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ANEXOS EMBRIONÁRIOS

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Membranas fetais e placenta
A placenta possui parte fetal e parte materna. 
É importante essas estruturas se separarem do endométrio por conta das respostas imunológicas do organismo materno. Ou seja, todos esses anexos vão impedir o contato das células do feto pelo restante de toda a gestação, para que não aconteça, por exemplo, as chamadas doenças hemolíticas (ex.: eritroblastose fetal, onde as células da mãe atacam e destroem as hemácias do feto).
PLACENTA: 
Funções: 
· Trocas gasosas: 
· Difusão CO; CO2 e O2 entre os tecidos, pois o feto ainda está desenvolvendo seus pulmões e está submerso no líquido amniótico. 
· Trocas de nutrientes e íons: 
· Aminoácidos, ácidos graxos, carboidratos e vitaminas. 
· Essa troca de nutrientes que estão disponíveis na corrente materna, devem ser transferidos pelo feto, por meio de todas as formas possíveis de transporte, como por exemplo, pinocitose, fagocitose, endocitose, canais iônicos, etc. 
· Transmissão de anticorpos maternos: 
· IgGs (maternas, imunidade passiva). 
· Moléculas de complemento. 
· Produção fetal de anticorpos (pós-natal). 
· Produção de hormônios: 
· Progesterona (substitui o corpo lúteo gravídico). 
· Estriol.
· hCG. 
· Somatomamotrofina, é importante para o aumento da glândula mamaria na gestante.
Estrutura e origem: 
· A placenta é um órgão materno-fetal, pois na sua estrutura tem contribuição tanto de tecido materno quanto de tecido fetal. 
· Porção fetal: Córion viloso (ou frondoso), derivado do saco coriônico, que é o revestimento do celoma extraembrionário.
· Localiza-se no antigo polo animal do concepto. 
· Porção materna: decídua basal (derivada do endométrio), é o endométrio gravídico que recobre o córion viloso. 
· Não existem vilosidades. 
· Decídua: endométrio gravídico (destaca-se após o parto). 
· Decídua basal: parte materna da placenta, recobre o córion viloso. 
· Decídua capsular: reveste o córion liso, que é oposto ao córion viloso. 
· Decídua parietal: restante da parede do útero, onde não está localizado o concepto. 
· Células deciduais (aumentaram seu tamanho por conta da alta atividade Biosintética) e reação decidual são fonte de nutrição para o embrião em implantação. 
Estrutura: 
· Placenta: córion viloso + decídua basal. 
· Aos 4 meses (2 porções): placenta fetal (córion viloso) e placenta materna (decídua basal). 
· Placa decidual (limite materno). 
· Placa coriônica (limite fetal). 
· 5º mês: septos deciduais, que penetram em direção a placa coriônica. 
· Do ponto de vista de mecanismo, a principal estrutura para desempenhar o papel da placenta são as vilosidades, presentes no cotilédone, pois lá ocorrem as trocas gasosas e metabólicas. 
Desenvolvimento da placenta: 
· É caracterizado pela rápida proliferação do trofoblasto e o desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas.
· Ao final da 4º semana uma rede vascular é estabelecida na placenta facilitando as trocas materno-infantil de gases, nutrientes e produtos residuais do metabolismo. 
· O saco coriônico cresce comprimindo as vilosidades associadas a decídua capsular reduzindo o fluxo sanguíneo, dessa maneira, estas vilosidades logo se degeneram formando o córion liso.
· As vilosidades associadas a decídua basal aumentam em número, ramificam-se e se proliferam, formando o córion viloso. 
· A placenta cresce ate a 18º semana do desenvolvimento (20º semana gestacional).
· Composta por duas partes:
· Fetal: córion viloso, cujas vilosidades se projetam para os espaços intervilosos, onde há sangue materno.
· Materno: decídua basal, que gradativamente é invadida pelas vilosidades coriônicas (componente fetal).
· O componente fetal da placenta se prende ao componente materno através da capa cititrofoblástica. 
· Com a invasão da decídua basal pelas vilosidades coriônicas, os espaços intervilosos aumentam e formam-se os septos placentários que dividem a placenta fetal em áreas irregulares, os cotilédones e cada cotilédone, é formado por dois ou mais troncos vilosos e seus inúmeros ramos. 
· Com o crescimento do concepto, a decídua capsular faz saliência para a cavidade uterina e se aproxima da decídua parietal, até se fundirem obliterando a cavidade uterina.
· Após o desaparecimento da decídua capsular, a parte lisa do saco coriônico fusiona-se com a decídua parietal. 
· O crescimento do saco amniótico ocorre mais rapidamente que o saco coriônico, logo, o âmnio e o córion liso se fusionam, formando a membrana amniocoriônica que se fusiona com a decídua capsular e após sua degeneração, a membrana amniocoriônica adere a decídua parietal.
Placenta a termo: 
· Aumenta gradativamente e ocupa 15% a 30% da superfície uterina. 
· Crescimento fruto da “arborização das vilosidades”, ou seja, do aumento das ramificações, para poder aumentar a superfície de tronca materno-fetal. 
· Placenta a termo: 15-25cm x 3cm (espessura) x ~500g. 
· Expelida cerca de 30 minutos após o parto.
Circulação útero-placentária:
· Acontece no microambiente dos cotilédones. Ou seja, a base de todas as trocas materno-fetais sem mistura de sangue. 
· 150 ml de sangue dos espaços intervilosos. 
· Reposição a cada 3-4 minutos. 
· Banham cerca de 14 m² de área total. 
· Artérias umbilicais: sangue pobre em O2. 
· Veia umbilical: ricas em O2. 
A rede lacunar do sinciciotrofoblasto cresce e coalesce formando os espaços intervilosos por onde chegam as artérias endometriais espiraladas.
· Circulação placentária fetal: 
· A veia umbilical rebe todos os nutrientes que chegaram pelo sangue materno, que passaram pelas barreiras das vilosidades, pelos seus vasos confluíram pelos vasos da placa coriônica nessa única veia. 
Ou seja, o sangue pouco oxigenado deixa o feto através das artérias umbilicais e seguem para a placenta. No local de adesão do cordão umbilical a placenta, essas artérias se dividem formando o sistema arteriocapilar-venoso o qual deixa o sangue fetal extremamente próximo ao sangue materno.
· Circulação placentária materna: 
· Aortas dorsais, veias distribuem esse sangue por todos os tecidos do feto, ocorrem as trocas no microambiente de cada capilar, essas trocas são feitas e com o batimento do coração primitivo, tem que retornar para a placenta, trazendo todos os subprodutos do metabolismo fetal. Ou seja, um sangue rico em CO2 e metabólitos e pobre em O2. 
O sangue materno no espaço interviloso está temporariamente fora do sistema circulatório materno. Este sangue entra no espaço interviloso através de artérias endometriais espiraladas na decídua basal com alta pressão e é jorrado na direção da placa coriônica que forma o “teto” do espaço interviloso. A medida que a pressão se dissipa, o sangue flui lentamente em torno das vilosidades terminais onde ocorrem as trocas; o sangue retorna pelas veias endometriais levando os resíduos metabólicos fetais.
MEMBRANA PLACENTÁRIA (Ou barreira placentária): 
É composta, até a 20ª semana pelo sincíciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. Após a 20ª semana ocorrem algumas alterações celulares no citotrofoblasto, que acaba por perder grandes quantidades de células em várias áreas das vilosidades, deixando apenas o sincíciotrofoblasto, e consequentemente, a membrana placentária passa a ser formada por três camadas, tornando-se atenuada e fina. 
Metabolismo placentário: No início da gestação, produz glicogênio, colesterol e ácidos graxos.
Resumindo: 
· Então entre o 1º e 3º trimestre as vilosidades placentárias se modificam, principalmente, em relação com o número de barreiras que os nutrientes e os metabólitos tem que passar. 
· No 1º trimestre: todo e qualquer nutriente que esteja presente no sangue trazido pela artéria espiralada, tem que passar por 4 barreiras para chegar dentro do sangue fetal no interior desses vasos. Nesse momento, a membrana é mais seletiva. Barreiras: 
· Sinciciotrofoblasto; 
· Citotrofoblasto; 
· Tecido conjuntivo embrionário; 
· Endotélio. 
· No último trimestre, a membrana placentária muda de 4 barreiras para somente 2 barreiras. 
· Sinciciotrofoblasto;· Endotélio.
FORMAÇÃO DO ÂMNO E CORDÃO UMBILICAL:
CORDÃO UMBILICAL: 
· Normalmente se liga a porção central da placenta.
· 55 cm de comprimento e de 1 a 2 cm de diâmetro.
· Apresenta duas artérias e uma veia.
Cordões muito longos ou muito curtos são anormais: os muito longos podem sofrer prolapso e/ou enrolar-se em torno do feto podendo causar hipóxia fetal; os muito curtos podem causar separação prematura da placenta da parede do útero durante o parto.
Na 5º semana, observa-se que as únicas comunicações do embrião com o ambiente externo são o saco vitelino e o pedúnculo embrionário, e que saem por uma região em forma de anel, do futuro umbigo, denominado anel umbilical primário. O pedúnculo embrionário já tem outro anexo, que é o alantoide, que tem como uma de suas importâncias, estimular a formação dos vasos presentes no cordão umbilical. 
Entre a 5º e 10º semana, com o crescimento do saco amniótico, essas estruturas serão empurradas uma contra a outra (o que sobrou do ducto vitelino serão forçadas uma contra a outra), por conta disso o âmnio vai acabar revestindo o futuro cordão umbilical. Lá dentro estarão se formando as duas artérias e a veia umbilical, tudo isso estimulado pelo alantoide. 
O tecido que preenche o cordão umbilical em seu interior, o entorno dos laços umbilicais, é um tecido embrionário de característica gelatinosa é denominado geleia de wharton. Esse tecido é muito rico em células tronco mesenquimais, e algumas pessoas optam por guardar o cordão umbilical de seus filhos, em laboratórios especiais e capacitados, visto que nele estão presentes essas células troncos, e tem como objetivo usa-las em caso de alguma eventual doença. 
De 5º para 10º semana, observamos uma extrusão ou herniação de uma alça do intestino médio do embrião. Ou seja, durante o desenvolvimento embrionário do sistema digestório ocorre uma herniação da alça intestinal média, e por isso é chamada de hérnia umbilical fisiológica. Essa hérnia é importante, por que enquanto essa alça está projetada para fora do abdome, ocupando o cordão umbilical em formação, ela sofre processos de diferenciação importantes, principalmente eventos de rotação, e progressivamente ela retorna para o interior do abdome, formando principalmente os intestinos humanos. Seria considerado anormal é o não retorno ou rotação em sentido contrário, que poderia resultar em diferentes formas de exposição de tecido digestório, por exemplo, gastrosquise. 
ÂMNIO E LÍQUIDO AMNIÓTICO: 
· A parede do saco amniótico é formada pela membrana fetal, denominada âmnio, que é composto por células amniócitos, que são derivados lá da segunda semana dos amnioblastos que revestiam o teto da cavidade amniótica. 
· O saco amniótico é cheio de fluido e envolve o embrião, posteriormente, feto. 
· O líquido amniótico é uma solução aquosa clara.
· Volume aumenta progressivamente: 
· 10ª semana: 20 ml. 
· 37º semana: 1 L. 
· Conteúdo é trocado a cada 3 horas.
· Saco amniótico cresce mais rápido que o saco coriônico, obliterando-o. 
· O líquido amniótico é secretado pelas células amnióticas, mas a maior parte provém do fluido tecidual materno.
· A partir da 11º semana há produção de urina. O feto urina na cavidade amniótica. 
· O feto se movimenta e deglute esse líquido, o que não ocasiona problemas, por causa da placenta. Isso por que ela é responsável por todas as trocas materno-fetais, bidirecionais, nutrientes x metabólitos, são eliminados no cotilédone. 
· O líquido amniótico tem várias funções:
· Permite o crescimento simétrico do feto. 
· Atua como uma barreira contra infecções;
· Permite o desenvolvimento normal dos pulmões fetais e o crescimento externo simétrico do embrião;
· Impede a aderência do âmnio ao feto;
· Acolchoa o feto contra lesões;
· Auxilia no controle e manutenção da temperatura corporal do embrião;
· Participa da manutenção da homeostasia dos fluidos e eletrólitos;
· Hidropisia fetal: desequilíbrio do controle osmótico do líquido amniótico, permitindo a entrada excessiva desse líquido nas cavidades corporais do feto, que altera o desenvolvimento. 
· Permite uma movimentação livre do feto.
· Está relacionado com o crescimento simétrico dos membros. 
SACO VITELINO: 
· A parte interna do saco vitelino vai revestir todo o intestino primitivo e contribuir para o desenvolvimento do aparelho gastrointestinal. 
· Permanece grande até a 4ª semana, e depois vai sendo progressivamente eliminado com a formação do cordão umbilical. 
· 10ª semana: apenas um resquício ligado ao intestino médio pelo ducto vitelino ou pedículo vitelino. 
· No ultrassom ajuda a estimar o tamanho do embrião. 
Importância do saco vitelino: 
· Durante a 3ª semana surgem as células germinativas primordiais na parede do saco, que depois migram para o interior do embrião. 
· Nutrição do embrião (2ª e 3ª semana) enquanto se estabelece a circulação útero-placentária. 
· Início da hematopoese no mesoderma extraembrionário que recobre o saco vitelino (substituído pelo fígado a partir da 6ª semana). 
· Hematopoese é a formação de hemácias. 
· Parte dele que é internalizada contribui para o sistema digestório e respiratório (epitélios). 
ALANTÓIDE: 
· Na 3ª semana, o alantóide se assemelha a um divertículo a partir da parede caudal da vesícula umbilical que se estende ao pedículo de conexão.
· 2º mês: parte extraembrionária degenera. 
· Importante para a formação sanguínea inicial que ocorre em suas paredes. 
· Seus vasos sanguíneos persistem como as artérias e veias umbilicais, e sua porção intraembrionária passa do umbigo para a bexiga, formando mais tarde o úraco. 
· Após o nascimento, o úraco torna-se um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano, que se estende do ápice da bexiga ao umbigo.
· Pode acontecer de o úraco persistir como um tubo oco, e a urina poderá alcançar a região do umbigo, causando desconforto e uma fonte de infecções. 
Importância: 
· 3-5ª semana: formação de sangue nos vasos que o cercam. 
· Seus vasos originam artérias e a veia umbilical. 
· Parte interna liga o umbigo a bexiga (uráco: ligamento umbilical mediano). 
GEMELIDADE: 
· Gemelidade ou gravidez múltipla pode ser de duas naturezas, dizigótica e monozigótica. 
· Nem sempre acontece, mas o grau de compartilhamento de anexos pode interferir negativamente na gestação. 
GEMEOS DIZIGOTICOS: 
· Precisa-se produzir 2 zigotos, ou seja, houve a maturação de dois folículos maduros (anormalidade de ciclo), irão sofrer o processo de ovocitação e serão fertilizados, gerando dois zigotos. 
· Podem ser de sexos iguais ou distintos, e a semelhança entre eles é a mesma que irmãos de gestação diferente. O que muda é que eles dividiram o útero em uma mesma gestação. 
· Cada um dos conceptos gerou todos os seus anexos embrionários de forma individualizada. 
· Ou seja, serão dois fetos com seus próprios anexos e placentas individualizadas. 
GEMEOS MONOZIGOTICOS: 
· A mulher maturou apenas um folículo, que foi ovocitado, fertilizado, gerando apenas um zigoto. No entanto, em algum momento dos processos pós zigoticos houve uma separação. Podem acontecer de três formas: 
· Primeiro caminho: 
· Partindo do princípio de um zigoto, começam as divisões de clivagem, e a separação ocorreu bem no início da divisão de clivagem, já no estágio de dois blastômeros. Quando a separação é tão incial, cada um dos blastômeros gera uma mórula, depois um blastocisto especifico. 
· Então, em uma gravidez monozigótica, quando a separação corre nos estágios iniciais de clivagem, esses gêmeos irão se comportar da mesma forma que os dizigóticos, ou seja, todos os anexos individualizados. 
· O segundo caminho: 
· A partir de um zigoto, se iniciam as divisões de clivagem, chega na fase de blastocisto, e a separação ocorre no nível de embrioblasto. Ou seja, dentro de um mesmo blastocisto, o trofoblasto é comum a eles e o embrioblasto é individualizado. 
· Então tudo o que for derivado de trofoblasto, será compartilhado entre eles. Por exemplo, mesmo córion, mesma placenta, mas sacos amnióticos separados, pois a separação ainda ocorreu no nívelde embrioblasto, antes da formação das cavidades amnióticas. 
· Então aqui já existe um compartilhamento parcial. 
· Terceiro caminho:
· A partir de um zigoto, ocorrem as divisões de clivagem, forma um blastocisto, que forma a cavidade amniótica (surge entre o trofoblasto e embrioblasto por volta do 8º dia); 
· A divisão do embrião é posterior a formação da cavidade amniótica. 
· Então nesse caso, esses gêmeos compartilham tudo, mesmo saco amniótico, mesma placenta e mesmo corion. 
Relação da gemelidade e o compartilhamento: 
Quanto mais precoce a separação, menor o grau de compartilhamento de anexos. Não é uma regra, mas pode acontecer. 
· Gravidez dizigótica: não há compartilhamento. 
· Gravidez monozigótica: 
· Separação tardia: todos os anexos estão sujeitos a maiores intercorrências de compartilhamento. 
 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: 
· BAIXO PESO: 
· Existem uma série de fatores que podem causar baixo peso, como desnutrição materna, defeitos em fatores de crescimento e fatores que sinalizam o desenvolvimento fetal, algumas síndromes fetais, ou fatores ambientais também. 
· ERITROBLASTOSE FETAL: 
· Doença hemolítica por incompatibilidade sanguínea, fatores Rh/ABO. 
· Causa a hemólise, ou seja, quebra de hemácias. 
· HIDROPSIA FETAL: 
· É u edema ou derrame do líquido amniótico das cavidades corporais do feto. 
· Isso ocorreria por falha no equilíbrio osmótico entre o organismo fetal e o líquido presente no saco amniótico. 
· Causa sérios defeitos. 
· FALSOS NÓS E AGENESIA ARTERIAL: 
· Falhas relacionadas ao cordão umbilical. 
· Falsos nós é quando há uma conformação alterada do cordão umbilical que lembra um nó, mas não é um nó verdadeiro. Tanto o falso nó, quanto o verdadeiro, dependem da eventual alteração do fluxo sanguíneo pelos vasos do cordão umbilical. 
· Isso pode ser um problema quando há interferência no fluxo do sangue no cordão umbilical. 
· A agenesia arterial é quando existe apenas uma artéria e uma veia, ao invés de duas artérias. E essa única artéria terá um calibre muito maior. 
· FAIXAS AMNIÓTICAS: 
· São rupturas do amnio, que recobre a bolsa, e essas faixas ou pedaços rompidos de amnio, podem se fusionar aos membros em desenvolvimento, colocar na pele, mas o principal problema que pode causar, são as amputações congênitas. Se uma dessas faixas colarem, principalmente, na extremidade de um membro em desenvolvimento, é interrompido o desenvolvimento do membro naquele ponto, causando as amputações congênitas. 
· POLIDRÂMNIO E OLIGOIDRÂMNIO: 
· Polidrâmnio: excesso de líquido amniótico. 
· Pode causar maior compressão dos tecidos fetais e pode interferir no controle osmótico. 
· Oligoidrâmnio: falta de líquido amniótico. 
· Causa grande influência nas funções do líquido amniótico, principalmente no que tange a facilitação dos movimentos do feto, crescimento simétrico dos membros, regulação da temperatura, proteção mecânica, e também o desenvolvimento respiratório. 
· Lembrando que a maior contribuição para o aumento progressivo desse líquido é urina fetal (atividade dos mesonefrons, e depois do metanefron). 
· FETO PAPIRÁCEO: 
· Relacionado a gravidez múltipla, em que um dos gêmeos não desenvolve. 
· Durante esses casos de gravidez múltipla, por um ou mais motivos, um dos gêmeos não se desenvolve, vai a óbito, e adquire uma característica magra, pequeno tamanho, aspecto muito alterado da pele, enrugada, o que o torna parecido com um “feto mumificado”, por isso o nome papiráceo. 
· SÍNDROME DA TRANSFUSÃO DE GÊMEOS: 
· Quando se tem uma gravidez múltipla, mas um dos gêmeos recebe um aporta, um suprimento nutricional maior que o outro, resultando em uma diferença de desenvolvimento entre os dois. 
· Pode chegar a um nível tão crítico que se torna necessário fazer um parto prematuro para que um deles não sofra maiores prejuízos. 
· GÊMEOS SIAMESES OU CONJUGADOS: 
· Em casos de grau máximo de compartilhamento anexos, podem ocorrer as gravidezes siameses. 
· Craniópagos: unidos pelo crânio. 
· Toracópagos: unidos pelo tórax. 
· Pigópagos: unidos pela região pélvica. 
· NASCIMENTO PRÉ-PARTO (prematuro): 
· Existem inúmeros motivos para um nascimento prematuro, além dos fatores mais comuns e conhecidos como o tabagismo, alcoolismo, utilização de entorpecentes, existem outros motivos que podem ocasionar isso, por exemplo, rompimento do saco amniótico, hipertensão, diabetes, infecções bacterianas e deslocamento prematuro da placenta, e vários outros. 
· CÓRIOCARCINOMA: 
· Tumor maligno, oriundo de células do cito ou sinciciotrofoblasto. 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS DA PLACENTA: 
Formas anormais da placenta:
· Placenta abrupta: 
· Descolamento precoce da placenta. 
· Placenta velamentosa: 
· Pela inserção do cordão umbilical nas membranas coriônicas fora da placenta. 
· Adquire o formato de uma vela de barco. 
· Prejudica todo o fluxo e transporte de nutrientes para o feto, pois o cordão não está na placenta. 
· Placenta bipartida ou tripartida: 
· A placenta se separa em duas ou três minis placentas, que podem estar interligadas ou não, pelo cordão umbilical. 
· O impacto para as trocas é muito significante. 
· Placenta succenturiata: 
· Um cotilédone da placenta está separado da placenta, preso somente pelos vasos. 
· Interfere com a área e quantidade de troca entre a mãe e o feto. 
· Placenta membranosa:
· A placenta se torna grande e muito fina, pois ocupa uma área muito maior do que o normal. 
· Existe um grau de descolamento, então pode evoluir de uma placenta membranosa para uma abrupta. 
· Placenta prévia: 
· Devido a uma implantação baixa, perto do colo uterino. Então quando a placenta se desenvolve, pode bloquear, parcial ou totalmente, o colo uterino. 
· Gravidez de risco, maior probabilidade de eventos hemorrágicos, pode evoluir para placenta abrupta, e também existe um grau de prematuridade maior.

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