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apostila unidade 2

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Operações com Mercadorias – 
Receitas e CPV
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitor de Administração Acadêmica
Carlos de Oliveira Varella
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Emilio Antonio Francischetti
Produção: Fábrica de Soluções Unigranrio Desenvolvimento do material: André da Silva Braga
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, 
mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitora de Ensino de Graduação
Virginia Genelhu de Abreu Francischetti
Pró-Reitora de Pós-Graduação Lato Sensu e Extensão
Nara Pires
Sumário
Operações com Mercadorias – Receitas e CPV
Objetivos .......................................................................................... 04
Introdução ........................................................................................ 05
1. Receitas: Aspectos Normativos e Práticos do 
 Cálculo e a Contabilização .................................................... 06
1.1 Deduções da Receita Bruta ................................................... 07
1.2 Receita Líquida de Vendas .................................................... 08
1.3 Contabilização das Receitas .................................................. 09
2. CPV: Aspectos Legais, Normativos e 
 Práticos do Cálculo e Contabilização ...................................... 11
3. Tributos sobre as Receitas: Aspectos Legais, 
 Normativos e Práticos do Cálculo e Contabilização .................... 13
3.1 ICMS ................................................................................. 14
3.2 ISS .................................................................................... 16
3.3 PIS .................................................................................... 17
3.4 COFINS .............................................................................. 18
Síntese ........................................................................................... 22
Referências ....................................................................................... 23
4 Contabilidade Geral II
Objetivos
	▪ Entender	 a	 contabilização	 dos	 eventos	 contábeis	 das	 principais	
atividades	operacionais	relacionadas	a	receita	e	os	custos	ligados	a	
esta	operação.
	▪ Entender	o	conceito	de	receita	como	objetivo	principal	da	empresa	
na	obtenção	de	resultado.
	▪ Entender	as	metodologias	de	aplicação	dos	custos	sobre	produtos	
vendidos.
5Contabilidade Geral II
Introdução
Os	 tópicos	 a	 serem	 analisados	 referentes	 a	 Controle	 de	 Estoques,	
Receitas	 e	 Custo	 dos	 Produtos	 vendidos	 estão	 retratando	 os	 objetivos	 da	
empresa	em	prol	de	resultados.	Sua	importância	no	planejamento	estratégico	
não	 se	 trata	 somente	 de	 vendas,	 e	 sim,	 do	 negócio	 da	 empresa,	 desde	 o	
caminho	a	ser	percorrido	até	a	margem	de	lucro	esperada.
	
Novamente	 reforçamos	 que	 o	 controle	 do	 estoque	 tem	 um	 papel	
importante	nesta	etapa,	 já	que	as	 suas	entradas	e	 saídas	vão	 influenciar	no	
controle	dos	valores	dos	custos	a	serem	aplicados	sobre	a	mercadoria/produto	
e	na	prestação	de	serviço.
	
Além	da	questão	estratégica,	veremos	os	tipos	de	receitas,	as	deduções	
que	incidem	sobre	as	vendas,	a	composição	dos	custos,	lançamentos	contábeis	
de	ambos	e	toda	a	legislação	aplicada	ao	assunto.
6 Contabilidade Geral II
1. Receitas: Aspectos Normativos e Práticos do 
Cálculo e a Contabilização
A	receita	retrata	a	entrada	de	elementos	para	o	ativo,	sob	a	forma	de	
dinheiro	 ou	 direitos	 a	 receber,	 correspondentes,	 normalmente,	 à	 venda	 de	
mercadorias,	de	produtos	ou	à	prestação	de	serviços.	Uma	receita	 também	
pode	 derivar	 de	 juros	 sobre	 depósitos	 bancários	 ou	 títulos,	 de	 aluguéis	 e	
outras	origens.
Às	vezes,	a	receita	ocorre	em	função	da	redução	de	um	passivo,	como	
um	desconto	em	uma	obrigação	já	emitida,	o	que,	como	as	outras	receitas,	na	
teoria,	resultará	em	um	aumento	no	Patrimônio	Líquido.
Vejamos	algumas	classificações	da	receita:
Receita Operacional	 –	 São	 as	 receitas	 provenientes	 do	 objeto	 de	
exploração	da	empresa,	ou	seja,	elas	são	decorrentes	das	operações	normais	
da	 empresa.	Será	 classificado	 como	operacional	 o	 resultado	das	 atividades,	
principais	 ou	 acessórias,	 que	 constituam	 o	 objeto	 social	 da	 empresa.	 As	
receitas	operacionais	podem	ser	decorrentes:
	▪ Das	vendas	de	mercadorias;
	▪ Da	prestação	de	serviços;
	▪ Ou	de	ambas	as	atividades.
	▪ O	produto	da	venda	de	bens	e	serviços.	
Em	outras	palavras,	podemos	afirmar	que	a	Receita	Bruta	é	a	receita	
total	decorrente	das	atividades-fim	da	organização,	isto	é,	das	atividades	para	
as	quais	a	empresa	foi	constituída,	segundo	seus	estatutos	ou	contrato	social	
(é	o	faturamento	da	empresa).
Receitas Financeiras	–	Receitas	financeiras	também	fazem	parte	do	
Não	Operacional	da	empresa,	exceto	no	caso	de	Instituições	Financeiras.	As	
atividades	não	relacionadas	à	especialidade	da	empresa	(atividade-fim)	devem	
7Contabilidade Geral II
ser	segregadas	dos	resultados	operacionais,	pois	elas	têm	uma	gestão	alheia	
às	 operações	 principais.	 Podemos	 citar	 como	 exemplos	 o	 desconto	 obtido,	
o	 recebimento	 de	 juros	 por	 atraso	 de	 pagamento	 de	 direito,	 bem	 como	 o	
resultado	de	uma	aplicação	financeira,	ou	seja,	os	rendimentos.
Outras Receitas -	As	receitas	que	não	estão	ligadas	à	sua	atividade	
principal	 são	 as	 chamadas	 Outras	 Receitas,	 ou	 seja,	 advindas	 de	 outros	
negócios	realizados,	como	aluguel	de	um	imóvel	a	terceiros	e	vendas	de	Ativo	
Fixo/Permanente	(imobilizado).	Como	exemplo,	temos	os	ganhos	de	capital,	
correspondentes	 a	 transações	 com	 imobilizados	 ou	 com	 investimentos	 de	
natureza	permanente,	desde	que	não	 estejam	 relacionados	 com	a	 atividade	
principal	da	empresa.
1.1 Deduções da Receita Bruta 
Da	mesma	 forma	 que	 o	 custo	 de	 aquisição	 de	mercadorias	 pode	 ser	
diferente	 do	 valor	 pago	 ao	 fornecedor,	 nas	 vendas	 de	mercadorias,	 a	 receita	
líquida	nem	sempre	corresponde	ao	valor	recebido	dos	clientes.	Esta	diferença	se	
deve	às	operações	que	alteram	as	receitas	com	vendas.	Vejamos	algumas	a	seguir.
Devoluções de Vendas	-	Ocorre	quando	há	retorno	da	mercadoria	ao	
vendedor	por	estar	em	desacordo	com	o	pedido.	Também	conhecidas	como	
vendas	 anuladas	 ou	 canceladas,	 as	 devoluções	 de	 vendas	 correspondem	 às	
mercadorias	recebidas	em	devolução	pelos	mais	diversos	motivos,	como	atraso	
na	entrega	ou	diferenças	de	quantidade,	qualidade	ou	preço.	Nesta	operação,	
incidem	os	mesmos	impostos	não	cumulativos	que	incidiram	quando	da	saída	
das	mercadorias.	
Descontos Incondicionais Concedidos	-	No	momento	da	negociação	
de	 venda,	 a	 empresa	 poderá	 conceder	 algum	 desconto	 ao	 cliente.	 Se	 este	
desconto	 for	 imediatamente	utilizado	pelo	 adquirente,	dizemos	que	 tratar-
se	de	um	desconto	 incondicional,	ficando	definido	o	valor	da	operação.	Se	
o	 desconto	 concedido	 ficar	 pendente	 de	 algum	 futuro,	 como	 pagamento	
antes	do	vencimento	normal	da	duplicata,	trata-se	de	desconto	condicional.	
Apenas	o	incondicional	altera	o	valor	da	venda,	uma	vez	que,	por	depender	
do	 implemento	 de	 condição	 futura,	 quando	 utilizado,	 será	 considerado	
como	despesa;	portanto,	são	os	descontos	concedidos	pelo	vendedor	no	ato	
da	 venda,	 sem	qualquer	 contraprestação	por	parte	do	 comprador,	devendo	
constar	direto	na	nota	fiscal.
8 Contabilidade Geral II
Abatimentos s/ Vendas	 -	 Quando	 há	 insatisfação	 do	 cliente	 com	
alguma	 característica	 do	 produto	 ou	 da	 entrega,	 o	 vendedor	 concede	 um	
abatimento	ao	comprador,	a	fim	de	evitar	a	devolução.
Impostos Incidentes s/ Vendas	 -	 Assim	 como	 todas	 as	 outras	
deduções	de	vendas,	os	tributos	incidentes	sobreas	vendas	são	despesas,	por	
uma	questão	 de	 classificação.	 São	 aqueles	 que	 guardam	proporcionalidade	
com	o	preço	de	venda,	mesmo	que	o	montante	integre	as	respectivas	bases	de	
cálculo,	como	o	ICMS,	ISS	e	as	contribuições	ao	PIS	e	COFINS.	O	IPI	não	
é	cumulativo	e	é	cobrado	em	adição	ao	preço;	assim,	não	é	considerado	como	
imposto	sobre	vendas	nem	integra	o	valor	da	receita	operacional	bruta.
1.2 Receita Líquida de Vendas 
A	receita	 líquida	de	vendas	é	obtida	da	equação	da	receita	bruta	de	
vendas	menos	as	deduções.	É	a	quantidade	de	dinheiro	trazida	pela	empresa	ao	
realizar	as	suas	atividades,	seja	a	venda	de	produtos	ou	a	prestação	de	serviços.	
Ela	 é	 a	 linha	de	um	demonstrativo	que	 vem	 logo	 abaixo	da	 receita	bruta,	
onde	não	são	incluídas	as	devoluções	de	vendas.	Para	calcular	esse	indicador,	
o	contador	encarregado	da	tarefa	terá	que	incluir	todas	as	vendas	efetuadas	
em	crédito	ou	à	vista,	e	contabilizá-las	como	receita,	sobretudo,	aquelas	que	
tenham	 sido	 efetivamente	 entregues	 aos	 clientes.	 Nos	 demonstrativos	 de	
resultados,	podemos	observar	com	maior	clareza,	conforme	abaixo.
De	acordo	com	o	CPC	26_R1,	a	entidade	deve	apresentar	todos	os	itens	
de	receita	e	despesa	reconhecidos	no	período	na	demonstração	do	resultado.	
A	demonstração	do	resultado	do	período	deve,	no	mínimo,	incluir	as	
seguintes	rubricas,	obedecidas	também	as	determinações	legais:	
(a)	Receitas; 
(b)	Custo	dos	produtos,	das	mercadorias	ou	dos	serviços	vendidos;	
(c)	Lucro	bruto;	
(d)	Despesas	com	vendas	gerais,	administrativas	e	outras	despesas	
e	receitas	operacionais;	
(e)	Parcela	dos	resultados	de	empresas	investidas,	reconhecida	por	
meio	do	método	de	equivalência	patrimonial;	
9Contabilidade Geral II
(f)	Resultado	antes	das	receitas	e	despesas	financeiras;
(g)	Despesas	e	receitas	financeiras;	
(h)	Resultado	antes	dos	tributos	sobre	o	lucro;	
(i)	Despesa	com	tributos	sobre	o	lucro;	
(j)	Resultado	líquido	das	operações	continuadas;	
(k)	Valor	líquido	dos	seguintes	itens.
De	acordo	com	a		Lei	6404/76	e	alterações	do	Art.	187,	a	demonstração	
do	resultado	do	exercício	discriminará:	
I. A	receita	bruta	das	vendas	e	serviços,	as	deduções	das	vendas,	os	
abatimentos	e	os	impostos;	
II. A receita líquida das vendas e serviços,	o	custo	das	mercadorias	
e	serviços	vendidos	e	o	lucro	bruto;	
III. As	despesas	com	as	vendas,	as	despesas	financeiras,	deduzidas	das	
receitas,	 as	 despesas	 gerais	 e	 administrativas,	 e	 outras	 despesas	
operacionais;	
IV. O	 lucro	 ou	 prejuízo	 operacional,	 as	 outras	 receitas	 e	 as	 outras	
despesas;	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.941,	de	2009);
V. O	 resultado	 do	 exercício	 antes	 do	 Imposto	 sobre	 a	 Renda	 e	 a	
provisão	para	o	imposto;	
VI. As	participações	de	debêntures,	 empregados,	 administradores	 e	
partes	beneficiárias,	mesmo	na	forma	de	instrumentos	financeiros,	
e	 de	 instituições	 ou	 fundos	 de	 assistência	 ou	 previdência	 de	
empregados,	que	não	se	caracterizem	como	despesa.	
1.3 Contabilização das Receitas
Para	que	se	possa	realizar	a	perfeita	avaliação	dos	resultados	operacionais,	
é	de	extrema	importância	que	a	receita	seja	contabilizada	no	momento	oportuno,	
ou	seja,	na	emissão	da	nota	fiscal.	O Decreto	3.000/99	(RIR/99) estabelece	
vários	critérios	contábeis,	exigindo,	para	fins	de	tributação,	a	observância	do	
período	de	competência,	para	fins	de	apuração	do	lucro	real	(artigo	247	e	seus	
10 Contabilidade Geral II
parágrafos	e	artigo	274).	Conclui-se,	então,	que	é	dever	do	contador	registrar	
as	receitas	pelo	regime	de	competência.	Veja	o	exemplo	a	seguir.	
A	empresa	Beta	realizou	vendas	à	vista,	com	recebimento	de	86%	conf.	
cheque	nº.	2345	do	Banco	do	Brasil,	e	14%	em	espécie	ref.	850	unidades	de	
mercadorias,	no	valor	de	R$	6.890.000,00,	ICMS	R$ 1.378.000,00,	conforme	
NF	1372,	concedendo	um	desconto	condicional	de	14%	no	recebimento.
No	exemplo,	podemos	observar	que	a	operação	oferece	um	desconto	
após	a	emissão	de	nota	fiscal,	ou	seja,	depois	do	fechamento	da	operação,	e	
portanto,	uma	despesa	operacional.
D	-	Banco	Conta	Movimento	R$	5.095.844,00
D	-	Desconto	concedido	R$	964.600,00	(despesa operacional)
D	-	Caixa	R$	829.556,00	
C	-	Receita	com	vendas	R$	6.890.000,00
Em	 uma	 nova	 operação,	 a	 empresa	 Beta	 vende	 à	 vista,	 conforme	
depósito	bancário:
300	unidades	de	mercadorias	no	valor	de	R$ 7.131.000,00	e	ICMS	
R$ 1.212.270,00,	com	desconto	incondicional	de	15%.
Neste	 exemplo,	 o	 desconto	 antecede	 o	 fechamento	 do	 negócio,	 e	
portanto,	uma	redução	da	receita	bruta,	ou	seja,	uma	dedução.
D	-	Banco	Conta	Movimento	R$	6.061.350,00
D	 -	 Descontos	 incondicionais	 R$	 1.069.650,00	 (dedução da 
Receita)
C	-	Receita	com	vendas	R$	7.131.000,00
Observação:	 Nos	 dois	 exemplos,	 somente	 está	 sendo	 contabilizada	
a	operação	de	 reconhecimento	da	 receita,	 já	 os	 lançamentos	 referentes	 aos	
custos	serão	aplicados	no	próximo	capítulo.
11Contabilidade Geral II
Figura 1: Reconhecimento da Receita Fonte: Niyama; Silva (2005).
2. CPV: Aspectos Legais, Normativos e Práticos do 
Cálculo e Contabilização 
Se	um	gasto	 foi	consumido	com	a	finalidade	de	produzir	um	bem,	
produto	ou	serviço	relacionado	à	atividade	da	empresa,	ele	será	classificado	
como	custo.
A	 apuração	 do	 custo	 das	 mercadorias	 vendidas	 está	 diretamente	
relacionada	 aos	 estoques	 da	 empresa,	 pois	 representa	 a	 baixa	 efetuada	 nas	
contas	dos	 estoques	por	 vendas	 realizadas	no	período.	Para	 se	 encontrar	 o	
Custo	das	Mercadorias	Vendidas,	basta	somar	o	estoque	inicial	e	as	compras,	
subtraindo	o	estoque	final.	Veja	a	composição	da	fórmula: 
CMV	=	EI	+	C	–	EF
No	caso	de	produtos	(bens	produzidos	por	uma	indústria),	a	fórmula	
é	 semelhante	 ao	 CMV:	 soma-se	 o	 estoque	 inicial,	 mais	 matérias-primas,	
materiais	de	embalagem	e	outros	materiais	aplicados,	menos	o	estoque	final,	
conforme	descrição	da	fórmula	abaixo:
CPV	=	EI	+	(In	+	MO	+	GGF)	–	EF
T=1 T=2 T=3 T=4
Compra de 
matéria-prima Fabricação Venda Recebimento
Ciclo de produção 
longo e certeza 
da venda
Ciclo de produção 
longo e certeza 
da venda
Ponto de 
partida
Pagamento
duvidoso
Reconhecimento da Receita
12 Contabilidade Geral II
O	§	1º	do	 art.	 13	do Decreto-Lei	1.598/77 dispõe	que	o	 custo	de	
produção	dos	bens	ou	serviços	vendidos	compreenderá,	obrigatoriamente: 
1. O	custo	de	aquisição	de	matérias-primas	e	quaisquer	outros	bens	
ou	 serviços	 aplicados	 ou	 consumidos	 na	 produção,	 observado	 o	
disposto	neste	artigo;
2. O	custo	do	pessoal	aplicado	na	produção,	inclusive	de	supervisão	
direta,	manutenção	e	guarda	das	instalações	de	produção;
3. Os	 custos	 de	 locação,	 manutenção	 e	 reparo	 e	 os  encargos	 de	
depreciação dos	bens	aplicados	na	produção;
4. Os	 encargos	 de	 amortização	 diretamente	 relacionados	 com	 a	
produção;
5. Os	 encargos	 de	 exaustão	 dos	 recursos	 naturais	 utilizados	 na	
produção.
Em	 relação	 aos	 custos	 dos	 serviços	 vendidos	 em	 uma	 empresa	 de	
serviços,	 a	 sistemática	 será	 semelhante	 à	 anterior,	 sendo	 saldo	 inicial	 dos	
serviços	em	andamento,	mais	mão	de	obra	direta	aplicada	nos	serviços	vendidos	
e	Gastos	Diretos	(locação	de	equipamentos,	subcontratações	etc.)	aplicados	
nos	serviços	vendidos,	e	ainda	Gastos	Indiretos	(luz,	mão	de	obra	indireta,	
depreciação	de	equipamentos,	etc.)	aplicados	nos	serviços	vendidos,	menos	o	
Final	dos	Serviços	em	Andamento,	conforme	fórmula	descrita	abaixo:
CSV	=	Sin	+	(MO	+	GDS	+	GIS)	–	Sfi
A	empresa	Beta	realizou	vendas	à	vista	com	recebimento	de	86%	conf.	
cheque	nº.	2345	do	Banco	do	Brasil	e	14%	em	espécie	ref.	850	unidades	de	
mercadorias	no	valor	de	R$	6.890.000,00,	ICMS	R$ 1.378.000,00,	conforme	
NF	1372,	concedendo	um	desconto	condicional	de	14%	no	recebimento.
O	custo	foi	apurado	por	meio	da	média	ponderada	pelo	valor	de	R$	
2.500.000,00.	No	primeiro	exemplo,	apresentamos	a	contabilização	do	custo	
da	mercadoria	vendida	e	a	efetiva	baixa	no	estoque	de	mercadorias.
D	–	CMV
C	–	Mercadorias	R$	2.500.000,00
13ContabilidadeGeral II
Em	 uma	 nova	 operação,	 a	 empresa	 Beta	 presta	 serviços	 à	 vista,	
conforme	depósito	bancário:
O	valor	da	receita	 fora	de	R$	7.131.000,00	e	ISS	R$	1.212.270,00,	
com	desconto	 incondicional	de	15%.	Após	a	 execução	do	orçamento,	 fora	
considerado	como	custo	na	prestação	dos	serviços	o	consumo	de	produtos	em	
um	montante	de	R$	3.500.000,00.
Contabilmente,	 o	 que	 acontece	 é	 o	 seguinte:	 quando	 a	 empresa	
presta	um	serviço,	ela	acumula	os	custos	(mão	de	obra,	material	aplicado,	
custos	 indiretos)	de	um	serviço	em	uma	conta	de	estoque,	que	podemos	
chamar	de	Estoque	de	Serviços	em	Andamento.	Exemplificando,	ficaria	da	
seguinte	forma:
D	-	Estoque	de	Serviços	em	Andamento	(Ativo	Circulante)
C	-	Caixa
Após	o	término	do	serviço,	o	valor	acumulado	na	conta Estoque de	
Serviços	em	Andamento	será	transferido	para	a	conta	de Estoque de	Serviços	
Acabados.	Assim:
D	-	Estoque	de	Serviços	Acabados
C	-	Estoque	de	Serviços	em	Andamento	R$	3.500.000,00
3. Tributos sobre as Receitas: Aspectos 
Legais, Normativos e Práticos do Cálculo e 
Contabilização
A	 definição	 de	 tributo	 é	 dada,	 por	 meio	 do	 artigo	 3°	 do	 Código	
Tributário	 Nacional	 –	 CTN	 (Lei	 nº	 5.172/66):	 “Art.	 3°	 Tributo	 é	 toda	
prestação	 pecuniária	 compulsória,	 em	moeda	 ou	 cujo	 valor	 nela	 se	 possa	
exprimir,	que	não	constitua	sanção	por	ato	ilícito,	instituída	em	lei	e	cobrada	
mediante	atividade	administrativa	plenamente	vinculada”
Curiosidade
O IPI não é cumulativo. Ele é cobrado em adição 
ao preço, assim, não é considerado como imposto 
sobre vendas nem integra o valor da receita 
operacional bruta.
14 Contabilidade Geral II
Sobre	 o	 consumo,	 são	 considerados	 os	 que	 incidem	 sobre	 a	 cadeia	
produtiva.	Enquadram-se	o	 IPI,	o	 ICMS,	o	PIS,	o	 ISS,	a	CIDE,	o	 II	e	a	
COFINS;	já	aqueles	que	guardam		proporcionalidade	com	o	preço	de	venda,	
mesmo	que	o	montante	integre	as	respectivas	bases	de	cálculo,	são:
	▪ ICMS
	▪ ISS	
	▪ PIS
	▪ COFINS
3.1 ICMS
O	 Imposto	 sobre	 Circulação	 de	 Mercadorias	 e	 Serviços	 é	 de	
competência	dos	Estados	e	do	Distrito	Federal,	de	acordo	com	o	Inciso	II,	
Art.	155	da	Constituição	Federal	(1988):
Artigo	 155	 -	 Compete	 aos	 Estados	 e	 ao	 Distrito	 Federal	 instituir	
impostos	sobre:
II	-	Operações	relativas	à	circulação	de	mercadorias	e	sobre	prestações	
de	 serviços	de	 transporte	 interestadual	 e	 intermunicipal	 e	de	comunicação,	
ainda	que	as	operações	e	as	prestações	se	iniciem	no	exterior.
	▪ Sua	 regulamentação	 constitucional	 está	 prevista	 na	 Lei	
Complementar	87/1996	(a	chamada	“Lei	Kandir”);
	▪ Para	o	estudo	e	análise	de	operações	sujeitas	ao	ICMS,	é	fundamental	
observar	a	legislação	de	cada	Estado;
	▪ A	 legislação	 está	 consolidada	 no	 Decreto	 nº	 27.427/00,	 mais	
conhecido	como	Regulamento	do	ICMS	(RICMS).	(PÊGAS,	2017)
No	Rio	de	Janeiro,	as	principais	legislações	que	regulam	este	tributo	são:
	▪ Lei	no	2.657/96	–	Lei	do	ICMS;
	▪ Regulamento	do	ICMS	-	Decreto	Estadual	nº	27.427/00;
15Contabilidade Geral II
	▪ Resolução	 nº	 720/2014	 –	 Consolidação	 da	 legislação	 tributária	
relativa	ao	ICMS.
O	imposto	sobre	circulação	de	mercadorias	e	serviços	é	de	competência	
dos	Estados	e	do	Distrito	Federal.	Já	o	Inciso	II,	Art.	155	da	Constituição	
Federal	diz	que:
Compete	aos	Estados	e	ao	Distrito	Federal	instituir	impostos	sobre:
II	-	Operações	relativas	à	circulação	de	mercadorias	e	sobre	prestações	
de	 serviços	de	 transporte	 interestadual	 e	 intermunicipal	 e	de	comunicação,	
ainda	que	as	operações	e	as	prestações	se	iniciem	no	exterior.
No	Rio	de	Janeiro,	as	principais	legislações	que	regulam	este	tributo	são:
	▪ Lei	nº	2.657/96	–	Lei	do	ICMS;
	▪ Regulamento	do	ICMS	-	Decreto	Estadual	nº	27.427/00;
	▪ Resolução	 nº	 720/2014	 –	 Consolidação	 da	 legislação	 tributária	
relativa	ao	ICMS.
O	ICMS	é	um	imposto	estadual,	dessa	forma,	suas	alíquotas	podem	
variar	de	acordo	com	a	legislação	de	cada	Estado.	As	operações	interestaduais	
(de	um	estado	para	outro	estado)	são	reguladas	pelo	Conselho	Nacional	de	
Política	Fazendária	(CONFAZ),	por	meio	de	convênios.
A	 regra	 geral	 estabelece	 que	 as	 alíquotas	 interestaduais	 sejam	 as	
seguintes	nas	operações:
a. Realizadas	 por	 contribuintes	 das	 regiões	 Norte,	 Nordeste	 ou	
Centro-Oeste	e	do	Estado	do	Espírito	Santo:
	▪ Aplicar	 a	 alíquota	 de	 12%,	 qualquer	 que	 seja	 a	 região	 em	 que	
estiver	localizado	o	destinatário.
b. Realizadas	por	contribuintes	das	regiões	Sudeste	e	Sul:
	▪ Aplicar	a	alíquota	de	12%,	quando	o	destinatário	também	estiver	
localizado	nas	regiões	Sudeste	ou	Sul;
16 Contabilidade Geral II
	▪ Aplicar	a	alíquota	de	7%,	quando	o	destinatário	estiver	localizado	
nas	 regiões	Norte,	Nordeste	 ou	Centro-Oeste	 ou	 no	Estado	 do	
Espírito	Santo.
De	acordo	com	o	art.	114	do	Código	Tributário	Nacional,	fato	gerador	
da	obrigação	tributária	principal	é	a	situação	definida	em	lei	como	necessária	
e	suficiente	à	sua	ocorrência.
Fato	gerador	principal	do	ICMS:
O ICMS tem como fato gerador a operação relativa à circulação de mercadoria e à prestação 
de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que a 
operação ou a prestação se inicie no exterior.
Exemplo	de	contabilização:
D	-	ICMS	sobre	vendas
C	-	ICMS	a	recolher
3.2 ISS
O	ISS	é	um	imposto	de	competência	dos	municípios	e	do	Distrito	
Federal	 (DF).	 O	 DF,	 no	 território	 sob	 sua	 jurisdição,	 pode	 instituir	 e	
cobrar	os	impostos	municipais	conforme	art.	147	da	Constituição	Federal.	
(BRASIL,	1988)
Os	municípios	podem	redigir	as	leis	para	os	seus	municípios,	mas	a	
alíquota	mínima	a	ser	adotada	de	ISS	será	de	2%,	e	a	máxima	de	5%.
O	fato	gerador	é	a	prestação	de	serviços	constantes	da	Lista	de	Serviços	
contida	na	LC	nº	116/03	(BRASIL,	2003),	ainda	que	eles	não	constituam	a	
atividade	preponderante	do	prestador,	de	acordo	com	o	art.	1º,	por	exemplo:	
serviços	de	informática	e	congêneres;	serviços	de	pesquisas	e	desenvolvimento	
de	qualquer	natureza;	serviços	prestados	mediante	locação,	cessão	de	direito	
de	uso	e	congêneres;	serviços	de	saúde,	assistência	médica	e	congêneres	etc.
17Contabilidade Geral II
O	imposto	incide	sobre	o	preço	do	serviço	prestado	conforme	a	Lista	
de	Serviços	contida	na		LC	nº	116/03,	e	também	sobre	o	serviço	proveniente	
do	exterior	ou	cuja	prestação	aí	se	tenha	iniciado.
Segundo	Fabretti	(2017),	O	ISS	não	incide:
a. Sobre	as	exportações	de	serviços;
b. Serviços	 de	 empregados,	 trabalhadores	 avulsos,	 diretores	 ou	
membros	 dos	 conselhos	 consultivos	 e	 fiscais	 das	 sociedades	 e	
fundações,	bem	como	dos	sócios-gerentes	e	dos	gerentes	delegados.
A	base	de	cálculo	é	o	preço	do	serviço,	conforme	o	art.	7º	da	LC	nº	
116/03,	e	o	contribuinte	é	o	prestador	do	serviço	de	acordo	com	o	art.	5º.
Em	alguns	casos,	o	tomador	do	serviço	se	torna	o	responsável	pela	
retenção	e	recolhimento	do	ISS	para	os	cofres	municipais.
Exemplo:	Uma	empresa	presta	serviços	de	programação	e	cobra	um	
valor	de	R$	2.000,00	para	executar	um	serviço	em	seu	cliente.	Sobre	esse	valor,	
incidirá	2%	de	ISS	(R$	40,00),	que	deverá	ser	recolhido	para	o	município.
Exemplo	de	contabilização:
D	-	ISS	sobre	serviços
C	-	ISS	a	recolher
3.3 PIS
O	Programa	de	Integração	Social	 (PIS)	e	o	Programa	de	Formação	
do	Patrimônio	do	Servidor	Público	(PASEP)	são	contribuições	criadas	em	
1970,	com	objetivo	de	integrar	os	trabalhadores	na	vida	e	no	desenvolvimento	
das	 empresas.	No	 início,	 a	 contribuição	para	PIS/PASEP	era	 caracterizada	
como	uma	contribuição	parafiscal,	com	os	recursos	geridos	pelo	ente	estatal,	
mas	pertencendo	de	forma	efetiva	aos	contribuintes,	que	tinham	suas	contas	
individuais	e	poderiam	utilizar	os	recursos	em	certas	condições.	
18 Contabilidade Geral II
Depois,	 a	partir	da	Constituição	de	1988,	o	PIS/PASEP	deixou	de	
ser	 uma	 contribuição	 parafiscal,	 cujos	 recursos	 eram	 aplicados	 nas	 contas	
individuais	 dos	 trabalhadores,	 para	 ser	 uma	 contribuição	 social,	 com	 seus	
recursos	 direcionados	 parao	 pagamento	 do	 seguro-desemprego	 aos	
trabalhadores	que	perdessem	seus	empregos.	
A	 seguir,	 a	 partir	 de	 fevereiro	 de	 1999,	 as	 contribuições	 ao	 PIS/
PASEP	passaram	a	ser	cobradas	sobre	todas	as	receitas	obtidas	pelas	empresas.	
A	 legislação,	 de	 forma	 arbitrária,	 modificou	 o	 conceito	 de	 faturamento,	
definindo-o	 como	 correspondente	 à	 Receita	 Bruta.	 E	 pior,	 definiu	 receita	
bruta	como	a	totalidade	das	receitas	auferidas	pela	pessoa	jurídica.	
A	partir	de	dezembro	de	2002,	o	PIS/PASEP	passou	a	ser	cobrado	
pelo	 método	 não	 cumulativo	 para	 as	 empresas	 que	 utilizam	 o	 lucro	 real	
como	forma	de	tributação.	As	empresas	tributadas	pelo	lucro	presumido	ou	
com	seu	lucro	arbitrado	permaneceram	calculando	PIS/PASEP	no	formato	
anterior,	pelo	método	cumulativo.	Finalmente,	em	maio	de	2009,	a	Lei	nº	
11.941/09	revogou	o	§	1º	do	art.	3º	da	Lei	nº	9.718/98,	passando	a	cobrar	PIS	
e	COFINS	apenas	sobre	a	receita	bruta	das	empresas	tributadas	pelo	lucro	
presumido	ou	arbitrado.	A	revogação	do	artigo,	porém,	teve	validade	a	partir	
da	data	de	instalação	do	Conselho	Administrativo	de	Recursos	Fiscais,	órgão	
criado	pelo	Ministério	da	Fazenda,	na	Portaria	MF	256,	de	23	junho	de	2009.
Exemplo	de	contabilização:
D	-	PIS	sobre	vendas
C	-	PIS	a	recolher
		
3.4 COFINS
Em	 se	 tratando	 de	 COFINS,	 a	 Constituição	 Federal	 autorizou	 a	
criação	 de	 contribuições	 sociais,	 com	 o	 objetivo	 de	 financiar	 a	 seguridade	
social	(art.	195).	
No	final	de	1991,	 foi	 criada	 a	Contribuição	para	Financiamento	da	
Seguridade	 Social	 (COFINS),	 com	 o	 objetivo	 de	 tributar	 o	 faturamento	
mensal	das	empresas.	A	partir	de	abril	de	1997,	as	sociedades	de	profissão	
regulamentada	foram	incluídas	entre	as	empresas	contribuintes	da	COFINS	
(art.	56	da	Lei	nº	9.430/96).	
Em relação às Receitas Financeiras, e de acordo 
com o Decreto nº 8.426/2015, restabelece a 
cobrança do PIS 0,65% e da COFINS 4%; já os 
Juros Sobre o capital Próprio continuam com as 
alíquotas de PIS 1,65% e a COFINS 7,6%.
Comentário
19Contabilidade Geral II
A	partir	de	fevereiro	de	1999,	
a	COFINS	sofreu	o	mesmo	acréscimo	
do	PIS/PASEP,	 sendo	cobrada	 sobre	
todas	 as	 receitas,	 em	 vez	 de	 sobre	 o	
faturamento	(receita	bruta),	como	foi	
até	 janeiro	daquele	 ano.	Além	disso,	
sua	alíquota	que	era	2%	passou	para	
3%,	 sendo	 que	 no	 primeiro	 ano	 da	
nova	 alíquota	 (1999),	 o	 acréscimo	
percentual	de	1%	pôde	ser	compensado	com	a	CSLL.	Em	maio	de	2009,	a	
Lei	nº	11.941/09	 revogou	o	§	1º	do	art.	3º	da	Lei	nº	9.718/98,	passando	a	
cobrar	PIS	e	COFINS	apenas	sobre	a	receita	bruta	das	empresas	tributadas	pelo	
lucro	presumido	ou	arbitrado,	mas,	a	COFINS,	desde	sua	criação,	teve	como	
característica	principal	ser	cumulativa,	ou	seja,	cobrada	em	todas	as	etapas	da	
produção,	onerando	assim,	o	preço	final	do	produto.
As	 empresas	 tributadas	 pelo	 lucro	 presumido	 ou	 com	 seu	 lucro	
arbitrado	 devem	 calcular	 PIS	 e	 COFINS	 com	 base	 na	 regra	 cumulativa,	
utilizando	 alíquotas	 de	 0,65%	 e	 3%,	 respectivamente,	 sobre	 a	 receita	
bruta,	menos	 as	 exclusões	permitidas.	Essas	 exclusões	 também	valem	para	
as	empresas	tributadas	pelo	lucro	real.	A	apuração	do	PIS	e	da	COFINS	é	
mensal	e	o	recolhimento	se	dá	até	o	último	dia	útil	da	primeira	quinzena	do	
mês	subsequente	ao	da	ocorrência	do	fato	gerador.
Exemplo 1:	 Uma	 empresa	 optante	 pelo	 lucro	 real	 (regime	 não	
cumulativo)	teve	as	seguintes	operações	no	mês	de	janeiro:
Receita	de	Vendas	 	 	 145.000,00
Receita	de	Serviços	 	 	 100.000,00
Devolução	de	Vendas	 	 																							10.000,00
Pagamento	de	aluguel	(PJ)	 																									5.000,00	
Energia	elétrica		 	 																									2.500,00
Descontos	obtidos	 	 	 	5.000,00
Brindes		 	 	 																						3.000,00
Apuração	do	PIS	e	da	COFINS:
20 Contabilidade Geral II
Receita	de	Vendas	 	 	 145.000,00
Receita	de	Serviços	 	 	 100.000,00
Devolução	de	Vendas	 	 																						(10.000,00)
Pagamento	de	aluguel	(PJ)	 																								(5.000,00)
Energia	elétrica		 	 																								(2.500,00)
Base	de	cálculo		 	 												227.500,00
PIS (1,65%) 3.753,75
COFINS (7,6%) 17.290,00
Receita	Financeira
Descontos	obtidos	 	 	 5.000,00
PIS (0,65%) 32,50
COFINS (4%) 200,00
Total	da	apuração
PIS	-	R$	3.786,25
COFINS	-	R$	17.490,00
Exemplo 2:	Uma	empresa	optante	pelo	lucro	presumido	(regime	
cumulativo)	teve	em	janeiro	as	seguintes	operações:
Receita	de	Vendas	 	 145.000,00
Receita	de	Serviços	 	 100.000,00
Descontos	concedidos	 																							10.000,00
Devolução	de	Vendas	 																							10.000,00
Descontos	obtidos													 			5.000,00
Descontos	incondicionais																			5.000,00
Receita	de	dividendos						 	10.000,00
*Sabe-se	que	a	empresa	tem	R$	1.000,00	de	PIS	a	compensar	e	
R$	5.000,00	de	COFINS	a	compensar	(tributos	retidos	na	fonte).
Apuração:
Receita	de	Vendas	 	 145.000,00
Receita	de	Serviços	 	 100.000,00
Devolução	de	Vendas	 																						(10.000,00)	exclusões
Descontos	incondicionais		 (5.000,00)	exclusões
Base	de	cálculo		 											230.000,00
21Contabilidade Geral II
PIS – 0,65% 1.495,00
COFINS – 3% 6.900,00
Exemplo	de	contabilização:
D	-	COFINS	sobre	vendas
C	–	COFINS	a	recolher
22 Contabilidade Geral II
Síntese 
Nesta	 unidade	 de	 aprendizagem,	 abordamos	 conceitos	 relacionados	
às	 receitas,	 seus	 tipos	 e	 características,	 suas	 deduções	 e	 seu	 papel	 no	
desempenho	operacional	da	empresa	em	prol	do	resultado,	acrescentando	a	
sua	aplicabilidade	legal,	bem	como	desenhando	por	meio	de	demonstrativos	
contábeis	à	sua	alocação.
Outro	ponto	que	tratamos	foi	a	questão	de	aplicabilidade	relacionada	
aos	 custos,	 visto	 que	 eles	 possuem	 uma	 forte	 participação	 no	 resultado,	
tratando	de	sua	diversidade	e	de	acordo	com	o	tipo	de	receita,	bem	como	sua	
contabilização	e	fórmula	de	alcance	de	valores.
E	o	terceiro	tópico	a	ser	absorvido	se	deu	sobre	os	tributos	que	incidem	
sobre	as	receitas,	também	conhecidos	como	deduções	de	impostos.	
23Contabilidade Geral II
Referências
BRASIL.	Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.	Emendas	
Constitucionais	 de	 Revisão.	 Disponível	 em:	 <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2019.
______. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999.	 Regulamenta	 a	
tributação,	 fiscalização,	 arrecadação	 e	 administração	 do	 Imposto	 sobre	 a	
Renda	 e	 Proventos	 de	 Qualquer	 Natureza.	 Disponível	 em:	 <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2019.
______.	Decreto-lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977.	Altera	a	legislação	
do	 imposto	 sobre	 a	 renda.	 Disponível	 em:	 <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto-lei/Del1598.htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2019.
______. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.	Disponível	em:	<http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2019.
______.	Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.	Disponível	em:	<http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm>.	Acesso	em:	07	jan.	
2019.
______.	Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998.	Altera	 a	Legislação	
Tributária	 Federal.	 Disponível	 em:	 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
LEIS/L9718compilada.htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2019.
______. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009.	Disponível	 em:	<http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm>.	
Acesso	em:	07	jan.	2019.
24 Contabilidade Geral II
______. Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.	Dispõe	sobre	
o	 Imposto	 Sobre	 Serviços	 de	 Qualquer	 Natureza,	 de	 competência	 dos	
Municípios	e	do	Distrito	Federal,	e	dá	outras	providências.	Disponível	em:	
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm>.	 Acesso	
em:	07	jan.	2019.
CPC	26_R1.		Apresentação das Demonstrações Contábeis.	Disponível	em:	
<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=57>.Acesso	em:	11	jan.	2019.
FABRETTI,	L.	C.	Contabilidade Tributária.	16	ed.	São	Paulo:	Atlas,	2017.
NIYAMA,	J.	K.;	SILVA,	C.	A.	T.	Contabilidade	e	seu	ambiente	no	Brasil.	
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PÊGAS,	P.	H.	Manual de Contabilidade tributária.	9	ed.	São	Paulo:	Atlas,	
2017.

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