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Traumatologia - Resumo para Concursos


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TRAUMATOLOGIA FORENSE – ENERGIAS MECÂNICAS 
Traumatologia Forense → É o capítulo da medicina que estuda as energias lesivas, energias vulnerantes e os respectivos instrumentos e as características das lesões das feridas.
Estuda as lesões causadas por violência no corpo humano.
Formas de energia de ordem: 
• Mecânica: são todos os instrumentos que causam lesão de forma mecânica. 
Exemplos: a faca, que causa lesão perfurocortante; projétil de arma de fogo, provoca lesão perfurocontusa; facão, que causa lesão corto contusa. 
• Física: lesões ou traumas ou mortes causadas por temperaturas elevadas ou baixas. Lesões ou traumas causados por pressão. 
• Físico-química: asfixias, por exemplo. 
• Química: lesões ou traumas causados por substâncias cáusticas, por substâncias químicas que provocam lesão aos tecidos, como por exemplo os ácidos e as substâncias alcalinas. 
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA 
Conceito de arma: todo instrumento construído com a finalidade de aumentar a capacidade de ataque ou de defesa. 
Instrumentos de Ação Mecânica 
• Armas próprias: armas de fogo, espadas e punhais. Esses instrumentos tem como finalidade aumentar a capacidade de ataque. 
Ex. Armas de fogo, espadas e os punhais.
Obs. Tecnicamente, pelo conceito da criminalística, os instrumentos usados para aumentar a capacidade de defesa também são armas. 
Ex. Capacete, colete balístico, escudo e algema.
• Armas eventuais: São instrumentos construídos com outra finalidade, mas acabam sendo utilizados como armas. Atuam de forma mecânica.
Facas, facões etc.
CONCEITOS – LESÃO E FERIDA 
Lesão: é a modificação anormal de um tecido biológico – trauma, causada por qualquer tipo de energia externa. Há também lesões psicológicas, causadas por traumas psicológicos. 
Ferida: É a lesão aberta. É a lesão com solução de continuidade do tecido, afastamento de fibras. É causada por um instrumento cortante, perfurocortante ou por um projétil de arma de fogo. 
Obs. toda ferida é uma lesão, mas nem toda lesão é uma ferida. 
• Ataques de animais, em que há marcas de dentes, de mordidas. Instrumento: corto contundente; ferida: corto contusa. 
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CONTUNDENTE 
- Os instrumentos contundentes produzem lesões ou feridas contusas. São as energias que atuam por impacto, pressão, compressão, descompressão, torçao etc.
Ex. Pedaço de madeira, matelo, pedra, barra metálica, bastão, cassetete, coronha de arma de fogo etc.
• Agem mais por impacto, choque, pressão contra o corpo; 
• São duros (rígidos); 
• Não apresentam ponta nem gume; 
Obs.: Deve-se levar em consideração a forma como o instrumento foi utilizado. O instrumento que tem ponta e gume: se penetrarem a ponta e o gume, serão perfurocortante, mas, se a parte da sua empunhadura for usada para bater contra a cabeça de uma pessoa, produzirá feridas contusas. 
- Produzem lesões ou feridas contusas (contusões);
- A explosão também pode produzir feridas. É um grande deslocamento de massa de ar, de gases, em razão de uma reação violenta de combustão. 
. Essa onda de choque do explosivo é que causa as lesões. 
• Produção ativa x Produção passiva 
– Produção ativa: o instrumento bate contra o corpo da vítima; 
– Produção passiva: por exemplo, quando a vítima é lançada contra o asfalto em situação de acidente de trânsito (atropelamento). O asfalto atuará de forma passiva porque o corpo animado pela energia cinética transferida pelo veículo, é que vai se jogar contra o asfalto. Isso causa vários tipos de contusões, pode causar fraturas de ossos, escoriações e outras feridas. 
 
RUBEFAÇÃO 
• Rubefação é uma lesão muito simples; 
• Vermelhidão na pele causada, por exemplo, por um tapa; 
Obs. Alguns autores sequer consideram como lesão leve, porque não causa alteração profunda.
Obs.: Quando há inchaço no local, considera-se edema traumático. 
• Causada pela congestão, que é o aumento de volume de sangue na região por irrigação; por irritação dos vasos da superfície da pele (impacto); 
• Palmadas, tapas, beliscões, cinto, sandália etc.; 
• Emergência médico-legal; 
• Desaparece em minutos ou horas; 
Obs.: Vítima morta não tem rubefação. Rubefação é reação vital, é um sinal produzido em vida. Reações vitais são típicas de organismos vivos. 
ESCORIAÇÕES
• Descamação da epiderme: escoriação causada por instrumentos contundentes, é uma lesão contusa; 
• Ação tangencial dos meios contundentes, que é o arrancamento da epiderme por impacto tangencial contra o meio contundente (o solo);
Obs. Marca de unha também é escoriação.
• “Desnudamento da derme”: a derme é uma camada que fica um pouco mais abaixo, depois da epiderme. 
• Exposição da derme. 
• Em vida: serosidade e gotas de sangue; secagem; crosta; “casca”; 
• Quedas, arrastamentos, acidentes de trânsito etc.; 
• Pós-morte: sem formação de crosta; 
Obs. Escoriação pós-morte não possui reação vital. Não tem vermelhidão, nem formação de serosidade.
Escoriação não deixa cicatriz. A regeneração ocorre por reepitelização (reconstrução do epitélio)
• Algumas têm forma particular como, por exemplo, marcas de unha; 
• Estigmas ungueais: pescoço; esganadura; 
• Nos seios, na barriga, nas coxas e nas nádegas: em casos de violência sexual; 
• Em grande número, em regiões e formatos diversos: acidentes; 
• Em grande número, com características semelhantes em regiões diferentes: tortura (sevícias). 
EQUIMOSE
A equimose é a infiltração de sangue na malha do tecido em razão do trauma. Geralmente é uma lesão fechada. 
Ocorre mudança de cor em razão das mudanças bioquímicas que a hemoglobina sofre pelo metabolismo durante a regeneração. 
Algumas situações em que ocorrem equimose: terapia com ventosas. É feita a massagem com ventosas e o roxo que fica, em razão da sucção, é chamado de equimose. 
O seu desaparecimento leva em torno de 12, 15 a 20 dias, a depender das condições da região anatômica do organismo e a depender da descrição do autor. 
Às vezes, aparece equimose no corpo de uma pessoa devido a questões emocionais. 
Extravasamento de sangue por rompimento dos vasos. Sangue infiltrado na malha do tecido. Superficiais ou profundas: 
• Coloração variável ao longo do tempo; 
• Obedece à variação cromática do Espectro Equimótico de Legrand du Saulle: 
– 1 a 2 dias: vermelho;
– 2 a 3 dias: negra ou arroxeada;
– 3 a 6 dias: azul;
– 7 a 12 dias: verde;
– 13 a 20 dias: amarela;
– 20 dias acima: desaparecimento.
	1 DIA
	2 AO 3 DIA
	4 AO 6 DIA
	7 AO 10 DIA
	10 AO 12 DIA
	12 AO 17 DIA
	Vermelho-bronzeada
	Arroxeado
	Azul
	Esverdeado
	Amarelo-esverdeado
	Amarelada
Classificações da equimose a depender do formato: 
Víbices: equimoses em formato de estrias paralelas, causadas por traumas com objetos alongados; 
• Petéquias: cabeça de alfinete – desaparecem mais rápido que as demais. Exemplo: morte por enforcamento; 
• Sugilação: confluência de numerosas lesões puntiformes (petéquias) em uma área bem definida – grãos de areia. 
• Sinal de Tardieu; 
– É uma equimose visceral, muito comum nos casos de asfixias.
– Pequenas equimoses na pleura (membrana que reveste os pulmões), no pericárdio e no pericrânio. São visualizadas na necropsia, já que são lesões internas. 
• Bossa sanguínea ou bossa linfática. 
– “Galo” produzido pelo sangue quando há um plano ósseo subjacente;
– Extravasamento de sangue ou linfa em tecidos sobre um plano ósseo;
– Saliência pronunciada na superfície da pele em razão do acúmulo de líquido abaixo da camada de pele, acima da peça óssea;
– Formação de bolsas de sangue ou linfa;
– Não se difunde em razão da existência do plano ósseo. 
 
HEMATOMAS 
Extensa lesão com acúmulo de sangue em uma quantidade razoável dentro de uma cavidade ou retida no interior dos tecidos. 
• Vasos calibrosos, veias e artérias rompidos. 
• Apalpação dá a sensação de flutuação. 
• Maior volume de sangue que na equimose e na bossa. 
Feridas Contusas
Características
- Forma estrelada, sinuosa ou retilínea;
- Bordas irregulares;
- Pouco sangrantes;
- Podem causar fraturas;
- Podem causas TCE.
Obs. Essas lesões podem ser caracterizadas por exclusão.Fraturas
• Solução de continuidade dos ossos (quebra). 
• Flexão, torção, compressão. 
• Direta: região atingida. 
• Indireta: precipitação em pé com fratura da base do crânio por contragolpe, pois a energia que atinge as pernas se propaga ao longo de todo o esqueleto. 
• Um traço, vários traços ou cominutiva (ocorre o esfarelamento). 
• Fechada (subcutânea) ou exposta. •
 Exumações, fraturas em vida: infiltração hemorrágica no foco da fratura. 
Luxações
- Desencaixe de articulação. Pode ser causado por lesão por instrumento contundente.
Entorses
Lesão de ligamentos por movimentos exagerados de articulações. 
FERIDAS PUNCTÓRIAS OU PUNTIFORMES 
- Instrumentos perfurantes produzem feridas punctórias. 
• Diâmetro da ferida menor que o diâmetro do instrumento – elasticidade da pele. 
Instrumentos Perfurantes: Pontiagudos, Alongados e Finos 
• Agulha, garfo, prego, sovela, “chucho”, furador de gelo, espetos para churrasco...; 
• Agem por impacto e/ou pressão contra uma pequena superfície do corpo, afastando as fibras do tecido; 
• Pouca hemorragia. 
Obs. O autor França e outros autores consideram esses instrumentos como instrumentos perfurantes, contudo há autores que consideram que esses instrumentos são perfurocontundentes que produzem ferida perfurocontusa, pois é operado com força e pressão. 
FERIDAS INCISAS, CORTANTES OU DE AÇÃO CORTANTE 
• Instrumentos de gume 
• Navalha, lâmina, bisturi, estilete, faca, canivete; 
Obs. Um mesmo instrumento pode ser operado de várias formas, p. ex., facas (ou canivetes) táticos são instrumentos contundentes, mas podem ser operados como um instrumento cortante, deslizando-se a lâmina. 
• Ferida fusiforme (formato alongado); 
• Agem por deslizamento da lâmina na superfície do corpo, abrindo por corte as fibras do tecido;
 • Forma linear; 
• Regularidade das bordas; 
• Hemorragia abundante; 
• Mais comprida que profunda; 
• Afastamento das bordas; 
• Cauda de escoriação; 
• Centro das feridas mais profundas que as bordas; 
Obs. A cauda de escoriação ocorre, frequentemente, em feridas incisas, quando o gume é deslizado na superfície da pele da vítima. Contudo, em uma passagem o professor França menciona a cauda de escoriação em feridas perfurocortantes. 
FERIDAS MISTAS 
• Contusa; 
• Puntiformes; 
• Cortante ou incisa; 
• Cortocontusa: quando se tem um instrumento cortante que atua por contusão, p. ex., o facão, o machado e a foice. 
• Perfurocontusa: quando se tem um instrumento que atua perfurando por contusão, p. ex., projétil de arma de fogo 
• Perfurocortante: quando se tem um instrumento que perfura e corta, a exemplo da faca. 
Ferida Cortocontusa
• Instrumentos que agem por impacto e que têm gume: facão, machado, cutelo, foice, enxada, guilhotina, rodas de trem; 
• Transferência de energia cinética de forma mista: ação cortante + contundente; 
• Características: 
1. Sangramento menor que as feridas incisas (cortantes);
2. Não apresentam pontes de tecido no fundo da lesão. Pontes de tecido são fragmentos unindo uma borda a outra do fundo da lesão; 
3. Não apresentam cauda de escoriação.
Feridas Perfurocortantes
São feridas produzidas por instrumentos perfurocortantes, isto é, instrumentos que têm ponta e que têm gume. 
• Instrumentos que têm ponta e gume; 
• Mecanismo misto: perfuram e cortam; 
• Agem por pressão e por secção; 
• Facas, canivetes, punhais (dois gumes), lima (três gumes); 
Obs. Punhal é uma arma branca própria; a faca e o canivete são armas impróprias. 
• Ferimentos em forma de “botoeira”; 
• Um gume: (faca); 
• Dois gumes (punhal); 
• Três gumes: formato triangular (lima); 
• Espessura: maior que a da lâmina; 
• Comprimento: menor que o da lâmina