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GRATUITA
Esta publicação 
não pode ser 
comercializada
TECNOLOGIA ASSISTIVA 
PARA A INCLUSÃO E A 
AUTONOMIA DA PESSOA 
COM DEFICIÊNCIA
Ana Lúcia Silva Farias
Anaxágoras Maia Girão
Izabeli Sales Matos
Ruth da Silva Lima
9
Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
CEP: 60.055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148
fdr.org.br | fundacao@fdr.org.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD 
P967
Inclusão Social Através do Esporte / vários autores ; organizado por Ricardo Catunda ; 
ilustrado por Guabiras. - Fortaleza : Fundação Demócrito Rocha, 2021.
192 p. : il. ; 26cm x 30cm. – (Inclusão Social Através do Esporte ; 12v.)
Inclui bibliografia e apêndice/anexo.
ISBN: 978-85-7529-972-2 (Coleção)
ISBN: 978-85-7529-971-5 (Fascículo 9) 
1. Esporte. 2. Inclusão Social. 3. Políticas Públicas. 4. Educação Física. 5. Educação 
Inclusiva. 6. Esporte Inclusivo. 7. Estratégias Pedagógicas. 8. Acessibilidade. 9. Esporte 
Adaptado. I. Catunda, Ricardo. II. Guabiras. III. Título. IV. Série.
CDD 796.0456
2021-3267CDU 796:364 
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410 
Índice para catálogo sistemático:
Esporte : Inclusão Social 796.0456
Esporte : Inclusão Social 796:364
Copyright © 2021 Fundação Demócrito Rocha
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidência Luciana Dummar 
Direção Administrativo-Financeira André Avelino de Azevedo 
Gerência Geral Marcos Tardin
Gerência Editorial e de Projetos Raymundo Netto 
Gerência Canal FDR Chico Marinho
Gerência Marketing & Design Andrea Araujo
Análise de Projetos Aurelino Freitas e Fabrícia Góis
Edição de Mídias Isabel Vale
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerência Pedagógica Viviane Pereira
Coordenação de Cursos Marisa Ferreira
Design Educacional Joel Lima
Front End Isabela Marques
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE
Concepção e Coordenação Geral Valéria Xavier 
Coordenação de Conteúdo Ricardo Catunda
Coordenação Editorial e Revisão Daniela Nogueira
Projeto Gráfico e Edição de Design Andrea Araujo 
Design Miqueias Mesquita
Estagiária Design Kamilla Damasceno
Ilustração Guabiras
Analista de Projetos Juliana Montenegro
Análise de Marketing Digital Fábio Júnior Braga
Estratégia e Relacionamento Adryana Joca
Apoio Secretaria do Esporte e Juventude do Ceará | Lei de Incentivo ao Esporte do Ceará | 
Conselhos Federal e Regionais de Educação Física | Universidade Estadual do Ceará
Patrocínio Enel
Realização Uane | FDR
Este fascículo é parte integrante do projeto Inclusão Social Através 
do Esporte, viabilizado por meio da Lei Estadual de Incentivo 
ao Esporte, Lei nº 15.700 de 20 de novembro de 2014, CAP nº 25.
Apresentação
1. Tecnologia assistiva – 
aspectos conceituais
2. Categorias de tecnologia assistiva
Referências
132
133
135
143
Sumário
Apresentação
Para falar sobre a inclusão de alunos com deficiência por meio do esporte, é fundamental considerar a utilização de serviços, recursos de acessibilidade e 
estratégias que possam eliminar as barreiras para 
sua efetiva aprendizagem e participação social.
Considerando o profissional de Educação Física, 
a forma como ele compreende o processo de inclu-
são e a importância da participação de todos na 
sociedade permeará suas estratégias e abordagens 
no processo educacional de seus alunos.
Pensando assim, este estudo visa ampliar os 
conhecimentos acerca da tecnologia assistiva, suas 
concepções, objetivos e categorias, promovendo 
uma reflexão sobre a aplicação dessa tecnologia 
por parte do professor de Educação Física numa 
perspectiva inclusiva.
132 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
1
Tecnologia assistiva – 
aspectos conceituais
Para início de conversa, é impor-tante observar a relevância do esporte para a aquisição e a melhoria de habilidades e de 
competências que favorecem o desenvol-
vimento humano. Além disso, a prática 
esportiva pode contribuir para um estilo 
de vida saudável, promovendo o bem-estar 
físico e emocional, exercitando também a 
capacidade de interação social e o empo-
deramento do indivíduo enquanto cidadão. 
Essa premissa evidencia a interface entre a 
prática esportiva e a inclusão social, reve-
lando a estreita relação entre o esporte e 
a participação efetiva da pessoa com defi-
ciência na sociedade. 
A inclusão socioeducacional de pessoas 
com deficiência por meio do esporte tem 
sido um grande desafio na atualidade. Criar 
condições adequadas para a pessoa com 
deficiência realizar atividade física demanda 
dos professores algumas adaptações de 
recursos e estratégias. Considerando esse 
contexto, como pensar nessas adaptações? 
Qual é a compreensão do uso da tecnologia 
assistiva (TA) com vistas à autonomia da 
pessoa com deficiência? Como a TA pode 
intermediar a inclusão por meio do esporte? 
Seguramente, você pode pensar nessa 
mediação quando o uso da tecnologia assis-
tiva permite que os alunos com deficiên-
cia tenham seus direitos garantidos, assim 
como os considerados sem deficiência. Dito 
de outra forma, a inclusão pelo esporte pode 
ser viabilizada quando a TA é utilizada com 
o intuito de minimizar as dificuldades oca-
sionadas pela deficiência, oportunizando 
ao indivíduo a prática da atividade física. 
Para melhor compreensão dessa afirma-
ção, importa refletir sobre a concepção de 
tecnologia assistiva.
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 133
É comum o entendimento de “tecnologia” 
associado apenas a equipamentos 
eletrônicos de alta complexidade, 
influenciando, assim, na concepção de tec-
nologia assistiva. A palavra tecnologia tem 
origem grega: “téchne”, técnica, uma forma 
de conhecimento ou ofício, e “logia”, estudo 
de algo. “Em poucas palavras, podemos dizer 
que a tecnologia é um conjunto de técnicas, 
instrumentos e métodos que visam aperfei-
çoar/ facilitar ações, resolver problemas ou 
executar uma tarefa específica” (OLIVEIRA; 
FARIAS, 2018, p.191). Refere-se a práticas 
do conhecimento científico ou empírico 
destinados à solução de tarefas específicas. 
Nesse sentido, a tecnologia assistiva 
refere-se ao conjunto de recursos e práticas 
que visam eliminar barreiras que limitam 
ou impedem as habilidades funcionais das 
pessoas com deficiência. 
O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), ins-
tituído e aprovado em 2007, pela Secreta-
ria de Direitos Humanos da Presidência da 
República do Brasil, menciona que a Tecno-
logia Assistiva é a área do conhecimento, de 
característica interdisciplinar, que engloba 
produtos, recursos, metodologias, estratégias, 
práticas e serviços que objetivam promover 
a funcionalidade, relacionada à atividade e à 
participação, de pessoas com deficiência, inca-
pacidades ou mobilidade reduzida, visando 
à sua autonomia, independência, qualidade 
de vida e inclusão social (BRASIL, 2009, p. 26).
Observe que a TA vai além dos produtos 
e recursos, envolvendo práticas e estraté-
gias que buscam viabilizar a autonomia e a 
inclusão social das pessoas com deficiência. 
São meios de minimizar as dificuldades 
funcionais apresentadas pelas pessoas com 
deficiência, como forma de “[...] ampliar as 
condições de participação nos desafios de 
aprendizagem para todos os alunos com 
deficiência, inseridos no contexto educa-
cional comum, sejam eles com deficiência 
visual, auditiva, mental, múltipla ou física” 
(BERSCH; MACHADO, 2010, p. 41).
Favorecer a participação da pessoa com 
deficiência, da forma mais autônoma pos-
sível, seja no contexto educacional, seja em 
outras áreas de sua vida, é possibilitar a sua 
participação como cidadão. Contudo, para 
que essa participação seja efetivada, é impor-
tante ressaltar a pluralidade de recursos e 
serviços existentes, conforme verá a seguir. 
134 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Categorias de 
tecnologia assistiva
Considerando que acessibilidade é a “possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, 
de espaços, mobiliários,equipamentos 
urbanos, edificações, transportes, infor-
mação e comunicação [...] por pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida” 
(BRASIL, p. 1, 2015), a tecnologia assistiva 
tem como objetivo eliminar barreiras e 
possibilitar uma vida com mais autono-
mia e independência para seus usuários, 
visando à compensação das limitações 
funcionais e ao desenvolvimento das habi-
lidades deficitárias. 
É importante destacar que os dispo-
sitivos de tecnologia assistiva podem ser 
considerados de alta ou de baixa tecnologia. 
Para essa distinção, observa-se a exigência 
em sua elaboração. São considerados de alta 
tecnologia dispositivos eletrônicos de comu-
nicação, cadeiras de rodas e computadores. 
Cabo de talher engrossado com espuma 
e bloco de papel para a comunicação são 
entendidos como de baixa tecnologia. 
Faz-se necessário também destacar que 
os equipamentos de TA podem ser tratados 
como gerais quando tiverem um grande 
espectro de utilização; ou específicos, 
quando forem usados para auxiliar a per-
formance em uma área específica.
Outro aspecto relevante sobre o uso 
de recursos de TA é a intensidade. Caso o 
usuário utilize para potencializar a função, 
esses serão considerados de mínima inten-
sidade. No entanto, se forem usados para 
substituir a função, serão vistos como de 
máxima intensidade.
2
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 135
Vale ressaltar que, para fins didáticos, os recursos de TA são orga-
nizados por categorias, levando-se em conta os objetivos funcionais 
a que se destinam: comunicar-se, ouvir, ver, andar, alimentar-se, 
praticar esportes etc. De acordo com Kleina (2012), “a importância 
dessa classificação está no fato de organizar a utilização, a prescri-
ção, o estudo, a legislação e a pesquisa sobre tecnologia assistiva”. 
É uma sistematização de conhecimentos que auxilia, sobremaneira, 
na utilização desses recursos e estratégias na prática profissional.
Dito isso, observe a seguir as categorias de TA propostas e 
atualizadas por Tonolli Bersch e Rita Bersch (BERSCH, 2017) e 
por nós comentadas.
2.1 AUXÍLIOS PARA A VIDA 
DIÁRIA E A VIDA PRÁTICA
Há materiais e produtos que permitem à pessoa com deficiên-
cia maior autonomia na realização de tarefas do cotidiano como 
alimentar-se, vestir-se, tomar banho, escrever, cortar, ler etc. 
São exemplos desses recursos o suporte para utensílios domés-
ticos, o abotoador, a tesoura adaptada, o plano inclinado, as barras 
de apoio, os recursos para transferência e lápis engrossado.
2.2 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 
E AUMENTATIVA (CAA)
São recursos, eletrônicos ou não, que proporcionam ou facilitam 
a comunicação de pessoas sem fala ou escrita funcional ou em 
descompasso entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade 
para falar e/ ou escrever. 
São exemplos dessa categoria as pranchas de comunicação 
(com os sistemas de pictogramas, como o PCS e o BLISS), os voca-
lizadores (pranchas com produção de voz) e softwares específicos.
136 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
2.3 RECURSOS 
DE ACESSIBILIDADE 
AO COMPUTADOR
São componentes eletrônicos, aplicativos, 
programas e sistemas operacionais que tor-
nam o computador acessível às pessoas 
com deficiência.
São exemplos dessa categoria os disposi-
tivos de entrada, como teclados modificados, 
teclados virtuais com varredura, mouses 
especiais e acionadores diversos, software de 
reconhecimento de voz, apontadores, órteses 
e ponteiras para digitação e os dispositivos 
de saída, como softwares leitores de tela, 
software para ajustes de cores e tamanhos 
das informações (efeito lupa), softwares lei-
tores de texto impresso (OCR), impressoras 
Braille e linha Braille e impressão em relevo.
2.4 SISTEMAS DE 
CONTROLE DO AMBIENTE
Existem também sistemas eletrônicos que 
visam à promoção de maior independên-
cia e segurança de pessoas com limitações 
motoras. Seus usuários podem, de forma 
remota, controlar aparelhos eletroeletrôni-
cos, sistemas de segurança e de climatização 
localizados em residências, escritórios etc. 
O controle remoto pode ser acionado 
direta ou indiretamente por dispositivos 
(localizados em qualquer parte do corpo), que 
podem ser de pressão, de tração, de sopro, 
de piscar de olhos ou por comando de voz. 
2.5 PROJETOS 
ARQUITETÔNICOS PARA 
A ACESSIBILIDADE
Há projetos desenvolvidos com o objetivo 
de eliminar ou reduzir barreiras físicas, 
proporcionando à pessoa com deficiência, 
física ou sensorial, acesso e mobilidade com 
segurança e autonomia. 
São exemplos dessa categoria adaptações 
estruturais e reformas em residências e/ ou 
ambientes de trabalho, instalação de rampas 
e elevadores e adequações em banheiros.
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 137
2.6 ÓRTESES E PRÓTESES
São dispositivos artificiais usados para suprir 
a falta de um membro ou outra parte do 
corpo, restaurar uma função comprometida 
(próteses) ou garantir um melhor posiciona-
mento e estabilização (órteses). Essas são 
colocadas junto a um seguimento do corpo.
As próteses e as órteses são, geralmente, 
fabricadas sob medida e auxiliam na mobi-
lidade, nas funções manuais, na correção 
postural e na prática de esportes.
2.7 ADEQUAÇÃO POSTURAL
Existem recursos e adaptações que objeti-
vam garantir às pessoas com dificuldades 
motoras ou com movimentos involuntários 
posturas alinhadas, estáveis, confortáveis 
e distribuição adequada da pressão na 
superfície da pele. 
“A adequação postural buscará também 
o controle e a prevenção de deformidades 
musculoesqueléticas, a melhora do tônus 
postural, a prevenção de úlceras de pressão, a 
facilitação das funções respiratórias e digesti-
vas e a facilitação de cuidados” (Kleina; 2012). 
São exemplos dessa categoria almofa-
das, acentos e encostos anatômicos bem 
como posicionadores e contentores.
138 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
2.8 AUXÍLIOS DE MOBILIDADE
São equipamentos ou estratégias que favo-
recem ou facilitem a locomoção de pessoas 
com deficiência ou mobilidade reduzida.
São exemplos as bengalas, as muletas, 
os andadores, os carrinhos, as cadeiras de 
rodas manuais ou elétricas e as scooters.
2.9 AUXÍLIOS PARA A 
AMPLIAÇÃO DA FUNÇÃO 
VISUAL E RECURSOS QUE 
TRADUZEM CONTEÚDOS 
VISUAIS EM ÁUDIO OU 
INFORMAÇÃO TÁTIL
Existem recursos que favorecem a percepção 
e a compreensão de informações para as 
pessoas cegas ou com baixa visão. Ou seja, 
possibilitam, com maior independência, 
a realização de tarefas como consultar o 
relógio, usar calculadora e identificar cha-
madas telefônicas.
São exemplos dessa categoria auxílios 
ópticos, lentes, lupas manuais e lupas ele-
trônicas, softwares ampliadores de tela, 
materiais gráficos com texturas e relevos, 
mapas e gráficos táteis.
2.10 AUXÍLIOS PARA 
AS PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Há recursos que favorecem a percepção 
e a compreensão de informações para as 
pessoas surdas ou com baixa audição.
São exemplos dessa categoria equipa-
mentos (infravermelho, FM), aparelhos para 
surdez, telefones com teclado teletipo (TTY) 
e sistemas com alerta táctil-visual. Além 
disso, celular com mensagens escritas e cha-
madas por vibração, software que favorece 
a comunicação ao telefone celular transfor-
mando em voz o texto digitado no celular e 
em texto a mensagem falada, livros, textos e 
dicionários digitais em língua de sinais e sis-
tema de legendas (close-caption/ subtitles).
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 139
2.12 ESPORTE E LAZER
Há recursos e adaptações que permitem às 
pessoas com deficiência a prática de espor-
tes como atividade de lazer ou competitiva.
São exemplos dessa categoria bolas com 
guizo, calhas, capacetes com ponteira, pon-
teira de boca, ponteira de mão, prótese 
esportiva, cintos e faixas.
Logo, pode-se observar que os recursos 
de TA visam promover qualidade de vida 
e inclusão social por meio da ampliação 
da comunicação, da mobilidade, do con-
trole do ambiente, da prática de esportes 
e da habilidade de aprendizado e trabalho. 
Assim,contribui para maior acessibilidade, 
maior independência e autonomia da pes-
soa com deficiência.
Dessa forma, a tecnologia assistiva 
é uma grande área do conhecimento de 
caráter interdisciplinar, na qual produtos, 
estratégias e serviços buscam favorecer a 
funcionalidade da pessoa com deficiência 
nas diversas áreas de sua vida. Vale ressaltar 
que essa ferramenta também é utilizada por 
pessoas com mobilidade reduzida ou outra 
limitação, mesmo que de forma temporária. 
Sua aplicação é muito abrangente, con-
forme ensina Bersch e Machado (2010, p. 
41): A TA é composta de recursos e serviços, 
contemplando os equipamentos especiais, 
a adequação do material escolar, a adequa-
ção da estrutura física das salas e da escola, 
as formas específicas de comunicação, o 
acesso alternativo ao conteúdo escrito ou 
gráfico; os recursos que favorecem a produ-
ção de escrita e texto e os jogos customiza-
dos; os recursos para autonomia durante a 
recreação, alimentação, autocuidado, uso 
independente do computador e acesso às 
tecnologias de informação e comunicação; 
os recursos que favorecem a sinalização, 
orientação, mobilidade ou outras situações 
em que, com criatividade, buscamos a solu-
ção de dificuldades funcionais. 
Sendo assim, a tecnologia assistiva 
(TA) é uma importante ferramenta para a 
práxis do profissional de Educação Física. 
É um meio para superar as dificuldades 
observadas na prática da atividade física 
das pessoas com deficiência. O profes-
sor tem na TA um suporte para possibili-
tar, dentre as diferenças individuais dos 
seus alunos, a igualdade de condições 
ou direitos, conforme prevê o Art. 4º da 
Lei Brasileira de Inclusão: “Toda pessoa 
com deficiência tem direito à igualdade 
de oportunidades com as demais pessoas 
e não sofrerá nenhuma espécie de discri-
minação” (BRASIL, 2015, p. 1).
2.11 MOBILIDADE 
EM VEÍCULOS
Há acessórios, modificações e adaptações 
que possibilitam a condução autônoma e 
segura de veículos, para transporte pessoal, 
por pessoas com deficiência física ou mobi-
lidade reduzida.
São exemplos dessa categoria alavan-
cas adaptadas na direção, facilitadores de 
embarque e desembarque como elevadores 
para cadeira de rodas e rampa.
140 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Saiba mais
CONFIRA ESSAS SUGESTÕES
Filmes
- “Meu pé esquerdo”. Direção: 
Jim Sheridan. Irlanda: Miramax 
Filmes, 1989, 103 min.
- “O escafandro e a borboleta”. 
Direção: Julian Schnabel. EUA/
França: Miramax Films/Europa 
Filmes, 2007. 112min.
Livros
- Manzini, E. J. (Org.) Inclusão e 
acessibilidade. Marília: ABPEE, 
2006.
- Kleina, Cláudio. Tecnologia 
assistiva em educação especial 
e educação inclusiva. Curitiba: 
InterSaberes, 2012.
- NUNES, L. R. d’O. de P.; PELOSI, 
M. B.; GOMES. M.R. Um retrato 
da comunicação alternativa no 
Brasil. Rio de Janeiro: Quatro 
Pontos, 2007. v. I e II.
Sites
- Portal Domínio Público: 
biblioteca digital desenvolvida 
em software livre. 
Disponível em: <http://www. 
dominiopublico.gov.br>. Acesso 
em: 02 de agosto de 2021.
- ASSISTIVA: Tecnologia e 
Educação. Disponível em: 
<http://www. assistiva.com.br>. 
Acesso em: 19 de agosto de 2021.
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 141
Esse direito caracteriza-se como o prin-
cípio da equidade, no qual observa-se a 
demanda de condições diferenciadas para 
possibilitar a equiparação ou igualdade de 
oportunidades a todas as pessoas com ou 
sem deficiência. 
Mas como possibilitar esse direito? De 
que forma o profissional de Educação Física 
poderá selecionar e decidir sobre a tecno-
logia assistiva a ser utilizada?
Como foi visto, o universo das tecnolo-
gias assistivas é muito grande, da mesma 
forma que observamos a diversidade das 
deficiências. Desse modo, o professor deve 
avaliar a pessoa com deficiência, prio-
rizando suas habilidades e observando 
suas dificuldades. É importante verificar as 
características da deficiência, mantendo o 
foco no indivíduo e na sua funcionalidade 
mediante a sua prática. 
Assim, para que a escolha seja asser-
tiva, faz-se necessária a observação sis-
temática da funcionalidade do indivíduo 
por parte do profissional. Além disso, é 
fundamental que o usuário da tecnologia 
assistiva participe do processo de escolha 
do recurso. Professor e usuário, juntos, 
devem identificar o que melhor se adapta 
às necessidades da pessoa com deficiência, 
visando à sua autonomia, independência 
e inclusão social.
Diante do exposto, destaca-se a neces-
sidade do conhecimento das tecnologias 
assistivas por parte do profissional de 
Educação Física para promover a inclusão 
social e a melhoria da qualidade de vida 
da pessoa com deficiência.
142 | FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA - UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Referências 
BERSCH, Rita; MACHADO, Rosângela. Atendimento educacional especializado do aluno com 
deficiência física. São Paulo: Moderna, 2010.
_______, Rita; MACHADO, Rosângela; SCHIRMER, Carolina R; Browning, Nádia. Atendimento 
Educacional Especializado - Deficiência Física. Brasília/DF: MEC/SEESP, 2007. 129p. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf . Acesso em: 13/07/2021.
_______. Rita. Introdução à tecnologia assistiva. 2017. Disponível em: http://www. assistiva.com.br/
Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf. Acesso em: 30 julho de 2021.
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de 
Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009. 138 p.
_______. Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm; acesso em: 5 agosto 2021.
KLEINA, Cláudio. Tecnologia assistiva em educação especial e educação inclusiva. Curitiba: 
InterSaberes, 2012.
OLIVEIRA, Naila Maria de; FARIAS, João Bosco de. Tecnologia Assistiva: Estratégias e práticas na 
Orientação e Mobilidade. In: FAÇANHA, A. R.; FREITAS, L. P. T. (org.). Curso de especialização em 
Orientação e Mobilidade. Fortaleza: IFCE, 2018. p. 190-192.
INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE | 143
 
Autores
Ana Lúcia Silva Farias
É graduada em Letras/Português-Literatura, 
pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), 
especialista em Literatura Brasileira e especialista em 
Neuropsicopedagogia (em curso). É professora efetiva 
da Secretaria de Educação do Estado do Ceará – AEE 
e Formação de professores; e professora de língua 
portuguesa na rede particular de ensino.
Anaxágoras Maia Girão
É engenheiro eletricista, pela Universidade Federal 
do Ceará (UFC) e especialista em Arquitetura de 
Computadores. É professor/pesquisador do IFCE 
Campus Fortaleza. Coordena o Laboratório de Pesquisa 
Aplicada e Desenvolvimento em Automação (Lapada), 
que tem foco no desenvolvimento de tecnologias 
assistivas voltadas a pessoas cegas. Entre os produtos 
desenvolvidos na área, estão: o mouse braille 
(Portáctil), a cella braille aumentada para alfabetização 
em braille (EdukBraille), a reglete digital, o flanelógrafo 
braille e a impressora braille. É diretor presidente do 
Instituto Iracema de Pesquisa e Inovação.
PATROCÍNIO REALIZAÇÃOAPOIO
Ilustrador
Guabiras
Carlos Henrique Santos da Costa é cartunista e jornalista por formação. Trabalhou 
no O POVO (Fortaleza/CE) de 1998 a 2019. Colaborou para a revista MAD (SP) de 
2003 a 2016. Publicou em 2003 uma história em quadrinhos no jornal Extra, de Nova 
York (EUA). Ganhou em 2015, junto com a equipe de arte do O POVO, o prêmio Esso 
de Jornalismo na categoria Criação Gráfica. Em 2016, o Prêmio Ângelo Agostini de 
“Melhor Cartunista” e dois Troféus HQ MIX em parcerias. Participou de projetos 
como Tarja Preta (RJ), Escape (SP), Gibi Quântico (SP) e Marcatti 40 (SP).
Izabeli Sales Matos
É mestra em Educação pelo Programa de 
Pós-Graduação em Educação da Universidade 
Estadual do Ceará (Uece), profissional de 
Educação Física pela Universidade de Fortaleza 
(Unifor), especialista em Atendimento Educacional 
Especializado (AEE)pela Universidade Federal do Ceará 
(UFC), em Formação de Professores na Área da Deficiência 
Visual pela Sociedade de Assistência aos Cegos, em 
Psicomotricidade pela Uece, e em Lazer pela Universidade 
Federal de Minas Gerais (UFMG). É docente da Associação 
de Cegos do Estado do Ceará (ACEC), no AEE e Orientação 
e Mobilidade. É docente do curso de Especialização em 
Orientação e Mobilidade pela Faculdade Alpha (Recife – PE).
Ruth da Silva Lima
É profissional de Educação Física, pela 
Universidade Estadual do Ceará (Uece), 
especialista em Educação Física para Grupos 
 Especiais pela Faculdades do Nordeste e especialista 
em Educação Inclusiva e Práticas Pedagógicas em AEE, 
pela Faculdade do Maciço de Baturité. É membro do Grupo 
de Estudos em Educação Física e Desporto Adaptado (GEFDA/
UFC), professora efetiva do Estado do Ceará e da Prefeitura 
de Fortaleza e docente do Centro de Referência em Educação 
e Atendimento Especializado do Ceará (Creaece), no AEE e 
Orientação e Mobilidade. É treinadora de bocha paralímpica 
da Associação D’Eficiência Superando Limites (Adesul).

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