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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) John Santos 1 | P á g i n a Inibidores Adrenérgicos Fármacos que inibem a transmissão adrenérgica, em qualquer ponto, desde o SNC até na periferia. Tais fármacos são classificados de acordo com o local onde ocorre a inibição do estímulo simpático. Assim, temos os fármacos de ação central (agonistas alfa-2 centrais); Betabloqueadores e Alfa bloqueadores. A imagem abaixo evidencia os sítios de ação anti-hipertensiva dos principais inibidores do sistema simpático. Para melhor entendimento da ação farmacológica dos inibidores adrenérgicos, é imprescindível lembrar que o SN Simpático participa da regulação da PA, momento a momento através do mecanismo de barorreflexo. Há barorreceptores em lugares estratégicos (seio carotídeo e do arco aórtico) que são estimulados pela distensão da parede do vaso, em virtude do aumento da PA. Essa ativação dos barorreceptores inibe o efluxo simpático na área vasomotora central, fazendo com que a pressão arterial diminua. Em contraste, os barorreceptores sentem a menor distensão da parede arterial, há aumento da ação simpática que, por meio das terminações nervosas, intensifica a resistência periférica e o débito cardíaco, promovendo elevação pressórica. Nesse sentido, os inibidores adrenérgicos sempre agem, embora em locais distintos, no sentido de impedir que a neurotransmissão adrenérgica chegue à célula efetora. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) John Santos 2 | P á g i n a AÇÃO CENTRAL Os inibidores adrenérgicos de ação central atuam estimulando os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos no SNC. Esse agonismo aos receptores alfa- 2 inibe a liberação de norepinefrina e, consequentemente, diminui o tônus simpático. Isso leva à redução da resistência periférica total e à diminuição da pressão arterial. Os principais representantes são: Metildopa, clonidina, guanabenzo e moxonidina. As reações adversas (RA) ocorrem em virtude da ação central. Por isso, as principais RA são: sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção sexual. BETABLOQUEADORES Os receptores beta são receptores adrenérgicos, presentes em diversos sistemas orgânicos do corpo humano, tais como, coração, rins, vasos sanguíneos do músculo esquelético e musculatura lisa bronquial. O estímulo Beta-1 promove efeitos cardácos positivos (p. ex., aumento da frequeência cardáca); secreção de renina e, consequentemente, ativação do sistema renina-angiotesina-aldosterora. Em contraste, o estímulo Beta-2 promove relaxamento uterino; vasodilatação; broncodilatação, entre outros. O mecanismo anti-hipertensivo dos Betabloqueadores envolve o antagonismo dos receptores Beta. Por isso, há diminuição do débito cardíaco, redução da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) John Santos 3 | P á g i n a secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Os β-bloqueadores são opção de tratamento para pacientes hipertensos com doença ou insuficiência cardíaca concomitante. A figura abaixo esquematiza as ações anti-hipertensivas dos betabloqueadores. Há betabloqueadores que: 1. Bloqueiam os receptores beta-1 e beta-2 inespecificamente (p. ex., o propranolol); 2. Bloqueiam preferencialmente os receptores beta-1 aos beta-2 (p. ex., metoprolol e atenolol). Essa relativa cardiosseletividade pode ser vantajosa quando se tratar de pacientes com asma, diabetes, ou insuficiência vascular periférica. Há também fármacos que apresentam alfa-1 concomitante proporcionam vasodilatação, como o carvedilol. O nebivolol também apresenta ação vasodilatadora, em virtude de aumento da síntese e liberação endotelial de óxido nítrico. O quadro abaixo sumariza a farmacologia dos principais betabloqueadores usados na hipertensão. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) John Santos 4 | P á g i n a Quanto às RA, os betabloqueadores podem causar: Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstrição periférica, insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia e disfunção sexual. ALFABLOQUEADORES Os fármacos desse grupo promovem a diminuição da PA por meio do bloqueio dos receptores alfa-1 nas arteríolas e vênulas. Eles diminuem a resistência vascular periférica e reduzem a pressão arterial. Têm a vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo lipídico e glicídico e nos sintomas de pacientes com hipertrofia prostática benigna. Os principais representantes são: Prazosina, doxazosina e terazosina. As principais RA são: hipotensão postural (em especial, na primeira dose), palpitações e, eventualmente, astenia.
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