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TECNICAS DE ENTREVISTA E OBSERVACAO

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2
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CAMPUS MANAUS
Curso de Psicologia
MEIRANE DE OLIVEIRA BRAGA – RA 309514
TÉCNICAS DE ENTREVISTA E OBSERVAÇÃO
MANAUS
2021
MEIRANE DE OLIVEIRA BRAGA – RA 309514
TÉCNICAS DE ENTREVISTA E OBSERVAÇÃO
Trabalho de pesquisa apresentado ao curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP da disciplina de técnicas de entrevista e observação.
Orientadora: Jaqueline de Freitas Figueiredo
MANAUS
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	DISCUSSÃO TÉORICA	4
2.1.	A entrevista e a observação no processo Psicodiagnóstico.	4
2.2.	A entrevista e a observação na área clínica.	5
2.3.	A entrevista de Anamnese.	6
2.4.	A entrevista clínica realizada em grupo.	7
2.5.	A entrevista e a observação na empresa: entrevista de seleção de pessoal.	8
2.6.	A entrevista e a observação na escola: entrevista com o professor, com os pais, com o aluno.	9
2.7.	A entrevista e a observação no contexto da pesquisa: entrevista como instrumento de pesquisa.	10
2.8.	A entrevista de triagem.	11
2.9.	Produção de documentos em diferentes contextos do exercício profissional.	12
3.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
REFERENCIAS	14
1. INTRODUÇÃO
A entrevista é uma técnica original no campo da saúde mental e também uma ferramenta amplamente utilizada em várias áreas do trabalho do psicólogo. É considerada uma técnica de investigação científica em psicologia. As entrevistas são vistas como uma ferramenta de avaliação, utilizada como um sistema interativo de avaliação e intervenção de processos e de busca de dados em diferentes fontes.
Como um processo de avaliação psicológica clínica (Psicodiagnóstico), a entrevista psicológica é a primeira etapa, inicia o plano de avaliação e realiza a aplicação da observação clínica e do teste psicológico ao mesmo tempo. No processo de diagnóstico psicológico, utiliza-se a entrevista semi-guiada porque o paciente define primeiro o que vai falar e como vai falar. O entrevistador é responsável por manter uma escuta precisa e não negligenciar o foco da investigação.
Ao contrário do processo de psicoterapia, o processo de diagnóstico psicológico tem um propósito e tempo limitados. Este tipo de avaliação é mais comumente realizado em crianças e inclui as seguintes etapas: Entrevistas com pais ou responsáveis ​​(semidirigidas); entrevistas anteriores (história e vida); observações interessantes (ou diagnóstico de tempo de jogo); aplicação de uma série de testes (de acordo com as circunstâncias e necessidades; feedback com pais e filhos; encaminhamentos e relatórios (relatórios psicológicos).
Com isso, é crescente o interesse das pessoas pela área, evidenciado pelo aumento do número de pesquisadores, publicações e eventos científicos envolvidos com o assunto na última década, bem como pela melhoria na qualificação de pesquisadores e docentes. As linhas de pesquisa dos diversos cursos de pós-graduação, o aumento do volume de pesquisas e a criação de novos instrumentos, bem como a publicação de periódicos profissionais sobre o tema e a realização de laboratórios de avaliação psicológica.
Nos últimos anos, a avaliação psicológica tem recebido considerável atenção, embora a literatura tenha apontado diversos problemas relacionados ao insuficiente desempenho profissional nesta área e a questões de formação. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo investigar o domínio de alguns conceitos básicos da avaliação psicológica por alunos e profissionais.
2. DISCUSSÃO TÉORICA
2.1. A entrevista e a observação no processo Psicodiagnóstico
Até certo ponto, toda entrevista clínica tem um elemento diagnóstico. Dessa perspectiva, usamos o termo de forma muito ampla. Em outro sentido, usamos o termo "diagnóstico" mais especificamente, definindo-o como um exame e análise claros ou cuidadosos da condição na tentativa de entendê-la, explicá-la e possivelmente modificá-la. Significa descrever, avaliar, vincular e inferir para modificar a condição. As entrevistas diagnósticas podem priorizar sintomas ou aspectos psicodinâmicos.
De acordo com Azevedo (2016) o primeiro visa descrever sintomas (baixa autoestima, culpa) e sintomas (baixo humor, ideação suicida) para classificar sintomas ou síndromes (depressão maior). O diagnóstico psicodinâmico visa descrever e compreender a experiência do sujeito ou modo específico de atuação, levando em consideração uma abordagem teórica. Tanto o diagnóstico da síndrome quanto o diagnóstico psicodinâmico visam modificar a condição apresentada em benefício do sujeito. O diagnóstico psicodinâmico visa descrever e compreender a experiência do sujeito ou modo específico de atuação, levando em consideração uma abordagem teórica. Tanto o diagnóstico da síndrome quanto o diagnóstico psicodinâmico visam modificar a condição apresentada em benefício do sujeito.
De acordo com Chaves (2017)
O processo de avaliação psicológica pode envolver diferentes procedimentos, incluindo diferentes tipos de entrevistas. Por exemplo, ao avaliar um jovem adolescente que apresenta um comportamento estranho e incompreensível com sua família, o processo começa com uma entrevista familiar e, em seguida, o jovem é entrevistado para avaliar os sintomas e seus aspectos psicodinâmicos. (CHAVES, 2017).
Depois de aplicar os instrumentos de avaliação psicológica e analisá-los, foi feita uma revisita ao jovem, seguida de uma entrevista com ele e seus pais. Os objetivos específicos dessas entrevistas são ajudar os jovens e seus pais a compreender a situação (envolvendo doença mental), explorar seu impacto nos níveis emocional e de relacionamento e tomar decisões específicas sobre outros fatores de estresse na aprendizagem e na vida. Jovens e família.
2.2. A entrevista e a observação na área clínica
Conforme Moreira (2016) entrevistas clínicas não são uma técnica única. Existem várias maneiras de resolver este problema, dependendo dos objetivos específicos da entrevista e da orientação do entrevistador. Os objetivos de cada tipo de entrevista determinam sua estratégia, escopo e limitações. Neste estudo, será definido a entrevista clínica, será examinado seus elementos e será distinguido os tipos que podem ser classificados. A seguir, será discutido alguns aspectos das habilidades básicas dos entrevistadores para entrevistas clínicas. 
Segundo Todorov (2007)
Em psicologia, entrevista clínica é um conjunto de técnicas investigativas com tempo limitado, orientadas por entrevistadores bem treinados, utilizando conhecimentos psicológicos e objetivamente nas relações profissionais. Descrever e avaliar aspectos pessoais, de relacionamento ou de sistema (indivíduos, casais, famílias, redes sociais) em um processo destinado a fazer recomendações, encaminhamentos ou algum tipo de intervenção em benefício do entrevistado. (TODOROV, 2007).
Por tecnologia entende-se uma série de procedimentos que permitem investigar o tema abordado. As investigações podem atingir os objetivos principais das entrevistas, nomeadamente a descrição e a avaliação, com base na premissa de recolha de informação, a partir da qual se podem correlacionar incidentes e experiências, fazer inferências, conclusões e decisões. Esta pesquisa é realizada em áreas específicas da psicologia clínica e leva em consideração os conceitos e conhecimentos amplos e aprofundados nessas áreas. Essas áreas incluem, por exemplo, psicologia do desenvolvimento, psicopatologia, psicodinâmica e teoria dos sistemas. A prioridade pode ser dada a aspectos específicos de cada campo, como desenvolvimento psicológico sexual, sinais e sintomas psicopatológicos, conflitos de identidade, relações conjugais, etc.
Conforme Zanelli (2014) a entrevista é parte de um processo. Basicamente, isso deve ser considerado um processo de avaliação, pode ser feito em apenas uma reunião, e projetado para fazer um encaminhamento ou determinar os objetivos do processo de psicoterapia. Muitas vezes, devido aos aspectos terapêuticos inerentes ao processo de avaliação, os aspectos avaliativos da entrevista inicialse confundem com a psicoterapia inicial.
Em outras ocasiões, o processo de avaliação é complicado e requer um conjunto diferente de habilidades de entrevista e ferramentas e procedimentos de avaliação, por exemplo, além de entrevistas, projeção ou ferramentas cognitivas, habilidades de observação, etc. Enfatizar a importância da entrevista como parte do processo é poder ver seu papel e histórico, bem como o grande número de procedimentos possíveis em psicologia. 
A entrevista clínica é um programa potente e, devido às suas características, é o único programa com especificidades que se adapta à diversidade de situações clínicas relevantes e impossibilita a realização de outros programas (principalmente programas padronizados).
2.3. A entrevista de Anamnese
A anamnese são registros médicos usados por psicólogos e médicos que possuem a expertise para avaliar e diagnosticar indivíduos. É a base para o estabelecimento de psicoterapia terapêutica ou de suporte ou qualquer outro tratamento. Seu objetivo é obter o máximo de informações possível sobre a história e o passado do sujeito. (ALMEIDA, 2015).
Deve-se considerar não apenas o que disse, mas também como dizê-lo e observar sua linguagem corporal. Todos os aspectos da realidade são indispensáveis ​​e também são a expressão e a imaginação da vida interior e exterior do sujeito.
Do ponto de vista da psicanálise, o aspecto emocional é mais importante do que o aspecto cognitivo, e os conflitos internos, os fantasmas e a vida espiritual dos pacientes são cruciais. Na perspectiva do psicólogo, a pessoa deve ter uma atitude empática e estabelecer um clima emocional para organizar a relação e dar lugar a uma aliança terapêutica. O conceito de empatia deve ser usado corretamente. 
Empatia é diferente de compaixão e é uma ferramenta útil para ganhar a confiança dos pacientes. A empatia não é apenas expressa em palavras, mas também inclui atitudes, gestos e expressões faciais. Esta é uma situação consciente em que a situação do paciente é compreendida e ele é solicitado a entender isso, mas o entrevistador não estará conectado ao paciente. (SANTOS, 2013).
Conforme Lopes (2014)
Esse reconhecimento é uma situação inconsciente, se não for bem resolvida é fácil expor, expor uma fraqueza e colocar em risco todo o trabalho de prontuário. Atualmente, acredita-se que, se a história médica só for obtida por meio de investigação sistemática, o paciente poderá perder a confiança, pois tratará o terapeuta como alguém que deseja apenas invadir sua privacidade. E essa situação também pode aumentar a resistência do paciente. (LOPES, 2014)
Portanto, tende a utilizar sistemas menos invasivos, nos quais o terapeuta utiliza um sistema de associação livre para entender a história pessoal do paciente e poder explorar sua vida imaginada conforme a orientação. Este método é utilizado na psicanálise e em muitos psicólogos que atuam na perspectiva da psicanálise, denominado rememoração associativa.
2.4. A entrevista clínica realizada em grupo
Nesse processo, o entrevistador e o entrevistado têm papéis diferentes. O papel específico do entrevistador situa a entrevista clínica no âmbito das relações profissionais. Ele é responsável por conduzir o processo e aplicar o conhecimento psicológico para o benefício do pessoal relevante. Ele tem a responsabilidade de dominar os detalhes da tecnologia e a complexidade do conhecimento usado. A responsabilidade define (estrutura) o processo em seus aspectos clínicos. (CARRARO, 2016).
Conforme Gonzalez (2015) assumir essas responsabilidades profissionais para a outra parte tem um aspecto ético fundamental, isso significa reconhecer a desigualdade inerente à relação, o que confere ao entrevistador uma posição privilegiada. Essa posição confere a você a responsabilidade de cuidar dos interesses e do bem-estar dos outros. O entrevistador também é responsável por reconhecer a necessidade de capacitação profissional e atualização contínua ou regular.
Outra situação importante é que podem ser selecionados tratamentos individuais e em grupo, sendo necessário avaliar a adequação dos integrantes de acordo com a composição e objetivos do grupo de tratamento. O rastreamento também é importante para avaliar a gravidade da crise, pois, nesses casos, o encaminhamento para suporte médico torna-se necessário ou imprescindível. Embora isso possa não parecer tão óbvio, o clínico que trabalha sozinho também deve examinar seus clientes com base em sua experiência e habilidades e recomendar aqueles que considera inadequados para participarem.
2.5. A entrevista e a observação na empresa: entrevista de seleção de pessoal
O mundo vive mudanças econômicas, políticas e sociais aceleradas e a forte competição entre as empresas tem feito com que os empresários optem cada vez mais pela inovação, pela qualidade e por recursos humanos capacitados e talentosos para fazer frente a essa nova equação de mercado. Segundo Toledo (2012), como um claro departamento de administração de empresas, a organização de recursos humanos surgiu no início deste século. 
Com o fortalecimento do movimento sindical provocado pela revolução, sua evolução acelerou a indústria na década de 1920, o que ajudou muito a organização Institucionalização de agências de pessoal. falta A força de trabalho ocasionada pela Primeira Guerra Mundial é outro fator que ajuda a fortalecer a organização de recursos humanos.
Portanto, uma boa gestão de recursos humanos desempenha um papel decisivo na organização. Nesse caso, o processo de recrutamento e seleção passa a ser a base para a manutenção do sucesso do negócio. A função de Recrutamento e Seleção tem como objetivo captar as pessoas que irão desempenhar um papel fundamental na empresa, pois o candidato mais adequado para preencher a vaga irá devolver-lhe as tarefas sugeridas com mais responsabilidade, por isso é importante conhecer melhor a sua empresa.
 O tipo, processo e técnicas de recrutamento e seleção utilizadas. Chiavenato (2002, p.223) também afirmou que “o recrutamento e a seleção de recursos humanos devem ser considerados como duas etapas de um mesmo processo: a introdução dos recursos humanos na organização.
Psicólogos organizacionais podem utilizar a análise comportamental (AC) em seu trabalho, método que merece destaque nacional porque o Brasil "[...] reúne a maior comunidade de analistas comportamentais fora dos Estados Unidos" (Strapasson, Zuge e Cruz, 2017, p. 97). Esse método orienta a pesquisa para compreender e controlar o comportamento por meio da interação com o ambiente, para analisar qual é a causa desse comportamento e, então, entender sua função (Moreira & Medeiros, 2007), aumentando assim a possibilidade de controle. 
Para Skinner (2003), comportamento é a interação entre o organismo e o ambiente, formando um fenômeno bizarro que se relaciona entre si, pois o comportamento promove mudanças no ambiente, ele também é afetado pelo ambiente, ou seja, o comportamento é causado e determinado pela relação com o meio ambiente (Dittrich, 2012). Ambiente é entendido como qualquer evento que pode afetar um organismo, seja ele privado ou externo (Skinner, 2003), ou seja, a combinação de variáveis ​​entre o mundo físico e social e a história de vida (Moreira & Medeiros, 2007).
2.6. A entrevista e a observação na escola: entrevista com o professor, com os pais, com o aluno
Na entrevista, espera-se que haja elementos relacionados ao que o entrevistado sabe, ouve e imagina, geralmente relacionados a psicologia e ao trabalho de psicólogos. Considerando esses fatores, é mais fácil entender certos comportamentos e expressões da linguagem do nosso assunto.
 Na entrevista, é necessária uma interação interpessoal efetiva, os profissionais fazem suas perguntas, observam e ouvem as opiniões dos entrevistados. O processo precisa estar amparado em pressupostos teóricos adotados pelos profissionais e em suas condições subjetivas, ou seja, necessita de possibilidades efetivas para ouvir, acolher e elaborar os pressupostos diagnósticos sobre o caso. (BLEGER,2013).
Conforme Souza (2016) 
Durante a entrevista, é importante que o psicólogo observe a postura corporal, os gestos, a entonação, a aparência e a posição na cadeira, enfim, os aspectos não verbais fornecem informações básicas sobre o entrevistado e sua posição em determinada situação. entrevista. Além disso, é importante que o psicólogo esteja atento aos sentimentos gerados durante a entrevista, pois fenômenos como a empatia e a contratransferência fazem parte de todo relacionamento interpessoal e certamente afetarão o processo de entrevista. Os entrevistados atribuem funções aos entrevistadores e agem de acordo. (SOUZA, 2016).
Independentemente do tipo de encaminhamento, a entrevista com o pai ou responsável faz parte do processo de avaliação geral da criança. Isso é essencial para compreender o desenvolvimento como um processo global e permitir uma compreensão dialética do impacto e do significado das queixas na dinâmica familiar e na sua relação com a escola. Além de usar scripts de registros médicos projetados para considerar todos os aspectos do desenvolvimento da criança, deve-se também entender como funciona a família, a integração da criança nesta situação e a importância da educação do grupo.
Para tanto, o entrevistador deve compreender algumas questões, tais como: como a família fez a reclamação e como denunciá-la; qual o significado da dificuldade levantada; o que causou o "problema" (se se sentem culpados ou dão outras explicações); e a escola, em especial A relação que se estabelece com a professora da criança; como lidam com o processo de educação escolar da criança e quais são as expectativas do trabalho do psicólogo. (VILELA, 2019).
Segundo Fernandez (2013) 
No caso de reclamações na escola, uma entrevista com o professor é imprescindível. De acordo com as possibilidades dos profissionais e a situação de cada caso, é importante observar em sala de aula e verificar a dinâmica de funcionamento do grupo, os métodos de ensino utilizados e a relação entre adultos e crianças antes das entrevistas com os professores. Com a criança - o vocabulário usado pela criança, o professor, interesse, motivação, etc. Na avaliação psicológica das crianças, merecem mais atenção sua situação no grupo, sua relação com a professora e sua atitude frente à tarefa proposta. (FERNANDEZ, 2013).
Após a observação, o psicólogo dispõe de alguns elementos para auxiliá-lo na compreensão do caso, considerando a forma de inserção da criança no ambiente escolar e o comportamento do professor em relação à criança. Você pode então verificar a consistência entre as observações e as respostas dadas pelo professor na entrevista.
2.7. A entrevista e a observação no contexto da pesquisa: entrevista como instrumento de pesquisa
As entrevistas podem ser utilizadas no processo de avaliação, tanto para indivíduos como para toda a organização. No caso de pesquisa, também pode ser usado para fins investigativos. Algumas pesquisas também incluem o processo de avaliação. 
O tipo de entrevista está diretamente relacionado à finalidade de sua utilização. São entrevistas orientadas, compostas por questões fechadas, semi-orientadas, onde o tema é norteado por questões abertas, centradas, com foco em tópicos específicos, não instruções sobre tópicos gerais e clínicas. Dependendo da situação, seja uma avaliação ou um inquérito a crianças com dificuldades de aprendizagem, por exemplo, os profissionais decidem qual o tipo de entrevista mais relevante. Em alguns casos, é comum iniciar as entrevistas com mais liberdade e, em seguida, fazer algumas perguntas abertas para se aprofundar em tópicos não cobertos pelo entrevistado. (DANTAS, 2013).
Com base em pesquisas na área de ciências sociais, Thiollent (2017) mostrou que, em geral, entrevistas e questionários (e testes) beneficiam pessoas que possuem o mesmo nível sociocultural daqueles que desenvolvem essas ferramentas. Esses dados nos fazem acreditar que algumas das perguntas feitas aos entrevistados não necessariamente fazem parte do seu cotidiano, portanto, suas respostas podem refletir apenas a nossa incapacidade de compreender sua realidade.
Atenção especial deve ser dada às questões que apenas levam à confirmação de nossas expectativas. Os entrevistados devem falar por si próprios. De modo geral, a característica da primeira entrevista é que ela é mais livre no início, e depois, conforme a situação, é utilizado um direcionamento para o preenchimento das lacunas consideradas pelos profissionais. A obtenção de determinadas informações é fundamental para a compreensão do contexto, o que nos permite formular os pressupostos que compõem o mosaico.
2.8. A entrevista de triagem
Instituições privadas, centros de saúde e hospitais atendem um grande número de necessidades dos pacientes, que registram queixas, traumas e dores para se livrar dos sintomas que os afligem. Muitas vezes, essas pessoas não sabem de que tipo de tratamento precisam. Nesse momento inicial, eles encontram um espaço onde podem ser acolhidos, aceitos e respeitados em sua dor mental. Eles precisam do olhar e da escuta de alguém que esteja disposto a ajudá-los e ajudá-los. Portanto, a entrevista de triagem pode representar o lugar de moderação de que a pessoa precisa. Entende-se que as entrevistas de triagem são um espaço importante para acolher e ouvir pessoas com sofrimento psíquico. Encontre um significado para a interferência do paciente e ajude-o a encontrar recursos para aliviar suas valiosas tarefas terapêuticas. (ESPINDOLA, 2018).
Segundo Perez (2015)
As entrevistas de triagem consistem na interação face a face entre duas pessoas, com objetivos específicos e funções diferentes dentro de um determinado período de tempo. A responsabilidade do entrevistador é conduzir o processo de triagem e orientar os diferentes momentos da entrevista para atingir os objetivos principais de diagnóstico e indicações de tratamento. Deve garantir um ambiente confidencial, confortável e tranquilo para que os entrevistados possam falar livremente sobre seus problemas. O paciente não deve estar na posição de um colaborador passivo, apenas responder às dúvidas do terapeuta, deve ser convidado a cooperar ativamente e participar, informar e comunicar suas dificuldades, sentimentos e conflitos. O entrevistador deve estar sempre atento à empatia e à contratransferência. (PEREZ, 2015).
As entrevistas de triagem realizadas na abordagem psicodinâmica têm como objetivo principal a elaboração da história clínica, definição de hipóteses para diagnóstico descritivo, diagnóstico psicodinâmico, prognóstico e indicações de tratamento. A história clínica do paciente inclui a história de sua vida e a história médica atual.
 A história de vida fornece ao entrevistador os dados necessários para traçar hipóteses diagnósticas descritivas e psicodinâmicas. O entrevistador registrará não apenas o que o paciente disse, mas também o momento da entrevista e os sentimentos que acompanham as informações. O histórico médico atual inclui o esclarecimento dos sintomas do entrevistado e sua ocorrência.
2.9. Produção de documentos em diferentes contextos do exercício profissional
O profissional da psicologia, mesmo que consiga desenvolver seu trabalho sozinho, é sempre inserido em um contexto mais geral, que inclui as categorias profissionais e a sociedade. O respeito aos códigos de ética e demais aspectos da legislação profissional são sistematicamente referenciados nas decisões do Comitê de Psicologia, o que significa pleno respeito aos colegas e à psicologia, bem como à sociedade que se destina a servir de acordo coletivo. Sua destruição pode causar danos ou dano psicológico. e Psicólogo ou usuário social e / ou do serviço.
Considerando a importância de a referência profissional agora ser sistematizada, elaboramos este manual, que fornece um conjunto de informações para que o profissional da psicologia possa se orientar em seu dia a dia.
É importante lembrar que, além da legislação específica da psicologia, o psicólogo também deve compreender e respeitaras referências da legislação geral para o exercício da profissão na sociedade brasileira, as resoluções aprovadas pelo sistema de Comissão de Psicologia também estão legalmente subordinadas a essas legislações. Portanto, de acordo com seu ambiente de trabalho e as exigências que aceitam, os profissionais devem compreender as referências legais pertinentes e posicionar-se em uma posição a elas relacionada de forma a respeitar os princípios éticos preconizados para sua profissão. (TERZIS, 2016).
Por exemplo, pode-se citar: "Declaração Universal dos Direitos Humanos", "Lei da Criança e do Jovem", "Lei do Idoso", "Lei de Proteção ao Consumidor", legislação relacionada aos direitos dos usuários de serviços de saúde (lei estadual 10.241 / 99) , Cidadãos franceses Diretrizes e fundamentos educacionais, legislação relacionada a estágios (Leis 6.494 / 77 e 8.859 / 94), legislação para proteger as pessoas com deficiência mental e seus direitos (Lei 10.216 / 01), a Declaração de Salamanca sobre questões especiais Necessidades educacionais das pessoas , entre eles.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudantes de psicologia podem conduzir entrevistas de pesquisa, ouvir relatos de profissionais e acompanhar seus supervisores durante as entrevistas, mas principalmente aprendem a conduzi-las fazendo seu próprio trabalho. A supervisão é um momento privilegiado de aprendizagem, pois permite que o aluno reflita sobre os comportamentos, pensamentos e sentimentos que constituem sua prática. Restringir a supervisão no "ensino prático reflexivo", o que possibilita refletir sobre as ações. O orientador tem a oportunidade de mostrar aos estagiários o comportamento do psicólogo escolar (incluindo pensamentos, emoções, dúvidas, etc.).
Cada técnica é uma "teoria do comportamento”. Portanto, o referencial teórico adotado pelos psicólogos determinará sua postura, aparência, atenção e comportamento. O espaço da prática é também o espaço da produção do conhecimento, desde que alunos e profissionais aproveitem esse momento para refletir sobre sua atuação, os métodos teóricos que a sustentam e a indissociável conexão entre as duas práticas e teorias. Entrevistas e outras técnicas utilizadas na prática profissional tornam o aprendizado possível. O primeiro contato entre estagiários e clientes permite que teoria e prática sejam combinadas e supervisionadas para subsidiar o esclarecimento, a orientação e a discussão durante a elaboração do conhecimento que constitui o trabalho do psicólogo.
REFERENCIAS
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