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Patologias da cavidade oral Considerações gerais: Microbiota própria e em equilíbrio (fusobacterium, actinomyces, espiroquetes...) Epitélio estratificado não queratinizado Saliva (lisozimas antimicrobianas) Secreções orais, presença de IgA Os botões gustativos, rejeita, substâncias potencialmente tóxicas Anomalias de desenvolvimento Grande maioria idiopática (não tem uma causa definida) Algumas incompatíveis com a vida Fenda palatina (palatosquiose) e fenda labial (quielosquise), são as patologias mais comuns Processos inflamatórios Estomatites*/Gengivite: *Termo utilizado para designar doenças ou inflamações da cavidade oral Referem-se a mucosas da cav. Oral e da gengiva Causas são bem diversas Macroscopicamente dividida em: Máculas – Lesões que não formam relevos, nodulações, geralmente redondas que se mantém na altura da pele – são vasculogênicas = ruptura de capilar Pápulas – Lesões sólidas, em relevo com menos de 1 cm de diâmetro Nódulos – Lesões com diâmetro com > de 1 cm Tumores – Lesões sólidas redondas e grandes, podem estar aderidos Vesículas – Áreas elevadas com líquido no interior (exsudato) Solução de continuidade (Ferida aberta) = erosões, úlceras e necrose Causas podem ser: Doenças autoimunes ou doenças sistêmicas Estomatite vesicular Acomete várias espécies Processo inflamatório da cavidade oral com a presença de vesículas, com secreção serosa (em lábios, palato rostral e língua) A.E= família Rhabdoviridae, gênero vesiculovirus *Importante realizar o diagnostico diferencial Transmissão: Ocorre por aerossóis e secreções Período de incubação: de 24 a 72 horas Sinais clínicos: ▪ Alitose, Sialorréia, febre, formação de vesículas, dificuldade de engolir, emagrecimento ▪ Pode ocorrer lesões nas patas, principalmente no epitélio da coroa do casco, mamas, interdigital ▪ Vesículas com líquido seroso e sero- sanguinolento ▪ Miocardite não supurativa em animais jovens ▪ Lesões orais – cura pode se dar pela reepitelização ou regeneração e cicatrização ▪ Principal complicação – infecção bacteriana secundária ▪ Mortalidade baixa em equinos e bovinos, mas é alta em suínos Diagnóstico: Diagnóstico diferencial para febre aftosa = Rápido e diferencial, que pode ser feito pelo isolamento viral e identificação ou por provas sorológicas Diagnóstico sorológicas pode ser realizado por ELISA Estomatites erosivas Perda do epitélio ficando apenas a mucosa Causas: Traumas, ossos, componentes alimentares, substâncias causticas, IRC (insuficiência renal crônica) e Corpo estranho A.E.: Vírus da diarréia bovina (DVB), peste bovina (morbillivirus), febre catarral maligna (herpes vírus), calicivírus felino, doença da língua azul Estomatite ulcerativa Perda de toda espessura epitelial, com exposição da membrana basal, atingindo camadas mais profundas, associadas a exsudato purulento e fibrinoso A.E.: Vírus da diarréia bovina (DVB), peste bovina (morbillivirus), febre catarral maligna (herpes vírus), calicivírus felino, doença da língua azul, corpo estranho Estomatite proliferativa: Exsudato psudomembranoso, morte de tecido e cicatrização, tendo a acumulação de massas – acomete pequenos ruminates geralmente Estomatites necróticas Contato com substâncias químicas, bacterianas e térmicas Necrose e gangrena (processo evolutivo da área tecidual morta) Acomete bovinos, caprinos e suínos Estágio final de todas as estomatites, quando complicada pelo Fusobacterium necrophorum (bactéria Gram -) que se alimenta da necrose, gangrena Macroscopia: Foco redondo, com cor amarelado cinzenta, com halo de tecido hiperêmico (hemorrágico) Microscopia: Necrose de coagulação Sinais clínicos: Inchaço de bochecha (edema), inapetência, pirexia, halitose Estomatite eosinofílica Eosinófilos aumentam na presença de vermes, protozoários... Hemograma com aumento de eosinófilos Granulomas ou úlceras orais Frequentemente em gatos, formação de lesões – pode ocorrer em qualquer lugar da cavidade oral Pode acometer cães porém é menos comum – formação de massas elevadas A.E desconhecido, parecido com doenças imuno mediadas Estomatites purulentas Área de infecção Invasão de bacterianas de forma primária ou secundária Pode formar abcessos Estomatite catarral Com a presença de muito muco e catarro Neoplasias Papilomatose oral Neoplasias benignas Acomete várias espécies, mais comum em bovinos A.E viral – pode ser infeccioso Auto-limitante Epílides ou Epúlis Tumores odontogênicos de estruturas dentárias (ligamento periodontal) Se origina no ligamento periodontal da gengiva – invasão do epúlide Lesões benignas – não dissemina 4 tipos histológicos diferentes: Fibromatoso: Proliferação tecido conjuntivo Ossificante: Nódulos de osso mineralizado Acantomatoso: Cordões de ep. Pavimentosos estratificado, comportamento “maligno” nos ossos Células gigantes Cirurgia é curativa Carcinoma de células escamosas Acomete células de camadas da mucosa, superficial 2° câncer mais comum em cav. Oral Disseminação pelos gânglios linfáticos, alguns veterinários na cirurgia retiram o linfonodo junto com o carcinoma Muito invasivo, pode se espalhar para o palato duro, maxila, mandíbula, superfície irregular... Lesões mais ulceradas, tem mais sangue (hemorragias) Animais velhos de 8 a 10 anos Sem predileção sexual 10% metástase Tratamento: Resseção cirúrgica Fibrossarcoma Infiltrativo Origem no tecido conjuntivo Pouca chance de disseminação, por via sanguínea Tumores grandes Baixa metástase Tratamento: Resseção cirúrgica Melanoma 1°neoplasia maligna em cães Raro em gatos Extremamente agressivo Melanócitos (cél. que habitam mucosa, pele na membrana basal) eles vão crescendo e enraizando no osso 80% de chance de Metástase para pulmões e linfonodos Disseminação tanto por via linfática quanto hematógena Características: Quimio e radio- resistente, cor mais escura (melanócito produz melanina), hemorrágica... Tratamento: Resseção cirúrgica – nesse caso se retira o linfonodo, independente de estar aumentado ou não, por conta da alta chance de disseminação Melanoma amelânico: Melanoma que tema ausência de melanina, possui aparência claro, fundamental imuno-histoquímica (feito a partir da biopsia), pois é muito similar a outras neoplasias Enraizamento
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