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ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA- direito de familia

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ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA – DIREITO DAS FAMILIAS E DAS SUCESSÕES 
Através do documentário “A Morte Inventada”, foi possível notarmos diversos atos e consequências decorrentes da Alienação Parental. Com isso, damos início a uma análise diante dos fatos apresentados.
OS ATOS
1) Alegação de falta de interesse:
Em casos como de Karla, Daniela e Rafaella, é possível notarmos que certas atitudes das genitoras eram iguais, criando a falsa impressão de que os pais não estavam interessados em vê-las, sendo que, elas mesmas impediam isso. Rafaela, por exemplo, ficou 11 anos sem ver o próprio pai. Já Karla e Daniela, realmente conheceram o pai após a maioridade, pois antes disso nem mesmo o nome dele era do conhecimento delas. 
2) Abuso sexual:
Através do depoimento de A., notamos outro ponto extremamente importante de ressaltar e que ocorre muito em práticas de alienação parental, em sua maioria das vezes, os pais são acusados pelas mães. Perante uma acusação de abuso sexual, a primeira atitude da justiça é afastar o suposto abusador da criança, porém, existe um grande debate perante esse tema, pois nem sempre existe esse abuso e é só mais um jeito de afastar o acusado da criança. Porém, em casos de uma falsa acusação, o progenitor é urgentemente afastado do menor, o que causa um impacto no vínculo sentimental entre pai e filho. 
3) Sentimento de Posse: 
Exemplo claro dentro dos depoimentos é o caso da mãe de Daniela e Karla, onde citam claramente o sentimento de posse da genitora, e que até os dias de hoje entende que fez o melhor que pôde, e que privar as filhas do próprio pai foi a melhor atitude, típica característica de um genitor totalmente alienado. 
4) Controle psicológico:
No documentário, temos três exemplos muito claros do controle psicológico de genitores. Primeiro, o caso de Rafaella, talvez sendo um dos mais emocionantes do documentário, que ficou afastada do pai durante 11 anos e que tinha atitudes que machucavam o pai apenas para agradar a genitora. Explica que precisou de terapia para conseguir hoje lidar com a situação, mas ainda é motivo de choro e arrependimento. 
Também temos o caso de Paulo, que nos conta que tinha uma relação maravilhosa com os filhos, mas que após ter arranjado uma namorada, a relação com os menores mudou totalmente por conta da influência da mãe, um dos pontos que ele frisa é o vocabulário dos filhos, que chegaram a chamar a namorada de Paulo de “saf**a”. Além disso, a genitora começou a estabelecer limites rígidos e que não deixam o pai fazer o seu papel, chegando até mesmo a não permitir que o pai levasse as crianças em sua casa (o que antes era feito com normalidade).
Outro caso que trata sobre controle psicológico, é o único caso do documentário em que o pai é o genitor que aliena o filho contra a própria mãe, o que de fato condiz com a realidade, pois na maioria dos casos, a mãe é a genitora que faz a alienação. Em seu depoimento, ela diz que o pai da criança não a deixava ficar com o filho nem mesmo no dia das mães, lançando frases como “tu é uma mãe de me**a”. Ainda relata que só pôde dar um simples beijo no seu filho quando o mesmo já tinha 18 anos de idade.
AS CONSEQUÊNCIAS 
1) Quebra de vínculo afetivo:
Em todos os casos verificamos essa consequência, anos a fio perdidos e que jamais voltarão. Alguns que jamais terão uma relação tranquila e com forte laço paternal, como o caso de Sócrates com as filhas, que relatam que a relação ainda não é “normal”, e que existem muitas inseguranças frente à situação.
2) Problemas psicológicos:
Precisaríamos de inúmeras linhas para citar todos os abalos psicológicos que a alienação parental causa, mas podemos citar algumas, como a depressão, ansiedade, ressentimento, raiva, transtornos alimentares, medo do abandono, entre outros. Rafaella mostra claramente que precisou de terapia para superar essa fase tão difícil, e conta do medo que sente de que a história se repita com ela caso um dia obtenha família. Vimos isso com Enéas, pai do Marcelo, que em certo momento do documentário acaba lembrando o ódio que sentiu, dizendo que chegava a “transpirar ódio” na época do fato, e demonstra que a situação até hoje mexe com seu psicológico, mesmo tentando lidar com bom humor. 
3) Vergonha:
Sequer é possível imaginar a dor e a humilhação que alguém pode sentir ao ser acusado injustamente de um crime tão cruel. A. sentiu tudo isso ao ser acusado de abuso sexual contra a própria filha de apenas 1 (um) ano de idade, sendo afastado cruelmente da própria filha por conta de uma acusação de mal caratismo por parte da ex companheira, e com o auxílio de uma declaração sem fundamento emitida por uma psicóloga. Infelizmente existem muitos A.’s pelo mundo, que sofrem com falsas acusações com o intuito de serem arrancados dos seus filhos sem poder exercer papel de pai. 
 
O QUE A JURISPRUDÊNCIA ORIENTA?
A forma mais comum para coibir a alienação parental é através de tratamento psicológico das partes, das três jurisprudências que iremos apresentar, duas delas a melhor opção visualizada pelos nobres desembargadores, é o acompanhamento psicológico. Vejamos:
ALIENAÇÃO PARENTAL POR PARTE DA GUARDIÃ COMPROVADA. CONDENAÇÃO À MEDIDA DE ADVERTÊNCIA E DE ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO. MANUTENÇÃO. 1. Apesar da negativa da guardiã, o conjunto probatório carreado ao feito revela que com seu comportamento contribuiu significativamente para o distanciamento paterno-filial, sem se preocupar com o comprometimento que esta situação acarreta ao saudável desenvolvimento do menino, que, sem justo motivo, passou a recusar a realização das visitas paternas. 2. Manutenção da sentença que, diante da prática de alienação parental, aplicou à guardiã medida de advertência, no sentido da não imposição de óbice ao convívio paterno-filial, sob pena de ampliação das medidas, e de realização de acompanhamento psicológico (da guardiã e do filho), de modo a viabilizar o restabelecimento dos vínculos afetivos saudáveis. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70074248667, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 28/09/2017).
GUARDA. ALIENAÇÃO PARENTAL. GUARDA DEFERIDA AO GENITOR. PRECLUSÃO. PEDIDO DE REVERSÃO. DESCABIMENTO. NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO PSQUIÁTRICA DOS GENITORES E DE ESTUDO SOCIAL. 1. Se a guarda do filho foi revertida em favor do genitor, não tendo sido atacada pelo recurso próprio, de forma hábil, operou-se a preclusão, e se os novos elementos de convicção não justificam nova alteração, fica mantida a guarda estabelecida. 2. Em regra, as alterações de guarda são prejudiciais para a criança, devendo ser mantido a infante onde se encontra melhor cuidada, pois o interesse da criança é que deve ser protegido e privilegiado. 3. A alteração de guarda reclama a máxima cautela por ser fato em si mesmo traumático, somente se justificando quando provada situação de risco atual ou iminente, o que inocorre na espécie, pois não houve nenhum fato novo superveniente para justificar nova modificação. 4. Considera-se que a infante estava em situação de risco com sua genitora, quando demonstrado que ela vinha praticando alienação parental em relação ao genitor, justificando-se a alteração da guarda. 5. Diante da grave beligerância que se verifica entre os genitores, que revelam desequilíbrio no trato das questões relativas ao filho, bem como diante das recíprocas alegações de alienação parental, torna-se imperiosa e reclama urgência a realização da avaliação psiquiátrica dos litigantes, bem como de estudo social, providências estas que devem ser adotadas com a maior brevidade possível, antes mesmo da inquirição de testemunhas. Recurso provido em parte.
(TJ-RS - AI: 70066292152 RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Data de Julgamento: 04/11/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: 12/11/2015)
Agora, nesse caso, a opção encontrada foi reverter a guarda dos menores. Vejamos:
	AÇÃO DE GUARDA E INCIDENTE DE DECLARAÇÃO DE ALIENAÇÃO PARENTAL. SENTENÇA CONJUNTA. COMPORTAMENTO ALIENADOR DO GENITOR. COMPROVAÇÃO.CONDENAÇÃO À MEDIDA DE ADVERTÊNCIA E DE REVERSÃO DEFINITIVA DA GUARDA DOS FILHOS MAIS NOVOS EM FAVOR DA GENITORA. MANUTENÇÃO. 1. Rejeita-se a preliminar de intempestividade, pois a insurgência foi interposta dentro do prazo legal. 2. Deve ser mantido o reconhecimento da prática de alienação parental por parte do genitor, que com seu comportamento contribuiu para o distanciamento materno-filial, sem se preocupar com o comprometimento que esta situação acarreta ao saudável desenvolvimento dos filhos comuns. 3. Correta a aplicação ao genitor das medidas de advertência e de reversão definitiva da guarda dos dois filhos mais novos em favor da genitora, a qual vem exercendo o encargo provisoriamente desde 23.03.2016, revelando o conjunto probatório que não mais persistem os motivos que ensejaram o deferimento da guarda provisória em favor do genitor e que os interesses da prole estão sendo adequadamente atendidos na companhia materna. PRELIMINAR REJEITADA. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70074543976, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em... 28/09/2017).
Alienação parental em longo prazo causa diversos problemas para todos os envolvidos na situação, e não há regras para que isso aconteça, por exemplo, não necessariamente o casal precisa estar separado para que ocorra, se uma das partes destituir o poder do parceiro de tomar certas decisões e retirar a autoridade sobre o filho, já estará alienando.
Essa que vos subscreve, entende bem sobre a situação na prática, pois foi vítima de alienação parental durante 13 anos e que até hoje reflete consequências dos atos interpostos pela genitora na época, situação muito parecida com a da depoente Rafaella. 
Mas por sorte, o Brasil é um dos únicos países que visualizou o problema em tempo e regulamentou de forma jurídica certas consequências judiciais da alienação parental e segue buscando diminuir os casos. Ainda há muito que ser melhorado, sistema de provas deve ser muito crítico para que pais não sejam afastados injustamente de seus filhos por conta de meras acusações sem qualquer prova contundente.

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