 
corticais que devem ser envolvidas pelos parafusos de cada lado da fratura?
A) Três.
B) Quatro.
C)Cinco.
D) Seis.
Resposta no final do capítulo
21. Qual região apresenta contraindicação para a utilização desses implantes com placas 
e parafusos? Por quê?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do capítulo
22. Com relação aos fixadores esqueléticos externos, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Os fixadores esqueléticos externos apresentam significativas vantagens em relação 
aos pinos associados ao cimento ósseo.
( ) Os pinos ficam distantes do foco de fratura, o que reduz a resistência e a patência 
da construção, devido ao maior momento fletor.
( ) Há possibilidade de quebra do aparato em pacientes que não respeitam o repouso, 
podendo resultar em complicações catastróficas.
( ) A limpeza da estrutura deve ser realizada semanalmente para não haver risco de 
infecção na interface pino–pele.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V — F — V — F.
B) F — V — F — V.
C) V — F — F — V.
D) F — V — V — F.
Resposta no final do capítulo
23. Na medicina veterinária, a utilização de parafusos poliaxiais ainda é restrita; 
principalmente em qual região são empregados?
A) Cervical.
B) Toracolombar.
C) Lombossacra.
D) Lombar.
Resposta no final do capítulo
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24. Com relação às fraturas da coluna vertebral em cães e gatos, assinale V (verdadeiro) 
ou F (falso).
( ) Hemilaminectomia é a técnica cirúrgica indicada para descompressão vertebral 
nos casos de FVs. 
( ) Pacientes que apresentam compressão medular decorrente apenas do desalinhamento 
vertebral pós-fratura não devem ser submetidos à hemilaminectomia. 
( ) Uma das vantagens da teoria dos três compartimentos é que a avaliação da 
estabilidade vertebral sempre é possível com radiografia simples. 
( ) Fixação segmentar modificada é a técnica mais utilizada para a estabilização de 
fraturas por ser a mais resistente. 
( ) O exame radiográfico emergencial da coluna vertebral deve ser o primeiro 
procedimento a ser realizado no paciente com suspeita de FV, pois quanto mais 
rápido estabilizar a fratura, melhor o prognóstico. 
( ) Animais com ausência de dor profunda devem ser submetidos à eutanásia, pois 
não há nenhuma chance de recuperação da função motora. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V — V — V — V — V — V.
B) V — F — V — V — F — F.
C) V — V — F — F — F — F.
D) F — F — F — V — F — V.
Resposta no final do capítulo
 ■ CASO CLÍNICO
Paciente da espécie canina, S.R.D., macho, 1 ano de idade, 12kg, com histórico de 
paraplegia aguda após acidente automobilístico. Ao exame físico, mucosas estavam 
levemente hipocoradas, temperatura 38,4ºC, auscultação cardíaca (frequência cardíaca 
[FC] 100bpm) e pulmonar (frequência respiratória [FR] 60mpm), pulso femoral forte e 
rítmico. Palpação abdominal apresentou dor difusa. 
Após o tratamento emergencial e a estabilização, o paciente foi encaminhado para o 
exame ultrassonográfico Focused Assessment with Sonography for Trauma (FAST), 
no qual não foram encontradas anormalidades. Ao exame neurológico, o paciente 
apresentava paraplegia com tônus muscular aumentado, reflexos patelares e reflexo 
de retirada aumentados. O reflexo cutâneo do tronco estava presente em toda coluna. 
À palpação epaxial, o paciente demonstrou dor na região lombar cranial. A nocicepção 
estava presente. 
Devido aos sinais clínicos e neurológicos, indicaram-se radiografias da coluna toracolombar. 
Esse exame demonstrou fratura de corpo vertebral e pedículos em L1 com deslocamento 
dorsolateral do eixo ósseo. Foi indicado o tratamento cirúrgico com a técnica de pinos e 
cimento ósseo. Após 10 dias, o animal já conseguia movimentar os membros pélvicos e 
permanecer por alguns minutos em estação. Após 60 dias, apresentou completa recuperação. 
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ATIVIDADE
25. Baseado no caso clínico exposto, correlacione as localizações das lesões na coluna 
com seus respectivos sinais neurológicos. 
(1) De NMS
(2) De NMI
(3) No segmento medular (C1–C5)
(4) No segmento medular (C6–T2)
(5) No segmento medular (T3–L3)
(6) No segmento medular (L4–S3)
(7) Toracolombar grave
(8) No segmento vertebral (L7–S1)
( ) Caracterizado por tônus muscular e 
reflexos segmentares diminuídos ou 
ausentes e atrofia muscular rápida/grave.
( ) Ataxia nos quatro membros, tetraparesia/
plegia. Reflexos diminuídos/ausentes 
nos membros torácicos e normais ou 
aumentados nos membros pélvicos.
( ) Pseudo-hiperreflexia do reflexo patelar e 
diminuição ou ausência do reflexo flexor 
lateral no membro pélvico.
( ) Ataxia nos quatro membros, tetraparesia/
plegia, com todos os reflexos normais ou 
aumentados nos quatro membros.
( ) Ataxia (menos óbvia) nos membros 
pélvicos, paraparesia/plegia, com 
reflexos normais nos membros torácicos 
e diminuídos nos membros pélvicos.
( ) Caracterizado por tônus muscular 
e reflexos segmentares normais ou 
aumentados, e atrofia muscular lenta/ 
tardia.
( ) Postura de Schiff-Sherrington.
( ) Ataxia nos membros pélvicos, paraparesia/
plegia, com reflexos normais nos membros 
torácicos e normais ou aumentados nos 
membros pélvicos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) 1 — 2 — 3 — 4 — 5 — 6 — 7 — 8.
B) 2 — 5 — 4 — 7 — 3 — 1 — 8 — 6.
C) 3 — 4 — 5 — 2 — 1 — 8 — 7 — 6.
D) 2 — 4 — 8 — 3 — 6 — 1 — 7 — 5.
Resposta no final do capítulo
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 ■ CONCLUSÃO 
A FV é causa comum de disfunção neurológica em cães e gatos. Por isso, compreender as condutas 
necessárias a serem tomadas desde o atendimento inicial até o diagnóstico, a fim de optar pelo 
método de tratamento mais adequado para cada paciente, é essencial na rotina prática de pequenos 
animais. Dependendo da posição do animal, do tipo de força e da área de impacto, o trauma à 
coluna vertebral poderá resultar em diferentes configurações de fratura.
A imobilização do paciente com suspeita de FV já no princípio do atendimento é uma medida 
primordial para evitar a extensão dos danos à medula espinhal após o trauma medular agudo e 
obter melhor prognóstico. Sempre se deve atentar para o fato de que outras lesões concomitantes 
são usuais e que elas podem colocar em risco a vida do animal, por isso sempre é preciso realizar 
o ABC do trauma nesses pacientes. 
Após a estabilização do quadro clínico, o médico veterinário deve proceder ao exame neurológico, a 
fim de localizar a lesão dentro do sistema nervoso. Devido à possibilidade de lesões concomitantes 
em diferentes regiões da coluna vertebral se manifestarem com uma única apresentação clínica, 
a realização de radiografia simples das regiões adjacentes ao local suspeito da lesão faz-se 
necessária. 
O diagnóstico por imagem da maioria das fraturas pode ser realizado por meio de radiografias 
simples, especialmente quando há desalinhamento vertebral. Entretanto, essa modalidade 
apresenta algumas limitações. O diagnóstico de componentes compressivos no interior do canal 
vertebral, como hematomas, fragmentos ósseos ou um disco intervertebral extruído pós-trauma, 
não é possível apenas com projeções radiográficas simples. Ademais,determinados tipos de 
FV e a avaliação da instabilidade de algumas lesões pode ser dificultada apenas com essa 
modalidade diagnóstica. 
A realização de exames mais avançados, como a TC e a RM, são preferíveis. A TC é a técnica de 
eleição para a avaliação óssea da coluna vertebral. 
A avaliação da estabilidade do foco de fratura somada à condição neurológica do paciente são os 
principais pontos que irão guiar a escolha do melhor tratamento. Em casos de fraturas instáveis, 
é imperativa a indicação cirúrgica. 
Cada técnica cirúrgica apresenta vantagens e desvantagens, podendo ser utilizada nas mais 
diversas situações. Entre as diversas técnicas de redução e estabilização da fratura, o uso de 
pinos em associação com cimento ósseo é a mais utilizada, devido à sua versatilidade e exigência 
de menor exposição cirúrgica para ser implantada. Porém, cabe ao cirurgião conhecer as diversas 
técnicas e avaliar minunciosamente cada caso, a fim de realizar a escolha que melhor atende às 
necessidades daquele paciente, possibilitando assim um melhor prognóstico. 
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 ■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: B
Comentário: Na medicina veterinária, o trauma à coluna vertebral é um dos problemas neurológicos 
mais comuns em animais domésticos, apesar de sua incidência real não ser bem documentada.
Atividade 2
Resposta: C
Comentário: Qualquer região da coluna vertebral pode estar sujeita a FVs, porém a região toracolombar 
é descrita como o local mais frequentemente acometido em cães e gatos.
Atividade 3
Resposta: D
Comentário: São 7 vértebras cervicais, 13 torácicas, 7 lombares, 3 sacrais fusionadas e número 
variável de vértebras caudais.
Atividade 4
Resposta: A
Comentário: Fármacos que promovam analgesia, ou até mesmo sedação, devem ser administrados 
ao paciente com FV visando ao controle de dor e podem auxiliar nos procedimentos de imobilização, 
porém apenas devem ser administrados após o exame neurológico ter sido completo, uma vez que 
podem interferir na avaliação do paciente, principalmente quanto à nocicepção.
Atividade 5
Resposta: B
Comentário: Nocicepção profunda, também conhecida como dor profunda, é o principal indicador 
prognóstico para lesões medulares, pois a sua ausência indica que a lesão é grave, contribuindo 
para um pior prognóstico.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: O exame radiográfico simples é comumente utilizado como ferramenta diagnóstica das 
FVs. Deverá ser solicitado apenas após a realização do exame neurológico e, em consequência, 
após a localização clínica da região vertebral acometida. Isso permite que as imagens sejam 
direcionadas e focadas naquela localidade anatômica.
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: O exame que possibilita maior precisão na detecção de fraturas da coluna vertebral 
é a TC.
Atividade 8
Resposta: A
Comentário: Após a realização dos exames de imagem adequados, caso se tenha o diagnóstico 
de instabilidade vertebral, compressão medular por fragmentos ósseos, hematomas ou extrusão 
de disco, o paciente recebe indicação para ser submetido a técnicas cirúrgicas descompressivas 
em associação à redução e à estabilização da fratura. A hemilaminectomia é o método de escolha 
para esses casos, já que a laminectomia dorsal resulta em muito mais instabilidade e dificulta a 
posterior fixação interna.
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Atividade 9
Resposta: Há quatro principais forças que atuam sobre a coluna vertebral: flexão (dorsoventral e 
lateral); rotação; cisalhamento; compressão axial.
Atividade 10
Resposta: B
Comentário: FVs instáveis (baseadas na teoria dos três compartimentos) devem ter indicação 
cirúrgica, mesmo que não haja desvio de eixo vertebral.
Atividade 11
Resposta: B
Comentário: O compartimento dorsal corresponde ao processo espinhoso e ao ligamento supraespinhal. 
O compartimento médio corresponde ao assoalho do canal vertebral e ao ligamento longitudinal 
dorsal. O compartimento ventral corresponde ao ligamento longitudinal ventral.
Atividade 12
Resposta: A
Comentário: A decisão de tratamento das FVs é baseada na condição neurológica do paciente, nas 
características compressivas da lesão e no ambiente biomecânico no local da fratura.
Atividade 13
Resposta: D
Comentário: O manejo não cirúrgico consiste em repouso absoluto em gaiola, com ou sem tala de 
coaptação externa. Apenas pacientes com déficits neurológicos mínimos e fraturas estáveis são 
indicados para receberem o tratamento conservativo.
Atividade 14
Resposta: O tratamento cirúrgico de FV objetiva redução, descompressão e estabilização vertebral 
definitiva, sendo recomendado para pacientes que apresentam déficits neurológicos graves, pacientes 
que pioraram sua condição neurológica, fraturas instáveis, desalinhamento vertebral e compressão 
medular por fragmentos ósseos, hematomas ou extrusão de disco intervertebral associada à fratura.
Atividade 15
Resposta: A
Comentário: Mesmo diante de uma fratura isolada do compartimento vertebral dorsal, a imobilização 
com bandagem externa mostrou-se superior a essa técnica.
Atividade 16
Resposta: A
Comentário: O método de fixação segmentar modificada é indicado para cães de pequeno porte, 
pois naqueles de grande porte podem ocorrer fraturas dos processos articulares, assim como 
falha dos implantes, por exemplo, rupturas dos fios de aço e deformação dos pinos de Steinmann.
Atividade 17
Resposta: D
Comentário: A utilização de implantes metálicos, como pinos ou parafusos associados ao cimento 
ósseo, é muito comum na estabilização de fraturas da coluna vertebral em medicina veterinária. A 
ampla utilização da técnica é devido a suas excelentes propriedades biomecânicas, à sua versatilidade 
e à relativa facilidade de aplicação, possibilitando utilizá-la nas regiões cervical, toracolombar e 
lombossacra, revelando bons resultados clínicos.
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Atividade 18
Resposta: Os marcos anatômicos para implantação dos pinos nas vértebras torácicas são ao nível 
do processo acessório ou do tubérculo da costela e nas vértebras lombares são entre a base do 
processo transverso e o processo acessório.
Atividade 19
Resposta: C
Comentário: Considerando as variações anatômicas e raciais, observa-se que a padronização de 
ângulos para inserção de implantes vertebrais parece inadequada, uma vez que o corredor seguro 
pode alterar-se em cada paciente. 
Atividade 20
Resposta: B
Comentário: As placas implantadas no corpo vertebral resistem às forças de flexão dorsoventral, 
mas fornecem pouca resistência às forças rotacionais. Um mínimo de quatro corticais envolvidas 
pelos parafusos é necessário em cada lado da fratura, portanto é possível garantir a estabilização 
a partir da imobilização de um curto segmento da coluna.
Atividade 21
Resposta: A região lombar caudal apresenta contraindicação para a utilização desses implantes com 
placas e parafusos em virtude da grande probabilidade de lesionar importantes nervos espinhais 
oriundos desses segmentos vertebrais durante a colocação da placa.
Atividade 22
Resposta: D
Comentário: Os fixadores esqueléticos externos são pouco utilizados. Apesar de sua similaridade 
biomecânica com a configuração de pinos associados ao cimento ósseo, esses implantes apresentam 
significativas desvantagens. A limpeza da estrutura deve ser realizada diariamente, a fim de minimizar 
o risco de infecção na interface pino–pele, o que pode levar à formação de trajetos fistulosos. 
Portanto, exigem-se cuidados de enfermagem diários durante todo o período pós-operatório, que 
tem duração média de 105 dias.
Atividade 23
Resposta: C
Comentário: Na medicina veterinária,a utilização de parafusos poliaxiais ainda é restrita, sendo 
empregado, sobretudo, na região lombossacra.
Atividade 24
Resposta: C
Comentário: A terceira afirmativa é falsa, pois radiografias podem ser insuficientes para uma 
avaliação precisa das FVs. A quarta afirmativa é falsa, pois a técnica de pinos e cimento ósseo 
é a mais utilizada, como também tem mais resistência biomecânica. A quinta afirmativa é falsa, 
pois, primeiramente, ao atender um paciente traumatizado, devem-se seguir os protocolos 
emergenciais, como o ABC do trauma e exames físicos, para se diagnosticarem lesões que 
coloquem a vida do paciente em risco. A sexta afirmativa é falsa, pois, embora o prognóstico 
de animais sem dor profunda seja ruim, com o tratamento adequado, há chances de o animal 
voltar a locomover-se.
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Atividade 25
Resposta: D
Comentário: O NMI é caracterizado por tônus muscular e reflexos segmentares diminuídos ou 
ausentes e atrofia muscular rápida/grave. Lesão no segmento medular (C6–T2) caracteriza-se por 
ataxia nos quatro membros, tetraparesia/plegia. Reflexos segmentares diminuídos/ausentes nos 
membros torácicos e normais ou aumentados nos membros pélvicos. Lesão no segmento vertebral 
(L7–S1, caracteriza-se por pseudo-hiperreflexia do reflexo patelar, pela não oposição dos músculos 
da porção caudal da coxa e pela diminuição ou a ausência do reflexo flexor lateral no membro pélvico. 
Lesão no segmento medular (C1–C5) caracteriza-se por ataxia nos quatro membros, tetraparesia/
plegia, com todos os reflexos normais ou aumentados nos quatro membros. Lesão no segmento 
medular (L4–S3) caracteriza-se por ataxia (menos óbvia) nos membros pélvicos, paraparesia/plegia, 
com reflexos normais nos membros torácicos e diminuídos nos membros pélvicos. Lesões de NMS 
caracterizam-se por tônus muscular e reflexos segmentares normais ou aumentados, e atrofia 
muscular lenta/tardia. Postura de Schiff-Sherrington ocorre em lesão toracolombar grave. Lesão 
no segmento medular (T3–L3) caracteriza-se por ataxia nos membros pélvicos, paraparesia/plegia, 
com reflexos normais nos membros torácicos e normais ou aumentados nos membros pélvicos.
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Como citar este documento
Ramos RM. Fraturas na coluna vertebral em cães e gatos. In: Associação Nacional de Clínicos 
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