Buscar

Estrutura e Circulação da Placenta

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

 Estrutura da placenta: No início do quarto mês, a placenta tem dois componentes: uma 
porção fetal, formada pelo cório frondoso, e uma porção materna, constituída pela decídua 
basal. Do lado fetal a placenta é limitada pela placa coriônica; em seu lado materno, tem 
como limite a decídua basal, da qual a placa decidual é incorporada mais intimamente à 
placenta. Na zona juncional, o trofoblasto e as células se misturam. Essa região, 
caracterizada pelas células gigantes deciduais e sinciciais, é rica em material extracelular 
amorfo. Nessa fase da gestação, a maioria das células citotrofoblásticas vilosas já degenerou. 
Entre as placas coriônica e decidual se encontram os espaços intervilosos, que são repletos 
de sangue materno. Eles derivam das lacunas no sinciciotrofoblasto e estão revestidos por 
ele. As árvores vilosas crescem para dentro dos espaços intervilosos de sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante o quarto e o quinto meses, a decídua forma numerosos septos deciduais, que se 
projeta para os espaços intervilosos, mas não alcançam a placa coriônica. Esses septos têm 
um eixo de tecido materno, mas sua superfície está coberta por uma camada de 
sinciciotrofoblasto, de modo que a camada sincicial sempre separará o sangue materno 
presente nos espaços intervilosos do tecido fetal da vilosidade. Como resultado dessa 
formação septal, a placenta se divide em vários compartimentos, ou cotilédones. Como os 
septos deciduais não alcançam a placa coriônica, o contato entre os vários cotilédones se 
mantém. 
Placenta 
Como resultado do crescimento contínuo do feto e da expansão do útero, a placenta 
também cresce. Seu aumento em área superficial acompanha aproximadamente o do útero 
em expansão e, ao longo de toda gravidez, ela cobre aproximadamente de 15 a 30% da 
superfície interna do útero. O aumento da placenta em espessura é resultado da arborização 
das vilosidades existentes e não é causado por penetração adicional nos tecidos maternos. 
 
Placenta a termo: A placenta a termo é discoide, com um diâmetro entre 15 e 25 cm, 
aproximadamente 3 cm de espessura e 500 a 600 g de peso. No nascimento, ela se 
desprende da parede uterina e, cerca de 30 minutos após o nascimento da criança, é 
expelida da cavidade uterina. Quando é vista do lado materno, são claramente reconhecíveis 
de 15 a 20 áreas levemente salientes, os cotilédones, recobertas por uma camada fina de 
decídua basal. As fossas entre os cotilédones são formadas pelos septos deciduais. 
A superfície fetal da placenta é completamente recoberta pela placa coriônica. Várias 
grandes artérias e veias, os vasos coriônicos, convergem para o cordão umbilical. O cório, 
por sua vez, é recoberto pelo âmnio. A ligação do cordão umbilical em geral é excêntrica e, 
ocasionalmente, é até mesmo marginal. Entretanto, raramente ele se insere nas membranas 
coriônicas fora da placenta (inserção velamentosa). 
 
Circulação da placenta: Os cotilédones recebem seu sangue por meio de 80 a 100 artérias 
espiraladas que penetram a placa decidual e entram nos espaços intervilosos mais ou menos 
regulares. A pressão nessas artérias força o sangue para dentro dos espaços intervilosos e 
banha as pequenas vilosidades da árvore vilosa com sangue oxigenado. Conforme a pressão 
diminui, o sangue flui de volta da placa coriônica para a decídua, entrando nas veias 
endometriais. Assim, o sangue dos espaços intervilosos retorna para a circulação materna 
pelas veias endometriais. 
Coletivamente, os espaços intervilosos de uma placenta madura contêm aproximadamente 
150 ml de sangue, que são abastecidos cerca de 3 a 4 vezes por minuto. Esse sangue se 
move ao longo das vilosidades coriônicas, que têm uma áreas superficial entre 4 e 14 m² . 
Entretanto, a troca placentária não ocorre em todas as vilosidades, apenas nas que têm 
vasos fetais em contato íntimo com a cobertura de membrana sincicial. Nessas vilosidades, o 
sinciciotrofoblasto frequentemente tem uma borda em escova que consiste em numerosas 
microvilosidades, as quais aumentam muito a área superficial e, consequentemente, a taxa 
de troca entre as circulações materna e fetal. A membrana placentária, que separa o sangue 
materno fetal, inicialmente é composta por quatro camadas: (1) a camada endotelial de 
vasos fetais; (2) o tecido conjuntivo no eixo da vilosidade; (3) a camada citotrofoblástica; e 
(4) o sinciciotrofoblasto. Do quarto mês em diante, a membrana placentária torna-se mais 
fina porque a cobertura endotelial dos vasos fica em contato íntimo com a membrana 
sincicial, aumentando enormemente a taxa de troca. Algumas vezes chamada de barreira 
placentária, a membrana placentária não é uma barreira verdadeira, já que muitas 
substâncias passam por ela livremente. Como o sangue materno nos espaços intervilosos é 
separado do sangue fetal por um derivado coriônico, a placenta humana é considerada do 
tipo hemocorial. Normalmente, não há mistura entre os sangues materno e fetal; 
entretanto, uma pequena quantidade de células sanguíneas fetais ocasionalmente escapa 
por intermédio de defeitos microscópicos na membrana placentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Função da placenta: As principais funções da placenta são: (1) troca de produtos 
metabólicos e gasosos entre as correntes sanguíneas materna e fetal; e (2) produção de 
hormônios. 
 
 Troca de gases: A troca de ases – como oxigênio, dióxido de carbono e monóxido de 
carbono – é realizada por difusão simples. A termo, o feto extrai entre 20 e 30 ml de 
oxigênio por minuto da circulação materna, e mesmo uma interrupção breve do 
suprimento de oxigênio é fatal para o feto. O fluxo sanguíneo placentário é crítico para 
o fornecimento de oxigênio, já que a quantidade que chega ao feto depende 
principalmente da distribuição, e não da difusão. 
 
 Troca de nutrientes: A troca de nutrientes e eletrólitos, como aminoácidos, ácidos 
graxos livres, carboidratos e vitaminas, é rápida e aumenta conforme a gravidez 
avança. 
 Transmissão de anticorpos maternos: A competência imunológica começa a se 
desenvolver no final do primeiro trimestre, no momento qual o feto sintetiza todos os 
componentes do complemento. As imunoglobulinas consiste, quase completamente 
em imunoglobulina G materna (IgG), que começa a ser transportada da mão para o 
feto aproximadamente na décima quarta semana. Desse modo, o feto adquire 
imunidade passiva contra várias doenças infecciosas. Os recém-nascidos começam a 
produzir sua própria IgG, mas níveis adultos não são alcançados antes dos 3 anos de 
idade. 
 
 Produção hormonal: No final do quarto mês, a placenta produz progesterona 
suficiente para manter a gravidez se o corpo lúteo for removido ou não conseguir 
funcionar adequadamente. Todos os hormônios são sintetizados no trofoblasto 
sincicial. Além da progesterona, a placenta produz quantidades crescentes de 
hormônios estrogênicos, predominantemente o estriol, até um pouco antes do final 
da gravidez, quando se alcança o nível máximo. Esses altos níveis de estrógenos 
estimulam o crescimento uterino e o desenvolvimento das glândulas mamárias. 
 
Durante os primeiros 2 meses de gravidez, o sinciciotrofoblasto também produz 
gonadotrofina coriônica humana (hCG), que mantém o corpo lúteo. Esse hormônio é 
excretado pela urina da mãe e, nos estágios iniciais da gestação, sua presença é 
utilizada como um indicador da gravidez. Outro hormônio produzido pela placenta é a 
somatomamotrofina (anteriormente é chamado de lactogênio placentário). Trata-se 
de uma substância semelhante ao hormônio do crescimento que dá ao feto prioridade 
sobre a glicose sanguínea materna e torna a mãe diabetogênica até certo grau. Ele 
também promove o desenvolvimento mamário para a produção de leite. 
 
 Âmnio e Cordão Umbilical: A linha oval de reflexão entre o âmnio e o ectoderma 
embrionário (junção âmnio-ectodérmica) é o anel umbilical primitivo. Na quinta semanado 
desenvolvimento, as seguintes estruturas passam pelo anel (1) o pedúnculo embrionário, 
contendo o alantoide e os vasos umbilicais, que consistem em duas artérias e uma veia; (2) o 
pedúnculo vitelino (ducto vitelino), acompanhado dos vasos vitelinos; e (3) o canal que 
conecta as cavidades intraembrionária e extraembrionária. A própria vesícula vitelínica 
ocupa um espaço na cavidade coriônica, ou seja, o espaço entre o âmnio e a placa coriônica. 
Com a progressão do desenvolvimento, a cavidade amniótica aumenta rapidamente à custa 
da cavidade coriônica e o âmnio começa a envolver os pedúnculos embrionários e da 
vesícula vitelínica, comprimindo-os e dano origem ao cordão umbilical primitivo. 
Distalmente, o cordão contém o pedúnculo da vesícula vitelínica e os vasos umbilicais; mais 
proximalmente, ele contém algumas alças intestinais e o remanescente do alantoide. A 
vesícula vitelínica, encontrada na cavidade coriônica, está conectada ao cordão umbilical por 
seu pedúnculo. No final do terceiro mês, o âmnio se expande de tal modo que entra em 
contato com o cório, obliterando a cavidade coriônica. A vesícula vitelínica geralmente 
regride e é gradualmente obliterada. 
A cavidade abdominal fetal é temporariamente muito pequena para as alças intestinais, que 
se desenvolvem rapidamente, e algumas delas são empurradas para o espaço 
extraembrionário no cordão umbilical. Essas alças intestinais expulsas formam a hérnia 
umbilical fisiológica. Ao final do terceiro mês, as alças são de novo incorporadas ao corpo do 
embrião, e a cavidade do cordão é obliterada. Quando o alantoide e o ducto vitelino com 
seus vasos também são obliterados, tudo o que permanece no cordão são os vasos 
umbilicais cercados pela geleia de Wharton. Esse tecido, que é rico em proteoglicanos, 
funciona como uma camada protetora para os vasos sanguíneos. A parede das artérias é 
muscular e contém muitas fibras elásticas, as quais contribuem para que a constrição e a 
contração dos vasos umbilicais sejam rápidas após uma dobra no cordão. 
 
 Modificações placentárias no final da gestação: No final da gravidez, várias alterações 
placentárias indicam redução nas trocas entre a circulação materna e a fetal, dentre as 
quais: (1) aumento de tecido fibroso no eixo da vilosidade; (2) espessamento das 
membranas basais nos capilares fetais; (3) alterações que obliteram os pequenos capilares 
das vilosidades; e (4) deposição de fibrinoide na superfície da vilosidade na zona juncional e 
na placa coriônica. A formação excessiva de fibrinoide frequentemente causa infarto nos 
espaços intervilosos ou, algumas vezes, até mesmo em um cotilédone inteiro que, então, 
adota uma aparência esbranquiçada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Líquido amniótico: A cavidade amniótica é preenchida por um líquido claro que é 
produzido em parte pelas células amnióticas, mas é derivado principalmente do sangue 
materno. O volume líquido aumenta de aproximadamente 30 ml em 10 semanas de 
gestação para 450 ml em 20 semanas, e de 800 para 1000 ml em 37 semanas. Durante os 
meses iniciais da gravidez, o embrião fica suspenso pelo cordão umbilical no líquido, que 
funciona como amortecedor protetor. O líquido absorve solavancos, evita a adesão do 
embrião ao âmnio e possibilita os movimentos fetais. O volume de líquido amniótico é 
reposto a casa 3 horas. A partir do inicio do quinto mês, o feto engole seu próprio líquido 
amniótico e estima-se que ingira cerca de 400 ml por dia, quase metade do volume total. A 
urina fetal soma-se diariamente ao líquido amniótico no quinto mês, mas ela é composta 
principalmente por água, já que a placenta funciona como meio de troca para as escórias 
metabólicas. Durante o parto, a membrana amniocoriônica forma uma cunha hidrostática 
que ajuda a dilatar o canal cervical.

Continue navegando