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Resumo Sistema Renal - Fisiologia

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LÍVIA MARTINS SILVA 
SISTEMA RENAL 
Faz bem ou faz mal tomar bastante água em o curto espaço de tempo? Faz mal, porque quando você toma muita água 
em um curto espaço de tempo você irá produzir muita urina, que quando eliminada, junto a ela você também elimina 
uma quantidade considerável de sais minerais, que leva à: 
HIPONOTREMIA: consiste em desorientação, tontura, inclusive mal súbito. 
O sistema renal tem como função principal manter a homeostase do organismo, que significa manter o organismo em 
equilíbrio, tanto hídrico como de sais, independentemente das alterações que ocorram no meio externo. A urina é uma 
excreção, porque na urina, nós vamos eliminar os compostos nitrogenados, que são formados a partir de reações 
químicas que quebram proteinase também na quebra de ácidos nucleicos, sendo os compostos nitrogenados restantes 
dessas quebras tóxicos para as células. 
COMPOSTOS NITROGENADOS: Amônia, ureia e ácido úrico. 
• Amônia: é o produto primário produzido dessas reações catabólicas de quebra de proteínas e quebra de ácido 
nucleico, sendo esse composto extremamente tóxico. 
Os animais eliminam compostos nitrogenados na forma de ureia. 
• Ureia: é a amônia adicionada de dióxido de carbono, sendo essa junção entre amônia e dióxido de carbono para 
transformar em ureia, feita no nosso fígado. Média toxicidade. 
Os animais que excretam ureia são classificados como ureotélicos. 
Funções Renais: 
• Excretora: limpeza do meio interno; 
• Reguladora: equilíbrio hidroeletrolítico e pH do meio interno; 
• Secretora: produção de hormônios. 
Isquemia: é a deficiência ou ausência de suprimento sanguíneo e, consequentemente de oxigênio, em determinado tecido 
ou órgão. 
Hipóxia: é a diminuição ou baixa concentração de oxigênio nos tecidos e órgãos. 
Néfron: é a unidade funcional do rim, sendo os seus segmentos: 
• Cápsula de Bowman, túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal. 
Etapas do processo de formação da urina: 
• Filtração: é a primeira etapa, ocorre no interior dos corpúsculo renal. O sangue chega sob alta pressão nos 
capilares do glomérulo, o que leva a parte do plasma a sair em direção à capsula de Bowman. Essa passagem 
do plasma é chamada de filtração. O filtrado resultante é muito semelhante ao plasma no interior dos vasos 
sanguíneos, porém, não possui proteínas nem células do sangue e segue em direção aos túbulos renais, que é 
onde ocorre a: 
• Reabsorção: etapa na qual as substâncias importantes que não devem ser perdidas são reabsorvidas. No túbulo 
proximal ocorre a maior parte de reabsorção de água e sódio , que são duas substâncias essenciais para o 
funcionamento do corpo e a alça de Henle e o túbulo distal também fazem parte dessa etapa. 
• Secreção: ocorre no túbulo renal e é um processo oposto ao das reabsorção. As substâncias presentes nos 
capilares são lançadas no interior do túbulo renal, o que garante a eliminação pela urina. 
A urina é o produto final formado pelo filtrado glomerular, menos o que foi reabsorvido, mais o que foi secretado. 
Filtrado glomerular: é o nome dado a uma solução aquosa similar ao plasma sanguíneo. Tudo que se tem no plasma, 
tem no filtrado glomerular, exceto proteína, possui também a mesma osmolaridade. 
Forças de Starling: 
• Pressão hidrostática dos capilares glomerulares: é uma força exercida pelos líquidos que tende a expulsar o 
líquido do seu compartimento, favorecendo a filtração. 
• Pressão oncótica dos capilares glomerulares: é uma força que atrai água para o compartimento, nçao sendo 
seletivo, que consequentemente não favorece a filtração. 
 
LÍVIA MARTINS SILVA 
Reabsorção tubular: impede que sejam perdidas grandes quantidades de água e eletrólitos. 
Secreção tubular: mecanismo adicional para a excreção de substâncias na urina. 
Túbulo proximal: 60 – 70% de sódio, água e ureia reabsorvidos. 
Alça de Henle: 
• Ramo descendente: maior permeabilidade a água; impermeabilidade a soluto, possui maior osmolaridade. 
• Ramo ascendente: possui menor osmolaridade e reabsorve soluto. 
Túbulo distal: praticamente impermeável à água; segmento diluidor. 
Túbulo distal final: impermeável ureia; reabsorção de sódio e secreção de potássio sob a presença de aldosterona; 
hidrogênio secretado ativamente (importante na regulação do equilíbrio ácido - básico); permeável à água na presença 
de ADH; impermeável à agua na ausência de ADH. 
Ducto coletor medular: importante na determinação do débito urinário final de água e solutos; permeabilidade à água 
controlada pelo o ADH; altamente permeável á ureia sob controle do ADH; 
ADH: é produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro hipófise. Ele atua diretamente na reabsorção de água, por 
osmose, através de poros de água na membrana plasmática das células. Liberado em alta osmolaridade e baixa volemia. 
Aldosterona: é um hormônio que é liberado pela suprarrenal para que haja a reabsorção de sódio, sal mineral. É claro 
que a reabsorção de sódio acaba levando à reabsorção de água. Uma vez levando à reabsorção de água, acaba 
concentrando a urina e levando a água de volta para a corrente sanguínea. Liberado em baixa osmolaridade e baixa 
volemia. 
Enquanto a aldosterona age, usando uma fisiologia renal simplificada, na região ascendente da Alça de Henle e, com 
isso, acaba provocando reabsorção de água nos túbulos renais, o ADH age no duto coletor, também promovendo a 
reabsorção de água. 
Sistema Renina Angiotensina: é um sistema para conseguir o ajuste da pressão arterial; 
3 fatores para a ativação do SRA: 
• Queda da pressão arterial, que é sentida pelos barorrecptores; 
• Ativação do SNS; 
• Diminuição da concentração de sódio nos túbulos distais. 
Células justaglomerulares liberam Renina que cai na corrente sanguínea e converte o Angiotensinogênio em 
Angiotensina I (apresenta uma atividade leve de vasoconstrição), em seguida essa é convertida em Angiotensina II pela 
enzima ECA (enzima conversora da angiotensina), que leva a 4 frentes: 
• Vasoconstrição dos vasos do corpo; 
• Aumenta a reabsorção renal – em nível renal promove a vasoconstrição preferencialmente da arteríola eferente, 
assim, mesmo promovendo a redução do fluxo renal, ela mantém a taxa de filtração glomerular, mas com o 
aumento de reabsorção osmótica do liquido presente nos túbulos, visto que o fluxo nos capilares peritubulares 
também é lentificado; 
• Libera aldosterona que atua no túbulo contorcido distal, estimulando a reabsorção de sódio e excreção de 
potássio; 
• Estimula a hipófise posterior a secretar ADH que vai atuar nos ductos coletores, estimulando a reabsorção de 
água. 
Sendo resultante desse processo: o aumento da vasoconstrição, aumento da reabsorção de sódio e água, que 
consequentemente leva a queda da pressão sistêmica. 
OBS: se a pressão estiver mais elevada, os estímulos para a secreção de renina são reduzidos, levando a queda da 
pressão. 
Desidratação: perda significativa de fluido corporal que prejudica as funções normais do corpo; 
Hiperhidratação: é um excesso de água no corpo. Ocorre quando a injeção de água e maior que a sua eliminação; 
Hiperosmótico: alta osmolaridade; 
 
LÍVIA MARTINS SILVA 
Isosmótico: concentração molecular em que duas substâncias possuem a mesma pressão osmótica; 
Hiposmótico: baixa osmolaridade. 
Qual a importância do gradiente córtico-medular renal? Como é mantido? É importante por ajudar na reabsorção de 
água e é mantido através dos processos de reabsorção de soluto e de água. 
Qual a importância da creatinina na avaliação da função renal? A creatinina avalia a capacidade de filtração, ela é 
filtrada, mas não é absorvida e nem secretada. A alta dessa substância do organismo significa que o rim está com 
problemas. 
Por que não pode reidratar um animal apenas com água? Porque somente a água não é suficiente para o funcionamento 
do organismo, sendo necessário atuar junta à ela, os solutos, que além dereter água no organismo são de extrema 
importância para o funcionamento de todo o organismo. 
Compensação renal dos distúrbios respiratórios: 
Causados por defeito primário na capacidade dos pulmões removerem CO, ou quando a sua remoção está exagerada. 
• Acidose respiratória: aumento da PCO2 arterial estimula a secreção de H+ e a reabsorção de HCO3- 
• Alcalose respiratória: diminuição da PCO2 arterial inibe a secreção de H+ e a reabsorção de HCO3- 
• Acidose metabólica: causas de excesso de produção de ácidos 
 - Perda de HCO3- 
 - Excreção urinaria de H+ inadequada; 
 - Hipercalemia. 
• Alcalose metabólica: causas de excesso de produção de bases: 
 - Perda de íons H+ 
 - Excreção urinária de H+ inadequada; 
 - Hipocalemia. 
Compensação renal dos distúrbios metabólicos: 
Compensação Respiratória: 
• Acidose metabólica: aumenta da ventilação e diminuição da PCO2; 
• Alcalose metabólica: diminuição da ventilação e aumento da PCO2; 
Compensação Renal: 
• Acidose metabólica: aumento da reabsorção de HCO3-; aumento da excreção de H+ ; aumento da excreção de 
amônio e da síntese de NH4+ 
• Alcalose metabólica: aumenta da excreção de HCO3-; diminuição da excreção de H+; 
1º Quadrante: alcalose metabólica; 
2º Quadrante: acidose respiratória; 
3º Quadrante: acidose metabólica; 
4º Quadrante: alcalose respiratória.

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