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Planejamento Tributário com enfoque no Regime de Tributação Lucro Real

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Planejamento Tributário com enfoque no Regime de Tributação Lucro Real.
Por: Sulamita Criz de Oliveira
Orientador
Prof. William Rocha
Rio de Janeiro 
2017
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Planejamento Tributário com enfoque nos Regimes de Tributações Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão e Planejamento Tributário.
 Por: Sulamita Criz de Oliveira.
AGRADECIMENTOS
.... Agradeço aos professores por mе proporcionar conhecimento, por toda dedicação e paciência ao ensinar e aos meus familiares que sempre me apoiaram...
DEDICATÓRIA
..... Agradeço aos meus pais que sempre me apoiaram e acreditaram no meu sucesso.....
Resumo
A carga tributária no Brasil é uma das maiores do mundo, e isso faz com que as empresas, em busca de ofertar os menores preços no mercado, seja na prestação de serviços ou na venda de mercadorias, se preocupem cada vez mais com a diminuição dos custos de produção. 
Fica claro que o planejamento tributário tornou-se uma ferramenta indispensável para a obtenção de um resultado final satisfatório. Considerando e exemplificando o caso de uma empresa que possui a possibilidade da escolha entre a tributação pelo Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional, o objetivo desta pesquisa consiste avaliar qual será a melhor opção para a empresa no ano-calendário subsequente. Deixando claro desta forma, que um bom planejamento tributário está diretamente relacionado ao resultado final alcançado pela empresa.
METODOLOGIA
Trabalho meramente teórico limitado ao curso de Direito Tributário, foi elaborado por pesquisa com consulta a doutrina, a jurisprudência, na web e a legislação pertinente ao tema.
		SUMÁRIO
CAPITULO I 
 INTRODUÇÃO 08
 CAPITULO II
Contabilidade Tributária 09
2.1 - Planejamento Tributário 10
2.2 - Elisão Fiscal 10
2.3 - Evasão Fiscal 11
2.4 - Elusão Fiscal 12
CAPITULO III 
Sistema Tributário Nacional 12
3.1 - Conceito de tributo 13
3.2 - Espécies de tributos 14
CAPITULO IV 
Obrigação Tributária 14
4.1 - Lei 15
4.2 - Objeto 15
4.1 - O fato gerador 15
CAPITULO V
Forma De Tributação IRPJ 16
5.1 - Lucro Real 17
5.2 - Lucro Presumido 29
5.3 - Simples Nacional 39
CONCLUSÃO 44
ANEXOS 45
1.1 - TABELA 1: Demonstração de Resultado do Ex. 2015 – Lucro Real 45
1.2 - TABELA 2: Demonstração de Resultado do Ex 2015 – Lucro Presumido 46
1.3 - TABELA 3: Demonstração de Resultado do Ex 2015 – Simples Nacional 47
1.4 - Gráfico Comparativo 48
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 49
INTRODUÇÃO
Atualmente, a maioria dos contribuintes desconhece o quanto exatamente paga-se de impostos, e quem a conhece, tem como grande dificuldade a falta de conhecimento suficiente de como minimizar os impactos dessa alta carga tributária. 
O planejamento tributário é uma das principais ferramentas utilizadas muito eficaz para o sucesso ou não de uma empresa, diante da complexa e elevada carga tributária no Brasil. Apresentando-se como uma forma de planejamento tributário, temos a elisão fiscal. Refere-se a um meio lícito, podendo ser aproveitado ao encontrarmos brechas na legislação para tornar a carga tributária menos onerosa e menos confusa, em comparação à evasão fiscal que é um ato ilegal (sonegação) que traz uma série de problemas à organização a longo prazo.
	Este estudo busca mostrar dentre as três modalidades de tributação: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, a forma menos onerosa para tributação empresarial. Aliando a alta carga tributária existente em nosso país à falta de planejamento tributário, algumas empresas acabam sofrendo um ônus desnecessário ao pagar um valor elevado de impostos. Atualmente, planejamento tributário deixou de ser uma vantagem e passou a ser essencial para sobrevivência das empresas, considerando a competitividade existente no mundo corporativo. 
	A legislação fiscal vem passando por muitas modificações em pequenos períodos de tempo, deixando os empresários inseguros, pois não se tem total entendimento de uma atual lei e logo surge outra para substituí-la. Com isso foi desenvolvido este trabalho de contabilidade tributária, com foco no planejamento tributário de impostos, afim de direcionar o empresário a administrar com clareza e segurança seus tributos dentro das devidas leis.
 
CAPÍTULO II
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
A Contabilidade Tributária trabalha na administração de tributos de uma empresa. Seu conceito se estende a um conjunto de ações e procedimentos que visam apurar e conciliar a geração de tributos. É através da análise regular que profissionais da área de Contabilidade Tributária poderão elaborar o balanço financeiro e saber o quanto de impostos a empresa tem que pagar.
É importante deixar bem claro que o conceito de Contabilidade Tributária vai além da organização dos tributos e seu objetivo se estende à manutenção da viabilidade do negócio, uma vez que, se qualquer erro for cometido na tributação, o valor dos impostos pode custar muito caro para a empresa — principalmente na atual crise que o país se encontra.
Conhecer os objetivos da contabilidade tributária é essencial para o profissional da área de contabilidade, pois só assim ele irá elaborar os procedimentos a serem adotados pela equipe de contabilidade para atingir os objetivos e as metas traçadas.
A contabilidade tem como objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas no Patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades. Através dela é fornecido o máximo de informações uteis para as tomadas de decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, interpretando, registrando e controlando o Patrimônio. 
O conceito de contabilidade tributária é muito parecida a contabilidade tradicional, designando a geração de obrigações tributáriase fiscais. 
O profissional de contabilidade é responsável por organizar e demonstrar o funcionamento de uma empresa de acordo com as normas da legislação do país. Suas funções consideram as consequências e implicações de cada transação dentro de uma empresa. 
Todas as operações devem ser registradas estritamente de acordo com a Receita Federal presente, as leis estaduais e locais. As funções básicas da contabilidade fiscal incluem alteração, preparação e apresentação das declarações fiscais corporativas e exigidas em níveis local, estadual e federal. 
	O principal objetivo da contabilidade tributária é levantar o resultado econômico do exercício social, atender de forma extra contábil às exigências das legislações do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, especificar a base de cálculo fiscal para a formação das provisões destinadas ao pagamento desses tributos, as quais serão abatidas do resultado contábil, para a determinação do lucro líquido do período base apurado.
2.1 Planejamento Tributário
	 O planejamento tributário baseia-se em identificar por meios legais, diminuir incidência, reduzir o montante ou adiar o ônus tributário. O processo de escolha da melhor alternativa deverá ser simulado antes da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária. Logo, essa redução acontecerá por meio de adoção de uma alternativa legal menos onerosa. Para que isso ocorra o planejador deverá ter bom-senso, pois há alternativas válidas para uma empresa, que não vale para outra, sendo de fundamental importância um estudo preventivo, onde seja, será verificado os efeitos jurídicos e econômicos menos onerosos.
	Toda empresa possui sua elaboração de custos, onde está incluso o custo tributário, o que direciona boa parcela de consumo do lucro. Com objetivo de reduzir tais custos, houve a necessidade de buscar meios legais, meios esses que possibilitassem a redução do custo tributário. Nasce então, a figura do planejamento tributário, onde se dá o ato de projetar o pagamento do tributo.
	Como sabemos, o Brasil é o XX país com a maior carga tributária no mundo, o que dificulta o crescimento econômico das empresas. O planejamento tributário viabiliza uma possível economia tributária, onde por meios lícitos é possível encontrar brechas na legislação, com intuito de reduzir a carga tributária. Portanto, podemos entender Planejamento Tributário como uma escolha entre alternativas impostas ao planejador que visa à economia de tributos através de ações que evitem a incidência, diminua, ou postergue o pagamento do tributo.
	De acordo com Oliveira et al (2004. P.38) entende-se planejamento tributário como: 
Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio á concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.
Para uma empresa obter sucesso, é de fundamental importância ter uma contabilidade bem feita e um bom planejamento tributário. É nesse contexto que entra o papel do contador,tendo a oportunidade de dar enormes contribuições á direção da empresa.
	Segundo Fabretti (2003, p. 32), planejamento tributário é “o estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”.
2.2 - Elisão Fiscal
	A Elisão consiste na prática de atos lícitos para a economia de tributos, onde é anterior a incidência tributária.
	Segundo SABBAG (2013, p. 2020) esta tem o objetivo de impedir a ocorrência de um determinado fato gerador sendo por exclusão do contribuinte ou somente pela redução do montante tributário a ser pago, referindo-se as condutas lícitas do planejamento do imposto ou economia deste.
	MACHADO (2004, p. 132) explica que é o ato de supressão do imposto, ou seja, é o ato de elidir ou eliminar o imposto. Elisão segundo MACHADO, ao contrário da definição de outros autores, é um ato ilícito, justamente por tentar eliminar um tributo.
	ALEXANDRE (2010, p. 287), fala de hipóteses em que poderá ocorrer elisão, após a ocorrência do fato gerador, tais como: O momento da declaração do imposto de renda de pessoa física, onde este na hora de declarar o seu imposto, poderá escolher entre o modelo mais simples e o mais completo, onde no primeiro terá a sua redução de 20%, até um determinado limite.
	No mesmo sentido TORRES (2012, p. 8), fala que a elisão pode ser tanto lícita quanto ilícita, onde a primeira consiste em planejamento fiscal existente, enquanto que a ilícita consiste em planejamento fiscal abusivo.
	Onde, no caso de elisão lícita, se trata da economia de imposto através da interpretação da lei tributária, enquanto que na ilícita, é a economia do imposto através de um ato revestido de forma jurídica em que não se baseia na lei tributária, ou em seus princípios.
	Ou seja, a elisão, de acordo com a doutrina, ocorre antes da ocorrência do fato gerador, e pode ser tanto lícita, onde obedece o que está descrito na lei tributária e a ilícita que se trata de abuso de forma, onde outros doutrinadores a definem mais para frente como elusão.
2.3 Evasão Fiscal
	Segundo SABBAG (2013, p. 2022), a evasão é a prática durante ou posterior a incidência tributária que se dá através de atos ilícitos como fraude, sonegação e simulação, tendo o objetivo de se furtar do pagamento de tributos.
	Em outras palavras, ALEXANDRE (2010, p. 288) fala que se trata de uma conduta ilícita, que ocorre após o lançamento do fato gerador, onde o contribuinte pratica atos que visam evitar o conhecimento do nascimento da obrigação tributária pela autoridade fiscal, ou seja, o fato gerador ocorre, mas o sujeito passivo da obrigação oculta o ocorrido para o fisco, onde tem o objetivo de fugir da obrigação tributária. Enquanto a posterioridade, aqui também comportam exceções: No caso do ICMS, onde se faz a emissão de notas fiscais frias, antes da saída da mercadoria do estabelecimento comercial.
	TORRES (2012, p. 8), diverge de outros doutrinadores, onde é a economia do imposto pelo fato de evitar o surgimento da obrigação tributária, sendo esta lícita, pois o contribuinte atua em uma área que não está sujeita a incidência da norma, onde TORRES dá o seguinte exemplo: Parar de fumar para que se evite o pagamento do ICMS e IPI.
Com isso, a opinião da doutrina majoritária é que, a evasão se trata de uma conduta ilícita, onde o contribuinte busca através de artifícios ocultar a determinada existência de um tributo, como ocorre muito na sonegação do imposto, ocorrendo após ao fato gerador da obrigação tributária.
2.4 - Elusão Fiscal
	Elusão fiscal, segundo ALEXANDRE (2010, p. 287) é uma forma que aparentemente não se trata de uma forma ilícita de isenção de tributo, mas adota-se meios artificiosos e atípicos, para não pagá-lo, também conhecido como elisão ineficaz, pois possibilitaria que o fisco descobrisse a ação e lançasse o tributo que era para ser isento.
	A elusão fiscal é quando o contribuinte simula determinado negócio jurídico, com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador, assim sendo, é considerado pela doutrina como o abuso das formas, pois conforme dito acima, o sujeito adota uma conduta atípica, mas artificiosa.
	Este tipo de conduta ocorre muito como ITBI, onde o artigo 156 §2º inciso 1° CF diz o seguinte:
§ 2º - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
CAPÍTULO III
SISTEMA TRITUTÁRIO NACIONAL
Um Sistema Tributário é essencialmente umconjunto de tributos cuja principal função é arrecadar recursos para que o Estado possa custear atividades que lhe são inerentes, como educação, saúde, segurança, moradia, saneamento, dentre outras. Esta é a função fiscal dos tributos.
O STN abrange impostos, taxas, contribuições de melhoria, sociais, de intervenção no domínio econômico, e de interesse das categorias profissionais ou econômicas além dos empréstimos compulsórios.
	Segundo Art. 2°/CTN. O Sistema tributário nacional é regido:
“O Sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n.18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.”
	A Lei 5.172, de 25 de Outubro de 1966, com alterações posteriores, passa á denominar-se Código Tributário Nacional, conforme artigo 7º:
“Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
§2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
§3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.”
3.1 Conceito de Tributos
	Os tributos são receitas derivadas que o Estado recolhe do patrimônio dos indivíduos, usando do seu poder fiscal (poder de tributar), mas controlado por normas de direito público que formam o Direito Tributário.
	Código Tributário Nacional conceitua tributo como:
“O Código Tributário Nacional conceitua tributo como toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
	Os tributos são o imposto, a taxa, a contribuição de melhoria, as contribuições sociais, as extra-fiscais, as para-fiscais, a contribuição do salário-educação, o empréstimo compulsório, os impostos extraordinários e outros impostos de competência residual da União. Mais adiante veremos um pouco sobre cada um deles..
3.2 Espécies de Tributos
	O Sistema Tributário Nacional está organizado de forma a autorizar ao Estado a cobrança de: Impostos, Taxas e Contribuições de melhoria.
“Art. 145/CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
	Segundo Art. 5º do CTN, os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.
	De acordo com Art. 146/CF. Cabe à lei complementar:
“I - Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.”
CAPÍTULO IV
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
	A relação existente entre pessoas sujeitas a tributação e o Estado há muito não mais é uma relação simplesmente de poder, configura-se agora em uma relação mais complexa, em uma relação jurídica, ocorrendo de um fato previsto em uma norma. Sendo assim, a obrigação tributária é uma relação jurídica em que o particular, aquele que está sujeito a tributação, deve pagar uma dada quantia ao Estado, ente tributante, ou até mesmo fazer ou não fazer algo ou alguma coisa em virtude da natureza da obrigação.
4.1 Lei
	A lei é uma regra jurídica que permite, proíbe ou obriga uma conduta humana. 
	Segundo Oliveira et al (2004. P.28) caracteriza a lei como:
“A lei é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de sua cobrança (princípio da legalidade dos tributos). Contudo, assume, em um sistema jurídico, formas diferentes de expressão, a partir de um texto fundamental (Constituição), as regras ordinárias de convivência (leis em sentido restrito).”
	De acordo com Harada (2006, p. 483), 
“é a lei que elege certos fatos econômicos, aptos a suportar a imposição fiscal, como veículo de incidência tributária. Determinados fatos são abstratamente descritos na lei, tornando-se, assim, juridicizados.”
	A lei é uma norma, uma prescrição que visa orientar o comportamento humano, levando o homem a agir na sociedade segundo os preceitos legais. É um preceito criador de direitos e obrigações para o cidadão que introduz algo de novo na sociedade e inova no direito.
4.2 Objeto
	De acordo com Oliveira et al (2004. P.29) pode-se entender objeto como:
“O objeto representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir, segundo as determinações legais. Basicamente, as prestações consistem em: pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo devido ou á multa imposta por não-atendimento á determinação legal (obrigação principal) ou cumprimento de formalidades complementares, destinadas a comprovar a existência e os limites da operação tributada e a exata observância da legislação aplicável (obrigação acessória), como, por exemplo, a escrituração de livros fiscais, a apresentação de declarações de rendimento, o preenchimento de formulários, a abstenção da prática de certos atos etc.”
4.3 Fato Gerador
	O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para sua ocorrência.
A legislação tributária se refere às leis referentes à definição de tributos, atribuição de responsabilidade tributária e à cobrança de tributos no país, incluindo a fiscalização e as penalidades para quem não cumpre a lei.
No Brasil, a legislação tributária está sujeita a um Sistema Constitucional.
Segundo Art. 96/CTN 
“A expressão legislação tributária compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.”
	Segundo Art. 105/CTN 
“A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos termos do artigo 116.”
	De acordo com o artigo citado acima, entende-se que iniciada a concretização do fato gerador aplica-se a norma que então vigorava, mesmo que no curso deste venha ocorrer alteração da lei. Não se admite no âmbito tributário que o contribuinte seja surpreendido por uma tributação que não tinha conhecimento.
CAPITULO V
FORMA DE TRIBUTAÇÃO IRPJ
	As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das seguintes formas:
a) Lucro Real;
b) Lucro Presumido;
c) Lucro Arbitrado;
d) Simples Nacional.
	Conforme art. 43/ CTN dispõe da seguinte forma o fato gerador do IR:
Art. 43/CTN - O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação dareceita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.
	O Simples Nacional é um tratamento tributário previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Entrou em vigor em 1° de julho de 2007. A partir de então tornaram-se sem efeitos todos os regimes especiais de tributação para as microempresas e empresas de pequeno porte próprio da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O Simples Federal previsto na Lei nº 9.317, de 1996, portanto, deixou de ser aplicado às ME e às EPP, sendo substituído pelo Simples Nacional, a partir de 1° de julho de 2007.
5.1 Lucro Real
O lucro real é o único regime de tributação em que o fisco exige a apuração do resultado do lucro líquido apurado pela contabilidade no exercício das empresas, ou seja, o resultado “real”. Lucro Real é o liquido do período-base de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações previstas ou autorizadas pela legislação. Sua determinação deve ser precedida da apuração do lucro líquido contábil de cada período de apuração, observando-se disposições das leis comerciais.
	Conforme artigo 247 do RIR/99 o Lucro Real é:
“Art. 247. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º).
§ 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei nº 8.981, de 1995, art. 37, § 1º).
§ 2º Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para efeito de determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou dele excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele adicionados, respectivamente, observado o disposto no parágrafo seguinte (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 4º).
§ 3º Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão atualizados monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que venham a ser adicionados, excluídos ou compensados em períodos de apuração posteriores (Lei nº 9.249, de 1995, art. 6º).”
	São caracterizadas em três formas de tributação: Lucro real trimestral, lucro real anual e lucro real por estimativa (mensal).
	A apuração com base no lucro real trimestral será procedida com o levantamento de Balanços ou Balancetes no encerramento de cada trimestre.
	De acordo com Rodrigues et al (2009) “a apuração do lucro real trimestral é uma forma completa e definitiva de tributação. Este deve ser determinado por períodos trimestrais encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, com base no resultado líquido de cada trimestre.”
	O resultado da apuração do lucro real trimestral será apurado com base nas demonstrações contábeis, levando em consideração a legislação comercial e fiscal, onde o mesmo será ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas pela legislação tributária.
	De acordo com Art. 21 da Lei nº 9.249/1995, “a pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio absorvido em virtude de incorporação, fusão ou cisão deverá levantar balanço específico para esse fim, no qual os bens e direitos serão avaliados pelo valor contábil ou de mercado.”
	São consideradas as receitas e as despesas que a empresa obtenha durante o trimestre.
Esta forma de tributação é a que mais se aproxima da apuração verdadeira do lucro/prejuízo auferido pela pessoa jurídica. Para as empresas que possuem muitas despesas, consideradas dedutíveis para fins do imposto de renda, esta é uma forma de tributação aconselhável.
	Segundo Oliveira et al ( 2004),” o imposto de renda trimestral será calculado mediante a aplicação de alíquotas, poderão ser feitas deduções do valor do imposto de renda trimestral e o prazo de pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social poderão ser pagos em quota única no mês seguinte ao trimestre,sem acréscimos.”
Quadro 1: Alíquotas, deduções e prazo de pagamento do Imposto de Renda Trimestral Alíquota
	Alíquota
	
a) alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de cálculo, ou seja, 15% do lucro real;
	
	
b) alíquota adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 - limite trimestral. No caso de início de atividades, o limite trimestral será proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 para cada mês em que a empresa exerceu atividades no trimestre.
	Deduções
	
a) os incentivos fiscais, dentro dos limites e condições fixados pela legislação;
	
	
b) o Imposto de Renda pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na determinação do lucro real.
	
	
c) o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores.
	Prazo para
Pagamento
	a) o Imposto de Renda e a Contribuição Social a pagar, apurados em cada trimestre, poderão ser pagos em quota única no mês seguinte ao trimestre, sem qualquer acréscimo. O contribuinte tem a opção de pagar em três quotas mensais, com juros pela taxa Selic até o mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês.
Fonte: Oliveira et al (2004,p.183)
	A contribuição social devida, apurada trimestralmente, será paga em quota única até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. A pessoa jurídica também poderá optar o pagamento em três quotas mensais, iguais e com vencimento no último dia útil dos três meses subseqüentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder, acrescidas de juros equivalentes á taxa Selic.
Após as adições e exclusões ao resultado antes da CSLL, faz-se a compensação da base de cálculo negativa de períodos anteriores (limitada em 30% do resultado apurado) e encontra-se a base de cálculo da CSLL, sobre a qual se aplica a alíquota de 9% e apura-se o valor da CSLL devida.
	A legislação atual permite a quem estiver obrigada, a optar pela tributação de lucro real, a opção de escolher entre fazer o recolhimento do imposto de renda e da contribuição social por estimativa, ou, então, utilizar o sistema de apuração trimestral.
	Segundo Oliveira et al (2004), o lucro Real Anual será apurado no período de janeiro a dezembro de cada ano, sendo que a empresa deverá recolher os tributos mensalmente.
	De acordo com Rodrigues et al (2009, p.34) o Lucro Real Anual “é uma forma de tributação em que deverá apurar o lucro real, definitivamente, em 31 de dezembro de cada ano-calendário, com antecipações mensais, do imposto de renda e da contribuição social.”
	Ainda, conforme Rodrigues et al (2009, p.34), a pessoa Jurídica:
“Pode suspender ou reduzir o imposto devido a qualquer momento, mediante a elaboração de balanços ou balancetes de suspensão ou redução de imposto devendo escriturar a Parte “A” do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e do Livro Diário”
	A pessoa jurídica optante pelo lucro real anual pode apurar o IRPJ e a CSLL, com base na receita bruta auferida mensalmente e com base em Balanços ou Balancetes de Suspensão ou Redução.
	No Lucro real por estimativa mensal, o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados mensalmente, com base no faturamento. São aplicados percentuais (definidos em lei, de conformidade com a atividade desempenhada) sobre a base de cálculo. Esta deverá ser acrescida de demais receitas não operacionais para que sobre este montante, seja aplicada a alíquota do imposto de renda.
Deve ser efetuado um balanço de ajuste em dezembro, para confrontação entre o que foi pago durante o ano-calendáriocomo lucro estimado e o resultado efetivo da empresa. Segundo Rodrigues et al (2009, p.34) Lucro Real por Estimativa Mensal “ é uma forma de tributação anual onde o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são apurados mensalmente e determinados sobre a base de cálculo estimado.”
	A opção por esse tipo de recolhimento deve ser manifestada com o pagamento do imposto de renda correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade e será considerada irretratável para todo o ano-calendário (RIR/1999, art. 222).
	De acordo com a Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, a pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real por estimativa mensal poderá optar:
“Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pelo pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo estimada, mediante a aplicação, sobre a receita bruta auferida mensalmente, dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 e nos arts. 30 a 32, 34 e 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995.
§ 1º O imposto a ser pago mensalmente na forma deste artigo será determinado mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de quinze por cento.
§ 2º A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento.
§ 3º A pessoa jurídica que optar pelo pagamento do imposto na forma deste artigo deverá apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano, exceto nas hipóteses de que tratam os §§ 1º e 2º do artigo anterior.”
	Conforme Oliveira et al (2004), destacaram os seguintes aspectos dessa modalidade de tributação:
	a) Incidirá o adicional do imposto de renda sobre a parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeitar-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento);
	b) O imposto devido em cada mês, calculado em bases estimadas deverá ser pago até o último dia útil de cada mês;
	c) O imposto de renda devido em cada mês será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento).
Conforme Rodrigues et al (2009, p.57) a base de cálculo do imposto mensal será a somatória dos seguintes valores:
“a) resultado da aplicação dos percentuais de atividade, sobre a receita bruta mensal proveniente das vendas de mercadorias ou produtos, da prestação de serviços e de outras atividades compreendidas no objeto social da empresa;
b) ganhos de capital e outras receitas ou resultados auferidos no mês, não compreendidos na receita bruta proveniente das atividades de venda de produtos de fabricação própria.”
Quadro 2: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal
	Espécies de atividades geradoras da receita
	Percentuais aplicáveis sobre a receita
	- Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	1,6%
	- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revendas de combustível para consumo)
- Transporte de cargas
- Serviços hospitalares
- Atividade rural
- Industrialização
- Atividades imobiliárias
- Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios, em qualquer quantidade
- Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual específico
	8%
	- Serviços de transporte (exceto o de cargas)
- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00
- Instituições financeiras e entidades a elas equiparadas
	16%
	- Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas
- Intermediação de negócios, inclusive representação comercial e corretagem (de seguros, de imóveis etc.)
- Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza
- Factoring
- Construção por empreitada, quando houver emprego unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais
- Administração de consórcios
- Hotelaria e estacionamento
	32%
Fonte: Rodrigues et al (2009, p.59)
	De acordo com Rodrigues et al (2009, p.61) “a base de cálculo da CSLL devida em cada mês corresponderá á soma dos seguintes valores”
“a) 12% da receita bruta auferida nos meses, provenientes das atividades que
constituam objeto social da empresa segundo definição válida para o imposto de renda;
b) 32% da receita bruta auferida nos meses, provenientes das seguintes atividades:
b.1) prestação e serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte, inclusive carga;
b.2) intermediação de negócios;
b.3) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
b.4) factoring;
c) ganhos de capital obtido na alienação de bens pertencentes ao ativo permanente e demais ganhos, receitas e resultados auferidos no mês;
d) demais receitas não compreendida na receita bruta de vendas e serviços.”
	Segundo Rodrigues et al (2009, p.63) a pessoa jurídica prestadora de serviço poderá utilizar o seguinte percentual:
“a) A pessoa jurídica exclusivamente prestadora de serviços ( exceto serviços hospitalares, de transporte e os relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas) poderá utilizar o percentual de 16% enquanto a sua receita bruta acumulada no ano em curso se comportar dentro do limite de R$ 120.000,00, observando-se que:
b) Se a receita bruta acumulada até determinado mês ultrapassar o referido limite, a pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% ficará sujeita ao percentual normal de 32%, retroativamente ao mês de janeiro do ano em curso, impondo-se o pagamento das diferenças de imposto, apuradas em cada mês, até o último dia útil do mês subseqüente ao da verificação do excesso;
c) Dentro do prazo mencionado na letra “a”, as diferenças de imposto poderão ser pagas sem acréscimos moratórios.”
	A base para o cálculo da estimativa mensal será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas (RIR/1999, arts. 223 e 225):
1. do valor resultante da aplicação dos percentuais fixados na lei, variáveis conforme o tipo de atividade explorada, sobre a receita bruta auferida mensalmente;
2. dos ganhos de capital, das demais receitas e dos resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive:
a. dos rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuaria for instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
b. dos ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do ano calendário seguinte ao de suas aquisições;
c. dos ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge), realizados em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
d. da receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
e. dos juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
f. das variações monetárias ativas;
g. da diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio (Lei no 9.532, de 1997, art. 17, § 3o, e 81, II);
h. dos ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos (INSRF no 11, de 1996, art. 60, § 1o).
	Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta,para fins de determinação da base de cálculo estimada conforme (RIR/1999, art. 223) são os seguintes:
Quadro 3: Percentuais aplicáveis para determinação do lucro estimado (mensal)
	
Atividades
	
Percentuais
	Atividades em geral (RIR/1999, art. 518)
	8%
	Revenda de combustíveis
	1,6%
	Serviços de transporte (exceto transporte de carga)
	16%
	Serviços de transporte de cargas
	8%
	Serviços em geral (exceto serviços hospitalares)
	32%
	Serviços hospitalares
	8%
	Intermediação de negócios
	32%
	Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis)
	32%
	Instituições financeiras, bancos e assemelhados
	16%
	Factoring
	32%
Fonte: RIR/1999, art. 223
	Segundo o Art. 1° da Lei 10637/02, “a contribuição para o PIS/PASEP tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil”. Portanto o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica. 
	De acordo com Pinto (2010, p.249) não integram a base de cálculo da incidência não cumulativa as receitas:
“I – isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas á alíquota zero;
II – não operacionais decorrentes da venda de ativo permanente;
III – auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
relação ás quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária”
	Ainda conforme Pinto (2010, p. 250), poderão ser excluídos da base de cálculo os valores:
“I – das vendas canceladas;
II – dos descontos incondicionais concedidos;
III – do IPI;
IV – do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de substituto tributário;
V – das reversões de provisões;
VI – das recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas;
VII – do resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio liquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos e avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita;
VII – decorrentes de transferência onerosa, a outros contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e intermunicipal e de Comunicação – ICMS, de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do art.25 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei nº 11.945- 09).”
	Do valor da contribuição para o PIS/PASEP apurado, a pessoa jurídica poderá deduzir créditos calculados sobre o valor das entradas de bens, produtos e serviços, com a alíquota de 1,65%. O crédito será calculado mediante a aplicação da alíquota de 1,65% sobre o valor:
	a) Dos seguintes itens adquiridos no mês:
	- bens adquiridos para revenda;
	- bens e serviços utilizados como insumo na fabricação de produtos destinados á venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes.
	b) dos seguintes itens incorridos no mês:
	- aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, 	utilizados nas atividades de empresa;
	c) dos encargos de depreciação e amortização dos seguintes bens, incorridos no 	mês:
	- máquinas e equipamentos adquiridos para utilização na fabricação de produtos destinados á venda (á partir de 08/2004 para bens adquiridos á partir de 05/2004)
	d) dos seguintes bens, devolvidos no mês:
	- bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado 	faturamento do mês ou de mês anterior, e tributados conforme as regras 	vigentes.
	e) energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica (Lei 	10.637/2002, art. 3º § 1º).
	Conforme Art. 1º da Lei nº 10.833/03, a COFINS tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. Portanto o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica. Ainda conforme a lei são dedutíveis da base de cálculo os itens abaixo citados.
“Art.1º (...)
§ 3o Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas:
I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);
II - não-operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;
III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;
IV - de venda de álcool para fins carburantes; (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004) (Vide Lei nº 11.727, de 2008)(Vigência) 
V - referentes a:
a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;
b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido computados como receita.
	Segundo o artigo 3° da Lei 10.833/03, do valor da COFINS devida, a pessoa jurídica poderá deduzir créditos calculados sobre o valor das entradas de bens, produtos e serviços, sendo calculado com o percentual de 7,6%. O crédito será calculado sobre:
	- bens adquiridos para revenda;
	- bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados á venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;
	- energia elétrica;
	- aluguéis pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
	- armazenagem e mercadoria e frete na operação de venda;
	- os valores dos encargos de depreciação e amortização;
	- bens recebidos em devolução, cuja receita tenha integrado o faturamento do mês ou anterior, e tributados conforme as regras vigentes.
5.2 Lucro Presumido
	O Lucro Presumido é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social, restrita àqueles contribuintes que não estejam obrigados ao regime de tributação com base no Lucro Real.
	As pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido deverão pagar o IRPJ e CSLL por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. Já a periodicidade do PIS e da COFINS é mensal.
	Segundo Rodrigues et al (2009, p.327) o lucro presumido é:
“O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSL (devidos trimestralmente) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, á apuração do lucro real.
A base de cálculo do imposto e da contribuição é apurada mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.
	Conforme Oliveira et al (2004, p.178)o lucro presumido:
O Lucro Presumido difere do conceito de lucro real, visto tratar-se de uma presunção por parte do fisco do que seria o lucro das organizações caso não houvesse a Contabilidade. Em outras palavras, como já comentado, a introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a apuração da base de cálculo, para algumas empresas, para apuração e recolhimento dos tributos de Imposto de Renda e contribuição Social.
	Sobre o faturamento trimestral são aplicados os percentuais (“margem de lucro” determinada pelo Fisco), de conformidade com a atividade desenvolvida, para determinação da base de cálculo.
	De acordo com o artigo 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, o percentual aplicado sobre a receita bruta será:
“Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de oito por cento sobre a receitabruta auferida mensalmente, observado o disposto nos arts. 30 a 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995.
§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de: 
I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
II - dezesseis por cento;
a) para a atividade de prestação de serviços de transporte, exceto o de carga, para o qual se aplicará o percentual previsto no caput deste artigo;
b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida Lei;
III - trinta e dois por cento, para as atividades de:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
§ 2º No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente a cada atividade.
§ 3º As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo do imposto, na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real, fizer jus.
§ 4º O percentual de que trata este artigo também será aplicado sobre a receita financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005).
	Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que iniciarem atividades ou que resultarem de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real.
	De acordo Rodrigues et al (2009, p.327) podem optar pelo lucro presumido:
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas não obrigadas á apuração do lucro real, cuja receita bruta total, no ano-calendário imediatamente anterior (em 2008, para a opção no ano calendário de 2009), tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividades no ano, se inferior a 12.	
	A opção pela tributação com base no lucro presumido é manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano calendário e será definitivo em relação a todo o ano calendário, o que impede ou restringe o planejamento durante o exercício.
	Essa modalidade de apuração é direcionada às pequenas e médias empresas, sendo que sua contabilidade é mais simples do que no lucro real. A fiscalização também é mais fácil, pois se necessita apenas conhecer a receita bruta total para se obter o valor do tributo devido.
	As empresas que estiverem obrigadas á apuração do lucro real, estão impedidas de optar pelo lucro presumido.
	De acordo com Oliveira et al (2004, p.179) não podem optar por essa modalidade, mesmo que a receita bruta total seja inferior ao mencionado limite, as empresas:
b) que efetuarem pagamento mensal pelo regime de estimativa, no decorrer do ano-calendário, inclusive mediante balanço ou balancetes de suspensão ou redução de imposto;
c) cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;
d) que obtiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
e) que são beneficiárias de isenções ou reduções do Imposto de Renda;
f) que exercem as atividades de factoring.
	De acordo com Rodrigues et al (2009, p.329) integram a receita bruta:
“Para fins de enquadramento no limite que autoriza a empresa a optar pelo lucro presumido, integram a receita bruta:
a) as receitas da prestação de serviços, da venda de produtos de fabricação própria, da revenda de mercadorias, do transporte de cargas, da industrialização de produtos em que a matéria-prima, o produto intermediário e o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização, da atividade rural e das outras atividades compreendidas nos objetivos sociais da pessoa jurídica;
b) as receitas de quaisquer outras fontes não relacionadas diretamente com os objetivos da empresa, bem como os ganhos de capital;
c) os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa;
d) os ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável (operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas), e as parcelas das receitas de exportações realizadas a pessoas vinculadas ou domiciliadas em país com tributação favorecida (que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20%), determinada segundo as normas sobre preços de transferência, que excedeu o valor registrado na escrituração da empresa no Brasil”
	Segundo Pinto (2010) da receita bruta deduzem-se as vendas canceladas, devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e o IPI.
	No Lucro Presumido, os impostos são calculados com base em um percentual estabelecido sobre o valor das vendas realizadas, independentemente se a empresa teve lucro ou não.
	Segundo Rodrigues et al (2009, p.331), “o lucro presumido será determinado aplicando-se sobre a receita bruta de vendas de mercadorias produtos e/ou da prestação de serviços, apurada em cada trimestre, os percentuais constantes da tabela a seguir.”
Quadro 4 – Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta de vendas de mercadorias/produtos e/ou da prestação de serviços
	Espécies de atividades geradoras da receita
	Percentuais aplicáveis sobre a
receita
	- Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	1,6%
	. Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo)
. Transporte de cargas
. Serviços hospitalares
. Atividade rural
. Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização
. Atividades imobiliárias
. Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios, em qualquer quantidade
. Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual especifico
	8%
	. Serviços de transporte (exceto o de cargas)
. Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00
	16%
	. Serviços em geral, para os quais não esteja previsto o percentual especifico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas (que de acordo com o Código Civil é chamada de sociedade simples)
. Intermediação de negócios
. Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza
. Serviços de mão-de-obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra
	32%
Fonte: Rodrigues et al (2009, p.331)
	Para o cálculo do Imposto de Renda, serão acrescidos á base de cálculo, e tributados direto em 15%, os ganhos de capital, demais receitas, tais como: locação de imóvel, juros recebidos, descontos obtidos, variações monetárias ativase entre outras receitas. Caso exceder R$ 60.000,00 no trimestre completo, estará sujeita á incidência de adicional de Imposto de Renda á alíquota de 10% sobre o excedente. Obtém-se o IRPJ trimestral devido e sobre esse valor poderá ser deduzida o IRRF pago ou retido sobre as receitas que integrarem a base de cálculo e o IR retido por órgãos públicos, resultando o IRPJ a pagar.
	Segundo Pinto (2010, pag. 207) a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, corresponderá à soma dos valores correspondentes a:
“I – 12% da Receita Bruta para todas as pessoas jurídicas até 31-08-2003;
II – 32% da Receita Bruta, para as pessoas jurídicas relacionadas abaixo, a partir de 1º de setembro de 2003, permanecendo as demais com o percentual de 12%:
a) prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativo ao exercício de profissão legalmente regulamentada;
b) intermediação de negócios (inclusive representação comercial);
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direito de qualquer natureza;
d) construção por administração ou por empreitada, unicamente de mão de obra;
e) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (Factoring);
f) outros serviços não especificados acima, exceto serviços de transporte de cargas, de passageiros e serviços hospitalares.”
	Conforme o artigo 37 da Lei 10.637/02, a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo encontrada é de 9% (nove por cento). Encontrada a CSLL devida, faz-se as deduções, que compreende a Contribuição Social retida na fonte por órgãos públicos federais, e faz-se também as compensações de pagamentos indevidos ou a maior, o saldo negativo de períodos anteriores e as compensações com outros tributos e contribuições, originando-se a partir daí a CSLL a pagar.
	Segundo o artigo 2o da Lei nº 9.715, de 25 de novembro de 1998, a contribuição para o PIS/PASEP será apurada mensalmente:
“I - pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e
as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, com base no faturamento do mês;
II - pelas pessoas jurídicas de direito público interno, com base no valor mensal das receitas correntes arrecadadas e das transferências correntes e de capital recebidas.”
	O PIS é contribuído sobre o faturamento, e com alíquota de 0,65%, pelas pessoas jurídicas de direito privado. Também é contribuído sobre a folha de salários, com alíquota de 1% sendo seus contribuintes os templos de qualquer culto, os partidos políticos, instituições de educação e assistência social que preencham os requisitos do art. 12 da Lei nº 9.532-97.
	O fato gerador corresponde ao faturamento mensal da empresa, isto é, o total da receita bruta mensal, devendo ser observado às exclusões previstas em lei. Considera-se receita bruta toda e qualquer receita obtida pela empresa independente se for originária de uma atividade preponderante ou não.
	De acordo com Oliveira et al (2004, p.248) para efeito de apuração da base de cálculo do PIS/PASEP sobre o faturamento mensal, podem ser excluídas ou deduzidas da receita bruta, quando tenham se incluído a esta:
· Vendas canceladas e das devoluções de vendas;
· Descontos incondicionais concedidos, assim considerados aqueles constantes na nota fiscal de vendas de bens ou na fatura de prestação de serviços;
· Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) destacado nas notas fiscais;
· No Imposto sobre Operações relativas á Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
· Das reversões e provisões operacionais;
· Das recuperações de créditos baixados como perda;
· Dos resultados positivos – lucro – obtidos em decorrência da avaliação de investimento em participações societárias pelo método de equivalência patrimonial – valor do patrimônio líquido;
· Dos lucros e dividendos recebidos ou a receber em decorrência de
· Investimentos em participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição, que tenham sido contabilizados como receitas, inclusive os derivados de empreendimento objeto de Sociedade em Cota de Participações;
· Das receitas das vendas de itens do ativo permanente.
	Já a COFINS foi instituída pela Lei Complementar nº 71/91, e tem como seus contribuintes as pessoas jurídicas em geral, inclusive as equiparadas, bem como as cooperativas e entidades imunes e isentas.
	Assim como já mencionado para o PIS, a COFINS também tem como fato gerador a receita bruta, ou seja, o total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, observada a legislação vigente. A base de cálculo da COFINS é o faturamento mensal, sendo que faturamento corresponde à receita bruta da pessoa jurídica, entendida como tal totalidade das receitas auferidas, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.
	A alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo apurada é de 3% e data limite para recolhimento da COFINS é o último dia útil do segundo decêndio do mês seguinte ao do fato gerador.
	O Lucro Arbitrado é, fundamentalmente, uma modalidade de tributação utilizada pelo Fisco para determinar o imposto devido pela pessoa jurídica quando não há como fazê-lo por meio de Lucro Real ou Presumido. É em regra geral, uma prerrogativa do fisco representando, quase sempre, maior carga tributária para a empresa.
	Como a empresa em estudo possui contabilidade regular, esta forma de tributação não será calculada, uma vez que é infinitamente desvantajosa para as organizações, sendo que aumenta consideravelmente a carga tributária de qualquer entidade
	De acordo com Rodrigues et al (2009, p.355) “o arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte.”
	Segundo Oliveira et al (2004, p.176) em outras palavras, o lucro arbitrado é:
“O lucro arbitrado é utilizado pela autoridade tributária para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social devidos pelo contribuinte, quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas á determinação do lucro real ou presumido ou se recusar a fornecer os livros e documentos contábeis e fiscais solicitados em um processo de fiscalização.”
	É um recurso utilizado pelas autoridades fiscais e só deve ser aplicado quando houver ausência absoluta de confiança na escrituração contábil do contribuinte. 	Também pode ser utilizado pelo fisco nos casos em que o contribuinte se recusar ou dificultar o acesso da autoridade fiscal á documentação comprobatória das atividades.
	De acordo com o artigo 16 da lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995, o lucro arbitrado será determinado mediante:
“Art. 16. O lucro arbitrado das pessoas jurídicas será determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta, quando conhecida, dos percentuais fixados no art. 15, acrescidos de vinte por cento.
Parágrafo único. No caso das instituições a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, o percentual para determinação do lucro arbitrado será de quarenta e cinco por cento.”
	Segundo Rodrigues et al (2009, p.355) o Imposto de Renda devido pela pessoa jurídica será determinado por meio de lucro arbitrado quando (art.530 do RIR/1999):
“a) estando a empresa obrigada á tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
b) a escrituração, a que estiver obrigada a pessoa jurídica, revelar evidentes intuitos de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
b.1) identificar a efetivamovimentação financeira, inclusive a bancária;
b.2) determinar o lucro real;
c) a pessoa jurídica que:
c.1) deixar de apresentar á autoridade tributária os livros e os documentos da escrituração comercial e fiscal (se submetida pelo lucro real) ou o livro caixa ( se houver optado pela tributação com base no lucro presumido e não mantiver escrituração comercial);
c.2) optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido por estar obrigada á tributação com base no lucro real;
c.3) não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário, exceto se, tendo optado pela tributação com base no lucro presumido, escriturar no livro Caixa toda a sua movimentação financeira, inclusive a feita por via bancária;
d) o comissário ou representante de pessoa jurídica estrangeira não apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior;
e) o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar á autoridade tributária os livros ou registros auxiliares de que trata o § 2º do art. 177 da Lei nº 6.404/1976, e § 2º do art. 8º do Decreto-lei nº 1.598/1977(incluído pela Medida Provisória nº 449/2008)”
	Para efeito do arbitramento do lucro, aplicam-se sobre a receita bruta provenientes das vendas de mercadorias ou produtos e da prestação de serviços os seguintes percentuais, conforme tabela abaixo:
Quadro 5 - Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta
	Espécies de atividades geradoras da receita
	Percentuais aplicáveis
sobre a receita
	. Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	1,92%
	. Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo)
. Serviços hospitalares
. Transporte de cargas
. Atividade rural
. Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização
. Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual especifico
	9,6%
	. Serviço de transporte (exceto o de carga)
. Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00
	19,2%
	Prestação, pelas sociedades civis, de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada
. Intermediação de negócios
. Hotelaria e estacionamento
. Administração, locação ou cessão de bens imóveis e direitos de qualquer natureza
. Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra
. Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring)
. Prestação de qualquer outro tipo de serviço não mencionado especificamente nesta
Tabela
	38,4%
	. Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada abertas
	45%
Fonte: Rodrigues et al (2009, p.358)
5.3 Simples Nacional
	O Simples Nacional é um regime unificado e compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, também conhecido como Simples Nacional ou Super Simples. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. 
A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006:
“Estabelece normas gerais relativas às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo, não só o regime tributário diferenciado (Simples Nacional), como também aspectos relativos às licitações públicas, às relações de trabalho, ao estímulo ao crédito, à capitalização e à inovação, ao acesso à justiça, dentre outros.”
	O regime do Simples Nacional têm como características principais ser facultativo, irretratável para todo o ano-calendário e abranger os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP).
	Além disso, o Simples Nacional possibilita o recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação – DAS, e ainda há a disponibilização às Micro e Pequenas Empresas de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido.
	Os Estados tem a possibilidade de adotarem sublimites para Empresas de Pequeno Porte em função da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município.
	Podem optar pelo Simples Nacional as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que não incorram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.
	De acordo com o art. 966, da Lei nº 10.406, de 10/01/2002, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário, registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso desde que:
	I – no caso de microempresas, o empresário, a pessoa jurídica ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00;
	II – no caso das empresas de pequeno porte, empresário, a pessoa jurídica ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
	Estao impedidas de optarem pelo Simples Nacional:
 A Microempresa (ME) ou as Empresa de Pequeno Porte (EPP) -  (Base legal: art. 3º, II, §§2º e 4º, e art. 17 da Lei Complementar nº 123, de 2006): 
· que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior ou no ano-calendário em curso, receita bruta no mercado interno superior a R$ 3.600.000,00 ou ao limite adicional de igual valor para exportação de mercadorias e serviços;
· que tenha auferido, no ano-calendário de início de atividade, receita bruta no mercado interno superior ao limite proporcional de R$ 300.000,00 multiplicados pelo número de meses em funcionamento no período, inclusive as frações de meses, ou ao limite adicional de igual valor para exportação de mercadorias e serviços;
· de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
· que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
· de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00;
· cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00;
· cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00;
· constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
· que participe do capitalde outra pessoa jurídica;
· que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
· resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores;
· constituída sob a forma de sociedade por ações;
· cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;
· que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
· que tenha sócio domiciliado no exterior;
· de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
· que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
· que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores;
· que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
· que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
· que exerça atividade de importação de combustíveis;
· que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, bebidas alcoólicas e cervejas sem álcool;
· que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
· que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
· que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS;
· com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível.
 
Dentre essas vedações, destacam-se:
 
· pessoas jurídicas constituídas como cooperativas (exceto as de consumo);
· empresas cujo capital participe outra pessoa jurídica;
· pessoas jurídicas cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de receita.
 
Ficaram fora da vedação ao regime, as empresas de serviços contábeis, que poderão ser optantes pelo Simples Nacional.
	Para fins do Simples Nacional, considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
	O Cálculo do Simples Nacional é realizado no aplicativo específico (PGDAS) para o cálculo do valor devido e geração do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Esse aplicativo está situado no site do Simples Nacional.
	O valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples Nacional é determinado mediante aplicação das tabelas dos anexos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.
	Conforme art.18 § 4º, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, o contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento:
“I - as receitas decorrentes da revenda de mercadorias;
II - as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte:
III - as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis;
IV - as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária e tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), bem como, em relação ao ICMS, antecipação tributária com encerramento de tributação;
V - as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei complementar.”
CONCLUSÃO
Na busca da melhor forma de tributação da empresa recomenda-se analisar: níveis de custos e despesas operacionais em relação à receita bruta, existência de prejuízos fiscais, composição e valor da receita bruta.
Reduzir custos e despesas são indispensáveis para a “competição” no mundo corporativo. Em contrapartida não podemos esquecer que o Estado depende desta arrecadação para seus objetivos fins como: segurança pública, educação, saneamento básico, ... Portanto, compete ao Estado cobrar e as entidades pagá-los.
As empresas devem ser analisadas individualmente, sendo prudente a busca da melhor forma de tributação, pois se tornará primordial para o sucesso ou fracasso dos negócios, independente do porte da empresa.
No caso da INFORMÁTICA LTDA, o regime menos oneroso foi o LUCRO REAL.
ANEXOS
1.1 TABELA 1: Demonstração de Resultado do Ex. 2015 – Lucro Real.
	Lucro Real
	INFORMÁTICA LTDA
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
	PERÍODO: 01/01/2015 A 31/12/2015
	
	1)
	Receita Operacional Bruto
	2.390.691,44
	2)
	Deduções das Vendas
	
	2.1)
	(-) Devolução das Vendas
	70.746,11
	2.2)
	(-) Pis s/Faturamento
	4.627,71
	2.3)
	(-) Cofins s/Faturamento
	21.315,51
	2.4)
	(-) ICMS s/vendas
	25.648,51
	3)
	Receita Operacional Líquida
	2.268.353,60
	
	4)
	(-) C.M.V (Custo de Mercadoria Vendida)
	2.115.647,75
	
	5)
	Lucro Bruto
	152.705,85
	
	6)
	(-)Despesas Operacionais c/Vendas
	45.293,55
	
	7)
	(-) Despesas Administrativas
	51.241,47
	
	8)
	(-) Despesas Financeiras
	7.720,4
	
	9)
	Resultado Operacional
	48.450,43
	
	10)
	(+) Receitas e Despesas não Operacionais
	6.555,89
	
	11)
	Lucro antes do imposto de renda
	55.006,32
	
	12)
	(-) Imposto de Renda
	8.250,95
	
	13)
	(-) CSSL
	4.950,57
	
	14)
	Lucro Líquido ao Exercício
	41.804,80
1.2 –TABELA 2: Demonstração de Resultado do Ex 2015 – Lucro Presumido
	Lucro Presumido
	INFORMÁTICA LTDA
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
	PERÍODO: 01/01/2015 A 31/12/2015
	
	1)
	Receita Operacional Bruto
	2.390.691,44
	2)
	Deduções das Vendas
	
	2.1)
	(-) Devolução das Vendas
	70.746,11
	2.2)
	(-) Pis s/Faturamento
	15.539,49
	2.3)
	(-) Cofins s/Faturamento
	71.720,74
	2.4)
	(-) ICMS s/vendas
	25.648,51
	2.5)
	(-) IRPJ s/Faturamento 
	28.688,30
	2.6)
	(-) CSSL
	25.819,47
	3)
	Receita Operacional Líquida
	2.152.528,82
	
	4)
	(-) C.M.V (Custo de Mercadoria Vendida)
	2.115.647,75
	
	5)
	Lucro Bruto
	36.881,07
	
	6)
	(-)Despesas Operacionais c/Vendas
	45.293,55
	
	7)
	(-) Despesas Administrativas
	51.241,47
	
	8)
	(-) Despesas Financeiras
	7.720,40
	
	9)
	Resultado Operacional
	-67.374,35
	
	10)
	(+) Receitas e Despesas não Operacionais
	6.555,89
	
	11)
	Prejuízo do Exercicio
	60.818,46
Fonte: Setor Contábil da empresa INFORMÁTICA LTDA.
1.3 - TABELA 3: Demonstração de Resultado do Ex 2015 – Simples Nacional.
	SIMPLES NACIONAL
	INFORMÁTICA LTDA
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
	PERÍODO: 01/01/2015 A 31/12/2015
	
	1)
	Receita Operacional Bruto
	2.390.691,44
	2)
	Deduções das Vendas
	
	2.1)
	(-) Devolução das Vendas
	70.746,11
	2.2)
	(-) DAS
	277.559,28
	3)
	Receita Operacional Líquida
	2.042.386,05
	
	4)
	(-) C.M.V (Custo de Mercadoria Vendida)
	2.115.647,75
	
	5)
	Lucro Bruto
	-73.261,70
	
	6)
	(-)Despesas Operacionais c/Vendas
	45.293,55
	
	7)
	(-) Despesas Administrativas
	51.241,47
	
	8)
	(-) Despesas Financeiras
	7.720,40
	
	9)
	Resultado Operacional
	-177.516,72
	
	10)
	(+) Receitas e Despesas não Operacionais
	6.555,89

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