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LITERATURA COMPARADA II

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LITERATURA COMPARADA
 exercicio
	
	
		1.
		Marque a alternativa INCORRETA com relação ao conceito de dialogismo em Bakhtin:
	
	
	
	No dialogismo e na existência do discurso acontece a necessidade de interação entre os indivíduos. 
	
	
	Dialogismo é o discurso em si e este constitui-se a partir do discurso de outrem.
	
	
	A linguagem é um produto social e todo discurso é ocupado. Assim, o dialogismo é a relação de sentido entre um enunciado e outro. 
	
	
	O dialogismo caracteriza a linguagem como espelho do mundo.
	
	
	A linguagem é restrita à língua e, portanto, o dialogismo embasa-se apenas em signos.
	
Explicação:
A linguagem não é restrita à língua, pois considera o entorno social e os ambientes dos discursos. Assim, o dialogismo é o discurso vivo, mutável, atravessado pelo discurso alheio.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		A intertextualidade é um diálogo entre os textos. Tal conceito de diálogo foi proposto por Bakhtin, quando estudou o romance e apresentou a noção de dialogismo. Também podemos dizer que a intertextualidade é a influência de um texto sobre outro que o toma como modelo ou ponto de partida, e que gera a atualização do texto citado. Sobre a intertextualidade, analise as sentenças a seguir :
I- O conceito de intertextualidade descarta a noção de texto como entidade fechada.
II- A intertextualidade é uma escritura réplica de outro texto.
III- A intertextualidade não permite o compartilhamento de ideias de outros textos.
Agora, assinale a alternativa CORRETA :
	
	
	
	I e II.
	
	
	Somente I é correta.
	
	
	Somente II é correta.
	
	
	I e III são corretas.
	
	
	I, II e III.
	
Explicação:
A III está errada pois a intertextualidade permite o intercâmbio de ideias.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Pertencente ao Círculo Linguístico de Moscou, ele trouxe para movimento que veio a ser conhecido como Formalismo Russo, o destaque para questões como a dos gêneros literários, da tradição e da história e, principalmente, a relação entre séries literárias e não literárias, com os clássicos estudos "Da evolução literária". Assinale o nome do formalista que fez estas contribuições e os estudos.
 
 
 
	
	
	
	Roman Jakobson
 
	
	
	Bóris Eikhembaum
 
	
	
	Vladimir Propp
	
	
	Iuri Tynianov
 
	
	
	Mikhail Bakhtin
 
		
	
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Assinale a alternativa INCORRETA:
 
	
	
	
	O conceito de superioridade literária permanece nos estudos comparados até os dias atuais, uma vez que todos os textos literários "bebem de alguma fonte" para que sejam criados.
	
	
	Julia Kristeva, a partir dos estudos teóricos bakthinianos, elaborou o conceito de intertextualidade, cujo princípio baseia-se na ideia de que todo texto é a absorção e transformação de outro, sincrônica e diacronicamente.
	
	
	Na visão bakhtiniana, não se deve relegar a história conforme fizeram os formalistas, mas antes entendê-la como uma fonte de onde provém a intertextualidade, e não o conceito de dívida.
	
	
	Mikhail Bakhtin reconhece que o texto literário é uma construção polifônica: nele, várias vozes se cruzam, num jogo dialógico.
	
	
	Ao comparar textos de épocas diferentes, não se pode mais pensar na questão da fonte, mas antes no confronto ideológico que esta comparação traz à tona.
	
	
	 
		
	
		5.
		Como você pode notar, é possível preparar um texto novo a partir de um texto já existente. É deste modo que os textos "conversam" entre si. Tomando como base esta afirmação, os textos abaixo são exemplos de:
Quadrilha 
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e
Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade) 
Quadrilha da sujeira
João joga um palitinho de sorvete na
rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que
joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili.
Lili joga um pedacinho de isopor na
rua de João que joga uma embalagenzinha
de não sei o quê na rua de Teresa que
joga um lencinho de papel na rua de
Raimundo que joga uma tampinha de
refrigerante na rua de Joaquim que joga
um papelzinho de bala na rua de J.Pinto
Fernandes que ainda nem tinha entrado na história.
Ricardo Azevedo  ("Você Diz Que Sabe Muito, Borboleta Sabe Mais¿, Fundação Cargill)
	
	
	
	Intertextualidade
 
	
	
	Estranhamento
	
	
	Texto Literário
 
	
	
	Evolução literária
 
	
	
	Literariedade
 
	
	
	
	 
		
	
		6.
		"Ignorar a natureza do enunciado e as particularidades de gênero que assinalam a variedade do discurso em qualquer área do estudo linguístico leva ao formalismo e à abstração, desvirtua a historicidade do estudo, enfraquece o vínculo existente entre a língua e a vida. A língua penetra na vida através dos enunciados concretos que a realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na língua. O enunciado situa-se no cruzamento excepcionalmente importante de uma problemática."(Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.)
 
 
Mikhail Bakhtin não fez parte do movimento e não integrou os Círculos Linguísticos nascidos na Rússia, no século XX, mas seu legado é rico e variado. Assinale a única assertiva que contém uma das contribuições deste filósofo da linguagem aos estudos da Literatura Comparada.
 
	
	
	
	Não separar a análise dos textos literários do estudo de outros fatos sociais;
 
	
	
	Não perder de vista o que é próprio e único na literatura;
 
	
	
	Deve se perder o diálogo da literatura com o momento histórico em que a obra é produzida.
 
	
	
	Foge às concepções formalistas, fechadas na análise do texto.
	
	
	Não resgata o estudo das relações do Texto Literário com a História
		
	
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		A relação entre textos sempre existiu como retomada de um texto mais novo de outro que o antecede, contudo o termo intertextualidade foi usado pela primeira vez por Julia Kristeva, que, baseando-se nos estudos de Bakhtin sobre o discurso, concluiu: ¿todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto¿. (Fonte: KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974. p.72.)
 
Sobre intertextualidade, analise os textos 1 e 2.
 
Texto 1
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
 
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
 
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
 
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
 
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
 
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor
[...]
(Renato Russo, Monte Castelo)
 
Texto 2
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
 
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
 
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
 
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Camões)
 
Assinale a alternativa CORRETA:
	
	
	
	Em Monte Castelo, Renato Russo dialoga com dois textos distintos: o poema de Camões Amor é fogo que arde sem se ver; e a Bíblia, no Capítulo 13 da 2ª Carta de Paulo aos Coríntios,quando fala do Amor como um bem supremo, além de o título aludir a uma batalha da Segunda Guerra Mundial, da qual participaram soldados brasileiros.   
	
	
	O diálogo entre textos conduz indiscutivelmente ao plágio; dessa maneira, a montagem, como paródia de três diferentes textos, realizada por Renato Russo, não o isenta da responsabilidade de ter usado indevidamente a produção de autores que o antecederam.   
	
	
	Monte Castelo não foi uma montagem de dois textos, pois não houve intencionalidade do poeta em realizar tal façanha. A semelhança entre os textos é mera coincidência.   
	
	
	O trabalho artístico do compositor brasileiro não pode ser considerado arte, porque não apresenta originalidade e ineditismo; trata-se de uma mera paráfrase de textos anteriores a ele. Inadmissível de acordo com as concepções dos dois autores: Bakhtin e Kristeva.   
	
	
	Partindo do conceito de intertextualidade, expresso por Julia Kristeva, pode-se afirmar que Renato Russo não devia ter lançado mão de partes da Bíblia Sagrada para montar a letra de uma música profana.  
	
Explicação:
É nítida a intertextualidade entre a música e o poema de Camões; este, por sua vez, retoma o texto anterior, bíblico: a 3ª estrofe da canção é absolutamente igual ao 2º quarteto do soneto; ambos retomam a carta de Paulo aos Coríntos. Além disso, Monte Castelo foi uma batalha travada durante a 2ª Guerra Mundial, com grande número de baixas de soldados brasileiros; no entanto, o sucesso desse evento ocorreu sob o comando de um general brasileiro.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		A contribuição da Teoria Literária para as pesquisas comparatistas é de um enorme significado. Um dos conceitos centrais usados pela Literatura Comparada, hoje em dia, é o de intertextualidade. A respeito deste conceito, não podemos afirmar que:
	
	
	
	Embora os textos literários estejam em constante diálogo, a Literatura Comparada considera a possibilidade da originalidade de um texto literário, pois nisso estaria a capacidade artística do autor.
	
	
	Outro teórico que muito contribui para a elaboração do conceito de intertextualidade foi Bakhtin, afirmando que todo discurso é um campo que se abre ao debate, em que, muitas vozes diferentes se manifestam e se interpenetram.
	
	
	Intimamente ligada a este processo da intertextualidade está a interferência das ideologias, os discursos hegemônicos de cada momento histórico.
	
	
	A contribuição de Bakhtin parte da própria experiência humana, à medida que afirma que não somos resultados dos conceitos que nós mesmos formulamos sobre nossa identidade, mas de um diálogo que mantemos com os que estão ao nosso redor.
	
	
	O teórico russo, Tynianov, contribuiu para a formulação desse conceito, ao afirmar que o estudo isolado de uma obra literária não fornece elementos suficientes para a compreensão plena de sua construção, pois um mesmo elemento tem funções diferentes em sistemas diferentes.

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