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Resumo - Fisiologia do Sistema Renal

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Fisiologia II – Medicina Veterinária – ANCLIVEPA - @cyndigstudy 
 
1 | P á g i n a 
 
Fisiologia do Sistema Renal 
DEFINIÇÃO 
Os rins desempenham diversos papeis na 
manutenção da homeostase – equilíbrio do corpo. 
Nos mamíferos, assim que o coração bombeia o 
sangue, o rim recebe 25% do débito cardíaco – 
bombeado pela artéria aorta que entra pela 
artéria renal para ser filtrado. 
Os rins filtram o sangue e nesse processo, há a 
excreção dos dejetos metabólicos pela urina ao 
mesmo tempo que retêm as substâncias filtradas 
necessárias ao organismo, incluindo água, glicose, 
eletrólitos e proteínas de baixo peso molecular. A 
qualquer sinal de distúrbio hídrico, a máxima 
retenção de água promove uma hidratação 
mínima, que mantem sódio, magnésio e outras 
substâncias na tentativa de garantir o equilíbrio 
homeostático. 
 
Imagem:maestrovirtuale.com/rim-fisiologia-funcoes-
hormonios-doencas/ 
Quando um rim começa a dar sintomas de 
qualquer problema renal (como insuficiência e não 
inflamação, pois é irreversível) significa que 75% 
do rim deixou de ser uma unidade funcional. 
Além disso, os rins produzem dois hormônios: 
• Renina – responsável pela regulação da 
hipotensão (queda de pressão). 
• Eritropoietina - responsável pela produção 
de eritrócitos em casos de anemia. 
O rim desempenha suas funções por meio de 
vários tipos celulares que existem dentro dele – 
funcionam fisiologicamente da mesma maneira, 
através da unidade funcional chamada néfron. 
Fisiologia do Néfron 
O néfron é composto por estruturas denominadas 
glomérulos, no qual filtram o sangue e conjunto 
com os segmentos renais associados, separam as 
substâncias filtradas que são absorvidas dos 
componentes plasmáticos que serão excretados. 
 
Imagem: www.todamateria.com.br/nefron/ 
Os néfrons intercalam o sistema de ductos 
coletores, que atravessam o rim e desembocam na 
pelve renal. 
O néfron é dividido em: 
• Região cortical - externa 
• Região medular - interna 
 
 
 
Os glomérulos são constituídos por capilares 
aferentes (trazem) e eferentes (levam), que 
transportam o sangue para a capsula glomerular, 
passam pelo túbulo contorcido proximal, 
seguindo para as alças néfricas desentendes (que 
descem) e ascendentes (que sobem). Em cada 
porção ocorre uma função da unidade funcional. 
Independente da espécie, cada rim possui um 
milhão de néfrons – quando começam surgir 
sintomas de insuficiência renal, 75% desses um 
milhão morrem (75mil néfrons deixam de ser 
funcionais) → não bastando somente de um rim e 
sim ambos. 
Diagnostico na clínica: 
Função renal – solicita-se hemograma e ultrassom 
Fluidoterapia – no atendimento de casos de 
insuficiência renal aguda 
Quando um dos rins deixa de ser funcional, o outro 
rim assume todo o controle e garante a 
homeostase, por isso seus sintomas não são 
perceptíveis (principalmente nos felinos → 
observar se não urina e se a boca apresenta odor 
de urina – principais sinais). 
GLOMÉRULO 
Formado por uma compacta rede de capilares 
(tufo glomerular), é responsável pela primeira 
etapa da função renal, a filtração do sangue, 
onde: 
• Retem componentes celulares e proteínas de 
alto peso molecular nos vasos; 
• Expele um fluido de característica quase 
idêntica ao plasma - em composição hídrica e 
eletrolítica – chamado filtrado glomerular, no 
qual é formado através da filtração. 
Nos mamíferos, o sangue da artéria renal flui para 
a arteríola eferente, que se divide em capilares 
glomerulares – estes se anastomosam, formando 
a arteríola eferente que conduzem o sangue 
filtrado para fora do glomérulo. 
O tufo glomerular é envolto pela capsula 
glomerular, revestida por uma camada de células 
única → epitélio parietal (é única para poder 
efetuar a filtragem). A área formada entre o tufo 
glomerular e a capsula é chamado de espaço 
glomerular – essa estrutura determina a taxa e 
seletividade da filtragem glomerular (caso seja 
lesionada, a filtração passa a nula). 
 
Imagem: planetabiologia.com/glomerulo-filtrado-
glomerular/ 
No processo de filtragem, o sangue que entra é 
filtrado – tudo que fica retido na capsula 
glomerular, não passando do filtro, permanece na 
corrente sanguínea, enquanto o que passa pelo 
filtro segue para o túbulo contorcido, passando a 
ser chamado de filtrado glomerular e permanece 
de imediato no espaço glomerular antes de seguir 
para o lúmen do primeiro segmento do túbulo 
proximal. 
 
Imagem: material de aula 
As arteríolas aferentes (entrada) possuem 
fenestras, chamadas de podócitos – dependendo 
do tamanho e da afinidade química, permite ou 
impede a passagem de moléculas – só sai o que 
tem baixo peso molecular, retendo moléculas 
Fisiologia II – Medicina Veterinária – ANCLIVEPA - @cyndigstudy 
 
3 | P á g i n a 
 
maiores. A arteríola eferente (saída) continua 
dando uma volta com os compostos não filtrados 
em tudo, antes de sair do órgão pela veia - o 
filtrado permanece na capsula. 
No hemograma, todo componente que aparece 
em demasia significa falha na filtragem → uma das 
características do paciente insuficiente renal é 
apresentar anemia nos exames, devido a falha de 
produção de hormônios eritropoieticos. 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
A estrutura dos capilares glomerulares é essencial 
para determinar a taxa e seletividade da filtração 
glomerular. 
A taxa de filtração glomerular é uma medida útil 
na clínica para inspeção da função renal (TFG/FGT) 
– é expressa em milímetros de filtrado glomerular 
formado por minuto por quilograma de peso 
corporal (ml/min/kg) - através do débito urinário, 
é possível calcular o filtrado glomerular. O débito 
urinário representa o estado de saúde renal do 
paciente. 
“Um cão beagle de tamanho médio com 10 kg de 
peso corporal, com uma TFG típica de 
3,7mL/min/kg, produziria aproximadamente 
37mL de filtrado glomerular por minuto ou 53,3L 
(cerca de 14 galões) de filtrado glomerular por dia, 
o que corresponde a quase 27 vezes o volume de 
líquido extracelular de um beagle.” 
• TFG = 3,7 ml/min/kg – é o número de taxa 
(usual) para qualquer espécie mamífera, não 
tem alteração (DU 37 ml por minuto). 
• X24 = 888ml - nem um litro de urina por dia (1L 
– 1000ml) – se houver mais do que isso, não há 
reabsorção do filtrado ao longo do néfron – 
entrar com providência clínica pois não está 
produzindo anuria (urina). 
Unidade de tempo 
• 60s – 1m 
• 3600s – 1h 
Todo o restante é reabsorvido pelas outras partes 
do néfron durante o dia. 
 
Imagem: material de aula 
A taxa de filtração glomerular é determinada por: 
• Pressão média de filtração liquida 
• Permeabilidade da barreira de filtração 
• Área disponível para filtração 
Sendo que a parede dos capilares glomerulares 
cria uma barreira entre as forças que favorecem e 
se opõem à filtração do sangue, desde que 
estejam em normotensão: 
• hipotensão gera aumento da fenestra 
• hipertensão diminui a taxa de filtração por 
estar contraído (vasoconstrição). 
A principal força diretriz da filtração é a pressão 
hidrostática dos capilares glomerulares. 
As forças que favorecem a filtração – 
movimentação de água e solutos através da 
parece dos capilares são: 
• Pressão hidrostática do sangue (dos capilares); 
• Pressão oncótica do fluido no espaço 
glomerular – o ultrafiltrado (tende a ser 
irrelevante devido as proteínas de peso 
molecular médio/alto não serem filtradas). 
 
 
 
As forças que se opõem a filtração são: 
• Pressão oncótica plasmática nos capilares 
glomerulares; 
• Pressão hidrostática no espaço glomerular. 
A PF (pressão de filtrado) presente no capilar 
glomerular é a diferença entre pressão 
hidrostática (que favorece a filtração) e pressão 
oncótica capilar (que se opõe a filtração). 
O que determina é a quantidade de proteína e 
água presente. 
 
Imagem: material de aula 
Conforme o sangue corre pelo capilar glomerular, 
atravésdo bombeamento, uma grande proporção 
do fluido do plasma é forçada através da parede 
capilar – enquanto as proteínas do plasma são 
reditas no lúmen capilar. 
• A pressão oncótica plasmática aumenta ao 
longo do leito capilar; 
• A perda de volume plasmático ao longo do 
leito capilar causa redução na pressão 
hidrostática capilar. 
Isso significa que a pressão de filtração liquida 
tende a se reduzir ao longo do leito capilar. 
Em condições de aumento do fluxo sanguíneo 
através dos capilares glomerulares → há aumento 
de pressão oncótica capilar (aumento de proteína 
total na desidratação) → gera aumento de 
filtração das porções distais dos capilares (há a 
tentava de manter a permeabilidade da barreira). 
Caso pressão de ejeção diminua, impossibilitando 
a passagem do sangue pelo capilar, não há 
produção de filtrado capilar (ocasiona uma menor 
formação) – gerando aumento da pressão 
oncótica (proteínas) porque não há passagem de 
líquido (ejeção de sangue). Isso ocorre por 
decorrência da diminuição da pressão do sangue, 
chamada de resistência arteriolar ou por perda de 
volume de sangue total – gerando perda da 
homeostase no corpo todo → o primeiro local que 
sente são os glomérulos, especificamente as 
arteríolas que ficam no glomérulo. 
A TFG é o produto da pressão de filtração liquida 
+ permeabilidade da barreira de filtração + área 
de superfície disponível para filtração. 
Permeabilidade da barreira – é determinada pelas 
características estruturais e químicas da parede 
dos capilares glomerulares → o produto da 
barreira + área de superfície = coeficiente de 
ultrafiltração. 
 
Imagem – material de aula 
1. Filtração 
2. Reabsorção 
3. Secreção 
4. Excreção 
 
Fisiologia II – Medicina Veterinária – ANCLIVEPA - @cyndigstudy 
 
5 | P á g i n a 
 
BARREIRA DE FILTRAÇÃO 
A barreira de filtração possui permeabilidade 
seletiva (permosselectividade), estabelecidas 
devido as características estruturais e químicas da 
parede dos capilares glomerulares, fazendo com 
que: 
• Proteínas plasmáticas e componentes 
celulares, do tamanho de moléculas de 
albumina (ou maiores) sejam retidos na 
corrente sanguínea – possuem raio molecular 
igual ou maior a 4nm 
• Água e solutos sejam filtrados (sem restrição) 
– possuem raio molecular igual ou menor a 
2nm 
Todas as fenestras tem em média de 2nm a 4nm 
de espessura – o que significa que moléculas 
maiores que essa proporção são incapazes de 
passar e caso passem (e seja identificado na urina) 
é indicativo de lesão na fenestra (como presença 
de albumina com aproximadamente 7nm). 
 
imagem :www.cpt.com.br/artigos/filtracao-glomerular-
voce-sabe-o-que-e 
A TGF é mantida dentro da variação fisiológica 
pela modulação renal da pressão arterial 
sistêmica + volume intravascular e pelo controle 
intrínseco do fluxo sanguíneo renal + pressão dos 
capilares + Kf → os efeitos são mediados pelos 
fatores humorais – principalmente pelo sistema 
renina-angiotensina-aldosterona. 
Já o controle intrínseco da perfusão dos capilares 
é mediado por dois sistemas autorreguladores, do 
qual controlam a resistência ao fluxo nas arteríolas 
aferente/eferente: 
• Reflexo miogênico 
• Feedback tubuloglomerular 
Sistema 
Renina-Angiotensina-Aldosterona 
É ativado decorrente da diminuição da pressão 
arterial (por perfusão renal que é a quantidade de 
sangue) ocasionando menos filtração. 
 
Imagem: material de aula 
Aciona liberação de renina no sangue que vai até 
o fígado → transforma angiotensina em 
angiotensina I → sairá do fígado para a corrente 
sanguínea sentido pulmão → ao chega nos 
capilares pulmonares, será convertida em 
angiotensina II pela enzima conversora hepa. 
→ A angiotensina II é um potente vaso construtor 
capaz de ativar vasoconstrição geral, aumentando 
a perfusão renal (aumenta pressão = aumenta 
perfusão) perfusão → Aciona a suprarenal fazendo 
com que haja liberação de aldosterona que vai 
agir no ducto coletor renal → viabilizando a 
 
 
reabsorção de sódio e água (pelo sague), 
aumentando a volemia (pressão) – a quantidade 
de perfusão no sangue tem como principal 
objetivo manter a homeostase. 
Controle Intrínseco 
No interior do rim, há o controle direto da 
perfusão capilar glomerular pelos sistemas: 
• Reflexo Miogênico (ajuste nas artérias) – 
mecanismo autorregulatório que é 
desencadeado por alterações na perfusão 
glomerular. 
• Feedback Tubuloglomerular – mecanismo 
autorregulatório desencadeado por alterações 
na provisão de fluido tubular. 
 
Imagem: material de aula 
Mesmo quando não há liberação de aldosterona, 
já há absorção (baixa) de NaCl – para começar a 
ter absorção de água. 
Assim, a TFG é um dos paramentos mais 
importantes da função renal – pois sua 
determinação está condicionada ao conceito de 
depuração, que é a taxa em que o plasma é 
depurado de uma substância. 
A taxa de depuração é aferida pela taxa de 
eliminação de uma substância dividia por sua 
concentração plasmática. 
REFERENCIAS 
Material utilizado em aula

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