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Victória Thalita do Nascimento Pereira, acadêmica de Direito. MASCARO, Alysson Leandro. “Filosofia do Direito”. São Paulo: Atlas, 2016. (1 ao 4 Capítulo) Palavras-chave: Filosofia Geral; Filosofia do Direito; Tradição; Práxis. Resumo De início, é importante considerar a Filosofia como uma disciplina cientificamente conduzida, em que nela cabem várias definições: Pode ser entendida, inicialmente, como Metafísica, de modo que se preocupa com o Ser, o que origina as coisas e o que permanece nas coisas. Sendo observada também a partir do Espanto, onde qualquer um pode ser filósofo a partir dessa definição. Como também, pode ser pensada a partir do sistema da História da Filosofia, com base na tradição do pensamento filosófico. Com relação à Filosofia Jurídica, a definição mais próxima que será pensada, será esta última, relacionada à História da Filosofia. A obra de Mascaro tem como pergunta central: “ O que é Direito? ” A resposta para tal questão não é simples, nem fácil, nem rápida. Só pode se dar início a uma solução minimamente válida por meio da apreensão da Tradição Filosófica. Esta apreensão, por sua vez, pode ser feita por um duplo exercício: O primeiro, denominado de Aproximação Geral, consiste em analisar a narrativa da Filosofia, em cada época da História. Já o segundo, é o exercício de Leituras Específicas e Analíticas de Autores e Obras relacionadas ao tema, com a atenção de que tais leituras devem considerar a temporalidade. Mascaro explica também que o Direito em si, pode ser pensado em relação a inúmeros objetos, tais como a Justiça, o Estado, a Estética, a Economia e dentre outros. O autor aponta que a Filosofia Geral não diferencia da Jurídica em questão de método, nem de grandes horizontes, pois a Filosofia do Direito é a própria Filosofia Geral, com a única distinção de possuir um objeto específico. Entretanto, para deixar bem claro o que é Filosofia do Direito deve-se ter uma definição mínima da Filosofia (como tradição ou práxis), um objeto de estudo e um problema. Victória Thalita do Nascimento Pereira, acadêmica de Direito. Primeiramente, para pensar na Filosofia como Tradição significa pensar em sua História, em suas obras clássicas, aquelas que servem de referência para outros autores, por meio de um método de estudo analítico-estrutural, em que será refletida a lógica interna do texto. Posteriormente, deve-se pensar a Filosofia enquanto Práxis, que seria a utilização de uma teoria ou conhecimento de maneira prática, ou seja, é o enfrentamento do pensamento e da realidade. Segundo Mascaro, não existe uma neutralidade nas reflexões e nos estudos e pesquisar não é um ato de mero prazer, porque há uma relação necessária entre o pensar e a realidade (práxis), tendo como maior exemplo disso, o filósofo alemão Karl Marx. Para o autor, a Filosofia do Direito, enquanto práxis, pode servir para conservação da realidade existente ou para transformação da mesma. Mas no âmbito do Direito, na maioria das vezes, irá servir para conservação das relações existentes, a fim de servir aos poderosos, sendo essa servidão dada por ignorância ou escolha.
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