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MODELO EXECUÇÃO DE ALIMENTOS

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MODELO EXECUÇÃO DE ALIMENTOS- RITO PENHORA
DOUTOR JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE MOMBAÇA/CE
 Ref. ao proc.: 
NENEM, menor absolutamente incapaz, com 10 (dez) anos de idade, por meio de sua genitora LUCIANA BENEVIDES COSTA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/CE 26.284, com endereço profissional na Rua Coronel José Aderaldo, nº 341- altos, centro, Mombaça, vem, perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 523, § 1º e 831, do Código de Processo Civil, propor
 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
 Rito de Penhora 
em face de MANUEL, CPF , tendo como entidade laboral o Colégio TAL, localizado na Rua TAL, 210 - Montese, Fortaleza - CE, CEP 60420-670, pelos motivos a seguir expostos:
 PRELIMINARMENTE
 Inicialmente, requer a concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do artigo 98 e 99, § 4º do novo Código de Processo Civil e artigo 4º da Lei 1.060/50, por não possuir recursos suficientes para suprir as custas processuais sem prejuízo de seu sustento.
 I - DOS FATOS
 A r. sentença proferida no bojo do Processo nº (Secretaria de Vara única desta Comarca) fixou a pensão alimentícia devida pelo executado ao exequente, menor impúbere, à razão de 25% (vinte e cinco por cento) do salário mínimo vigente, a ser paga até o dia 10 de cada mês. 
Entretanto, o executado não honrou com a quantia fixada pela sentença em alguns meses, conforme demonstrativo abaixo.
 (Aqui eu fiz uma planilha com o mês, o valor devido e o valor atualizado, no final coloquei o total.) 
VALOR TOTAL: 
R$ Obs: Valores atualizados pelo IGP-M com juros de 1% a.m (memória dos cálculos anexa) 
SALÁRIOS ANUAIS: 
2010- 510,00     2015- 788,00 
2011- 545,00     2016- 880,00 
2012-622,00     2017- 937,00 
2013- 678,00     2018- 954,00 
2014- 724,00
 II- DO DIREITO 
O artigo 528, § 1º do Novo Código de Processo Civil dispõe sobre o direito de executar o débito alimentício:
 Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 
§ 1o Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517.
 Já artigo 530 define que, não cumprida as obrigações, observar-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes, in verbis:
 Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios. 
Desse modo, caso haja o não pagamento do réu, deve ser deferido o bloqueio on-line no importe suficiente ao pagamento do crédito ora reclamado (STJ, 3ª Turma, REsp 332.584-SP, rel. Min. Nancy Andrigui, j. 12.11.01; RT 843/318; RP 134/216, dentre outros).
 Assim, encontra-se fundamentado o pedido do exequente, sendo legítimo e urgente, sob pena de prejuízos irreparáveis. 
Insta ressaltar que as prestações alimentícias recentes estão sendo cobradas em procedimento próprio, nos termos do artigo 528, § 3º, do NCPC. 
III- DA INCIDÊNCIA SOBRE O 13º SALÁRIO 
Tendo a sentença transitado em julgado fixado em porcentagem o valor dos alimentos, sem excluir expressamente qualquer referência a outras verbas, presume-se que integre a pensão o 13º salário, já que este tem natureza alimentar.
 O art. 4º da Lei nº 4.749 /1965 não deixa dúvida acerca dessa natureza, uma vez que prevê expressamente a incidência das contribuições previdenciárias sobre a aludida gratificação, bem como em decorrência do acréscimo que produz ao patrimônio do beneficiário, natureza também reconhecida pelo STF na Súmula 207, verbis: As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário, e pela Súmula nº 688, que diz: “É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário.”
 Importante ressaltar que os acréscimos só são devidos nas hipóteses em que os alimentos são estabelecidos em percentual sobre o salário, rendimento ou provento. Do contrário, caso fosse estabelecido valor fixo a ser pago, não faria jus a incidência de tais verbas, conforme jurisprudência do STJ.
 “DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. VERBA ALIMENTAR ARBITRADA EM VALOR FIXO. DÉCIMO TERCEIRO. NÃO INCIDÊNCIA. 1. Esta Corte recentemente proclamou a tese segundo o qual, tendo sido a obrigação alimentar arbitrada em valor fixo, descabe cogitar da incidência de descontos sobre o décimo terceiro salário do alimentante. (REsp 1332808/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 18/12/2014, DJe 24/02/2015 e publicado em 28/04/2015)”. 
IV- PRESCRIÇÃO
 Não há que se falar em prescrição dos alimentos devidos a crianças e adolescentes menores de 16 anos, já que, contra eles a prescrição não corre (artigo 198, inciso I, do Código Civil). Neste caso não acontece a prescrição, independentemente da relação existente entre alimentante e alimentado.
 Assim, é intolerável a aplicação da prescrição contra menor de 16 anos, podendo, porém, a prescrição correr a favor deste. Ratifica-se com a Jurisprudência de 28 de agosto de 2014 prolatada pelo Ministro Relator Dr. Luis Felipe Salomão 
CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. MENOR ABSOLUTAMENTE INCAPAZ. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. 1. Esta Corte preconiza não correr a prescrição contra menor absolutamente incapaz em execução de alimentos, em vista do disposto no art. 197 do Código Civil. 2. Agravo regimental não provido. 
Apesar de ser uma ideia em um primeiro momento tão óbvia, a prescrição não pode correr contra menores, vez que ainda não tem capacidade mental, cognitiva e psicológica para efetuar uma defesa que lhes é de direito. 
V - DOS PEDIDOS
 Ante o exposto, respeitosamente REQUER a Vossa Excelência se digne em: 
1- Deferir o pedido de Gratuidade da Justiça;
2- Determinar a intimação do executado para pagar o total do débito, conforme tabela de cálculo, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de incidir multa de 10% (dez por cento);
3- Intimar do i. representante do Ministério Público, para que acompanhe o feito, conforme determina o artigo 178, do NCPC; 
4- Condenar o executado ao pagamento das custas e despesas processuais, além de honorários advocatícios, no importe de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado do débito, nos termos do § 1º, do artigo 523, do NCPC; 
5- Determinar a expedição ofício ao INSS- Instituto Nacional do Seguro Social, no sentido de requerer informações acerca da existência de vínculo empregatício em nome do executado. Em caso positivo, seja oficiado ao empregador no sentido de que seja descontado diretamente da folha de pagamento do devedor o valor devido à título de pensão alimentícia, tanto os vincendos quanto os vencidos, conforme autoriza e nos limites do § 3º, do artigo 529, do NCPC; 
6- Na eventualidade de inadimplemento após o decurso do prazo, requer, desde já, o prosseguimento da execução, determinando a pesquisa, bloqueio e penhora de valores e bens, através dos sistemas: BACENJUD; INFOJUD; RENAJUD; expedição de ofício à CAIXA Econômica Federal, gestora das contas do FGTS, PIS, e ABONO salarial, para que informe acerca de saldos mantidos naquela instituição em nome do executado; expedição de ofício à RECEITA FEDERAL, para que forneça cópia das últimas declarações de imposto de renda do executado; se frustrados todos os pleitos supra, a inscrição do nome do devedor nos cadastros restritivos de créditos (SPC e SERASA), conforme autoriza o inciso IV, do artigo 139, do NCPC; 
7- Por derradeiro, se constatada conduta procrastinatória por parte do executado, requer, se digne Vossa Excelência em oficiar ao Ministério Público no sentido de se verificar a prática do crime de abandono material, previsto no artigo 244, do Código Penal, conforme autoriza o artigo 532, do Código de Processo Civil. 
Protesta provaro alegado por todos os meios de prova em Direito admitidas. 
Dá à causa o valor de R$ 00,00 (zero reais) 
Mombaça/CE, 22 de março de 2019. 
Dra. Luciana Benevides Costa 
OAB/CE 26.284

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