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Alice Vassilievna Chuk – 1821520076 Apresente os critérios de distribuição do ônus da prova que podem ser adotados no processo. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA A fase probatória consiste em um momento do processo posterior a fase postulatória e de saneamento e organização do processo. A prova não é um ato no processo, como se pode pensar, é uma atividade para que a decisão proferida possa ser justa. A distribuição do ônus da prova antecede a fase probatória e é dada na decisão de saneamento e organização. Se busca com a prova a reconstrução de uma realidade (verdade) possível, correspondente a fatos já ocorridos, em que foram alegados na demanda ou na defesa, afim de que possa o juiz decidir com justiça, proferido dessa forma pelo artigo 369 do CPC. É um direito fundamental, em que se dá a garantia da inafastabilidade da jurisdição, em que não se limita ao direito de ação somente, se refere ao direito de ter uma tutela jurisdicional efetiva. Se insere, portanto, como elementos da prova: direito de requerer a prova; o direito de produzi-la; de participar; e direito de se manifestar e de que o juiz a examine e que decida a partir das provas apresentadas. A distribuição do ônus da prova é feita na decisão de saneamento e organização, em que se define quem deve provar o que no processo. Se tem alguns critérios para com essa distribuição, dispostos no artigo 373 do CPC. O critério da distribuição estática ou fixa é a regra geral no ordenamento brasileiro e está disposto nos incisos I e II do artigo 373. Consiste em que a prova cabe a quem alega, quem alega o fato é que em regra há de provar. Se o autor traz fatos constitutivos, a prova desses fatos cabe ao autor, assim como se o réu traz fatos impeditivos, modificativos ou extintivos, serão estes provados pelo réu. Em determinados processos a regra geral pode não ser suficiente de modo a produzir a melhor justiça. Tendo isso, o juiz deve exercer a justiça no caso concreto para distribuir o ônus da prova de forma equitativa de forma fundamentada respeitando a lei. E assim se dá o critério da distribuição dinâmica ou equitativa, disposta nos §§ 1° e 2° do artigo anteriormente apresentado. Essa forma de distribuição fora chamada de maneira equivocada de “inversão do ônus da prova”, que hoje já não se fala mais em “inversão” pois na verdade o que ocorre é uma distribuição equitativa para se proporcionar o equilíbrio, para se dar de forma equitativa. Por último, se tem o critério da distribuição convencional, onde o legislador, nos §§3° e 4°, permite que as partes de comum acordo distribuam o ônus da prova como lhes convém e lhes parece adequado, podendo ocorrer tanto antes quanto durante o processo, salvo quando recair sobre direito indisponível ou tornar extremamente difícil a uma parte o exercício do direito. Se conclui que a distribuição do ônus da prova se dá na etapa de saneamento e organização do processo, antecedendo a fase probatória, e que em regra se tem que a prova cabe a quem alega o fato, não sendo dessa forma quando: o juiz entende que há necessidade de uma maneira um pouco mais justa e para isso o próprio distribui para se ter uma distribuição equitativa, que deve ser proferida antes da prova; ou quando há a distribuição convencional, onde as partes decidem de comum acordo sobre quem deve provar qual fato.
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